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FLORA INTESTINAL – ELA NÃO EXISTE

Flora intestinal

Você sabia que o termo flora intestinal atualmente não se aplica mais?
Flora intestinal não existe! Assim como também não existe fauna intestinal!
O termo correto para falar atualmente é microbiota intestinal.
Se achegue, vamos tentar esclarecer sobre o assunto

PORQUE CHAMÁVAMOS A MICROBIOTA INTESTINAL DE FLORA INTESTINAL?

Flora intestinal
Até hoje algumas pessoas utilizam o termo flora intestinal, pois ele ainda é muito difundido em alguns medicamentos utilizados para manter o equilíbrio da microbiota.
O termo flora intestinal, surgiu tempos atrás, quando as bactérias eram classificadas como plantas até 1866. Depois disso elas ganharam reino próprio. O chamado reino monera. Sendo assim, o reino monera é composto por bactérias, cianobactérias e arqueobactérias.
A partir daí, o que antes era flora intestinal, passou a ser chamado de microbiota intestinal.
Em ecologia, o termo microbiota é um conjunto de microrganismos que habitam um ecossistema, principalmente bactérias.
Na composição do nosso intestino, podemos encontrar grupos de bactérias. Essas bactérias são auxiliadoras em vários processos do nosso organismo. Entre eles estão:

  • Digestão de alimentos;
  • Monitoramento do desenvolvimento de microrganismos que causam doenças.

VOCÊ SABIA QUE A MICROBIOTA INTESTINAL SE DIVIDE EM DOIS TIPOS?

PERMANENTE:

Está diretamente ligada a mucosa do intestino. É composta por vários microrganismos fixos, que se proliferam com agilidade. Por sua vez, esses microrganismos estão bem adequados no corpo.

TRANSITÓRIA:

Não está ligada a mucosa do intestino. Essa microbiota está diretamente ligada ao que você come e ao meio ambiente que você vive.

Todos esses microrganismos, sejam permanentes ou transitórios, são importantes para manter uma microbiota intestinal saudável. Pois, cada um possui funções específicas no organismo.

ALIMENTAÇÃO: FATOR PRIMORDIAL PARA MANTER O EQUILÍBRIO DA MICROBIOTA INTESTINAL

É importante manter uma alimentação saudável, para que sua microbiota intestinal (flora intestinal), funcione em perfeito estado.
Inserir alimentos probióticos em sua dieta, é uma opção para quem deseja manter esse equilíbrio. Tendo em vista que esses alimentos são compostos por bactérias benéficas que auxiliam o organismo.
Quando ingeridos, os probióticos juntam-se a microbiota existente e contribuem na absorção de nutrientes.

LEIA TAMBÉM: 6 ALIMENTOS PROBIÓTICOS PODEROSOS

O desequilíbrio dessa microbiota é chamada de disbiose. Este desequilíbrio é causado pela diminuição do número de bactérias boas do intestino. Em contrapartida ocorre o aumento das bactérias capazes de causar doenças.
Quando isso acontece, o organismo não consegue absorver nutrientes essenciais para manter um bom funcionamento. Dessa maneira, o corpo fica carente de vitaminas.
Hábitos simples como mastigar bem os alimentos consumidos, contribuem para o bom funcionamento da microbiota intestinal também.
Vale salientar que automedicação também pode provocar desequilíbrio em sua microbiota. Logo, não tome medicamentos sem prescrição médica.

E LEMBRE-SE!!!

Mesmo com prescrição, medicamentos como antibióticos, anti inflamatórios, bem como os anticoncepcionais, causam problemas na parede intestinal. É importante sempre pedir orientação médica e falar sobre o uso de probióticos associados ao período de tratamento com tais medicações.

Cuidar bem da sua antiga flora intestinal, hoje microbiota intestinal, faz toda diferença para sua saúde.

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FOCO NO INTESTINO: O SEGUNDO CÉREBRO

Cérebro e intestino.

Conhecido como o segundo cérebro, o intestino deveria ser o centro de nossas atenções.
Nele existe toda uma rede de neurônios. Por sua vez, os neurônios são cheios de importantes neurotransmissores, onde é produzido 95% da serotonina (o hormônio da felicidade).
Sendo assim, o intestino e o cérebro estão conectados desde a concepção. Quando o feto começa a se desenvolver uma parte se converte em sistema nervoso central. Enquanto a outra dá origem ao sistema digestivo. Os dois sistemas estão conectados por meio do nervo vago. Dessa forma, o nervo vago é a principal via que as bactérias utilizam de nosso intestino para transmitir informação ao nosso cérebro (Figura 1). Assim, para se ter uma saúde excelente, é necessário focar no equilíbrio do nosso intestino.

Intestino nosso segundo cérebro
Fonte: Timothy G. Dinan et al, 2015.

A figura 1, mostra as múltiplas rotas bidirecionais de comunicação entre o cérebro e a microbiota intestinal.

