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PROBIÓTICOS NA GESTAÇÃO

Probióticos na Gestação

A gravidez é um dos períodos mais importantes na fase da vida de uma mulher, onde ocorrem intensas alterações biológicas, onde o corpo precisa se adequar para nutrir um novo ser. A microbiota feminina também passa por mudanças: eleva-se a proliferação de Lactobacillus no intestino e as bifidobactérias, microrganismos presentes na microflora intestinal, começam a colonizar as glândulas mamárias.

Embora não se consiga ainda afirmar a existência microbiana dentro do útero, cogita-se que o ambiente intrauterino não seja de todo estéril. Isso porque foi notada a precoce colonização de microrganismos pelo feto, o que pode ser proveniente da microbiota materna. Dessa forma, mãe e filho costumam compartilhar da mesma microbiota por meio da placenta. Logo, percebemos a importância da manutenção probiótica, sobretudo durante a gestação. Nessa perspectiva, enquadra-se o estudo desenvolvido em 2010 pelo Departamento de Bioquímica e Química de Alimentos da Universidade de Turku, na Finlândia, no qual o emprego de probióticos durante a gestação foi comprovado, demonstrando sua segurança e eficácia.

O estudo foi randomizado duplo-cego e controlado, gestantes participando em dois grupos: Grupo A – recebeu os probióticos com Lactobacillus rhamnosus e bifidobactérias; Grupo B – recebeu apenas placebo. As mulheres do Grupo A tiveram uma menor propensão ao desenvolvimento de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), reduzindo, dessa forma,  o risco dos bebês nascerem muito grandes ou obesos. Barret et al. (2018) ampliaram ainda mais esse horizonte sugerindo a utilização dos probióticos antes mesmo da gravidez até o pós-parto. A saúde do bebê ainda é beneficiada, uma vez que se reduzem as chances de certas disfunções do organismo, como as alergias ou os problemas no trato gastrointestinal que podem vir a ser doenças recorrentes durante algumas fases da vida.

Fonte de probióticos são os alimentos fermentados, destacando-se o Kefir e a Kombucha, uma dupla que casa perfeitamente bem para para fortalecer o sistema imunológico da mamãe e do bebê que está em formação.

REFERÊNCIA

BARRET, J. et al. Efeitos do L casei Shirota na SII. Supersaudável, São Paulo, ano XVIII, n. 78, p. 22- 25, abril\ junho, 2018.

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PSORÍASE – QUAL A INFLUÊNCIA DA MICROBIOTA?

psoríase

Embora a psoríase seja uma das doenças inflamatórias da pele mediadas pelo sistema imunológico mais estudada, sua origem ainda não está totalmente esclarecida. A psoríase é o resultado da interação entre fatores genéticos predisponentes e a influência de gatilhos externos.

A microbiota cutânea comensal desempenha um papel crucial na manutenção da integridade da pele. Assim também funciona como uma barreira exposta criticamente. Pesquisas demonstram que a composição da microbiota cutânea está relacionada a muitas doenças dermatológicas. Isto incluindo, entre outras, psoríase, dermatite atópica e acne vulgar.

psoríase

Além da microbiota cutânea, a correlação da microbiota intestinal com doenças imunomediadas, tem destacado o papel patogênico da microbiota. Recentemente, estudos de perfis identificaram mudanças características na microbiota intestinal. Tais mudanças foram associadas à origem das doenças inflamatórias intestinais (DII). Reforçando a hipótese de que a DII resulta da interação alterada entre os microrganismos intestinais e o sistema da mucosa.

Curiosamente, a microbiota intestinal é capaz de afetar locais extra colônicos. Entre eles a pele, as articulações, pulmões, fígado, bem como sistemas nervoso e cardiovascular. Dessa maneira, o significado clínico da interação da microbiota e o sistema imunológico é de grande influência. Pois, pode fornecer novos insights sobre a origem das doenças inflamatórias crônicas da pele. Além disso permitir o desenvolvimento de opções terapêuticas direcionadas à microbiota.

