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A PELE QUE ELES HABITAM

A pele, maior órgão do corpo humano, barreira vital de proteção, é o habitat de bactérias, fungos e vírus, que convivem em perfeita simbiose com as células humanas. Tais microrganismos compõem a microbiota da pele, que inclui dois grupos: (i) Microrganismos residentes, que são um grupo relativamente fixo de microrganismos (a microbiota central) que se encontram rotineiramente na pele e que se restabelecem após a perturbação. A microbiota do núcleo da pele é considerada comensal, o que significa que estes microrganismos são geralmente inofensivos e muito provavelmente proporcionam algum benefício ao hospedeiro. (ii) Os microrganismos transitórios (os “turistas”) não estabelecem residência permanente, mas surgem do ambiente e persistem durante horas a dias antes de desaparecerem. Cada pele tem seu microbioma próprio, tão único quanto seu DNA, ajudando-nos na proteção contra patogênicos, apoio do sistema imunológico e impacto na saúde e beleza da pele. 

Fatores endógenos e exógenos causam impactos nesse sistema equilibrado, podendo levar à disbiose, causa de eczemas, rosácea, acne, alergias e até mesmo o envelhecimento precoce. 

Os microrganismos de pele são capazes de influenciar as suas células hospedeiras, contribuindo assim para a imunidade do hospedeiro. Para além das variações anatómicas intrapessoais da microbiota cutânea, a  diversidade e abundância da flora microbiana cutânea varia entre género, idade, estações, etnia, bem como vários factores de stress, incluindo lesões fisiológicas e ansiedade psicológica, promovendo alterações endócrinas e metabólicas dentro dos microambientes cutâneos que afectam directamente as necessidades metabólicas e a patogenicidade de vários microrganismos.

Outros impactos na pele  são causados pelos fatores ambientais como o clima, incluindo a temperatura e a exposição aos raios UV, mas também o estilo de vida, incluindo o alcoolismo ou a nutrição. O consumo excessivo de álcool tem demonstrado diminuir a resistência do hospedeiro e a deficiência de nutrientes e vitaminas tem demonstrado ter impacto no equilíbrio da microbiota cutânea, resultando em infecção e perturbação da barreira cutânea.

Ao contrário do microbioma intestinal que tem sido estudado e descrito durante muitos anos, as investigações sobre o microbioma da pele ou do couro cabeludo só começaram recentemente. Somente agora a indústria cosmética tem dado atenção e começado a compreender como o microbioma da pele pode ter influência na absorção dos produtos para a pele. Métodos modernos podem identificar e caracterizar os diferentes microrganismos presentes na pele, compreendendo assim como essa diversidade microbiana pode contribuir para a saúde da pele. 

A hipótese do eixo da pele intestinal levantada por Arck et al. em 2010, que se referiam a um potencial eixo da pele intestinal-cérebro permitiu investigar o benefício dos pré-probióticos orais e probióticos para a pele. Além das formulações probióticas orais desenvolvidas para a pele, foi agora desenvolvida uma nova geração de emolientes e hidratantes, incluindo lisados de bactérias, tais como Vitreoscilla filiformis ou Lactobacillus. Estas formulações probióticas tópicas foram concebidas para apoiar a gestão de doenças de pele, tais como dermatite atópica ou acne, ajudando a restaurar a barreira cutânea e o microbioma da pele e controlando a activação da imunidade inata.

Em conclusão, já se sabe muito sobre o microbioma das fezes e tem sido feita uma investigação intensiva sobre o microbioma intestinal, e mesmo que hoje em dia pareça que se pode estabelecer um paralelo entre o microbioma intestinal e o da pele ainda há muito a aprender sobre este último. Portanto, melhorar o conhecimento sobre o microbioma cutâneo pode abrir novas perspectivas na gestão da pele saudável e doente e do seu microbioma em, por exemplo, aumentar selectivamente a actividade e crescimento da microbiota benéfica e saudável da pele.

Você pode fazer uma máscara facial probiótica em casa mesmo, vamos te ensinar aqui abaixo:

Máscara facial probiótica

Use o Kefir de leite ou o Kefir de frutas, com azeite extra virgem, mel, abacate, argila branca ou verde e óleos essenciais como lavanda ou hortelã.

Adicione 1 colher se sobremesa de abacate bem batidinho, numa ruge linha. Misture 1 xícara de Kefir, 1 colher de chá de mel e outra de azeite. Acrescente a argila até formar uma pasta leve. Por último, algumas gotinhas de óleo essencial de sua preferência.

Aplique sobre a pele por uns 20 minutos. Lave bem com uma espuma natural e aplique seu hidratante de costume. 

Depois nos conte os resultados!

Probióticos vão mudar seu olhar e deixar sua pele macia, sedosa e protegida!

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INFECÇÕES CUTÂNEAS E CREMES ANTIBIÓTICOS

infecções cutâneas

Infecções cutâneas são favorecidas pelo uso de cremes antibióticos.

Antibióticos e antissépticos perturbam a microbiota da pele, aumentando o risco de colonização por bactérias patogênicas. Você sabia disso?

infecções cutâneas

Vamos tentar entender?

Então vamos nessa!

MICROBIOTA DA PELE – INFECÇÕES CUTÂNEAS

Pois é, a microbiota da pele é um ecossistema complexo com importantes implicações para a saúde e doença cutânea.

Sendo assim, estudos demonstraram que a microbiota dérmica reage imediatamente, diminuindo a população bacteriana que tem função de proteger a pele, se o sabão é útil para se livrar das bactérias do meio ambiente, não é bom para a pele porque elimina muitos  microrganismos da sua microbiota natural.

