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MICROBIOTA INTESTINAL E IMUNIDADE

     Convivemos em associação com um amplo número de microrganismos na pele, na boca, e nos diferentes sistemas do nosso organismo, que é conhecido como nosso MICROBIOMA. No entanto, é no trato gastrointestinal que se concentra  a maior parte desses nossos companheiros de viagem, constituindo assim a nossa MICROBIOTA intestinal. Tais microrganismos têm importantes funções na nossa saúde, quais sejam: estimular o sistema imunológico, proteger ao hospedeiro diante da invasão de patógenos e melhorar a digestão, especialmente de carboidratos complexos. Portanto, a microbiota intestinal desempenha um papel fundamental na saúde através de suas ações protetoras, tróficas e metabólicas. Enquanto os micróbios recebem um habitat e nutrição do hospedeiro, estes micróbios, por sua vez, ajudam o hospedeiro regulando suas várias funções fisiológicas incluindo a ingestão dietética, e conferindo imunidade protetora contra patógenos. 

      As alterações da microbiota intestinal às vezes chamadas coletivamente de “disbiose intestinal” demonstraram estar associadas a várias doenças e distúrbios como a Síndrome do intestino irritável, diabetes tipo 2, depressão, doenças cardiovasculares. A dieta, fatores ambientais e genéticos desempenham um papel importante na formação da microbiota intestinal que pode influenciar na imunidade. Sabe-se que a diversidade da microbiota intestinal é reduzida na velhice e a Covid-19 tem sido principalmente fatal em pacientes idosos, o que aponta para o papel que a microbiota intestinal pode desempenhar nesta doença. Observa-se que a microbiota intestinal pode influenciar a resposta imunitária, afetando assim a progressão da doença. Tanto uma resposta imunitária demasiado ativa como uma resposta imunitária pouco ativa, possivelmente mediada pela microbiota intestinal, pode conduzir a acontecimentos clínicos adversos graves.  

        De modo geral, é aparente que a modulação mediada pela dieta da microbiota intestinal e até mesmo da microbiota pulmonar pode influenciar a imunidade. Portanto, a dieta especialmente, personalizada, pode melhorar a profilaxia e pode ser administrada de forma ponderada aos pacientes afetados com Covid-19 para acelerar a recuperação e melhorar os resultados clínicos. Melhorar o perfil da microbiota intestinal por meio de uma nutrição personalizada e com suplementação pode ser uma das formas profiláticas através das quais o impacto desta doença pode ser minimizado em pessoas idosas e pacientes imunodeprimidos. 

         Como a microbiota intestinal é maleável e é modulada pela dieta, é imperativo que estratégias de dieta personalizadas possam ser implementadas como um suplemento às terapias de rotina atuais. Uma dieta funcional, pensada e elaborada de forma consciente deve incluir prebióticos e probióticos. No caso dos prebióticos, seu uso tem  mostrado que ocorre uma alteração não apenas da microbiota intestinal, mas também pode afetar a microbiota pulmonar, indicando a influência da nutrição na imunidade pulmonar. 

        Como os prebióticos, o papel dos probióticos, geralmente definido como “microorganismos vivos, que quando administrados em quantidades adequadas, conferem um benefício à saúde do hospedeiro”, demonstrou ter um efeito profundo sobre a saúde do hospedeiro. Foi demonstrado que os probióticos reduzem a resposta imune inflamatória induzindo a apoptose inflamatória das células T e suprimindo a expansão clonal das células T, e estão sendo feitas pesquisas para determinar se as cepas probióticas podem alterar a função das células dendríticas que apresentam antígenos. Outro mecanismo teórico é baseado na supressão do crescimento de patógenos induzido por probióticos através da secreção de fatores antimicrobianos, como ácido lático e bacteriocinas, assim como é possível que algumas cepas probióticas podem  inibir a interação de patógenos com células epiteliais intestinais. 

        Foi demonstrado que existem vários mecanismos pelos quais os probióticos podem agir, tais como interação contra produtos microbianos, efeito direto sobre outros organismos microbianos e interação com o sistema imunológico. Alimentos fermentados, principalmente contendo lactobacilos e bifidobactérias têm sido utilizados na prevenção profilática da diarréia do viajante e os probióticos têm mostrado bons resultados na melhoria das condições inflamatórias, bem como na regulação da imunidade inata.

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CORONAVÍRUS E TRATO GASTROINTESTINAL

coronavírus

Desde dezembro de 2019, vários casos de pneumonia de etiologia desconhecida foram relatados em Wuhan, província de Hubei, China. Em 7 de janeiro de 2020, um novo coronavírus foi identificado a partir de uma amostra de cotonete na garganta de um paciente pelo Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças. Em seguida, foi nomeado 2019 novo coronavírus (COVID ‐ 19) pela Organização Mundial de Saúde. 

Coronavirus COVID-19 vs. gripe: ¿Cuáles son las semejanzas y ...

Posteriormente, em 21 de fevereiro de 2020, quase 75.114 casos de infecções humanas por COVID-19 foram confirmados na China, com pelo menos 2.239 mortes relatadas. Além disso, casos adicionais se espalharam para outros países da Ásia, Europa, América, Oceania e África.

ESPÉCIES DE CORONAVÍRUS

Sabe-se que seis espécies de coronavírus causam doenças humanas. Entre elas o coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV). Além disso, o coronavírus da síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV), ambos de origem zoonótica, que podem causar doenças respiratórias graves e alta mortalidade. O COVID-19 é o sétimo. A análise filogenética do genoma viral completo (29.903 nucleotídeos) mostrou que o COVID ‐ 19 está mais intimamente relacionado (89,1% de similaridade de nucleotídeos) a um grupo de coronavírus do tipo SARS. Esse fato pode explicar parcialmente o comportamento desse novo coronavírus na infecção humana.

Estudos retrospectivos de Wuhan, China, indicaram que as principais manifestações clínicas do COVID ‐ 19 são febre, tosse e dispneia (A FAMOSA DIFICULDADE PARA RESPIRAR)Sintomas menos comuns incluem a produção de expectoração, dor de cabeça, hemoptise e alguns sintomas gastrointestinais. Parece que sintomas gastrointestinais, como diarreia (2% a 10,1%) e náusea e vômito (1% a 3,6%), não são muito comuns no momento. No entanto, uma proporção significativa de pacientes apresentou inicialmente esses sintomas gastrointestinais atípicos.

Características clínicas de pacientes com coronavírus e sintomas ...