COMPOSIÇÃO DA MICROBIOTA SAUDÁVEL – PELE E INTESTINO

A estreita relação entre pele e microbiota foi avaliada sistematicamente. Bactérias, fungos e vírus microscópicos habitam o ambiente ácido da pele. A falta de homogeneidade da microbiota saudável não é apenas física (com uma microbiota distinta entre pele seca. úmida, por exemplo). Mas também temporal (com alguns organismos considerados residentes e outros considerados transitórios).

microbiota da pele

A microbiota humana desempenha um papel fundamental em vários aspectos da doença, desde a origem até a resposta ao tratamento. A acessibilidade de técnicas não dependentes da cultura, como o DNA e o sequenciamento de RNA ribossômico (16S e 18S), facilitou a descoberta e associação de tipos específicos de componentes do microbioma humano com doenças específicas.

Em termos gerais, quatro filos bacterianos dominam a microbiota da pele saudável. A saber, Actinobacteria, Firmicutes, Proteobacteria e Bacteroidetes, dos quais os gêneros Corynebacterium , Propionibacterium e Staphylococcus são mais abundantes.

Os fatores dependentes do hospedeiro que influenciam diretamente a variação da microbiota da pele incluem sua fisiologia, ambiente externo. Assim também sistema imunológico, estilo de vida, bem como condições médicas subjacentes.

O número de organismos que compõem a microbiota intestinal excede em dez vezes a população total de células hospedeiras humanas. Este órgão dentro de um órgão, como a pele, é caracterizado por uma gama diversificada de microrganismos no estado saudável.

DISBIOSE DA MICROBIOTA CUTÂNEA

A intrincada relação entre a microbiota e o hospedeiro começa no nascimento. Os comensais do assoalho pélvico são transmitidos verticalmente durante o parto e durante a amamentação via colostro rico em microrganismos. 

Pensa-se que um sistema imune neonatal imaturo que ainda é incapaz de ter uma resposta imune completa, permita uma relação simbiótica entre a microbiota. Isto é evidenciado pela maneira diferente como as células inatas neonatais respondem a ligantes microbianos. Tendo uma resposta inflamatória atenuada quando comparadas às células adultas.

A comunicação entre o hospedeiro e o comensal é possível a partir de padrões moleculares microbianos associados (MAMPs). A sabedoria convencional de que os sistema imunológico reconhece estranhos do inato. E, subsequentemente ativa uma resposta direcionada a si mesmo é desafiada. Pois, nenhuma resposta imune é provocada aos MAMPs comensais da microbiota cutânea e da mucosa. 

Apesar da interação contínua dos MAMPs com receptores específicos de reconhecimento de padrões (PRRs). Estes são tradicionalmente conhecidos por reconhecerem ligantes microbianos e iniciar uma resposta imune.

Por meio dessa comunicação, a microbiota comensal pode influenciar o desenvolvimento do sistema imunológico pós-natal dos hospedeiros.

DISBIOSE DA MICROBIOTA CUTÂNEA

Barreiras físicas adicionais, como a camada celular epitelial (com sua secreção contínua de IgA) e as células caliciformes produtoras de muco, isolam a microbiota do contato direto com a camada mucosa. Mas, ao mesmo tempo permitem exercer efeitos locais e do sistema.

A disbiose tornou-se um foco principal de pesquisa. Principalmente na fisiopatologia de doenças inflamatórias crônicas associadas à microbiota, como a doença inflamatória intestinal. Descrita como um desequilíbrio entre a microbiota e seu hospedeiro, a disbiose é deslocada para o espectro patológico menos complexo e menos variado.

O gatilho que causa a mudança da simbiose para a disbiose ainda não está totalmente elucidado. No entanto, uma base genética foi sugerida.

Descrito como o desequilíbrio entre os radicais livres oxidativos prejudiciais e os antioxidantes protetores, o estresse oxidativo é uma repercussão da disbiose intestinal e um mecanismo que predispõe à patologia. As espécies reativas de oxigênio (ERO) foram identificadas como um elo entre a microbiota alterada e a doença.

