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SISTEMA NERVOSO DO INTESTINO

sistema nervoso do intestino

Já parou para pensar no sistema nervoso do intestino?

Há locais em que o inconsciente beira o consciente. Estamos sentados na sala, almoçando. Enquanto isso, não percebemos que a alguns metros de distância, no apartamento ao lado, há outra pessoa sentada comendo alguma coisa.

Talvez até ouçamos de vez em quando um rangido estranho no chão, que nos faz pensar além de nossas paredes. Também em nosso corpo há áreas em relação às quais não percebemos nada. Não sentimos o que nossos órgãos fazem o dia inteiro.

Comemos um pedaço de torta: na boca ainda sentimos seu gosto e percebemos os primeiros centímetros de deglutição, mas então pluft!, nossa comida vai embora. A partir daí, tudo desaparece em uma área que na terminologia médica é chamada de “musculatura lisa”.

A MUSCULATURA LISA

A musculatura lisa não é controlada pela consciência. Ao microscópio, não parece a musculatura que somos capazes de controlar, como o bíceps. Conseguimos tensionar bem como conseguimos soltar o músculo do bíceps no braço quando quisermos. Nos músculos controláveis, as menores fibras são estruturadas de maneira muito ordenada, como se tivessem sido desenhadas com uma régua.

As subunidades da musculatura lisa produzem redes tecidas organicamente e se movimentam em ondas harmônicas. Nossos vasos sanguíneos também são revestidos pela musculatura lisa; por isso, muitas pessoas enrubescem quando ficam sem graça. A musculatura lisa descontrai-se com emoções como a vergonha.

Desse modo, as pequenas veias do rosto se expandem. Em muitas pessoas, a capa de músculo se contrai sob o estresse, reduzindo os vasos e fazendo com que o sangue os comprima, o que pode levar à pressão alta.

MUSCULATURA LISA E INTESTINO

O intestino é envolvido por três capas de musculatura lisa. Desse modo, pode movimentar-se com inconcebível flexibilidade e fazer diferentes coreografias em diferentes pontos. O coreógrafo desses músculos é o sistema nervoso próprio do intestino, que controla todos os procedimentos no canal digestivo e é extremamente independente.

sistema nervoso do intestino

Ainda que sua conexão com o cérebro fosse cortada, tudo continuaria a avançar com disposição e realizando a digestão. Um fenômeno como esse não existe em nenhuma outra parte do nosso corpo. As pernas ficariam imóveis, assim também os pulmões já não seriam capazes de respirar.

É pena que não percebamos conscientemente o trabalho dessas obstinadas fibras nervosas. Um arroto ou um peido podem até soar engraçados, mas o movimento por trás deles parece tão filigranado quanto o de uma bailarina.

Leia também: MICROBIOTA INTESTINAL – FATORES QUE INFLUENCIAM

SISTEMA NERVOSO DO INTESTINO

O sistema digestivo é como um segundo cérebro no corpo. Ele é extremamente comprido e possui em torno de 500 milhões de neurônios.

Não é nem perto dos 86 bilhões de neurônios presentes no seu cérebro de verdade, mas ainda é um número consideravelmente alto.

O intestino é o único órgão do corpo que funciona perfeitamente bem sem os comandos do cérebro. É por isso que o sistema neuronal do intestino é chamado de Sistema Nervoso Entérico, ou o SNE.

Esses neurônios fazem seu estômago produzir ácidos estomacais quando você começa a mastigar. Além disso, são eles que decidem quando a comida está digerida o bastante para ir do estômago para o intestino e também são eles que dizem para os músculos intestinais se moverem.

A maior parte destes neurônios se encontra nas paredes do intestino. Eles coordenam os movimentos do órgão e, só no fim do caminho, quando a vontade de evacuar aparece, é que o cérebro (e o SNC) retoma o controle.

Por anos, cientistas vêm estudando o SNE para descobrir sobre a conexão entre ele e o cérebro. Uma das principais descobertas envolve microbiota intestinal

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BENEFÍCIOS DO ABACATE – CONHEÇA UM POUCO MAIS

abacate

Aqui no blog já falamos sobre os benefícios do abacate. Mas que tal um pouco mais de informação sobre ele?

O abacate é uma das frutas utilizadas em diversas dietas e receitas fáceis e bastante nutritivas.

Descubra agora porque você deveria comer abacate ao invés de ficar apenas com outras frutas no seu cardápio. 

BENEFÍCIOS DO ABACATE

BENEFÍCIOS DO ABACATE

AUXILIA NO EMAGRECIMENTO

Um dos principais benefícios conhecidos do abacate se refere ao auxilio no emagrecimento. 

Isso acontece porque a fruta é capaz de melhorar o equilíbrio interno, o que faz com que o metabolismo fique mais acelerado. Ou seja, o seu corpo queima mais calorias em menos tempo. 

Além disso, o abacate ajuda no emagrecimento porque causa a sensação de saciedade, o que faz com que você coma menos enquanto evita a compulsão alimentar. 

MELHORA O FUNCIONAMENTO INTESTINAL

Milhares de pessoas têm problemas relacionadas ao intestino. Um desses problemas é a prisão de ventre. Sendo assim, um dos benefícios do abacate é a melhora no funcionamento intestinal. 

A fruta é rica em fibras, que melhoram a absorção e evitam a constrição.

Leia também: FIBRAS ALIMENTARES – 10 FRUTAS RICAS

Dessa maneira, o abacate ajuda no emagrecimento, aumenta a absorção de vitamina, reduz o inchaço e desconfortos abdominais e ainda evita outros problemas futuros, como as hemorroidas. 

AUMENTA O RENDIMENTO FÍSICO

Caso você ainda não saiba, uma das bebidas mais preparadas no pré treino inclui as vitaminas do abacate. 

Esse alimento, quando ingerido antes dos treinos, aumenta e melhora o seu rendimento. 

rendimento físico e abacate

Assim, você consegue praticar por mais tempo enquanto tem uma sensação menor de cansaço.

Do mesmo modo, o abacate ajuda durante os treinos porque é fonte energética, garantindo que você tenha mais disponibilidade e força de vontade para continuar.

Uma informação extra é que o abacate também é fonte de proteína, que é um dos macronutrientes essenciais para a formação dos músculos, aumentando a massa magra bem como contribuindo para a queima das gorduras. 

OUTROS BENEFÍCIOS DO ABACATE

Existem ainda outros benefícios em consumir o abacate dentro do seu cardápio alimentar, seja em forma de vitamina, picado ou mesmo amassado, como: 

  • Gorduras boas que melhoram os níveis de colesterol bom; 
  • Gorduras que auxiliam na redução do triglicerídeos; 
  • Reduz dores musculares; 
  • Atua contra a inflamação celular; 
  • Aumenta e melhora os tecidos dos músculos; 
  • Contém minerais que melhoram a circulação do sangue; 
  • Antioxidantes que eliminam toxinas corporais; 
  • Reduz a absorção de gorduras no intestino;
  • Evita o excesso de gases e diarreia; 
  • Melhora o funcionamento cerebral; 
  • Auxilia na renovação celular do cérebro.  

Como se tudo isso já não fosse o bastante para você comer abacate, vale dizer que a fruta ainda contém uma porção de vitaminas e minerais essenciais. 

Exemplo disso, é a presença de ferro, cálcio, fosforo, magnésio, cobre assim também vitaminas E e A. 

abacate

Para finalizar, não espere mais para começar a colocar o abacate no seu carrinho de compras e no seu cardápio diário. 

Assim, você vai garantir todos esses benefícios para o seu dia a dia, tendo um corpo e mente mais saudáveis e fortes. 