TRANSMISSÃO

Existem evidências não apenas da transmissão de animal para humano, mas também da transmissão de humano para humano do COVID-19. Esta contaminação se dá entre contatos próximos ou através de aerossóis carregados de vírus. Embora sejam necessárias mais evidências, Zhang e cols. do Hospital Popular da Universidade de Wuhan relataram a presença de ácidos nucleicos virais nas amostras fecais e nas zaragatoas anais de pacientes com COVID ‐ 19. Portanto, existe a possibilidade de transmissão fecal-oral na infecção por COVID-19. Mais atenção deve ser dada à higiene das mãos e desinfecção do vômito, fezes e outros fluidos corporais dos pacientes.

Leia também: COVID-19 – APOIE O MICROBIOMA DIANTE DA PANDEMIA

O QUE DIZEM OS ESTUDOS ANTERIORES?

Estudos anteriores descobriram vários receptores aos quais diferentes coronavírus se ligam, como a enzima conversora de angiotensina (ACE2) para SARS-CoV. Um estudo mostrou por modelagem molecular que existe uma similaridade estrutural entre os domínios de ligação ao receptor de SARS-CoV e COVID-19. O que significa que o COVID-19 pode usar ACE2 como receptor, apesar da presença de mutações de aminoácidos no COVID‐ 19 domínio de ligação ao receptor.  

Esse achado foi verificado posteriormente por outro estudo que sugeriu que anormalidades hepáticas também podem ocorrer em pacientes com COVID ‐ 19, porque os colangiócitos são alvos desses vírus por meio da ECA2. 

Sabe-se que a ACE2 é abundante nos epitélios dos pulmões e intestino em humanos, o que pode melhorar a evidência dessa possível rota para o COVID-19. Ainda outros autores indicaram que a expressão de ACE2 está localizada principalmente na superfície luminal de células epiteliais do intestino delgado diferenciadas. Em contrapartida, menor expressão foi observada nas células da cripta e no cólon. 

Eles também ligaram a função de transporte de aminoácidos da ACE2 à ecologia microbiana no trato gastrointestinal no qual os mutantes da ACE2 exibem expressão reduzida de peptídeos antimicrobianos e mostram composição microbiana intestinal alterada. Portanto, especula-se que o COVID ‐ 19 possa, até certo ponto, estar relacionado à microbiota intestinal.

CONEXÃO ENTRE PULMÃO E TRATO GASTROINTESTINAL – CORONAVÍRUS

Coronavírus: o que é, transmissão, sintomas - Biologia Net

A conexão entre o pulmão e o trato gastrointestinal não é completamente compreendida. É sabido que o trato respiratório abriga sua própria microbiota. Mas, os pacientes com infecções respiratórias geralmente apresentam disfunção intestinal ou complicações secundárias da disfunção intestinal, que estão relacionadas a um curso clínico mais grave da doença, indicando interferência intestinal e pulmonar. Esse fenômeno também pode ser observado nos pacientes com COVID ‐ 19. 

Numerosos estudos mostraram que a modulação da microbiota intestinal pode reduzir a enterite e a pneumonia associada ao ventilador. Além disso, pode reverter certos efeitos colaterais dos antibióticos para evitar a replicação precoce do vírus influenza nos epitélios pulmonares. 

Atualmente, não há evidências clínicas diretas de que a modulação da microbiota intestinal desempenhe o papel terapêutico no tratamento de COVID-19, mas especula-se que o direcionamento à microbiota intestinal pode ser uma nova opção terapêutica ou pelo menos uma opção terapêutica ADJUVANTE. 

No início de fevereiro, as orientações (versão 5) estabelecidas pela Comissão Nacional de Saúde da China e pela Administração Nacional de Medicina Tradicional Chinesa recomendam que, no tratamento de pacientes com infecção grave por COVID ‐ 19, os probióticos possam ser usados ​​para manter o equilíbrio da micro ecologia intestinal e prevenir a infecção bacteriana secundária, o que mostra que o governo chinês e as equipes médicas de primeira linha aceitam a importância do papel da microbiota intestinal na infecção por COVID-19.

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

Enormes esforços do governo chinês e pesquisas relacionadas aceleradas foram realizadas durante esse período. Embora nenhum tratamento antiviral específico tenha sido recomendado até o momento, especula-se que os probióticos podem modular a microbiota intestinal para alterar favoravelmente os sintomas gastrointestinais e também proteger o sistema respiratório. 

Estudos futuros podem se concentrar neste ponto. Assim, seria interessante investigar se os benefícios da ECA2 na doença pulmonar podem ser mediados através da modulação da microbiota intestinal e/ou microbiota pulmonar. 

Por fim, pedi-se a todas as equipes médicas de primeira linha que sejam cautelosas e prestem mais atenção aos pacientes atípicos com uma apresentação inicial de sintomas gastrointestinais, especialmente os da área epidêmica. Espera-se que, com os esforços conjuntos e grande apoio, a COVID-19 seja superada em breve.

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REFERÊNCIAS:

2019 Novel coronavirus infection and gastrointestinal tract.

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CANDIDÍASE DE REPETIÇÃO E PROBIÓTICOS

candidíase

A candidíase vaginal é uma infecção fúngica, que afeta a maioria das mulheres em idade fértil. Já a disbiose é um desequilíbrio da microbiota intestinal que pode afetar o estado de saúde do ser humano, inclusive o sistema imunológico e o trato urogenital das mulheres. Por sua vez, os probióticos compostos por microrganismos vivos, que atuam na melhora do quadro de disbiose intestinal quando consumidos de forma regular e em quantidade suficiente. 

microbiota vaginal e candidíase

Vamos entender qual a relação existente?

Então vamos nessa!

MICROBIOTA VAGINAL

A vagina é colonizada por Lactobacillus (cerca de 50%) e por outras espécies bacterianas e de leveduras como a Candida albicans. Em menor proporção, ela é habitada por Candida glabrata bem como Candida parapsilosis. Para que os Lactobacillus prevaleçam na microbiota, é necessário manter ácido o pH da região (entre 3,5 e 4,5). Estes microrganismos convivem em equilíbrio, podendo tornar-se patógenos em determinadas situações.

microbiota vaginal

A candidíase vaginal é uma infecção fúngica, que afeta a maioria das mulheres em idade fértil. É caracterizada por corrimento vaginal em grumos semelhantes ao leite coalhado e com prurido intenso. 