Foi sugerido que uma microbiota em disbiose aumenta a produção de óxido nítrico (NO). Além disso, também aumenta a produção de óxido nítrico sintase (NOS) como resposta inflamatória. Subsequentemente estas produções prejudicam os sistemas de reparo do DNA e causa disfunção da membrana celular.

Isso é demonstrado pela produção da proteína efetora EspF pela Escherichia coli enteropatogênica. Resultando na regulação negativa das proteínas de reparo da incompatibilidade do DNA do hospedeiro, predispondo à carcinogênese. 

Assim, compreender as implicações da disbiose na doença pode levar ao desenvolvimento de novas terapias direcionadas. 

PSORÍASE E MICROBIOTA

O estudo do papel dos microrganismos na fisiopatologia das doenças de pele remonta à primeira metade do século XX. Onde foi investigada uma possível ligação entre estreptococos nasofaríngeos comensais e psoríase.

Evidências concretas ligando as duas condições não foram estabelecidas na época. No entanto, trabalhos posteriores de Norrlind et al. correlacionou com sucesso a faringite estreptocócica (como evidenciado pela cultura e sorologia do swab da faringe) com a psoríase gutata. Assim também a exacerbação da psoríase em pala crônica estável.

psoríase e microbiota

PAPEL DAS BACTÉRIAS NA PSORÍASE

Equipado com o conhecimento do papel das células T na etiologia da psoríase, foi procurado o elo perdido entre a infecção estreptocócica e a psoríase instável / gutata. As proteínas M, encontradas nos estreptococos hemolíticos do grupo A, C e G, foram implicadas. Pois, o agravamento da psoríase crônica em placas foi associado apenas a essas bactérias produtoras de proteínas M. 

psoríase

Postula-se que as proteínas M possam imitar os determinantes da queratina com subsequente ativação das células T psoriáticas. Essa teoria é substanciada pelo fato de que a interação entre o colágeno tipo IV e a integrina α1β1 encontrada exclusivamente nas células T psoriáticas epidérmicas resulta na expansão desse subconjunto de células e na eventual manifestação da psoríase. 

A ativação das células T na psoríase gutata também está sob a influência de antígenos. Entre eles a toxina piogênica estreptocócica A e B, bem como o peptidoglicano.

Parece claro que a microbiota da pele pode ter um papel na patogênese da psoríase em placas crônica. Corynebacterium , Propionibacterium , Staphylococcus e Streptococcus foram identificados como os principais gêneros bacterianos. Diferentes “tipos cutâneos”, como “associado a Proteobacteria”, “associado a Firmicutes” e “associado a Actinobacteria” são os mais prevalentes. 

Usando técnicas que não são de cultura, o Firmicutes foi considerado o filo de bactérias mais abundante na pele psoriática lesional. Enquanto o Actinobacteria foi significativamente sub-representado nas lesões cutâneas psoriáticas quando comparado à pele saudável e não-lesional.

PAPEL DOS FUNGOS NA PSORÍASE

Os fungos compartilharam os holofotes com as bactérias na possível associação microbiológica entre a psoríase e a microbiota. Na década de 1980, suspensões de fragmentos de Malassezia ovalis aplicadas à pele não afetada de pacientes com psoríase induziram a formação de placas psoriáticas nos indivíduos testados. 

Tais reações psoriasiformes à Malassezia também foram observadas após a deposição indireta do fungo do couro cabeludo na pele de pacientes com psoríase. Nesta série de casos, as lesões psoriáticas responderam a um curso de uma semana de terapia antifúngica oral. Um aumento da concentração de levedura Malassezia na pele lesional também foi associado a exacerbação da psoríase.