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HIDRATAÇÃO NO INVERNO – QUAL A IMPORTÂNCIA?

hidratação no inverno

Você sabe da importância da hidratação no inverno?

É muito comum que durante os dias mais frios, você acabe ingerindo uma quantidade menor de água, principalmente de temperaturas mais geladas.

Se você ainda acredita que basta beber água no calor, descubra agora toda a verdade que não te contaram sobre isto. 

Vamos lá?

PORQUE A HIDRATAÇÃO NO INVERNO É IMPORTANTE?

HIDRATAÇÃO NO INVERNO

Primeiramente, é preciso ressaltar que beber água é mais sobre fornecer algo que o corpo precisa e menos sobre se refrescar, ainda que essa seja a sensação.

Entretanto, ainda existe a ideia, em algumas pessoas, de que a água deve ser ingerida apenas quando se tem vontade, o que varia de acordo com a temperatura. Durante o inverno, o corpo humano passa a ter também o foco de estabilizar a temperatura interna e manter os músculos e toda a atividade. 

Leia também: DEVO BEBER LÍQUIDO DURANTE AS REFEIÇÕES?

Como resultado, a temperatura baixa faz você suar menos. Ao mesmo tempo, você sente menos sede, o que leva a períodos sem hidratação. 

Mas, ao contrário do que pode pensar, o corpo pode ficar mais desidratado ou perder mais água justamente no inverno. 

Afinal, toda a energia para andar, respirar, dormir, regular a temperatura e até pensar são superiores de quando o tempo está mais ameno. 

QUAL O SINAL DA DESIDRATAÇÃO? 

Bom, de maneira geral, durante o inverno e na ausência de água suficiente, você pode sentir mais cansaço, fadiga, dificuldade para se concentrar, náuseas ou mesmo dores de cabeça. 

Infelizmente, alguns desses sinais acabam sendo associados ao frio e não há falta de água. 

MAS PORQUE, AFINAL, A ÁGUA É IMPORTANTE?

A água funciona como o alimento capaz de melhorar a filtragem interna. Assim, garante a saúde dos tecidos e aumenta o funcionamento celular. 

HIDRATAÇÃO

Além disso, beber água, independe da época do ano, garante mais energia, disposição, gasto calórico, melhora a pele e garante o funcionamento renal. 

QUAIS OS PERIGOS DA FALTA DE HIDRATAÇÃO NO INVERNO?

A falta de hidratação é algo negativo em qualquer época ou estação do ano. Mas durante o inverno a percepção muda. 

Assim, entre os principais perigos da falta de água estão:

  • Problemas ou cálculos renais; 
  • Pele seca; 
  • Letargia ou cansaço mental; 
  • Sensação de fome que pode causar compulsão alimentar; 
  • Dores de cabeça; 
  • Prisão de ventre
  • Febres;
  • Maior risco de diabetes; 
  • Redução da pressão arterial; 
  • Maior irritabilidade ou alterações de humor. 

Em casos mais graves, a falta de água por longos períodos pode causar um impacto nas células cerebrais, resultando em delírios, desmaios e inconsciência. 

A desidratação grave, como ainda acontece em alguns países, pode resultar em morte. Aqui no Brasil, ainda esse ano, foram registrados diversos casos e milhares no mundo todo. 

Em conclusão, a importância da hidratação no inverno tem relação com a saúde do organismo, garantia de vida e melhoria nas funções internas.

Por isso, separe a sua garrafinha de água diária, mesmo com as temperaturas mais baixas.

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FEZES – QUE TAL UMA LEITURA SOBRE ELAS?

fezes

Muitas pessoas acham que as fezes consistem sobretudo no que comemos, mas isto não é verdade.

Vamos entender um pouco sobre as fezes?

Então vamos nessa!

COMPONENTES DAS FEZES

Três quartos das fezes consistem em água. Diariamente perdemos cerca de cem mililitros de líquido. No fluxo digestivo cerca de 8,9 litros já são reabsorvidos pelo intestino. O que vemos no vaso sanitário é, portanto, resultado da máxima eficiência.

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O líquido ali contido vem bem a calhar. Graças ao excelente teor de água, o excremento é macio o suficiente para transportar de maneira segura os restos do nosso metabolismo.

Um terço dos componentes sólidos são bactérias que serviram de microbiota intestinal e, por isso, desligam-se do serviço ativo. Outro terço é composto de fibras vegetais não digeridas. Quanto mais verduras e frutas se consomem, maiores serão os montículos produzidos. 

Assim, dos cem a duzentos gramas em média do peso do excremento, também se pode chegar a quinhentos gramas por dia.

O último terço é uma mistura composta de substâncias das quais o corpo quer se livrar, como os restos de medicamentos, corantes e colesterol.

Leia também: COCÔ – O QUE ACONTECE QUANDO FAZEMOS?

COR

A cor natural das fezes humanas varia do marrom ao marrom-amarelado, ainda que não se ingira nada nessa tonalidade. O mesmo se pode dizer da nossa urina que tende ao amarelo. Isso depende de um produto muito importante que fabricamos todos os dias: O SANGUE.

Por segundo, são produzidos 2,4 milhões de novos glóbulos sanguíneos. Uma quantidade igualmente elevada é eliminada ao mesmo tempo. A princípio a coloração vermelha é convertida em verde, depois em amarelo. Através da urina uma pequena parte do amarelo é eliminada.

A maior parte passa pelo fígado até chegar ao intestino. Nele, as bactérias ainda conseguem produzir mais uma cor: O MARROM. 

MARROM-CLARO AO AMARELO

Esse tom pode ser produzido pela doença de Meulengracht, que é inofensiva. Um enzima da desintegração das células sanguíneas, trabalha com apenas 30% da sua capacidade. Desse modo chegam menos pigmentos ao intestino. 

Afetando 8% da população, a doença de Meulengracht tem uma difusão relativamente ampla. Não chega a ser ruim, pois este defeito na enzima quase não quase dores. O único defeito colateral é a baixa tolerância ao paracetamol. Sendo assim é melhor evitar sua ingestão.

Outra causa para as fezes amareladas, são os problemas com as bactérias intestinais. Quando elas não trabalham direito, não produzem o marrom. A ingestão de antibióticos ou a diarreia pode misturar as cores em sua produção.

MARROM-CLARO AO CINZA

Se a conexão fígado com intestino for interrompida ou comprometida pelo caminho (geralmente após a vesícula biliar), o pigmento sanguíneo já não consegue chegar ao excremento. Passagens interrompidas nunca são boas. Por isso, quando se percebe essa coloração acinzentada é importante procurar um médico.

PRETO OU VERMELHO

O sangue coagulado é preto e o fresco é vermelho. desta vez, porém, trata-se não apenas do pigmento que pode ser convertido em marrom. Essas cores contém glóbulos sanguíneos inteiros. No caso de hemorróidas, o vermelho-claro não é preocupante, mas tudo que parecer mais escuro deve ser examinado pelo médico. A não ser que no dia anterior tenha-se comido beterraba.

CONSISTÊNCIA DAS FEZES

A escala fecal de Bristol existe desde 1997. Portanto, não é muito antiga se pensarmos que a evacuação existe há milhões de anos. Nesta escala são apresentadas 7 consistências diferentes para as fezes. Isso pode ser muito útil, pois a maioria das pessoas não gosta de falar sobre a aparência dos seu excremento.

Fezes

Mas o problema é que, por causa disso, pessoas que não têm uma evacuação saudável, acabam achando que suas fezes estão absolutamente normais, pois não a conhecem de outra forma. 