Na vagina, a microbiota é constituída por inúmeros microrganismos que vivem em equilíbrio. Dentre os quais se destacam os Lactobacillus, que variam de zero a quatro espécies, podendo ser influenciados por fatores hormonais, métodos contraceptivos, dietas, relação sexual, assim também pelo uso de antibióticos, duchas vaginais, cirurgias ginecológicas e câncer cervical. Em mulheres saudáveis, a população de Lactobacillus é determinada em 107 e 108 Unidades Formadoras de Colônia por mililitro (UFC/ml) de exsudado vaginal.

A cândida está presente na microbiota vaginal normal e pode ser encontrada na pele, em mucosas e no trato gastrointestinal. Em cultivo in vitro, espécies de cândida apresentam coloração creme. Além disso, se desenvolvem em condições aeróbicas, em temperatura de 20ºC e 38ºC e apresentam pH entre 2,5 – 7,5. Quando em desequilíbrio por fatores hormonais, citopatológicos e/ou imunes, prolifera-se desordenadamente, ocasionando a infecção.

O QUE É CANDIDÍASE?   

Candidíase é uma infecção causada por fungos de diversas espécies. É a segunda vaginite mais frequente, perdendo apenas para vaginoses bacterianas. A cepa mais encontrada nessa infecção fúngica é Candida albicans, que é diagnosticada em cerca de 90% dos casos. A cepa mais resistente a antifúngicos é a Candida glabrata, responsável por menos de 5% das infecções.

candidíase

Em virtude da sua colonização, o tecido cutâneo perianal e o reto apresentam a cândida como principal fonte de infecção. A contaminação a partir do trato digestivo ocorre devido à proximidade entre o ânus e a vagina. Sendo assim, isto pode desencadear com facilidade episódios de candidíase vaginal e torná-las recorrentes.

O QUE OS DADOS DIZEM SOBRE A CANDIDÍASE? 

Estima-se que 75% das mulheres em idade fértil apresentarão pelo menos um episódio de candidíase no decorrer da vida adulta. Sendo que 5% delas terão candidíase de repetição por diversos fatores. 

A infecção fúngica de repetição pode afetar a saúde física e emocional do indivíduo. Assim também pode interferir negativamente nos relacionamentos conjugais e sexuais. 

Durante a gestação, a suscetibilidade à infecção fúngica é ampliada. Por isso, estima-se que de 70 a 85% das gestantes colonizadas pelo fungo contaminem seus bebês na hora do parto e em torno de 22 a 24% adquirem Candida albicans oral.

QUAIS SÃO OS TRATAMENTOS EXISTENTES?

O tratamento geralmente é realizado por derivados azólicos. Entre eles etão o fluconazol, o itraconazol, o cetoconazol, o sertaconazol e o miconazol, o que apresenta pouca eficácia, pois torna as mulheres resistentes e suas vaginites reincidentes. Por isso, é importante identificar o agente etiológico por meio de cultura antes de iniciar o tratamento. Principalmente nos casos de Candida glabrata, quando a infecção apresenta resistência ao fluconazol, mesmo apresentando sintomas diferenciados, como secreção aquosa, ardor intenso e prurido discreto.

Devido aos casos de infecções recorrentes, terapias alternativas têm sido propostas, promovendo, dessa forma, a utilização de ácido bórico e de probióticos em seu tratamento.

DISBIOSE INTESTINAL

O intestino é o órgão responsável pela digestão e pela absorção de nutrientes. Além disso, tem função imunológica. Sua mucosa fica exposta diariamente a diversas bactérias e microrganismos invasores, que precisam ser limitados pela barreira intestinal. Para que a função imune do intestino atue corretamente, é necessária a apresentação de três componentes essenciais: a barreira intestinal, o sistema imune e a microbiota.

disbiose intestinal

A microbiota é constituída por diversas bactérias, fungos e microrganismos. Sabe-se que a interação dessas bactérias com o hospedeiro, melhora o equilíbrio da mesma. Em contrapartida, O desequilíbrio da microbiota (disbiose) é caracterizado pelo predomínio de bactérias patogênicas. A disbiose permite, desse modo, que o intestino fique suscetível a infecções e a desordens imunes. Assim, a nutrição tem papel importante para manter a integridade intestinal, oferecendo nutrientes específicos que melhorem e restabeleçam a microbiota intestinal.

Leia também: OVÁRIO POLICÍSTICO E MICROBIOTA INTESTINAL

Disbioses têm sido provocadas por diversas doenças, como a obesidade, a diabetes bem como os distúrbios vaginais. Com isso, a microbiota pode ser manipulada por meio da dieta, que pode melhorar a saúde ou prejudicá-la.

Dentre as principais causas de disbiose está o uso irracional de antibióticos, o consumo excessivo de alimentos processados, assim também a excessiva exposição a toxinas ambientais, as disfunções hepato pancreáticas, o estresse, a idade, o tempo de trânsito e o pH intestinal, a disponibilidade de material fermentável e o estado imunológico do indivíduo. 

Quando se fala em microrganismos nocivos presentes no trato gastrointestinal, destaca-se a Candida albicans como fungo mais prevalente, afetando principalmente o esôfago. Ela também está presente no intestino delgado bem como no intestino grosso, podendo estar associada à úlcera gástrica, retardando a cicatrização, agravando a lesão e destruindo as barreiras fisiológicas normais.

PROBIÓTICOS 

Para que um probiótico possa ser utilizado na alimentação ou como componente de uma medicação. Ele precisa sobreviver à passagem do trato gastrointestinal assim também proliferar no intestino.

probióticos e candidíase

Os probióticos são encontrados em alimentos fermentados, como Kefir e/ou suplementos que contém microrganismos vivos e atuam de forma benéfica no desenvolvimento da microbiota intestinal. Além disso, também são conhecidos como bioterapêuticos, bioprotetores e bioprofiláticos, por prevenirem infecções entéricas e gastrointestinais.

Em um intestino saudável, predominam os microrganismos benéficos e promotores de saúde. Eles pertencem aos gêneros Lactobacillus (L) e Bifidobacterium (B). Como probióticos podemos destacar os seguintes Lactobacillus: L. casei, L. acidophilus, L. delbreuckii subsp. bulgaricus, L. brevis, L. cellibiosus, L. lactis, L. fermentum, L. plantarum e L. reuteri. e as Bifidobacterium: B. bifidum, B. longum, B. infantis, B. adolescentis, B. thermophilum e B. animalis. Existem ainda algumas bactérias ácidas-lácticas, consideradas probióticos que são as Enteroccocus faecalis, Enteroccocus faecium e Sporolactobacillus inulinus.