O papel de Malassezia na psoríase pode ser devido à sua capacidade de regular positivamente a expressão do fator de crescimento do tumor-β1, cadeia da integrina e HSP70. Promovendo a migração de células imunes e a hiperproliferação de queratinócitos em pacientes com psoríase. A resposta humoral de pacientes com psoríase ao Malassezia furfur está associada a maior IgG. Em contrapartida está associada a menor IgM quando comparada a indivíduos saudáveis.

 Como na microbiota bacteriana, os métodos de não cultura substituíram os métodos de cultura para a detecção de padrões de Malassezia na pele psoriática e não psoriática. Pesquisas culturais e não culturais produziram resultados congruentes, com M. restrita sendo as espécies de Malassezia mais comumente identificadas .

Apesar dos achados constantes, a identificação do fungo não pode ser usada como um marcador para distinguir a pele psoriática da não afetada e a pele psoriática da saudável.

O IMPACTO DA MICROBIOTA DA PELE

A artrite psoriática afeta até 30% dos pacientes com psoríase. Causando considerável morbidade por sintomas diretamente relacionados à condição. Assim também doenças comórbidas, como doenças cardiovasculares, que são mais prevalentes em pacientes com artrite psoriática. Apesar da provável associação entre a artrite psoriática e a microbiota da pele, atualmente não há evidências que estabeleçam uma ligação direta entre as duas condições.

Os fungos também estão implicados na fisiopatologia da psoríase ungueal comórbida, que é mais prevalente em pacientes com artrite psoriática. A associação foi feita depois que a melhora clínica da psoríase ungueal foi notada depois que os pacientes afetados foram tratados com um antifúngico oral.

Atualmente, a maioria das pesquisas é direcionada ao papel da microbiota intestinal na patogênese da artrite inflamatória.

Leia também: CONHEÇA A COSMÉTICA PROBIÓTICA BIOLOGICUS E SEUS BENEFÍCIOS

MICROBIOTA REGULA A EFICÁCIA DO TRATAMENTO

OPÇÕES TERAPÊUTICAS CONVENCIONAIS PARA A PSORÍASE PODEM MODULAR A COMPOSIÇÃO DA MICROBIOTA CUTÂNEA

Se a microbiota da pele tem um papel na origem da psoríase, então alguém estaria inclinado a perguntar se poderia ser manipulado para fins terapêuticos. Além disso, se sua resiliência tem ramificações na eficácia do tratamento psoriático.

Martin et al. demonstraram que a melhora clínica das placas psoriáticas após a balneoterapia está associada a uma alteração da microbiota lesional da pele. De modo que ela se assemelha mais à da pele não afetada após a terapia.

Além disso, um estudo recente de Darlenski et al. fornece informações sobre como a melhoria nas placas psoriáticas após o tratamento com radiação ultravioleta de banda estreita (NB-UVB). Uma terapia sistêmica convencional para o tratamento da psoríase. Está associada a uma melhoria no parâmetro de estresse oxidativo sistêmico ROS anteriormente aludido. Além de outros , como radicais malondialdeído (MDA) e ascorbil. 

Os autores concluem que a melhora nos parâmetros do estresse oxidativo é um reflexo direto da melhora na atividade da doença. O tratamento com NB-UVB já demonstrou causar alterações significativas na microbiota da pele. Seria interessante investigar a relação entre melhora clínica da psoríase, alteração da microbiota cutânea e parâmetros sistêmicos do estresse oxidativo após a terapia com NB-UVB.

MODIFICANDO A MICROBIOTA INTESTINAL COMO OPÇÃO TERAPÊUTICA DA PSORÍASE

A manipulação da microbiota intestinal, seja por seu aumento seletivo a partir da introdução de organismos vivos (probióticos). Ou ainda, enviesando positivamente o crescimento através da administração de carboidratos não digeríveis (prebióticos – fibras) existe há muito tempo.

Resultados promissores foram alcançados com o uso de pré e probióticos na dermatite atópica, acne e cicatrização de feridas. Os pré e probióticos exercem efeitos imunomoduladores na pele e podem fortalecer sua função de barreira diminuindo a carga bacteriana. Assim também podem se opor aos comensais agressivos. 

