Você já consegue enxergar a dimensão da importância dos alimentos simbióticos para sua vida?
Você sabia que a sua microbiota intestinal está diretamente ligada ao seu estado de saúde?
A microbiologia intestinal influencia no desenvolvimento e na maturação dos sistemas digestivo e imunológico. Estando diretamente implicada em desordens como a obesidade, diabetes bem como a síndrome metabólica. Ela também é responsável por ajudar nosso sistema de defesa contra as enfermidades. Sendo importante para absorção dos nutrientes e para evitar a disbiose.
MAS O QUE SÃO ALIMENTOS SIMBIÓTICOS?
Eles são resultados da combinação entre alimentos probióticos e prebióticos, os produtos simbióticos são grandes protetores e reguladores do nosso organismo, principalmente em relação ao intestino.
Poderíamos traduzir como desequilíbrio, ou seja, ocorrem alterações qualitativas e quantitativas da microbiota do estômago e dos intestinos.
Este desequilíbrio se manifesta de várias formas, tais como constipação, diarreia bem como síndrome do intestino irritável e até mesmo por lesões do tecido gástrico.
O QUE PREJUDICA A MICROBIOTA INTESTINAL?
Dentre os fatores que podem prejudicar a microbiota intestinal está o consumo regular de medicamentos, principalmente antibióticos. Além disso, tratamentos como radioterapia e quimioterapia, assim também estresse.
ALIMENTOS SIMBIÓTICOS BENEFICIAM A MICROBIOTA INTESTINAL
É importante manter hábitos alimentares saudáveis, assim como tentar administrar todo estresse cotidiano.
Para a modulação da microbiota intestinal contamos com os agentes como os simbióticos – prebióticos e probióticos juntos. Entre os simbióticos mais difundidos nos últimos anos, está o Kefir um simbiótico que é dos mais antigos amigos da microbiota intestinal. Nelez contém prebióticos que formam a sua matriz polissacarídica com Kefirano, responsável por agregar os diferentes tipos de microrganismos que vivem em perfeita harmonia nessa colônia simbiótica. Kefir é um simbiótico milenar, aliado da saúde intestinal dos povos do Cáucaso e que hoje está disponível para nós ocidentais.
Cuidar da microbiota intestinal é garantir a saúde do nosso organismo!
Acredito que se fosse para definir a dupla prebióticos e probióticos em uma música, seria a música Fico Assim Sem Você – Adriana Calcanhotto:
Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim, sem você
Futebol sem bola
Piu-Piu sem Frajola
Sou eu assim, sem você…
Vamos entender um pouco mais sobre a importância desta dupla?
Então vamos nessa!
PROBIÓTICOS
Os probióticos eram classicamente definidos como suplementos alimentares à base de microrganismos vivos, que afetam beneficamente o animal hospedeiro, promovendo o balanço de sua microbiota intestinal (Fuller, 1989).
Contudo, diversas outras definições de probióticos foram publicadas nos últimos anos (Sanders, 2003).
Assim, a definição atualmente aceita internacionalmente é que eles são microrganismos vivos, administrados em quantidades adequadas, que conferem benefícios à saúde do hospedeiro (Food and Agriculture Organization of United Nations; World Health Organization, 2001; Sanders, 2003).
Prebióticos são componentes alimentares não digeríveis que afetam beneficamente o hospedeiro, por estimularem seletivamente a proliferação ou atividade de populações de bactérias desejáveis no cólon.
Além disso, o prebiótico pode inibir a multiplicação de patógenos, garantindo benefícios adicionais à saúde do hospedeiro. Esses componentes atuam mais freqüentemente no intestino grosso, embora eles possam ter também algum impacto sobre os microrganismos do intestino delgado (Gibson, Roberfroid, 1995; Roberfroid, 2001; Gilliland, 2001; Mattila-Sandholm et al., 2002).
PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS – UMA DUPLA IMPORTANTE
Com o aumento na expectativa de vida da população, aliado ao crescimento exponencial dos custos médico-hospitalares, a sociedade necessita vencer novos desafios, a partir do desenvolvimento de novos conhecimentos científicos e de novas tecnologias que resultem em modificações importantes no estilo de vida das pessoas.
A nutrição precisa se adaptar a esses novos desafios, por meio do desenvolvimento de novos conceitos. Sendo assim, a nutrição otimizada é um desses novos conceitos, dirigida no sentido de maximizar as funções fisiológicas de cada indivíduo, de maneira a assegurar tanto o bem-estar quanto a saúde, como também o risco mínimo de desenvolvimento de doenças ao longo da vida.
Nesse contexto, os alimentos, especialmente os probióticos e prebióticos, são conceitos novos e estimulantes (Roberfroid, 2002).
Podemos chamar a dupla prebióticos e probióticos de simbióticos.
Assim, um produto referido como simbiótico é aquele no qual um probiótico e um prebiótico estão combinados. A interação entre o probiótico e o prebiótico in vivo pode ser favorecida por uma adaptação do probiótico ao substrato prebiótico anterior ao consumo.