Uma digestão saudável, cujas as fezes, ao final, contém um bom teor de água, conduz ao tipo 3 ou 4 na escala de Bristol. As outras formas não deveriam estar na ordem do dia. No entanto, se estiverem, a pessoa pode consultar um médico para saber se sofre de intolerância a algum alimento ou se pode tomar alguma medida contra as constipações.

fezes escala de bristol

TIPO 1 E 2 – Comum em indivíduos com tendência à constipação. Fezes endurecidas, trânsito intestinal lento.

TIPO 3 E 4 – Comum em indivíduos com trânsito intestinal regular. Fezes brandas e ideais.

TIPO 5, 6 E 7 –  Comum em indivíduos com trânsito intestinal rápido ou diarreia. Fezes pastosas ou líquidas.

O tipo 4 é considerado o mais vantajoso, pois possui melhor relação água-material sólido.

cocô

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FRUTOSE E LACTOSE – INTOLERÂNCIA

frutose

As intolerâncias à frutose e à lactose estão atualmente desfrutando de alta popularidade. 

Vamos entender um pouco sobre elas?

Então vamos nessa!

INTOLERÂNCIA À LACTOSE

lactose

A lactose é um componente do leite e consiste em duas moléculas de açúcar quimicamente interligadas. A enzima digestiva que separa ambas não vem da papila. As células do intestino delgado a constroem sozinhas, em cima de suas menores vilosidades.

A lactose é dividida ao tocar a parede do intestino, e cada molécula de açúcar é absorvida. Na falta da enzima podem surgir dificuldades bem semelhantes às verificadas no caso de intolerância ou sensibilidade ao glúten: dores abdominais, diarreia ou gases.

No entanto, diferente da doença celíaca, aqui as partículas não digeridas de lactose não vagueiam pela parede do intestino. Simplesmente passam do intestino delgado para o grosso, onde alimentam bactérias produtoras de gases.

A flatulência e outros incômodos são, por assim dizer, a forma que micróbios superalimentados, como se estivessem no paraíso, encontram para expressar seu agradecimento. Embora isso seja muito desagradável, a intolerância à lactose não é, nem de longe, tão nociva quanto uma doença celíaca desconhecida.

Leia também: INTOLERÂNCIA À LACTOSE E PROBIÓTICOS

OS GENES PARA DIGESTÃO DA LACTOSE

Todo o mundo possui genes para a digestão da lactose. São raros os casos em que esses genes apresentam problemas desde o nascimento e os bebês não conseguem beber o leite materno sem sofrer fortes diarreias. Em 75% de todos os seres humanos, esses genes deixam de funcionar com a idade.

Afinal, deixamos de mamar no peito ou em mamadeiras. Embora a tolerância ao leite seja mais rara fora da Europa Ocidental, da Austrália e dos Estados Unidos, em outros lugares já se acumulam nos supermercados os produtos sem lactose, pois, segundo as estimativas atuais, um em cada cinco cidadãos têm intolerância à lactose.

Quanto mais velho, maior é a probabilidade de não conseguir quebrar o açúcar do leite. Muitas vezes, porém, nem passa pela cabeça de alguém com sessenta anos que a barriga inchada ou a leve diarreia vem do habitual copo de leite ou do delicioso molho branco.

Mas é um erro pensar que nessa idade já não se pode consumir leite. Na maioria dos casos, ainda há no intestino enzimas que quebram a lactose, embora sua atividade seja um pouco menor. Digamos que essa redução é de 10% a 15% em relação ao que conseguiam fazer antes.

INTOLERÂNCIA À FRUTOSE

Significativamente mais difundida na Alemanha é a intolerância à frutose. Um em cada três alemães têm problemas com a frutose, o açúcar das frutas. Também com a frutose a intolerância pode ser forte e congênita, e as pessoas afetadas já reagem com problemas digestivos às menores quantidades.

Porém, grande parte das pessoas apresenta algum problema com excesso de frutose. A maioria sabe pouco a respeito e, em uma compra, a expressão “com frutose” soa mais saudável do que “com açúcar”. Por isso, os fabricantes de doces preferem adoçar seus produtos com frutose pura, contribuindo, assim, para que nossos alimentos contenham mais frutose do que nunca antes.

Para muitos, uma maçã por dia não seria problema. Isso se o ketchup da batata frita, o iogurte de frutas adoçado e o cozido enlatado também já não contivessem a substância. Alguns tomates são cultivados de modo que contenham bastante frutose.

 frutose

Além disso, temos hoje uma oferta de frutas que sem a globalização e o transporte aéreo não poderia existir em lugar nenhum. Abacaxis de regiões tropicais dividem espaço com morangos frescos das estufas holandesas e alguns figos secos do Marrocos.

Portanto, o que classificamos como intolerância alimentar talvez seja apenas a reação de um corpo totalmente normal. Mas que, no período de uma geração, precisa se adaptar a uma alimentação que não teve milhões de anos antes.

O MECANISMO QUE SE ESCONDE POR TRÁS DA INTOLERÂNCIA À FRUTOSE

O mecanismo que se esconde por trás da intolerância à frutose é diferente daquele relacionado ao glúten ou à lactose. Pessoas com intolerância congênita têm poucas enzimas para processar a frutose dentro das células. 

Desse modo, a frutose pode se acumular aos poucos dentro das células e dificultar outros processos. Se a intolerância só aparece mais tarde na vida, supõe-se que o problema esteja na absorção da frutose no intestino. Nesse caso, muitas vezes há poucos canais de transporte (os chamados transportadores GLUT-5) na parede intestinal.

Quando se ingere uma pequena quantidade de frutose – por exemplo, uma pera –, os canais de transporte ficam sobrecarregados, e o açúcar da pera vagueia, como no caso da intolerância à lactose, até a microbiota intestinal no intestino grosso.

No momento alguns pesquisadores discutem se o número mais escasso de transportadores é realmente a origem do problema. Pois, pessoas sem esse distúrbio também enviam parte da frutose não digerida ao intestino grosso (sobretudo quando a quantidade é grande). 

Pode acontecer, por exemplo, de a microbiota intestinal ter uma composição inadequada. Nesse caso, quem come uma pera envia a frutose restante a uma equipe de bactérias intestinais que causa dores bastante desagradáveis. Obviamente, essas dores aumentam quanto mais ketchup, cozido enlatado ou iogurte de frutas já se tiver consumido antes.

INTOLERÂNCIA À FRUTOSE PODE ACABAR COM O HUMOR

frutose

Dependendo do grau da intolerância, o humor pode ser afetado. De fato, o açúcar contribui para que muitos outros nutrientes sejam absorvidos pelo sangue. Por exemplo, o aminoácido triptofano une-se de bom grado à frutose durante a digestão. Porém, quando temos tanta frutose no abdômen que boa parte dela não pode ser absorvida, também perdemos o triptofano.

Este, por sua vez, é necessário para a produção de serotonina. Um sinal químico conhecido como hormônio da felicidade, pois a falta dela pode levar à depressão. Desse modo, uma intolerância à frutose que permanece muito tempo sem ser descoberta também pode causar estados de ânimo depressivos. O conhecimento desse fato só passou a ser adotado muito recentemente nos consultórios médicos.

ALIMENTAÇÃO COM EXCESSO DE FRUTOSE PREJUDICA O HUMOR?