Tais resultados consolidam ainda mais a idéia de uma ligação direta entre a microbiota intestinal e da pele. Assim implicam que uma microbiota “artificial” pode modular a microbiota “natural” para fins terapêuticos. As pesquisas que sustentam essa afirmação vêm de evidências que documentam uma resposta terapêutica positiva da psoríase pustular à administração do probiótico Lactobacillus.

INTERAÇÃO DA MICROBIOTA COM O TRATAMENTO 

A microbiota da pele também interage em nível local com tratamento tópico na psoríase. Foi demonstrado que uma pele psoriásica associada a uma alta concentração de Malassezia spp. é significativamente mais provável que fique irritada quando tratada com calcipotriol tópico. Um análogo da vitamina D usado como tratamento tópico de primeira linha na psoríase. 

No mesmo estudo, a irritação da pele facial e do couro cabeludo foi significativamente menor nos pacientes tratados simultaneamente com itraconazol oral; no entanto, isso não melhorou a eficácia do tratamento.

O calcipotriol tópico pode, por si só, influenciar a população de Malassezia da pele. A partir da regulação positiva da cathelicidin, um peptídeo antimicrobiano com atividade contra o fungo.

São necessárias mais pesquisas para demonstrar se o tratamento estabelecido para a psoríase e a microbiota da pele pode ser harmonizado para obter uma melhor resposta clínica. Assim também se alterar diretamente a microbiota (como um novo alvo terapêutico) para ajustá-lo ao “tipo cutâneo” normal, como tanto quanto possível, tem implicações terapêuticas.

DIETA E MICROBIOTA – O QUE PODEMOS APRENDER COM A PSORÍASE?

O intestino e a pele estão intimamente relacionados através do que é chamado de “eixo intestino-pele”. Uma vasta microbiota em excesso de microrganismo satura o lúmen complicado do intestino humano. Além de sua relação simbiótica com o intestino em nível local, esse órgão dentro de um órgão também exerce efeitos sistêmicos no resto do corpo, incluindo a pele.

dieta e microbiota


No cenário da psoríase, a microbiota intestinal parece estar consideravelmente alterada. Com uma abundância significativamente reduzida de Akkermansia muciniphila quando comparada aos controles.

Quando se trata da associação entre o intestino e a pele, o papel do Lactobacillus foi apontado. Por meio de um estudo randomizado, duplo-cego e controle de placebo, Gueniche et al. observaram que pacientes aos quais é administrada uma dose oral diária de Lactobacillus paracasei NCC2461 exibem sensibilidade cutânea diminuída. Assim também na recuperação acelerada da função barreira. Além disso, são mais eficientes na preservação dos agentes hidratantes da pele, uréia e lactato de sódio.

Curiosamente, Chen et al. demonstraram que camundongos alimentados com Lactobacillus pentosus desenvolveram uma forma mais branda de psoríase induzida por imiquimod, quando comparados a camundongos alimentados com um controle de veículo. Além disso, foi demonstrado que camundongos alimentados com Lactobacillus pentosus suprimiram citocinas pró-inflamatórias e associadas à Th17, como TNF-α, IL-6, IL-23, IL-17A, IL-17F e IL -22. O papel direto do Lactobacillus em pacientes humanos com psoríase ainda precisa ser investigado.

Essa evidência é de grande relevância clínica, pois ajuda a entender como inclinar o “equilíbrio da microbiota” de maneira positiva. No contexto da psoríase, o papel da dieta (muitas vezes associado ao exercício) tem sido frequentemente promovido por sua capacidade de modular e melhorar as placas psoriáticas dos pacientes e a eficácia do tratamento.

DIETA E MICROBIOTA

Promovido pela descoberta de anticorpos anti-gliadina IgA médios significativamente mais altos (AGA) em uma corte de 302 pacientes com psoríase quando comparado a um grupo de referência, Michaëlsson et al. se propôs a avaliar a resposta da doença a uma dieta sem glúten em pacientes com testes AGA positivos.