Na microbiota intestinal, os probióticos atuam na formação de uma barreira protetora, impedindo as bactérias de ligarem-se aos seus receptores, sendo excluídas do meio. Atuam também no trato gastrointestinal diminuindo diarreias, aliviando sintomas de intolerância a lactose bem como de síndrome do intestino irritável. Além disso, combatem e previnem colite pseudomembranosa e diarreias associadas ao uso de antibióticos. 

Os probióticos devem, portanto, ser administrados com cautela em indivíduos que fazem uso de varfarina e imunossupressores, como a ciclosporina, a tacrolimus, a azatioprina e osagentes quimioterápicos, pois podem causar infecções ou colonizações.

O QUE OS ESTUDOS MOSTRAM SOBRE A CANDIDÍASE?

Martinez (2008) realizou um estudo com 196 mulheres, dentre elas 64 saudáveis, 68 com candidíase vulvovaginal e 64 com vaginose bacteriana. As pacientes foram selecionadas e examinadas pelos médicos ginecologistas de um centro de atendimento de Ribeirão Preto – SP. 

Observou-se a presença e o aspecto do corrimento vaginal, determinou-se o pH da vagina assim também coletaram-se três amostras de secreção de cada paciente. As pacientes diagnosticadas com candidíase vulvovaginal e vaginose bacteriana foram tratadas com medicamentos e suplementação de Lactobacillus rhamnosus e L. reuteri. Algumas receberam placebo durante o tratamento. 

Os grupos foram formados por 30 sujeitos, sendo que em 30 dias as mulheres deveriam refazer os exames. Das 68 mulheres diagnosticadas com candidíase vulvovaginal, apenas 55 foram selecionadas para a análise estatística, pois 13 tiveram amostras negativas para candida. 29 delas foram tratadas com dose única de fluconazol (150 mg) e com cápsulas diárias de probióticos; as demais receberam o fluconazol e o placebo.

No término das quatro semanas de tratamento, pode-se concluir que em 89,7% dos casos houve cura da candidíase vulvovaginal das mulheres tratadas com fluconazol e probióticos. Além de desaparecimento dos sintomas clássicos e das culturas negativas, quando comparadas às outras 65,4% que receberam fluconazol e placebo.

CONSIDERAÇÕES

Os probióticos apresentam efeitos benéficos no equilíbrio da microbiota intestinal. Além disso, aumentam o sistema imune e são coadjuvantes no tratamento para candidíase vaginal e de repetição.

Ainda não existem estudos que comprovem sua eficácia quando administrados individualmente; para isso, serão necessárias novas pesquisa in vivo, com maior número de mulheres diagnosticadas com candidíase vulvovaginal.

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REFERÊNCIAS:

Relação entre candidíase de repetição, disbiose intestinal e suplementação com probióticos: uma revisão. Paludo, R. M.; Marin, D. Revista Destaques Acadêmicos, Lajeado, v. 10, n. 3, 2018.

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ANTIBIÓTICOS – COMO RECUPERAR A MICROBIOTA

antibióticos

Sabemos que a descoberta dos antibióticos trouxe para a humanidade a solução de vários problemas de saúde, inclusive evitando mortes prematuras. No entanto, o uso indiscriminado desses compostos  provoca o aumento da resistência e a potencial disseminação de genes de resistência para bactérias patogênicas.

Vamos entender?

Então vamos nessa!

USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS

Às vezes, um desequilíbrio na microbiota intestinal comensal devido à administração de antibióticos pode resultar em problemas intestinais, como a diarreia. Além disso, já foi demonstrado que mesmo a administração de antibióticos a curto prazo pode levar à estabilização de populações bacterianas resistentes no intestino humano que persistem por anos. Na figura abaixo podemos ver a representação do efeito antibiótico sobre a microbiota intestinal a longo do tempo, evidenciando-se assim a diminuição das espécies microbianas ali residentes.

antibióticos
Fonte: Jernberg C, et al. 2010

MICROBIOTA INTESTINAL

A microbiota intestinal humana forma um ecossistema complexo e equilibrado. Perturbações deste ecossistema podem desempenhar um papel no surgimento de infecções, obesidade, diabetes bem como de patologias inflamatórias e neurológicas. Um estudo recente demonstrou que em jovens adultos com boa saúde, a microbiota intestinal é recuperável após uso de antibióticos. Contudo, a restauração quase completa precisa de cerca de 6 meses, sendo que algumas espécies não são mais recuperadas.

antibiótico com cautela


O QUE FAZER PARA QUE NOSSA MICROBIOTA NÃO SEJA AFETADA?

Se você precisa realmente tomar antibióticos, use concomitante com probióticos, pois os  probióticos podem reduzir o risco de certas doenças infecciosas e, assim, reduzir a necessidade de antibióticos. Além disso, os probióticos podem reduzir o risco de diarreia associada a antibióticos.

Leia também: MAS AFINAL, O QUE É PROBIÓTICO?

Embora essa correlação ainda necessite de mais estudo comprobatórios, MANTER uma microbiota equilibrada durante o uso de antibióticos pode certamente fornecer oportunidades para reduzir a disseminação de resistências.

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REFERÊNCIAS:

Jernberg C, et al. Long-term impacts of antibiotic exposure on the human intestinal microbiota. Microbiology. 2010; 56: 3216-3223; 

Ouwehand, A.C. et al. Probiotic approach to prevent antibiotic resistance. Ann. Med. 2016; 48(4): 246-55;

Palleja A, et al. Recovery of gut microbiota of healthy adults following antibiotic exposure. Nature Microbiol 2018 ; 3 : 1255-65.

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LACTOBACILLUS ACIDOPHILUS – SAIBA UM POUCO MAIS

Lactobacillus acidophilus

O Lactobacillus acidophilus é um dos mais importantes microrganismos encontrados no intestino.

Vamos entender um pouco mais sobre ele?

Então vamos nessa!

MICROBIOTA INTESTINAL

Existem aproximadamente 100 trilhões de bactérias em nosso intestino, representantes de 400 a 1000 espécies. Entre as mais comuns, são as enterobactérias, seja como constituintes da microbiota intestinal normal assim também patogênicas oportunistas.

microbiota intestinal

Entre os microrganismos encontrados na microbiota intestinal, nós temos:

  • Escherichia;
  • Aerobacter;
  • Serratia;
  • Salmonella;,
  • Shigella;
  • Proteus;
  • Yersinia;
  • Lactobacillus;
  • Bifidobacterium.