A partir de cinquenta gramas de frutose por dia (o equivalente a cinco peras ou oito bananas ou ainda cerca de seis maçãs), os transportadores naturais de mais da metade das pessoas ficam sobrecarregados. Comer a mais pode implicar consequências como diarreia, dor abdominal, gases e, a longo prazo, também estado de ânimo depressivo. Atualmente nos Estados Unidos o consumo de frutose já chegou a oitenta gramas. Usando mel para adoçar o chá, poucos produtos industrializados e mantendo um consumo normal de frutas, a geração anterior alcançava de 16 a 24 gramas por dia.

A SEROTONINA

É responsável não apenas pelo bom humor, mas também por uma sensação de saciedade. Ataques de fome e vontade constante de beliscar podem ser um efeito colateral da intolerância à frutose. Sobretudo quando, adicionalmente, surgirem outros distúrbios, como dor abdominal. Uma dica interessante também vale para quem costuma comer salada para fazer dieta.

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Muitos molhos prontos, vendidos nos supermercados ou em fast food, contêm xarope de frutose e glicose. Estudos comprovaram que esse xarope reprime determinados sinais químicos para a saciedade (leptina ) também em pessoas sem intolerância à frutose. Uma salada com as mesmas calorias, temperada com azeite e vinagre ou molho de iogurte feito em casa, mantém a saciedade por mais tempo.

PRODUÇÃO DE ALIMENTOS

Como tudo na vida, a produção de alimentos também está em constante mudança. Às vezes as inovações têm efeitos bons, outras vezes, ruins. Antigamente, salgar os alimentos, por exemplo, era um método avançado para evitar que as pessoas se intoxicassem com carne estragada.

Durante séculos, era costume salgar a carne e a salsicha com muitos sais de nitrito para conservação. Com isso, esses produtos adquiriam um tom vermelho vivo. Eis por que o presunto, o salame, os embutidos de carne bovina e suína ou as bistecas de porco não ficam marrom-acinzentados quando passam rapidamente pela frigideira, tal como um pedaço de bife ou costeleta não curtidos.

Em 1980, na Alemanha, o uso de nitrito foi rigorosamente proibido em razão de eventuais riscos à saúde. Atualmente, as salsichas não contêm mais do que cem miligramas (um milésimo de grama) de sal de nitrito por quilograma de carne.

Desde então, muito menos pessoas também adoecem de câncer no estômago. A correção de uma inovação que no passado fazia muito sentido também foi mais do que adequada. Hoje, açougueiros inteligentes misturam muita vitamina C a pouco nitrito para tornar a carne durável de maneira segura.

NO QUE SE REFERE AO TRIGO, À LACTOSE E À FRUTOSE…

Esse modo moderno de pensar também poderia ser necessário no que se refere ao uso do trigo, do leite e da frutose. É bom ter esse tipo de alimento em nossa dieta porque contém substâncias importantes. Mas talvez devêssemos reconsiderar a quantidade que consumimos.

Enquanto nossos antepassados caçadores e coletores comiam todo ano até quinhentos tipos diferentes de raízes, folhas e vegetais autóctones, a maior parte da nossa comida hoje vem de dezessete vegetais consumíveis. Não é de surpreender que nosso intestino encontre dificuldades com essas mudanças.

PROBLEMAS DIGESTIVOS DIVIDEM A SOCIEDADE EM DOIS GRUPOS

O primeiro se preocupa com a própria saúde e cuida muito bem da alimentação. Já o segundo é o de pessoas que se irritam porque mal conseguem preparar um jantar para os amigos sem fazer compras na farmácia. 

Ambos os lados têm razão. Muitas pessoas tornam-se cuidadosas ao extremo quando ficam sabendo pelo médico que sofrem de alguma intolerância alimentar e percebem que seus distúrbios melhoram quando deixam de consumir alguma coisa. Param de comer frutas, cereais ou laticínios como se estes contivessem veneno. 

Só que, na verdade, a maior parte dessas pessoas apresenta sensibilidade a muitos desses alimentos e não é totalmente intolerante por razões genéticas. Essas pessoas costumam ter enzimas suficientes para um pouco de molho branco. Assim, podem se permitir um pedaço de pretzel ou uma fruta de sobremesa de vez em quando.

De todo modo, deve-se prestar atenção na sensibilidade em si. Nem toda inovação em nossa cultura alimentar tem, necessariamente, de descer goela abaixo. Trigo no café da manhã, no almoço e no lanche noturno, frutose em todo produto industrializado, sem exceção, ou leite por muito tempo após o período de amamentação – não é loucura se nosso corpo não gostar de nada disso. Dores abdominais constantes não surgem do nada, tampouco diarreias recorrentes ou fadiga intensa, e ninguém deve aceitar isso como normal.

ALÉM DISSO…

Excessos em geral, tratamentos à base de antibióticos, forte estresse ou infecções gastrintestinais são gatilhos típicos para que, durante um período, se reaja com sensibilidade a alguns alimentos. Porém, tão logo retorne a tranquilidade saudável, é possível colocar o intestino sensível novamente em ordem. Nesse caso, a solução não é uma renúncia para a vida toda, e sim poder voltar a comer algo que por um período não se tolerou – só que em quantidades que se consiga tolerar.

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GLÚTEN – DOENÇA CELÍACA E SENSIBILIDADE

sem glúten

No intestino humano, o glúten pode vagar pelas células sem ser totalmente digerido e, a partir disso, desfazer a ligação entre cada célula. Desse modo, as proteínas do trigo chegam a áreas às quais não deveriam chegar, o que, por sua vez, não agrada muito o sistema imunológico. Uma entre cem pessoas tem intolerância genética ao glúten (doença celíaca) e cada vez mais pessoas se mostram claramente sensíveis a ele.

As definições de doença celíaca ou sensibilidade ao glúten podem ser facilmente confundidas quando relacionadas à alimentação.

Vamos tentar entender?

Então vamos nessa!

Mas antes…

O QUE É O GLÚTEN?

glúten

O glúten não é um carboidrato, e sim uma proteína. Na verdade uma combinação delas. O glúten é a combinação de dois grupos de proteínas: a gliadina e a glutenina, encontradas dentro de grãos de trigo, cevada e centeio – mais precisamente no endosperma, a reserva nutritiva do embrião da planta.

DOENÇA CELÍACA E SENSIBILIDADE QUAL A DIFERENÇA?

Na doença celíaca, o consumo de trigo pode desencadear inflamações severas, destruir as vilosidades intestinais ou enfraquecer o sistema nervoso. As pessoas afetadas sofrem dores abdominais e diarreia, quando crianças não apresentam um bom desenvolvimento ou ficam muito pálidas no inverno.

Porém, o complicado nessa doença é que ela pode ser ora mais, ora menos pronunciada. Em inflamações menos intensas, muitas vezes não se percebe nada durante anos. De vez em quando, a pessoa sente dor abdominal ou, eventualmente, sofre de anemia, que só por acaso chama a atenção do clínico geral. No momento, a melhor terapia em caso de doença celíaca é renunciar ao trigo e a seus derivados.

Leia também: DOENÇA CELÍACA E PROBIÓTICOS

SENSIBILIDADE AO GLÚTEN

Quando há uma sensibilidade ao glúten, pode-se ingerir trigo sem sofrer grandes danos no intestino delgado, mas é recomendável não exagerar. Contudo, muitas pessoas só percebem uma melhora depois de uma a duas semanas sem glúten. De repente, têm menos problemas digestivos ou gases, menos dor de cabeça ou nas articulações. 

contém glúten

Algumas pessoas conseguem se concentrar melhor ou sentem-se menos cansadas ou exaustas. A sensibilidade ao glúten só começou a ser pesquisada com mais profundidade há pouco tempo. Por enquanto, o diagnóstico pode ser resumido da seguinte forma:

  • As dores melhoram com uma alimentação sem glúten, mesmo que os testes de doença celíaca deem negativos;
  • Embora as vilosidades intestinais não inflamem nem se danifiquem, possivelmente o sistema imunológico é afetado pela ingestão de muitos pãezinhos;
  • A permeabilidade do intestino também pode aumentar apenas por pouco tempo, por exemplo após a ingestão de antibióticos, através do consumo elevado de álcool ou devido ao estresse.