Isto pode, em alguns casos, resultar em uma vantagem competitiva para o probiótico, se ele for consumido juntamente com o prebiótico. Alternativamente, esse efeito simbiótico pode ser direcionado às diferentes regiões “alvo” do trato gastrintestinal, os intestinos delgado e grosso.
O consumo de probióticos e de prebióticos selecionados apropriadamente pode aumentar os efeitos benéficos de cada um deles, uma vez que o estímulo de cepas probióticas conhecidas leva à escolha dos pares simbióticos substrato-microrganismo ideais (Holzapfel, Schillinger, 2002; Puupponen-Pimiä et al., 2002; Mattila-Sandholm et al., 2002; Bielecka, Biedrzyck, Majkowska, 2002).
Trocando em miúdos, os compostos prebióticos são fibras não-digeríveis por nós que funcionam como alimento para as bactérias intestinais benéficas, isto é, os probióticos – daí a importância de apostar na dupla para manter o equilíbrio da microbiota intestinal.
AS VANTAGENS NUTRICIONAIS E OS MECANISMOS DE ATUAÇÃO DOS PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS
Embora os prebióticos e os probióticos possuam mecanismos de atuação em comum, especialmente quanto à modulação da microbiota endógena, eles diferem em sua composição e em seu metabolismo.
O destino dos prebióticos no trato gastrintestinal é mais conhecido do que o dos probióticos. Assim como ocorre no caso de outros carboidratos não-digeríveis, os prebióticos exercem um efeito osmótico no trato gastrintestinal, enquanto não são fermentados. Em contrapartida, quando fermentados pela microbiota endógena, o que ocorre no local em que exercem o efeito prebiótico, eles aumentam a produção de gás. Portanto, os prebióticos apresentam o risco teórico de aumentar a diarreia em alguns casos (devido ao efeito osmótico) e de serem pouco tolerados por pacientes com síndrome do intestino irritável. Entretanto, a tolerância de doses baixas de prebióticos é geralmente excelente. Os probióticos, por outro lado, não apresentam esse inconveniente teórico e têm sido efetivos na prevenção e no alívio de diversos episódios clínicos, envolvendo diarreia (Marteau, Boutron-Ruault, 2002).
Três possíveis mecanismos de atuação são atribuídos aos probióticos, sendo o primeiro deles a supressão do número de células viáveis a partir da produção de compostos com atividade antimicrobiana, a competição por nutrientes bem como a competição por sítios de adesão. O segundo desses mecanismos seria a alteração do metabolismo microbiano, por meio do aumento ou da diminuição da atividade enzimática. O terceiro seria o estímulo da imunidade do hospedeiro, a partir do aumento dos níveis de anticorpos assim também o aumento da atividade dos macrófagos. O espectro de atividade dos probióticos pode ser dividido em efeitos nutricionais, fisiológicos bem como antimicrobianos (Fuller, 1989).
AS VANTAGENS NUTRICIONAIS E OS MECANISMOS DE ATUAÇÃO DOS PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS.
Assim como ocorre no caso de outras fibras da dieta, prebióticos como a inulina e a oligofrutose, são resistentes à digestão na parte superior do trato intestinal, sendo subsequentemente fermentados no cólon.
Eles exercem um efeito de aumento de volume, como conseqüência do aumento da biomassa microbiana que resulta de sua fermentação, bem como promovem um aumento na freqüência de evacuações, efeitos estes que confirmam a sua classificação no conceito atual de fibras da dieta. Quando adicionados como ingredientes funcionais a produtos alimentícios normais, prebióticos típicos, como a inulina e a oligofrutose, modulam a composição da microbiota intestinal, a qual exerce um papel primordial na fisiologia gastrintestinal (Roberfroid, 2002). Assim, essa modulação da microbiota intestinal por esses prebióticos é consequente à alteração da composição dessa microbiota por uma fermentação específica, a qual resulta em uma comunidade em que há predomínio de bifidobactérias (Kaur, Gupta, 2002).
EFEITOS ATRIBUÍDOS À INGESTÃO DA DUPLA DINÂMICA
Probióticos:
Controle da microbiota intestinal;
Estabilização da microbiota intestinal após o uso de antibióticos;
Promoção da resistência gastrintestinal à colonização por patógenos;
Diminuição da população de patógenos através da produção de ácidos acético e lático, de bacteriocinas e de outros compostos antimicrobianos;
Promoção da digestão da lactose em indivíduos intolerantes à lactose;
Estimulação do sistema imune;
Alívio da constipação;
Aumento da absorção de minerais e produção de vitaminas.
Prebióticos:
Absorção de cálcio;
Modulação da composição da microbiota intestinal;
Redução do risco de câncer de cólon.
Entenderam porque a música da Adriana Calcanhotto encaixa direitinho com essa dupla?