Nos últimos 30 anos ou mais, o interesse na população microbiana intestinal – a microbiota – e em seu ambiente tem se intensificado. Muitas pesquisas demonstraram que os residentes habituais do intestino, estão longe de ser apenas habitantes passivos do trato gastrointestinal (GI), mas interagem com seu hospedeiro de forma bastante intrincada. Sendo assim, eles são capazes de modular os efeitos de bactérias potencialmente nocivas, causar impacto no trato gastrointestinal, na digestão, no metabolismo e no sistema imunológico do hospedeiro, e até influenciar funções muito além do intestino.

Leia também: BACTÉRIAS BENÉFICAS – CONHEÇA ALGUMAS

LACTOBACILLUS ACIDOPHILUS

Do grupo das bactérias ácido-lácticas, o Lactobacillus acidophilus é um dos mais importantes microrganismos encontrados no intestino. É conhecido por se implantar na parede intestinal e no revestimento da parede da vagina, cérvice bem como uretra. Além disso, desempenha várias funções críticas incluindo-se a inibição dos organismos patogênicos e a prevenção de sua multiplicação e colonização. Já é bem documentado o fato de que o L. acidophilus produz antibióticos naturais como por exemplo a lactocidina e a acidofilina, melhorando dessa forma a resistência ou imunidade.

microrganismo

Assim sendo, as bactérias da microbiota intestinal e/ou componentes dos probióticos podem produzir e liberar compostos como as bacteriocinas (Villani et al., 1995; RodrigueZ, 1996; Naidu; BIDLACK; CLEMENS, 1999; VÉLEZ et al., 2007), ácidos orgânicos bem como peróxidos de hidrogênio (Havenaar; BRINK; HUIS-INT`VELD, 1992; Naidu; BIDLACK; CLEMENS, 1999), que têm ação bacteriostática ou bactericida, especialmente em relação às bactérias patogênicas. Sendo assim, as bacteriocinas são substâncias antibióticas de ação local, que inibem o crescimento de patógenos intestinais.

As bactérias ácido-lácticas produzem nisina, diplococcina, lactocidina, bulgaricina assim também reuterina. Essas substâncias apresentam atividade inibitória, tanto para bactérias gram-negativas quanto para gram-positivas (KEERSMAECKER et al., 2006; CLEUSIX et al., 2007; CORR et al., 2007; LIMA et al., 2007).

CONHECIDO POR SUA AÇÃO CONTRA MICRORGANISMOS PROMOTORES DE DOENÇA

O Lactobacillus acidophilus pode atuar contra, Staphilococcus aureus, Salmonella (contaminação alimentar), Candida albicans (fungo) bem como Escherichia coli, entre outros organismos patogênicos oportunistas e indesejáveis.

ABRANDAMENTO DA INTOLERÂNCIA À LACTOSE

intolerância à lactose

Além disso, o L. acidophilus pode auxiliar no abrandamento da intolerância à lactose, causada pela deficiência da enzima lactase. As culturas do L. acidophilus produzem significativas quantidades de lactase, que podem ajudar a uma digestão mais completa da lactose, e como conseqüência, reduzir a possibilidade de mau hálito, da sensação de estufamento, assim também a formação de gases e as cólicas estomacais.

DIETA E LACTOBACILLUS ACIDOPHILUS

Uma dieta rica em fibras para manter a microbiota intestinal em equilíbrio é primordial. Uma vez que essas fibras, também conhecidas como prebióticos, são alimentos para as bactérias benéficas do nosso intestino.

Além disso, a ingestão de alimentos probióticos tem sido bastante difundida por especialistas em nutrição. Uma vez que esses alimentos são ingeridos de forma regular, nosso organismo recebe um reforço positivo na luta contra microrganismos oportunistas promotores de doenças.

Alguns desses alimentos trazem em sua matriz o próprio L. acidophilus visto no decorrer deste texto.

FIQUE LIGADO!!!

Coloque sua microbiota em primeiro lugar, o resto virá naturalmente!

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REFERÊNCIAS:

Probióticos, Prebióticos e Microbiota Intestinal, Binns N., ILSI Europe – International Life Sciences Institute;

Aplicação de bactérias probióticas para profilaxia e tratamento de doenças gastrointestinais, Varavallo e colaboradores, 2008.

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SAL EM EXCESSO E MICROBIOTA INTESTINAL

sal em excesso

Você conhece os efeitos do consumo de sal em excesso na sua microbiota?

Que tal falarmos um pouco sobre isto?

Então vamos nessa!

O SAL

Segundo a Organização Mundial da Saúde recomenda-se o consumo máximo de 2000mg (2g) de sódio por pessoa ao dia. O que equivale a 5g de sal (lembrando que 40% do sal é composto de sódio). Mas os brasileiros atualmente consomem mais do que o dobro desta quantidade.

sal em excesso

Além disso, sabemos que comer muito sal está associado a doenças cardiovasculares.

Pesquisas apontam que a razão por trás desta relação entre o sal e nossos corações tem a ver com nossa microbiota intestinal.

SAL EM EXCESSO E MICROBIOTA INTESTINAL

De acordo com um estudo publicado em novembro de 2017, pela Nature, uma dieta com alto teor de sal altera a microbiota intestinal. Dessa maneira essas alterações podem estar associadas à pressão alta e doenças auto-imunes, como a esclerose múltipla.

Os resultados são significativos. Uma vez que sejam confirmados podem tornar a microbiota intestinal um alvo potencial em terapias para combater doenças causadas por uma alta ingestão de sal.

O ESTUDO – SAL EM EXCESSO E MICROBIOTA INTESTINAL

O estudo foi realizado por um grupo de pesquisadores do Centro Experimental e Clínico de Berlim. Quem também participou do estudo foram os pesquisadores do Instituto de Saúde de Berlim. Eles queriam saber os mecanismos exatos pelos quais o sal é um grande risco para doenças cardiovasculares. Mas, ao contrário de qualquer pesquisa anterior, eles se concentraram na microbiota intestinal.

Para a pesquisa, camundongos de laboratório foram alimentados com uma dieta rica em sódio. Contendo 4% de cloreto de sódio – sal – em comparação com os 0,5% presentes em uma dieta normal. Os cientistas descobriram que o excesso de sal eliminou os níveis de um tipo particular de bactérias boas chamadas Lactobacillus . Eles então notaram como essa redução teve um impacto sobre os números de um tipo de célula imune envolvida em doenças autoimunes e hipertensão.