A melhoria da pele da psoríase foi avaliada a partir do cálculo do Índice de Gravidade Clínica da Área de Psoríase (PASI). O PASI avalia a gravidade do eritema, descamação, endurecimento e extensão da superfície da pele. Observou-se que o grupo de pacientes IgA-AGA-positivos que aderiram a uma dieta sem glúten apresentou uma redução altamente significativa no PASI quando comparado ao grupo IgA-AGA-negativo. 

É importante notar que 60% dos pacientes positivos para IgA-AGA sofreram uma deterioração do estado da pele quando reintroduziram sua dieta habitual. Nenhum dos pacientes negativos para IgA-AGA observou alterações na condição da pele após retornar à dieta habitual. Após esses resultados encorajadores, ligando dieta e pele em um subconjunto de pacientes com psoríase, o autor subseqüentemente decidiu estabelecer alterações histológicas da pele na pele psoriática e não afetada de pacientes com psoríase com ou com IgA positiva e / ou IgG AGA, sem glúten. 

DIETA E MICROBIOTA

Após aderir a uma dieta sem glúten por três meses, observou-se que os pacientes apresentavam uma população de células Ki-67 + dérmica significativamente reduzida (um indicador de proliferação celular) na pele lesional. A redução da população de células Ki-67 + na pele não afetada foi estatisticamente significativa na derme. Enquanto nas regiões epidérmicas, uma dieta sem glúten levou a uma redução na positividade do Ki-67, embora em uma extensão estatisticamente insignificante. 

As áreas da pele psoriática que expressam Ki-67 não regrediram com uma dieta sem glúten. Transglutaminase do tecido dérmico, notavelmente mais concentrado (8 ×) na pele lesional quando comparado com a pele não envolvida. Também foi observado que diminui pela metade após a adoção de uma dieta sem glúten em pacientes positivos para AAG. 

A adesão a uma dieta sem glúten também levou a uma diminuição significativa na contagem de linfócitos T CD4 + lesionados de pacientes positivos para AAG. Não foram observadas alterações significativas na pele de pacientes com AGA negativo após o tratamento com uma dieta sem glúten.

Curiosamente, a microbiota intestinal de pacientes com psoríase foi demonstrado ter um Firmicutes superior / Bacteroides proporção quando comparada aos controles pareados saudáveis (9,02 vs 3,18, p <0,001). Uma correlação positiva significativa também foi estabelecida entre o Firmicutes / Bacteroides proporção e significam PASI. S,ugerindo que uma mudança na microbiologia intestinal em direção a um subconjunto mais inflamatório (dominante em Firmicutes) pode fazer parte da etiopatia da psoríase.

 É importante notar que a contagem de Actinobacteria também é significativamente maior nos indivíduos não afetados quando comparados aos pacientes com grupo de psoríase.

CONSIDERAÇÕES

A psoríase é uma condição inflamatória da pele comum. Afeta aproximadamente 3% da população mundial e resultante de uma combinação de fatores genéticos e ambientais. A diversidade ecológica da população microbiana que cobre as lesões é maior que a da pele saudável. Ainda não foi estabelecido se essas alterações na microbiota são causa ou consequência de doença. Interações entre microbiota e sistema imunológico são importantes para estabelecer e manter a homeostase do hospedeiro. A modificação da composição da microbiota pode levar a uma mudança na ativação do sistema imunológico. E, eventualmente, ao desenvolvimento de doenças inflamatórias.

Evidências emergentes apóiam a existência de eixos dinâmicos de interação e comunicação entre órgãos, como o eixo intestino-pele.

A microbiota cutânea desregulada pode se tornar um novo alvo terapêutico em pacientes com psoríase. A restauração da simbiose também pode aumentar a eficácia de tratamentos médicos já estabelecidos. Por esses motivos, são necessárias mais pesquisas sobre a modulação seletiva da microbiota da pele.