ESSAS ROTAS ENTRE O CÉREBRO E O INTESTINO INCLUEM:

  • O nervo vago;
  • O eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA);
  • Citocinas produzidas pelo sistema imunológico;
  • O metabolismo do triptofano;
  • A produção de ácidos graxos de cadeia curta.

Pesquisas indicam que a composição da microbiota intestinal pode influenciar na saúde e bem-estar físico, bem como psicológico, tendo comprovação de tratamento com probióticos até mesmo em casos de doenças mentais graves e crônicas.
Sendo assim, quando você utiliza probióticos provenientes de uma fermentação, além dos próprios microrganismos, você se beneficia com as enzimas geradas nesse processo. Estas substâncias melhoram a digestão, assim também, teremos uma melhor evacuação.

Quando alimentamos nosso segundo cérebro dessa forma, estamos focando no fortalecimento do sistema digestivo que é responsável pela maioria das enfermidades que nos acometem.

Um intestino que funciona regularmente, todos os dias, com certeza é um dos principais fatores que nos ajuda a manter nosso segundo cérebro equilibrado.

Leia também: MAS AFINAL, O QUE É PROBIÓTICO?
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Referências:
Calum J. Walsh et al. Beneficial modulation of the gut microbiota. FEBS Letters (2014), V.588 (22), p.4120-4130.
Clara Seira Oriach et al. Food for thought: The role of nutrition in the microbiota-gutebrain axis. Clinical Nutrition Experimental 6 (2016) 25e38.
Kieran Rea, Timothy G. Dinan, John F. Cryan.The microbiome: A key regulator of stress and neuroinflammation. Neurobiology of Stress 4 (2016) 23e33.
Timothy G. Dinan et al. Collective unconscious: How gut microbes shape human behavior. Journal of Psychiatric Research 63 (2015) 1e9.

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PECTINA: FIBRA COM AÇÃO PREBIÓTICA

fibra

Os alimentos são fontes nutricionais de diversos minerais, carboidratos e vitaminas, como por exemplo, a pectina (polissacarídeo) fibra solúvel e viscosa facilmente fermentável no cólon.
Por ser considerada uma fibra solúvel, a pectina não é digerida por enzimas humanas, mas tem ação benéfica para a microbiota intestinal e acaba formando uma espécie de gel no intestino, o que melhora o trânsito intestinal e a absorção de água. Apesar de promover pouco efeito laxativo, a pectina tem ação prebiótica, pois estimula o desenvolvimento da microbiota intestinal sadia.

Veja um artigo sobre como melhorar sua microbiota intestinal em 7 passos

As pectinas são polissacarídeos muito utilizados industrialmente. Principalmente em produtos alimentícios, aos quais são adicionados em pequenas quantidades (BRANDÃO E ANDRADE,1999).
Estrutura química da pectina

estrutura da fibra solúvel: pectiva
estrutura da pectina

No setor industrial, os polissacarídeos pécticos promovem aumento da viscosidade e funcionam como colóide estabilizante e protetor em alimentos e bebidas (Revista-fi, 2016).

EM QUAIS ALIMENTOS POSSO ENCONTRAR PECTINA?

As principais fontes para a extração comercial de pectina constituem-se na polpa. Dentre elas, estão a polpa de maçã e cascas de frutas cítricas, as quais são descritas na Tabela 1 (Revista-fi,2014).
 
Tabela 1 – Teor de pectina em algumas frutas

Fruta Substâncias pécticas % Base úmida
Maçã 0,5 – 1,6
Bagaço da maçã 1,5 – 2,5
Polpa de beterraba 1,0
Polpa de cítricos 2,5 – 4,0
Cascas de laranja 3,5 – 5,5
Tamarindo 1,71
Cenouras 0,2 – 0,5
Mamão papaia 0,66 – 1,0

A diferença nas características físico-químicas dos produtos estão apresentadas na Tabela 2 (Revista-fi, 2016).
 

PECTINA PRODUZIDA A PARTIR DA CASCA DO LIMÃO E DA LARANJA PECTINA PRODUZIDA A PARTIR DO BAGAÇO DA MAÇÃ
Coloração Branca Amarela
Sabor Levemente amargo Frutal
Gel Elástico viscoso Suave viscoso
Gelificação Tendência a ser em blocos Tendência a ser regular
Reatividade Mais reativo ao cálcio Mais reativo ao cálcio, parcialmente espumante

As pectinas são amplamente utilizadas na indústria de bebidas. Como carboidratos pobres em calorias e devido a sua propriedade de estabilizar a polpa (ou turbidez) e a viscosidade. As pectinas são particularmente indicadas no preparo de bebidas refrescantes (Revista-fi, 2014).
FICA A DICA:
A ingestão de alimentos que contenham pectina, apresenta bastante relevância para o nosso organismo. Por ser um tipo de fibra alimentar, é um composto muito importante para digestão, pois estimula o crescimento da microbiota intestinal sadia do indivíduo proporcionando o equilíbrio e impedindo a absorção de substâncias tóxicas pelo organismo, como metais pesados e microrganismos tóxicos, diminuindo o risco do desenvolvimento de câncer, entre outras doenças.
Referência: Pectina