Leia também: ALIMENTOS E MICROBIOTA – PESQUISAS REALIZADAS

A boa notícia é que quando os pesquisadores deram aos camundongos um Lactobacillus probiótico chamado L. murinus , eles melhoraram. Mostrando que os animais conseguiram superar o efeito da dieta rica em sal. Embora os seres humanos não tenham L. murinus em suas entranhas, os cientistas acreditam que outra linhagem de Lactobacillus pode ter um papel semelhante.

De fato, estudos anteriores já mostraram que o Lactobacillus – encontrado em vários alimentos – reduz a pressão sanguínea em pessoas que sofrem de hipertensão.

ESTUDO PILOTO EM HUMANOS

Os cientistas também realizaram um estudo piloto em humanos com resultados semelhantes. Doze homens saudáveis ​​receberam 6 gramas extras de sal por dia durante duas semanas, enquanto mantinham sua dieta regular, dobrando assim sua ingestão diária de sódio. Os cientistas observaram que 14 dias depois, a maioria das espécies de Lactobacillus não eram mais detectáveis.

sal

Embora os pesquisadores tenham conseguido estabelecer uma associação entre o sal e a microbiota intestinal, eles não conseguiram elucidar completamente o mecanismo exato pelo qual o sal degrada a maioria das espécies de Lactobacillus.

A questão, portanto, é se seremos capazes de tratar doenças relacionadas ao sal no futuro usando suplementação probiótica específica. Os resultados são promissores, mas são apenas um primeiro passo e precisam ser confirmados antes de quaisquer recomendações nutricionais.

É por isso que a equipe de pesquisadores já está planejando um estudo de pressão alta controlado por placebo com um número maior de participantes de ambos os sexos. Eles também querem estudar a associação entre o consumo de sal e a microbiota intestinal com relação à psoríase. Enquanto também exploram as aplicações terapêuticas dos probióticos para tratar essas doenças.

Embora já soubéssemos que era melhor evitar uma dieta salgada, este novo estudo fornece outras razões para restringir a ingestão de sódio. Menos sal pode significar melhor saúde – para você e sua microbiota intestinal.

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MICROBIOTA INTESTINAL – FATORES QUE INFLUENCIAM

microbiota

Você sabe quais fatores influenciam sua microbiota intestinal?

Vamos tentar pontuar alguns?

Então vamos nessa!

DIETA INFLUENCIA NA SUA MICROBIOTA INTESTINAL

Sabia que uma dieta equilibrada torna a microbiota mais saudável?

Além disso, há também os fatores ambientais. Embora, pesquisas mostrem que a resposta adaptativa mais imediata da microbiota está relacionada à dieta.

Como exemplo, podemos citar a maior mudança na composição da microbiota do bebê, quando são introduzidos alimentos sólidos.

A microbiota é adaptável e pode ser modificada de acordo com a dieta.

Sendo assim, entre as dietas recomendadas temos as ricas em frutas, vegetais e demais fontes de fibras. Uma vez que estas estão associadas com a alta diversidade microbiana no intestino. Assim também com uma boa saúde e uma série de parâmetros sanguíneos que sugerem menor susceptibilidade à doenças crônicas.

MICROBIOTA

Especificamente, os metabólitos microbianos produzidos pela fermentação das fibras vegetais, possuem efeitos antioxidantes protetores e antiproliferativos intestinais.

Em contrapartida, uma dieta rica em proteínas e com deficiência de carboidratos, pode exercer um efeito indesejado causado pela atividade microbiana. Principalmente se essas dietas forem prolongadas.

Nestas condições, os metabólitos associados ao cancro pode ser elevado. Além disso é formado apenas o ácido butírico, que exerce efeitos protetores no epitélio intestinal.

SAIBA MAIS!

MEIO AMBIENTE E ESTILO DE VIDA INFLUENCIAM TAMBÉM

A influência do meio ambiente fica mais acentuada quando os indivíduos das sociedades industrializadas, que vivem nas áreas urbanas, são comparados com os das regiões agrárias menos desenvolvidas.

em relação ao estilo de vida, podemos citar a falta de exercícios físicos regulares bem como o estresse.

estresse

Sob condições de estresse crônico, o cérebro ordena o sistema endócrino a secretar o cortisol. Por sua vez, o cortisol afeta a musculatura intestinal responsável pela motilidade. Em seguida, esta disfunção intestinal afeta a mucosa, causando danos e inflamação, afetando por consequência o sistema imunológico.

Além disso, é a microbiota intestinal que modula a produção de serotonina (hormônio envolvido no humor).

Agora que você já sabe alguns fatores que podem influenciar a microbiota intestinal, que tal começar modificando alguns hábitos?

Não descuide da sua microbiota, ela também faz parte da defesa do organismo.

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EQUILÍBRIO DA MICROBIOTA INTESTINAL

o equilíbrio da microbiota intestinal

Muitas pessoas reclamam que não possuem equilíbrio da microbiota intestinal. Mas, afinal o que é isso? Essas pessoas costumam se queixar de problemas gastrointestinais, que podem ser resumidos a desconfortos.

Elas sentem dificuldade de ir no banheiro, queimação, sensação de inchaço bem como distensão abdominal, dentre outros problemas. E muitas pessoas acreditam que esses desconfortos são normais, embora eles não sejam.

Ter uma microbiota intestinal equilibrada é muito importante para a saúde do nosso corpo. As suas bactérias intestinais bem como a sua saúde geral podem ser impactadas, de forma negativa, caso você não tenha um estilo de vida e hábitos alimentares saudáveis.

Além disso, fatores ambientais também podem influenciar negativamente a sua microbiota intestinal. E foi pensando nisso que preparamos esse artigo para você. Abaixo você vai conferir o que é microbiota intestinal, quais suas funções e como mantê-la equilibrada. Boa leitura!

EQUILÍBRIO DA MICROBIOTA INTESTINAL: O QUE É ISSO?

As bactérias que estão no nosso intestino, são conhecidas como ajudantes de um órgão que tem um funcionamento bem ativo chamado intestino. Essa microbiota intestinal pode ser dividida de duas formas:

microrganismos

MICROBIOTA PROBIÓTICA

Essa microbiota intestinal fica localizada de forma mais diversificada e numerosa no intestino grosso. Sendo assim, isso significa que ela é constituída de bactérias que são benéficas para o nosso organismo.