Quem reage com sensibilidade ao glúten por essas razões pode até manifestar indícios de uma verdadeira intolerância. Nesse caso, é recomendável renunciar ao glúten por um tempo. Importantes para o diagnóstico final são um exame aprofundado e a comprovação de determinadas moléculas nos glóbulos sanguíneos.

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COMIDA – O QUE REALMENTE COMEMOS?

comida

Você já parou para refletir sobre sua comida? O que realmente está ingerindo?

Vamos fazer um passeio para tentarmos esclarecer?

Então vamos nessa!

A FASE MAIS IMPORTANTE DA DIGESTÃO

A fase mais importante da nossa digestão ocorre no intestino delgado, quando a superfície mais extensa depara com o menor fragmento de alimento. Nesse local é decidido se toleramos lactose, o que é um alimento saudável ou que tipo de comida provoca alergias.

COMIDA INTESTINO DELGADO

Nessa última etapa, nossas enzimas digestivas trabalham como minúsculas tesouras. Vão recortando a comida até ela chegar ao mínimo denominador comum com as células do nosso corpo.

O truque da natureza é que todas as coisas consistem nos mesmos materiais fundamentais: moléculas de açúcar, aminoácidos e gorduras. Todos os nossos alimentos provêm de seres vivos – pela definição biológica, entre eles estão tanto uma macieira quanto uma vaca.

AS MOLÉCULAS DE AÇÚCAR – COMIDA

Moléculas de açúcar podem ligar-se a cadeias complexas. Nesse caso, já não têm o gosto doce e constituem os chamados carboidratos, presentes em alimentos como pão, macarrão ou arroz.

Quem digere uma torrada recebe, após o trabalho de fragmentação realizado pelas enzimas, o seguinte produto final. A mesma quantidade de moléculas de açúcar encontrada em algumas colheres de açúcar branco. 

açúcar comida

A única diferença está no fato de que o açúcar comum não necessita de um grande processamento por parte das enzimas, pois chega tão fragmentado ao intestino delgado que pode ser diretamente absorvido pelo sangue. Muito açúcar puro de uma só vez adoça nosso sangue por um curto período.

O açúcar da torrada clara é digerido pelas enzimas com relativa rapidez. Já com o pão integral o processo é bem mais demorado. Ele consiste em cadeias muito complicadas, que têm de ser desmontadas pedaço por pedaço. 

ASSIM…

Em vez de ser uma bomba de açúcar, o pão integral é um depósito benéfico dessa substância. De resto, o corpo precisa reagir de maneira muito mais intensa a uma edulcoração repentina para trazer tudo de volta a um equilíbrio saudável.

Por isso, libera grandes quantidades de hormônio, sobretudo insulina, fazendo com que, passada a operação especial, logo voltemos a nos sentir cansados. Quando o açúcar não é absorvido rápido demais, ele é um importante recurso natural.

Podemos utilizá-lo como combustível para nossas células. Assim também para produzir estruturas próprias de açúcar, como os glicocálices em forma de galhos de veado em nossas células intestinais.

Apesar disso, nosso corpo gosta de doce açucarado, pois assim economiza trabalho. Justamente porque esse tipo de açúcar é de absorção mais rápida, tal como as proteínas quentes. Acrescente-se a isso que o açúcar é convertido em energia a uma velocidade muito elevada. Por sua vez, este bem-sucedido fornecimento de energia é recompensado pelo cérebro com boas sensações.

ARMADILHA AÇUCARADA 

armadilha açucarada

Nunca na história da humanidade tivemos de lidar com uma oferta tão excessiva de açúcar. Nos supermercados americanos, cerca de 80% dos produtos industrializados são acrescidos de açúcar. Portanto, do ponto de vista da técnica da evolução, nosso corpo acabou de encontrar o esconderijo de comida doce e se empanturra inocentemente, antes de desmoronar no sofá com um choque de açúcar e dor de barriga.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o quarto maior consumidor de açúcar no mundo (12 milhões de toneladas/ano).

Ainda segundo a entidade, os brasileiros consomem 50% a mais de açúcar do que o recomendado. Isso significa que, por dia, cada brasileiro, consome, em média, 18 colheres de chá do produto (o que corresponde a 80g de açúcar/dia), quando o recomendado pela OMS seria até 12 colheres.

Embora saibamos que não faz bem ficar beliscando muitos doces, não podemos levar a mal nossos instintos se eles aproveitam a ocasião com entusiasmo. Se ingerimos comida com açúcar demais, simplesmente o armazenamos para períodos difíceis. No fundo, é um procedimento prático.

ARMADILHA AÇUCARADA

Por um lado, fazemos isso remodelando-o em cadeias de açúcar muito longas e armazenando-o como glicogênio no fígado; por outro, transformando-o em gordura e acumulando-o no tecido adiposo.

O açúcar é a única substância que nosso corpo consegue utilizar com pouco gasto de energia para produzir gordura.

Depois de alguns instantes de corrida, as reservas de glicogênio são consumidas. Bem no momento em que se pensa: de repente essa corrida ficou cansativa. Por isso, os fisiologistas da nutrição aconselham que se pratique no mínimo uma hora de atividade física quando se quer perder gordura.

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No mais tardar, após a primeira diminuição do desempenho, as nobres reservas são efetivamente extraídas. Talvez fiquemos irritados com o fato de que a gordura abdominal não vá logo embora. Mas nosso corpo não entende essa irritação, afinal, as células humanas veneram a gordura.

GORDURA – COMIDA

De todas as partículas alimentares, a gordura é a substância mais eficiente e valiosa. Os átomos são agrupados de maneira tão inteligente que a gordura – em comparação com os carboidratos ou as proteínas – consegue reunir o dobro de energia por grama. Nós a utilizamos para revestir os nervos, tal como os invólucros de plástico ao redor dos cabos elétricos. 

Graças a esse revestimento, pensamos com mais rapidez. Alguns hormônios importantes no nosso corpo são feitos de gordura. Além disso, cada uma de nossas células é envolvida em uma membrana gordurosa. 

Uma substância tão importante como essa é protegida, e não dissipada logo no primeiro e curto sprint. Caso sobrevenha mais um período de carestia – e foram muitos nos últimos milhões de anos –, todo grama de gordura abdominal torna-se um seguro de vida. 

gordura

Para nosso intestino delgado, a gordura também é algo muito especial. Como os outros nutrientes, não pode simplesmente sair do intestino e ser absorvida pelo sangue. A gordura não se dissolve em água. Ela poderia obstruir os minúsculos vasos sanguíneos nas vilosidades do intestino delgado e boiar nas veias como azeite na água do espaguete. Por isso, a absorção da gordura ocorre de maneira diferente: através do sistema linfático.

SISTEMA LINFÁTICO

Os vasos linfáticos são para os vasos sanguíneos mais ou menos o que o Robin é para o Batman. Todo vaso sanguíneo no interior do corpo é acompanhado por um vaso linfático. Assim como toda pequena veia no intestino delgado.