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SISTEMA NERVOSO DO INTESTINO

sistema nervoso do intestino

Já parou para pensar no sistema nervoso do intestino?

Há locais em que o inconsciente beira o consciente. Estamos sentados na sala, almoçando. Enquanto isso, não percebemos que a alguns metros de distância, no apartamento ao lado, há outra pessoa sentada comendo alguma coisa.

Talvez até ouçamos de vez em quando um rangido estranho no chão, que nos faz pensar além de nossas paredes. Também em nosso corpo há áreas em relação às quais não percebemos nada. Não sentimos o que nossos órgãos fazem o dia inteiro.

Comemos um pedaço de torta: na boca ainda sentimos seu gosto e percebemos os primeiros centímetros de deglutição, mas então pluft!, nossa comida vai embora. A partir daí, tudo desaparece em uma área que na terminologia médica é chamada de “musculatura lisa”.

A MUSCULATURA LISA

A musculatura lisa não é controlada pela consciência. Ao microscópio, não parece a musculatura que somos capazes de controlar, como o bíceps. Conseguimos tensionar bem como conseguimos soltar o músculo do bíceps no braço quando quisermos. Nos músculos controláveis, as menores fibras são estruturadas de maneira muito ordenada, como se tivessem sido desenhadas com uma régua.

As subunidades da musculatura lisa produzem redes tecidas organicamente e se movimentam em ondas harmônicas. Nossos vasos sanguíneos também são revestidos pela musculatura lisa; por isso, muitas pessoas enrubescem quando ficam sem graça. A musculatura lisa descontrai-se com emoções como a vergonha.

Desse modo, as pequenas veias do rosto se expandem. Em muitas pessoas, a capa de músculo se contrai sob o estresse, reduzindo os vasos e fazendo com que o sangue os comprima, o que pode levar à pressão alta.

MUSCULATURA LISA E INTESTINO

O intestino é envolvido por três capas de musculatura lisa. Desse modo, pode movimentar-se com inconcebível flexibilidade e fazer diferentes coreografias em diferentes pontos. O coreógrafo desses músculos é o sistema nervoso próprio do intestino, que controla todos os procedimentos no canal digestivo e é extremamente independente.

sistema nervoso do intestino

Ainda que sua conexão com o cérebro fosse cortada, tudo continuaria a avançar com disposição e realizando a digestão. Um fenômeno como esse não existe em nenhuma outra parte do nosso corpo. As pernas ficariam imóveis, assim também os pulmões já não seriam capazes de respirar.

É pena que não percebamos conscientemente o trabalho dessas obstinadas fibras nervosas. Um arroto ou um peido podem até soar engraçados, mas o movimento por trás deles parece tão filigranado quanto o de uma bailarina.

Leia também: MICROBIOTA INTESTINAL – FATORES QUE INFLUENCIAM

SISTEMA NERVOSO DO INTESTINO

O sistema digestivo é como um segundo cérebro no corpo. Ele é extremamente comprido e possui em torno de 500 milhões de neurônios.

Não é nem perto dos 86 bilhões de neurônios presentes no seu cérebro de verdade, mas ainda é um número consideravelmente alto.

O intestino é o único órgão do corpo que funciona perfeitamente bem sem os comandos do cérebro. É por isso que o sistema neuronal do intestino é chamado de Sistema Nervoso Entérico, ou o SNE.

Esses neurônios fazem seu estômago produzir ácidos estomacais quando você começa a mastigar. Além disso, são eles que decidem quando a comida está digerida o bastante para ir do estômago para o intestino e também são eles que dizem para os músculos intestinais se moverem.

A maior parte destes neurônios se encontra nas paredes do intestino. Eles coordenam os movimentos do órgão e, só no fim do caminho, quando a vontade de evacuar aparece, é que o cérebro (e o SNC) retoma o controle.