MICROBIOTA PATOGÊNICA

Essa é o contrário da microbiota probiótica. Se essa, por sua vez, é benéfica para o nosso corpo, a patogênica possui potencial nocivo. Dessa forma, essas microbiotas são representadas por gêneros. Abaixo você conhece alguns:

  • Clostridium;
  • Pseudonomas;
  • Klebsiella.

POR QUE AS BACTÉRIAS SÃO IMPORTANTES PARA O NOSSO ORGANISMOS?

O equilíbrio da microbiota intestinal é fundamental para manter a nossa saúde em dia. E como já vimos, há algumas bactérias que possuem essa responsabilidade e contribuem para que não apareça doenças no nosso corpo.

bactérias

SAIBA MAIS!

Essas bactérias amigas são importantes para a digestão. Isso acontece porque elas retiram as bactérias que são nocivas para o nosso corpo, assim como também outros microrganismos. Além disso, essas bactérias também produzem folato, vitamina K e ácidos graxos de cadeia curta.

O desequilíbrio da microbiota intestinal e a diminuição das bactérias intestinais estão sendo associadas a vários problemas de saúde, como por exemplo:

  • Ganho de peso;
  • Inflamação;
  • Obesidade;
  • Resistência à insulina;
  • Doença inflamatória intestinal;
  • Câncer colo retal.

E COMO ESSE DESEQUILÍBRIO AFETA NOSSO CORPO?

Os micróbios, com o passar do tempo, aprenderam a desempenhar papéis importantes para o nosso corpo. Sendo assim, caso não existisse a microbiota intestinal, provavelmente, não conseguiríamos sobreviver ou, no mínimo, seria muito difícil.

De acordo com o nosso crescimento, a microbiota intestinal passa a se diversificar. Sendo assim, ela desenvolve vários tipos de espécies, excelente para a nossa saúde.

Sendo assim, ao longo da nossa vida, a microbiota intestinal afeta o nosso corpo, sendo responsável por várias funções, como:

  • Controla a digestão de alimentos;
  • Controla o sistema imunológico;
  • Controla o sistema nervoso central;
  • Assim como outros processos corporais.

Ela também afeta o nosso corpo de várias formas, como por exemplo:

  • Digestão do leite materno;
  • Digerem fibras;
  • Controla a saúde do cérebro;
  • Aumenta o peso;
  • Se não estiver equilibrada, prejudica a saúde intestinal;
  • Beneficia a saúde do coração;
  • Controla o açúcar no sangue e diminui o risco de diabetes.

COMO MANTER O EQUILÍBRIO DA MICROBIOTA INTESTINAL?

Abaixo você confere algumas mudanças que você pode fazer nos seus hábitos diários para manter o equilíbrio da microbiota intestinal:

  • Inclua na sua alimentação fibras solúveis, fibras insolúveis, amido resistente, oligossacarídeos. Esses componentes podem ser encontrados em alimentos de origem vegetal, como o alho, o tomate, a cebola, a banana bem como aveia;
  • Assim também, a suplementação de probióticos também pode ajudar a manter o equilíbrio da microbiota intestinal;
  • Além disso, incluir alimentos e bebidas fermentadas na sua dieta, como o Kefir.

Agora você sabe como manter o equilíbrio da microbiota intestinal. Siga nossas dicas para que sua saúde esteja sempre em dia. Até mais!

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O COMPORTAMENTO E A MICROBIOTA INTESTINAL

o comportamento humano e a microbiota intestinal

Você sabia que, ao que tudo indica, existe uma relação entre o comportamento e a microbiota intestinal?

Apesar de parecerem tão distintos e sem ligação, nosso cérebro e o intestino têm muito mais em comum do que se imagina.

Por sua vez, há muito tempo cientistas do Brasil e do mundo vem se investigando a respeito desse tema. De modo que, cada vez mais se confirma a importância desses microrganismos para o nosso corpo.

Com base nisso, no texto a seguir iremos abordar um pouco mais a respeito desses dados.

A MICROBIOTA INTESTINAL

Primeiramente, talvez microbiota não seja um termo tão comum assim, mas com certeza você já ouvir falar em flora intestinal, não é mesmo?

Pois bem, embora o termo “flora intestinal” não seja mais usual, é justamente a respeito dela e da sua importância para o nosso bem-estar que falaremos aqui.

Resumidamente, então, trata-se de um conjunto de microrganismos vivos, sobretudo bactérias, que habita o nosso trato digestivo e desempenha certas funções.

Logo, não se assuste! Esqueça de uma vez por todas essa ideia de que as bactérias são exclusivamente causadoras de doenças. Você tem muitas delas em seu corpo e as mesmas são super úteis!

Não apenas isso, estima-se que o número de bactérias que nós, seres humanos, apresentamos seja de aproximadamente 100 trilhões. Ou seja, 10 para cada uma de nossas células.

Leia também: NUTRIÇÃO E FORÇA DE VONTADE

O COMPORTAMENTO E A MICROBIOTA INTESTINAL

Feita essa introdução, a grande questão ainda gira em torno do porquê, afinal, essas bactérias são tão importantes para o bom funcionamento de nosso organismo. De tal modo que influencie até mesmo o nosso comportamento.

o comportamento e a microbiota intesinal

Antes de nos aprofundarmos, entretanto, responda: em momentos de ansiedade, você costuma sentir vontade de ir no banheiro, por exemplo? Ou, ainda, em situações de estresse você sofre de crises de gastrite?

Se a resposta for sim (para essas ou outras questões relacionadas), saiba que muito provavelmente isso acontece pela associação que existe aqui.

Desse modo, cientistas identificaram que existe uma comunicação bidirecional. Ou seja, alterações químicas presentes no cérebro afetam a microbiota intestinal e vice-versa, existindo uma via de mão dupla.

Nesse sentido, o intestino é considerado por muitos o nosso “segundo cérebro”. Ajudando, através da síntese proteica, a produzir neuromoduladores e neurotransmissores como a serotonina!

Isso é muito importante, pois, como muitos sabem a serotonina está diretamente relacionada com a sensação de bem-estar, afetando diretamente o nosso humor.

Outros exemplos que podem ser aqui destacados também são a acetilcolina, a adrenalina e a dopamina. Impressionante, não?

MAS O QUE MOTIVOU ESSE TIPO DE ESTUDO?

Ao longo do tempo, os itens comentados anteriormente vêm sendo observados e analisados. De modo que eles talvez sejam, de fato, o principal incentivo para esse tipo de pesquisa. Porém, há ainda outras questões determinantes.