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As veias são espessas e vermelhas e bombeiam heroicamente os nutrientes para nossos tecidos. Os vasos linfáticos são finos, de esbranquiçados a transparentes. Eles recuperam no tecido o fluido bombeado e transportam células imunocompetentes para prover todas as partes com o que é necessário.

Os vasos linfáticos são muito frágeis porque não possuem paredes musculosas como nossas veias. Com frequência, trabalham com a força da gravidade. É por isso que de manhã, quando acordamos, nossos olhos ficam inchados.

sistema linfático

Na posição deitada, a gravidade não consegue fazer muita coisa. E, embora os pequenos vasos linfáticos do rosto fiquem abertos de bom grado, somente quando nos colocamos em pé é que o fluido que durante a noite foi transportado para esse local pode voltar a fluir para baixo. Após uma longa caminhada, nossas pernas não se enchem de líquido, pois, a cada passo, seus músculos comprimem os vasos linfáticos, fazendo com que a água dos tecidos seja mandada para cima.

Em todo o corpo, a linfa está entre os subestimados fracos – a não ser no intestino delgado. Nele, ela faz sua grande aparição! Todos os vasos linfáticos confluem para um vaso consideravelmente largo. Lá, podem reunir toda a gordura acumulada, sem o risco de obstrução.

O DUCTO TORÁCICO 

Poderíamos apresentá-lo da seguinte forma: “Viva o ducto! E que ele nos ensine por que a gordura nobre é tão importante, e a ruim, tão nociva!” Logo após uma refeição rica em gordura, encontram-se no ducto tantas gotas minúsculas de gordura que o fluido deixa de ser transparente para adquirir um aspecto leitoso, que recebe o nome de quilo. 

Tanto os homens quanto as mulheres o possuem. Depois que se acumula no ducto, a gordura faz uma curva no abdômen, atravessa o diafragma e vai direto para o coração. Nele é vertido o líquido acumulado das pernas, das pálpebras e do intestino. Portanto, seja o nobre azeite de oliva, seja a gordura resultante de uma fritura barata, tudo é despejado diretamente no coração. Antes disso, não há nenhum desvio pelo fígado – como acontece com todas as outras coisas que digerimos.

A desintoxicação da gordura perigosa e ruim só ocorre depois que o coração já bombeou tudo com força e que as gotas de gordura chegaram por acaso a um vaso sanguíneo do fígado.

Este órgão abriga muito sangue, razão pela qual é alta a probabilidade de logo ocorrer um encontro. Mas antes o coração e os vasos ficam entregues, sem nenhuma proteção, ao que se pode adquirir no McDonald’s e companhia pelo menor preço.

GORDURA BOA E GORDURA RUIM – COMIDA

comida

Assim como a gordura ruim pode fazer mal, a boa pode ter efeitos maravilhosos. Quem gastar um pouco mais com um verdadeiro azeite de oliva (extravirgem) prensado a frio, molhará sua baguete em um bálsamo benéfico para o coração e os vasos sanguíneos. 

Muitos dos estudos sobre o azeite de oliva sugerem que ele é capaz de proteger-nos da arteriosclerose, do estresse celular, do Alzheimer e de doenças oculares (como a degeneração da mácula). Além disso, veem-se efeitos positivos no caso de doenças inflamatórias, como na artrite reumatoide, e na prevenção a determinados tipos de câncer.

Não somos os únicos a nos beneficiar do azeite de oliva; nossas bactérias intestinais também gostam desse pequeno cuidado.

Um bom azeite de oliva pode até custar um pouco mais, mas não tem gosto rançoso – ao contrário, é verde e frutado – e, ao ser engolido, às vezes causa uma sensação de aspereza devido ao tanino. Quem achou essa descrição abstrata demais pode consultar os diversos selos de qualidade nas boas garrafas.

FIQUE LIGADO

Verter alegremente o azeite de oliva em uma frigideira não é uma boa ideia, pois o calor estraga muita coisa. Embora as bocas quentes do fogão deixem o bife e o ovo uma maravilha, não são boas para os ácidos graxos oleicos, que podem ser quimicamente alterados.

Os azeites nobres não apenas são sensíveis ao calor, como também apanham radicais livres no ar. Os radicais livres causam muitos danos ao nosso corpo porque, na verdade, não gostam nem um pouco de ser livres, preferindo estar firmemente presos a algum lugar. 

Desse modo, ligam-se a tudo que é possível – vasos sanguíneos, pele do rosto ou células nervosas –, causando rompimento de vasos, envelhecimento da pele e doenças nervosas. Se quiserem se prender ao nosso azeite, tudo bem, mas, por favor, só ao nosso corpo, e não à nossa cozinha. Por isso, é importante fechar bem a garrafa depois de usá-la e guardá-la na geladeira.

GORDURA ANIMAL E GORDURA VEGETAL

A gordura animal presente na carne, no leite ou nos ovos contém muito mais ácidos araquidônicos do que os óleos vegetais. A partir dos ácidos araquidônicos, nosso corpo produz sinais químicos hiperalgésicos.

Em contrapartida, em óleos como o de canola, linhaça ou cânhamo, há uma quantidade maior de ácidos alfalinoleicos, que são anti-inflamatórios. Enquanto no azeite de oliva encontra-se uma substância com efeito parecido, conhecida como oleocanthal. Essas gorduras agem de modo semelhante ao ibuprofeno ou à aspirina, só que em doses muito menores.

Portanto, não ajudam em caso de dor aguda de cabeça. Mas um uso regular delas pode ajudar quando se tem uma doença inflamatória. Ou ainda, se sofre com frequência de dores de cabeça ou resultantes da menstruação.

Às vezes, as dores se atenuam quando se passa a consumir mais gordura vegetal do que gordura animal.

EXCESSO DE GORDURA NO CORPO

No corpo também pode haver excesso de gordura, que, quando em excesso – não importa se é gordura boa ou ruim –, ultrapassa nossas capacidades. É como passar creme demais no rosto. Os fisiologistas da nutrição recomendam suprir de 25% a 30% da necessidade diária de energia com gordura. Isso equivaleria, em média, a 55 até 66 gramas por dia. Pessoas de grande porte que praticam esportes podem consumir um pouco mais. Enquanto as de constituição física menor e mais sedentárias devem consumir menos.

Depois dos carboidratos e da gordura, agora só falta a terceira e talvez mais desconhecida pedra fundamental da nossa comida: os aminoácidos.

AMINOÁCIDOS – COMIDA

É estranho imaginar, mas o tofu de sabor neutro ou semelhante a nozes ou a carne condimentada e salgada consiste em meros ácidos pequenos. Como no caso dos carboidratos, os pequenos tijolos são alinhados em cadeia. Por isso, têm um sabor diferente e acabam recebendo outro nome: proteína. 

No intestino delgado, as enzimas digestivas desmontam a estrutura, e a parede do intestino apanha os fragmentos valiosos. Existem vinte desses aminoácidos e infinitas possibilidades de combiná-los com as mais diferentes proteínas. Entre muitas outras coisas, nós, humanos, construímos a partir disso nosso DNA. Nosso patrimônio genético, a cada nova célula que diariamente produzimos.

Outros seres vivos fazem o mesmo, quer sejam plantas, quer sejam animais. Por isso, tudo que consegue se alimentar na natureza contém proteína. Contudo, seguir uma alimentação sem carne nem sintomas de deficiência é mais difícil do que muitos imaginam. As plantas constroem proteínas diferentes das dos animais e muitas vezes utilizam tão pouco um aminoácido que suas proteínas são consideradas “incompletas”. Se quisermos construir nossas próprias proteínas a partir dos seus aminoácidos, só avançaremos na cadeia até um aminoácido nos escapar!