Helicobacter pylori também conhecida como H. pylori, está presente no estômago de mais de 40% da população, segundo o Instituto Oncoguia. Decerto, ela pode ser responsável pela dor no estômago. Em 90% dos casos ela provoca apenas uma sensação de estufamento. Contudo, essa bactéria pode provocar uma inflamação no estômago que quando não tratada, pode se tornar crônica.
Mas, como os probióticos podem nos ajudar em relação à H. pylori?
Vamos tentar entender?
Então vamos nessa!
O QUE É A Helicobacter pylori?
É uma bactéria gram-negativa com formato de espiral. Foi descrita na década de 80, pelos australianos Barry Marshall e Robin Warren.
Tem a capacidade única de colonizar a mucosa humana no estômago. Além disso, devido às suas propriedades particulares, é capaz de infectar mais da metade da população mundial.
A infecção por H. pylori causa gastrite crônica e pode resultar em úlcera péptica. Assim também, é considerada um fator de risco no desenvolvimento de câncer gástrico e linfoma gástrico.
Assim sendo, a H. pylori foi classificada como carcinogênico tipo I pela Organização Mundial de Saúde.
PROBIÓTICOS COMO AUXÍLIO AO TRATAMENTO DE H. pylori
Uma vez fixada na mucosa do estômago, a H. pylori é muito difícil de ser erradicada, mesmo com antibióticos. Pesquisas recentes, indicam que a combinação de antibióticos e probióticos é mais eficaz, do que o antibiótico isoladamente.
Sendo assim, várias bactérias probióticas foram testadas.
Dentre elas estão:
Lactobacillus plantarum;
Lactobacillus reuters;
Lactobacillus acidophilus;
Lactobacillus fermentum;
Lactobacillus paracasei.
O Lactobacillus fermentum, foi isolado de um macarrão fermentado, sugerindo assim que, alimentos fermentados podem ser potencialmente benéficos.
Além disso, os simbióticos também podem auxiliar nesta erradicação. O simbiótico é uma combinação de probióticos (bactérias benéficas vivas) e prebióticos (ingredientes que promovem o crescimento de bactérias benéficas).
Sabe da sua importância no auxílio ao fortalecimento da nossa saúde?
Que tal embarcarmos numa viagem ao conhecimento dos alimentos simbióticos?
Vamos juntos!
O QUE SÃO ALIMENTOS SIMBIÓTICOS?
A FOOD INGREDIENTS BRASIL 2011 diz que:
“Por definição, um simbiótico é um produto no qual um probiótico e um prebiótico estão combinados, como é o caso, por exemplo, quando um prebiótico, como o frutooligossacarídeo, é adicionado a um iogurte probiótico.”
Na aplicação de simbióticos em alimentos, o ideal é que o ingrediente selecionado seja um substrato metabolizável pelo microrganismo probiótico no intestino, e dessa maneira, que possibilite o aumento na capacidade de sua sobrevivência. Sendo assim, podemos usar como exemplo, as bifidobactérias associadas ao prebiótico galactooligassacarídeo ou os lactobacilos associados a lactitol (FOOD INGREDIENTS BRASIL, 2011).
QUAL A CONSEQUÊNCIA DO CONSUMO DE ALIMENTOS SIMBIÓTICOS PARA A SAÚDE?
Redução de citocinas pró-inflamatórias;
Melhoria do sistema imunológico;
Redução das infecções intestinais;
Aumento da massa magra;
Diminuição da massa gorda.
A associação de ingredientes prebióticos com microrganismos probióticos na elaboração de produtos pode resultar na obtenção de produtos simbióticos, com os efeitos benéficos dos probióticos, aliado ao estímulo seletivo das demais bactérias boas do cólon (CARDARELLI, 2006).
Os alimentos simbióticos ajudam a manter o equilíbrio da microbiota intestinal.
Dessa maneira, consumir alimentos simbióticos pode fazer diferença em nossa qualidade de vida. Pois, com a microbiota intestinal equilibrada, nosso sistema imunológico ganha forças para combater os ataques sofridos no dia a dia.
O uso do simbiótico, entre outros benefícios, pode promover aumento do número de bifidobactérias, controle glicêmico, redução da taxa de colesterol sanguíneo, bem como o balanceamento da microbiota intestinal saudável que auxilia na redução da obstipação e/ou diarreia, melhora da permeabilidade intestinal e estimulação do sistema imunológico ( FLESCH at. al. 2014).
TIPOS DE ALIMENTOS SIMBIÓTICOS
Kefir;
Alguns iogurtes;
Alguns queijos.
Você também pode consumi-los separadamente, mas é bem interessante ter os dois num só alimento, não é?
Os simbióticos são atualmente alvo de muitas pesquisas no mundo cujo objetivo é elucidar as propriedades e os efeitos que estes produtos podem apresentar na promoção da saúde humana e no desenvolvimento da indústria alimentícia.
Consulte um profissional de nutrição. Tire suas dúvidas e boca à obra.
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