Um estudo realizado na Universidade da Pensilvânia demonstrou que os cremes antibióticos (por exemplo, os usados para tratar acne) e, em menor grau, os antissépticos, afetam a composição microbiana da pele, deixando-a exposta a um maior risco de infeção por bactérias patogênicas. Assim sendo, nesse estudo, houve uma redução considerável dos microrganismos da pele não patogênicos, que são uma barreira para a infecção por Staphylococcus aureus.

Leia também: CONHEÇA A COSMÉTICA PROBIÓTICA BIOLOGICUS E SEUS BENEFÍCIOS

Os resultados demonstraram que cremes antibióticos podem provocar mudanças de longo prazo nas comunidades bacterianas da pele, deixando assim, o hospedeiro com maior suscetibilidade a patógenos como o Staphylococcus aureus..

Assim, se você tiver a oportunidade de usar uma cosmética probiótica, vai descobrir como ela faz exatamente o efeito contrário, deixando a barreira da pele mais forte para resistir aos ataques dos inimigos.

Pessoalmente posso relatar que, nossos filhos passaram pela adolescência sem os traumas da acne. Então, pense nisto e escolha seus produtos para a pele de forma consciente.

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REFERÊNCIAS:

SanMiguel AJ et al. Topical antimicrobial treatments can elicit shifts to resident skin bacterial communities and reduce colonization by Staphylococcus aureus competitors. Antimicrob Agents Chemother. 2017 Jun 19.

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MICROBIOTA DA PELE – CONHEÇA UM POUCO MAIS

microbiota da pele

É estranho pensar que ao olhar para sua pele, possa haver um universo invisível de micro-organismos. Talvez soe até um pouco ameaçador pensar dessa forma, mas na verdade se trata do contrário: a relação entre microbiota e pele é benéfica.

Presente em todas as partes do corpo humano, a microbiota é, na verdade, essencial para se ter um organismo saudável. Inclusive, é necessário para sustentabilidade das defesas do nosso organismo.

Por isso, você deve conhecer mais sobre a relação entre microbiota e pele para entender o benefício que há entre partes. Entenda a importância dos microrganismos para você!

microbiota da pele


MICROBIOTA DA PELE: BACTÉRIAS PARA REDUZIR DANOS

A microbiota é um conjunto de microrganismos vivos (como leveduras e bactérias) habitantes em nosso corpo e com relação simbiótica entre si. Se trata de um universo dentro da gente – e seus efeitos serão negativos ou positivos conforme composição.

Já a pele se trata do fronte imunológico contra possíveis organismos nocivos. Na camada mais externa da pele, o estrato córneo, se encontra uma barreira física e biológica. É aí que reside a microbiota da pele.

Essa microbiota possui a capacidade reguladora da barreira da pele e de sua integridade, sendo o responsável por evitar possíveis desordens cutâneas. Aí se encontra a importância desse “universo”: o quadro de desordens tem aumentado.

Esse aumento de desordens na pele, conforme nível de urbanização e industrialização, traz à tona o assunto de que o ambiente é influenciador na microbiota. Pior, tem sido influência negativa nela.

Por isso, tem sido discutida a necessidade de produtos cosméticos para recompor a microbiota, de forma a conter o ataque a ela. E ainda pode ser um ataque pior, pois outros elementos também interferem: antibióticos, alimentação, etc.

Leia também: PELE – ELA PODE REVELAR QUEM VOCÊ É

Dessa forma, a pele é principal defesa contra a nocividade externa, representada em microrganismos ou substâncias agressivas. Necessita estar hidratada e sua microbiota, atuante e equilibrada.

MICROBIOTA E PELE: AS AÇÕES DOS MICRORGANISMOS

Antes de tudo, microbiota é única a sua maneira, pois cada microrganismo possui suas próprias características. Mesmo assim, ainda carrega algumas funções comuns na pele, como:

  • Capacidade inibidora de patogênicos;
  • Inibição de inflamações (em aspecto local e de sistema);
  • Habilidade indutora das células T reguladoras locais, o que evita inflamações indesejadas;
  • Manutenção da pele e de sua integridade;
  • Homeostase dos queratinócitos.

AS DOENÇAS DE PELE E DIVERSIDADE NA MICROBIOTA

Há diversas doenças de pele possíveis de serem vistas a olho nu, mas isso não exclui a visão pelo ponto de vista da microbiota. Foram feitos estudos sobre algumas delas, como a dermatite atópica, e foi notada uma constatação curiosa.

A pele de um indivíduo com este problema começa a apresentar um microbioma menos diverso, conforme aumenta a presença do Staphylococcus aureus. Controlado o problema, observa-se que retorna a diversidade de microrganismos.

O mesmo pode ser observado em outras doenças do tipo, como rosácea, acne, psoríase e outras.

Dessa forma, percebeu-se que a solução para combate aos problemas de pele envolve repor a diversidade de microrganismos da microbiota. Assim, começa a surgir a opção terapêutica dos cosméticos.

A PRESENÇA DOS NUTRICOSMÉTICOS

Com a necessidade de nutricosméticos para recompor a presença de microrganismos vivos, a relação entre microbiota e pele foi estreitada ainda mais. Esses produtos acabam sendo importantes na prevenção e tratamento de problemas de pele.

Eles acabam sendo atuantes na otimização da microbiota de pele, combinando com o controle e equilíbrio dos seres que a compõe. Sejam nutracêuticos ou cosmecêuticos, os produtos têm evoluído cada vez mais nesse quesito.

Assim, a relação entre microbiota e pele é melhor entendida conforme ocorrem novos estudos. Também é assim que soluções surgem para tratar de doenças que afetam a nossa primeira barreira contra ameaças externas.

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