AMINOÁCIDOS – COMIDA

Proteínas incompletas acabam sendo destruídas, e eliminamos os pequenos ácidos através da urina ou os reciclamos de alguma forma. Ao feijão falta o aminoácido metionina ; ao arroz e ao trigo falta a lisina ; ao milho chegam a faltar dois: a lisina e o triptofano! 

Mas este não é o triunfo dos amantes da carne sobre as pessoas que não consomem esta comida: vegetarianos e veganos só precisam fazer combinações mais inteligentes. Embora o feijão não contenha metionina , tem uma enorme quantidade de lisina – uma tortilha de trigo com pasta de feijão e um belo recheio fornece todos os aminoácidos necessários para se produzirem as próprias proteínas. 

Leia também: VEGANOS PODEM CONSUMIR KEFIR?

Quem come ovo e queijo também consegue equilibrar as proteínas incompletas. Em muitos países, há séculos as pessoas fazem suas refeições de maneira totalmente intuitiva, e as complementam da seguinte forma: arroz com feijão, macarrão com queijo, pão pita com homus ou torrada com manteiga de amendoim. Teoricamente, a combinação nem precisa ser feita em uma mesma refeição; basta que ocorra ao longo do dia.

Há também vegetais que contêm todos os aminoácidos importantes em quantidades suficientes. São eles a soja, a quinoa ou ainda o amaranto, as algas espirulina, o trigo sarraceno e as sementes de chia. Por isso, o tofu tem direito à sua fama de substituto da carne. Mas com a limitação de que cada vez mais pessoas apresentam reações alérgicas a ele.

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REFERÊNCIA:

O discreto charme do intestino, Enders, G. umfmartinsfontes, São Paulo, 2015.

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TRANSTORNOS ALIMENTARES – VAMOS ENTENDER?

transtornos alimentares

Transtornos alimentares é um tema que merece uma atenção especial.

Quando foi que a sociedade se perdeu a ponto de termos a comida como a nossa inimiga? Quando que nossos corpos começaram a ser odiados pela sua forma? Nesta compulsão fitness, corpos “perfeitos” nos dão uma distorção gigante do que é se nutrir e como levar uma vida saudável.

NOS VENDEM SAÚDE, MAS NOS DÃO ESTÉTICA E PADRONIZAÇÃO

Ai, como é difícil amar o nosso corpo! A pressão estética nos conduz a este caminho, a mídia, a medicina desumanizada, as marcas, os moldes…. tudo. E você ainda está se punindo pensando nas guloseimas do São João enquanto lê este texto, eu sei.

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Por essas e outras que é mais comum do que a gente imagina ver pessoas sofrendo com transtornos alimentares. É a amiga que para de comer (ou não consegue parar), o cara que não sai da academia e chega a tomar “bomba” para esculpir os músculos ou quem toma laxantes e até induz vômito. 

 transtorno alimentar homens


Nós aqui da BioLogicus costumamos falar bastante sobre a importância da alimentação. Assim também da prática de exercícios físicos diariamente, mas é preciso atenção: TUDO EM EXCESSO PODE VIRAR PROBLEMÁTICO! 

Esse assunto é bastante sério e talvez mais comum do que você imagina (inclusive na minha vida, sabia?). Por isso resolvi aproveitar esse espaço aqui no blog para discutir um pouquinho com vocês (espero esclarecer e ajudar) sobre o assunto. 

DICA: O exercício físico não pode se tornar uma punição para você. Não entre nessa de “comeu, tem que pagar”.  

Leia também: SER MAGRO NÃO SIGNIFICA TER SAÚDE

TRANSTORNOS ALIMENTARES

Se você se identificar em algum dos comportamentos abaixo (ou no de alguém que você gosta), recomendo procurar um especialista – médicos (nutrólogos, psiquiatras e clínicos gerais), nutricionistas, psicólogos, preparadores físicos e outros profissionais em conjunto são essenciais para recuperar a nossa saúde (física e mental). Não tenha medo, os profissionais são preparados para estarem com a gente nessa – árdua – caminhada. 

transtornos alimentares

SE LIGA: Para quem sofre com algum desses transtornos alimentares, o apoio da família e dos amigos é importante DEMAIS. Negar que existe algo errado não é um bom caminho, muito embora a falta de comunicação nesses casos pareça o padrão (muitas vezes a família também precisa de cuidados, como terapia familiar)! 

transtorno alimentar

É difícil definir o que desencadeia cada um desses transtornos alimentares. Porém, já é sabido que existe um fator social nisso tudo, por isso é tão importante a gente falar sobre o culto à padrões estéticos inalcançáveis. 

SE LIGA: Falar sobre mudança de padrões pode parecer trabalho de formiguinha, mas se começarmos a trazer esses assuntos nas nossas “bolhas sociais”, vamos desmistificando aos poucos as situações em que o “saudável” se torna problemático. 

Vamos começar a olhar para dentro e não apenas para fora? Cuidar da aparência, mas ainda mais (e principalmente!) de como a gente se sente. SE AMAR É UM ATO REVOLUCIONÁRIO!

Se identificou com os sintomas listados aqui? Procure ajuda. 

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DIGESTÃO E ENERGIA – QUAL A RELAÇÃO?

digestão
digestão e energia

Nossa digestão é realizada em uma área cem vezes maior do que nossa pele. Isso parece muito desproporcional para uma pequena porção de batata frita ou uma única maçã. Mas é justamente disto que se trata em nosso abdômen: aumentamos a nós mesmos e diminuímos tudo que é estranho até ele se tornar minúsculo o bastante para conseguirmos absorvê-lo e transformá-lo em uma parte de nós.

Nossa energia depende da nossa digestão!

Vamo entender?

Então vamos nessa!

ONDE TUDO COMEÇA

É na boca que começamos a fazer isso. Uma mordida na maçã só parece suculenta porque, com nossos dentes, estouramos muitos milhares de células da fruta como se fossem balões. 

digestão e energia

Quanto mais fresca estiver a maçã, mais células estarão intactas; por isso, as mordidas barulhentas nos parecem mais confiáveis.

 Assim como gostamos do frescor crocante, também preferimos alimentos aquecidos, ricos em proteínas. Bifes, ovos mexidos ou tofu assado nos parecem mais apetitosos do que carne crua, ovos moles ou tofu frio. Isso também está ligado ao nosso entendimento intuitivo. 

No estômago, um ovo cru sofre o mesmo que na frigideira: a clara fica branca, a gema adquire um tom pastel, e ambas se coagulam. Se vomitarmos após um tempo suficientemente longo, o resultado será algo muito parecido com um ovo mexido, e isso sem nenhum aquecimento.

Sobre a boca do fogão, as proteínas reagem exatamente como ao ácido gástrico – elas se desdobram. Sua estrutura não é tão inteligente a ponto de permitir, por exemplo, que se dissolvam em clara; ao contrário, apresentam-se em fragmentos brancos. Assim, tanto no estômago quanto no intestino delgado podem ser decompostas de maneira muito mais simples.

Portanto, cozinhar poupa-nos de toda a primeira carga de energia, que, do contrário, o estômago teria de gastar para “desdobrar” as proteínas, e, desse modo, é a parte terceirizada da nossa digestão.

A ÚLTIMA REDUÇÃO DO ALIMENTO

A última redução do alimento que consumimos ocorre no intestino delgado. Logo no começo, há um pequeno orifício na parede do intestino, a papila. Ela lembra um pouco os pequenos pontos de salivação na boca, mas é maior. 

Através dessa minúscula abertura, nossos sucos digestivos são esguichados no bolo alimentar.