Em 2013, por exemplo, cientistas da Universidade do Arizona descobriram que pessoas autistas tinham uma microbiota intestinal menos diversificada.

A comprovação desse fato é decisiva, pois em longo prazo pode indicar um possível tratamento a partir das bactérias que se encontram em menor quantidade. Sendo uma descoberta realmente revolucionária.

Em testes feitos em ratos que apresentavam sintomas similares, a introdução de probióticos (aqueles alimentos que contém esses microrganismos vivos) conseguiu dar conta do quadro.

Apesar disso, ainda é muito cedo para fazer maiores afirmações, devendo essa ligação entre o comportamento e a microbiota intestinal ser ainda mais aprofundada.

COMO MANTER, ENTÃO, A MICROBIOTA EQUILIBRADA?

Por fim, dando-se conta da importância desse sistema, você pode tomar algumas ações cotidianas para manter a sua microbiota intestinal equilibrada. Selecionamos 2 para você começar:

  • Cuidando da alimentação:

Cabe destacar que prezar por uma alimentação saudável é essencial quando tratamos deste tópico. Logo, você deve valorizar especialmente pelo consumo de alimentos in natura.

Para que as bactérias mencionadas se desenvolvam de maneira correta, elas precisam de determinadas substâncias. Tais como o amido, as fibras solúveis e insolúveis, os oligossacarídeos, entre outros.

Em contrapartida, é igualmente necessário saber que o consumo de produtos ultraprocessados, cheios de aditivos químicos, contribuem para o crescimento das bactérias ruins em nosso corpo.

  • Tomando alguma suplementação:

Finalmente, há ainda a possibilidade de você tomar alguma suplementação que seja rica em probióticos.

Nesse caso, é interessante entrar em contato com o seu médico ou nutricionista, pois os mesmos saberão indicar qual atenderá melhor às suas expectativas. Assim também se há alguma contraindicação.

Dessa forma, esperamos ter mostrado como o comportamento e a microbiota intestinal estão relacionados. Assim também a importância de mantê-la sempre em equilíbrio.

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BACTÉRIAS DA MICROBIOTA INTESTINAL E SEU PAPEL

bactérias da microbiota intestinal

Vários estudos podem trazer uma nova visão sobre o nosso organismo. Foi o que fez a pesquisa aplicada pelo Instituto de Biologia da UNICAMP. Segundo ela, as bactérias da microbiota intestinal podem regular a expressão de genes nas células epiteliais.

De acordo com o estudo coordenado pelo Professor Doutor Marco Aurélio – junto de outros alunos do doutorado – elas assumiriam esse papel importante. Dessa forma, seriam capazes até de prevenir infecções e diminuir chance de tumores.

Por isso, você deve conhecer um pouco mais sobre as bactérias da microbiota intestinal e ter maior noção de sua importância. Prossiga com a leitura do artigo e entenda um pouco mais sobre o assunto!

BACTÉRIAS DA MICROBIOTA INTESTINAL: O QUE É A MICROBIOTA?

Se trata de um grupo de bactérias residentes no intestino, atuantes em vários processos na região. Trabalham desde a digestão até monitoramento do desenvolvimento de microrganismos.

BACTÉRIAS DA MICROBIOTA INTESTINAL


Dessa forma, se divide em duas áreas: a Permanente, ligada as células da mucosa, e a Transitória, não ligada e oriunda da parte superior do trato digestivo. O primeiro é fixo, enquanto o segundo varia conforme digestão.

Assim, essa parte do organismo tem chamado a atenção para as relações entre diversos tipos de bactérias, leveduras, vírus, protozoários e outros. O interessante disso é que constantemente muda com carga genética, idade, estilo de vida, hábitos, antibióticos, etc.

E a ausência dessa parte acabaria tendo um grande impacto no trato gastrointestinal. Reduziria a taxa de proliferação celular, a composição da mucosa, a atividade das enzimas da digestão. Assim também, anticorpos no sangue e até enfraqueceria a barreira epitelial.

Leia também: O EQUILÍBRIO DA MICROBIOTA INTESTINAL

Traduzindo, a microbiota intestinal acaba sendo essencial para criação dos mecanismos de defesa contra danos causados pelas bactérias do “mal” presentes no intestino.

Dessa forma, você precisa entender mais sobre as bactérias da microbiota intestinal. Também sobre seu papel regulatório da expressão de genes nas células epiteliais.

SEU PAPEL REGULATÓRIO

Segundo a conclusão do estudo desenvolvido pela união Brasil/Exterior, as bactérias da microbiota intestinal são capazes de regular a expressão de genes nas células epiteliais. E como isso é possível?

Através de experimentos com camundongos, foi verificado que moléculas provenientes da digestão (ácidos graxos de cadeia curta) podem penetrar células revestidoras da parede intestinal. Assim, afetaria como se mostram os genes e funções epiteliais.

Essas moléculas provenientes da digestão são subprodutos de fermentação das fibras pelas bactérias – por ser um processo normal, acabam sendo encontradas em altas concentrações.

Elas, ao entrarem nas células epiteliais, acabam desencadeando uma série de eventos a nível bioquímico, que incitam alteração de atividades. Elas possuem uma capacidade inibidora das enzimas histonas desacetilases (HDACs)…

… As histonas são um conjunto de proteínas que envolvem o núcleo das células do DNA. Esse empacotamento é o que define, em grande parte, quais trechos do gene estão disponíveis para transcrição.

Dessa forma, a presença dessas moléculas acaba iniciando um processo chamado de crotonilação, responsável pela alteração estrutural das histonas. Essa modificação acaba então regulando a expressão de genes nas células epiteliais.

No entanto, disso só pode ser retirando a relação entre as bactérias da microbiota intestinal com a expressão de genes. Quanto a inibir ou estimular a multiplicação das células, ainda não é possível determinar.

Mesmo assim, é um possível passo para novas formas de prevenção e de tratamento contra infecções sérias, doenças inflamatórias e tumores intestinais. Tudo isso através da regulação do processo de crotonilação das histonas.

QUANTO AO ESTUDO

Após essa conclusão, o próximo passo do estudo é avaliar o impacto de uma dieta e das complicações na produção desses ácidos graxos e crotonilação. Dessa forma, é possível ter maior noção quanto a regulação genética nas células epiteliais.
E assim, ter um entendimento quanto ao papel das bactérias da microbiota intestinal no processo.

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