Assim que comemos alguma coisa, eles são produzidos no fígado e no pâncreas e, em seguida, fornecidos às papilas. Contêm os mesmos componentes dos sabões em pó e detergentes que encontramos no supermercado: enzimas digestivas e solventes de gordura. 

digestão

O sabão em pó age contra as manchas porque, por assim dizer, “digere” na roupa as substâncias gordurosas, que contêm proteínas ou açúcar, e levam-nas embora quando são esfregadas e enxaguadas.

O que ocorre no intestino delgado é bem parecido. Só que nele, em comparação, são dissolvidos pedaços gigantescos de proteína, gordura ou carboidratos, para que possam chegar ao sangue através da parede intestinal. 

Um pedacinho de maçã transforma-se em uma solução nutriente feita de muitos bilhões de moléculas energéticas. Para absorver todas, é necessária uma superfície extensa – sete quilômetros de comprimento são o ideal.

Assim, ainda sobra uma zona de segurança caso haja inflamação no intestino ou se pegue uma gripe intestinal.

TRAJETÓRIA DO ALIMENTO

Em cada vilosidade do intestino delgado encontra-se um minúsculo vaso sanguíneo, que é alimentado com as moléculas reabsorvidas. Todos os vasos do intestino delgado confluem para o fígado e o percorrem. 

alimentação e energia

O fígado examina nosso alimento em busca de substâncias nocivas e tóxicas e as aniquila antes que cheguem à nossa grande corrente sanguínea. Se comemos demais, é nele que se deposita a primeira reserva de energia. 

Do fígado, o sangue nutritivo parte diretamente para o coração. Do coração, é bombeado com força para as muitas células do corpo. Uma molécula de açúcar desembarca, por exemplo, em uma célula da pele no mamilo direito, onde é absorvida e queimada com oxigênio. 

Ao mesmo tempo, produz-se energia para manter a célula viva, e como produtos secundários surgem calor e minúsculas quantidades de água. De modo geral, isso acontece em tantas pequenas células ao mesmo tempo, que mantemos uma temperatura constante de 36°C a 37°C.

O PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DO NOSSO METABOLISMO ENERGÉTICO – DIGESTÃO

O princípio fundamental do nosso metabolismo energético é simples: para que uma maçã amadureça, a natureza consome energia. Os seres humanos, por sua vez, fragmentam a maçã e a queimam em seguida até o nível das moléculas. 

energia

Utilizamos a energia liberada para viver. Todos os órgãos que surgem a partir do tubo intestinal podem fornecer material combustível para as nossas células. Nossos pulmões também absorvem moléculas a cada respiração.

“Respirar” significa, por assim dizer, “absorver alimento gasoso”. Boa parte do nosso peso corporal resulta dos átomos respirados, e não apenas de uma salada. As plantas chegam a retirar do ar, e não da terra, a maior parte do seu peso.

Leia também: NUTRIÇÃO E FORÇA DE VONTADE

Portanto, guardamos energia em todos os nossos órgãos – e somente no intestino delgado recebemos alguma coisa em restituição. Isso transforma a comida em uma atividade de recompensa.

No entanto, não se pode esperar um impulso de energia logo após a ingestão do último pedaço de comida. De fato, muitas pessoas ficam até cansadas. A comida ainda não chegou ao intestino delgado; está presa em meio aos preparativos da digestão. A fome já foi embora, pois o estômago se expandiu com a comida, mas estamos tão moles quanto antes de comer e precisamos obter mais energia para a mistura e a fragmentação. 

Ao mesmo tempo, uma boa quantidade de sangue flui por nossos órgãos da digestão. Por isso, muitos cientistas partem do princípio de que nosso cérebro fica cansado com a menor circulação de sangue.

OUTRAS EXPLICAÇÕES PARA O CANSAÇO PÓS REFEIÇÃO – DIGESTÃO

Alguns especialistas afirmam: “Se todo o sangue da cabeça estivesse no abdômen, morreríamos ou desmaiaríamos.”

De fato, há outras causas possíveis para o cansaço depois de uma refeição. Determinados sinais químicos, que liberamos quando estamos satisfeitos, podem estimular áreas do cérebro que nos deixam cansados. 

Talvez o cansaço resultante desse trabalho perturbe nosso cérebro, mas nosso intestino delgado o acha ótimo. Ele pode trabalhar com a máxima eficiência quando estamos confortavelmente relaxados, pois é quando a maior parte da energia está à sua disposição e o sangue não está repleto de hormônios do estresse. 

Em matéria de digestão, quem gosta de ler tranquilamente um livro é mais bem-sucedido do que um executivo tenso.

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REFERÊNCIA:

O discreto charme do intestino, Enders G. Umfmartinsfontes, São Paulo, 2015.

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CORAÇÃO – UM TERCEIRO CÉREBRO?

coração

Sim, seu coração não é apenas uma máquina que bate sem sentimentos. Ele sente, pensa e decide.

COMO ASSIM O CORAÇÃO SENTE, PENSA E DECIDE?

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Ele concentra cerca de 40.000 neurônios e uma rede de neurotransmissores com funções muito precisas. Do total de células que o coração tem, 67% são células nervosas. O coração é o único órgão capaz de enviar informação de forma autônoma ao cérebro com base nos estímulos orgânicos que recebe. Ele se encarrega da homeostase. O que isto significa? Que entre as suas diversas e vitais funções também está a de garantir o nosso equilíbrio emocional.

EQUILÍBRIO EMOCIONAL

Ele sabe que as emoções nos ajudam a nos conectar com as outras pessoas. Por isso, e apenas como exemplo, este é um órgão que se encarrega de produzir certos hormônios que asseguram o equilíbrio geral do corpo. Além disso, estimula a liberação de ocitocina, o hormônio do cuidado, do carinho e do amor. 

Ele envia mais informações ao cérebro do que o cérebro envia ao coração. Por isso, de acordo com a Escola de Medicina de Harvard, conversações químicas entre o coração e o cérebro afetam ambos os órgãos.

coração

O campo eletromagnético dele é o mais potente de todos os órgãos do corpo. Cinco mil mais intenso que o do cérebro. E esse campo muda em função do estado emocional. Esse campo se estende ao redor do corpo entre dois e quatro metros. Por isso todos os que nos rodeiam recebem a informação energética contida no nosso coração.

Leia também: FOCO NO INTESTINO – SEGUNDO CÉREBRO

VOCÊ SABIA QUE O FETO DESENVOLVE PRIMEIRO O CORAÇÃO ANTES DO CÉREBRO?

Talvez seja por isso a emoção dos pais quando escutam os primeiros batimentos cardíacos do seu filho. Além disso, as ondas cerebrais da mãe podem sincronizar com os batimentos cardíacos do seu bebê. McCraty, do Instituto HearthMath* explicou: “O batimento do coração é similar a um código Morse, cujas mensagens refletem seu estado emocional”.

coração

PRÁTICAS POSITIVAS

Emoções positivas criam benefícios fisiológicos em seu corpo, que estão diretamente associadas com o seu sistema imune. Assim também, emoções positivas pode ajudar o cérebro na criatividade e inovação para resolver problemas, aumentando a habilidade do cérebro de tomar boas decisões.

Cuide do seu corpo, alimente-o  bem, mas não esqueça de cultivar as qualidades do coração: a abertura para o próximo, o escutar, a paciência, a cooperação, enfim as boas emoções ou pensamentos positivos. O sábio Salomão já falava disso nos Provérbios escrevendo:  “acima de tudo, guardem o vosso coração, porque dele procedem as fontes da vida.”

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