Por anos, cientistas vêm estudando o SNE para descobrir sobre a conexão entre ele e o cérebro. Uma das principais descobertas envolve microbiota intestinal

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ESTRUTURA DO INTESTINO – ENTENDA MAIS

estrutura do intestino

Que tal conhecer um pouco mais sobre a estrutura do intestino?

Há coisas que são bem diferentes quando conhecemos melhor.

Vamos olhar mais de perto para a nossa estrutura intestinal?

Lupa

Então vamos nessa!

ESTRUTURA DO INTESTINO

De longe, a estrutura do intestino tem uma aparência esquisita. Atrás da nossa boca, um esôfago de dois centímetros de largura desce pela garganta, não chega ao topo do estômago, mas a algum lugar na sua lateral.

O lado direito do estômago é bem menor do que o esquerdo – por isso, ele se curva em forma de meia-lua, como um saquinho torto. O intestino delgado serpenteia sem direção com seus sete metros de comprimento, ora para a direita, ora para a esquerda, até finalmente dar no intestino grosso. Neste, por sua vez, prende-se um apêndice aparentemente desnecessário, que só serve para inflamar (Será?).

Além disso, o intestino grosso tem uma porção de saliências. Parece uma triste tentativa de imitar um colar de pérolas. Visto de longe, a estrutura do intestino é uma mangueira sem graça, sem charme bem como assimétrica.

Por isso, não vamos dar importância à distância. Em nosso corpo, praticamente não há órgão que pareça cada vez mais fascinante à medida que nos aproximamos dele. Quanto mais se sabe sobre o intestino, mais belo ele se torna. Para começar, vamos dar uma olhada um pouco mais aprofundada nos pontos peculiares.

Quanto mais se sabe sobre o intestino, mais belo ele se torna!

O DESENGONÇADO ESÔFAGO

A primeira coisa que chama a atenção é o fato de o esôfago não ser bom de mira. Em vez de pegar o caminho mais curto e dirigir-se logo ao centro do estômago, em sua parte superior, ele o alcança pelo lado direito. Uma manobra genial. É o que os cirurgiões chamariam de “anastomose término-lateral”.

estrutura do intestino

Mas esse desvio vale a pena. Quando caminhamos, cada passo duplica a pressão no ventre, pois contraímos os músculos abdominais. Quando rimos ou tossimos, a pressão chega a se multiplicar por quatro. Assim, como o abdômen comprime o estômago de baixo para cima, não seria nada bom se o esôfago se acoplasse logo na sua extremidade superior.

Deslocado para a lateral, ele recebe apenas uma fração da pressão. Assim, quando nos movimentamos depois de comer, não sentimos necessidade de arrotar a cada passo. Graças a essa curva bem bolada e a seus mecanismos de fechamento, quando caímos na risada soltamos, no máximo e de vez em quando, um punzinho de alegria – dificilmente se ouve falar de alguém que tenha se borrado de tanto rir.

EFEITOS COLATERAIS – BOLHA GÁSTRICA

Um dos efeitos colaterais dessa entrada pela lateral é a bolha gástrica. Em todas as imagens radiográficas essa pequena bolha é vista no topo do estômago. O ar sobe e não encontra logo a saída lateral. Por isso, muitas pessoas precisam primeiro engolir um pouco de ar antes de arrotar. Ao deglutirem, acabam movendo a abertura do esôfago um pouco mais para perto da bolha e vupt! O arroto encontra caminho livre para subir.

Deitada, a pessoa consegue arrotar com muito mais facilidade se estiver do lado esquerdo. Então, quem fica deitado o tempo todo do lado direito, com a barriga comprimida, só precisa mudar de lado. O aspecto “desengonçado” do esôfago também é mais bonito do que parece à primeira vista. Examinando melhor, vê-se que algumas fibras musculares em forma espiralada correm ao redor do esôfago.

Elas são a base dos movimentos “desengonçados”. Se as puxamos longitudinalmente, elas não se rompem, mas se encolhem em espiral como um fio de telefone. Nosso esôfago está unido à coluna vertebral através de feixes de fibras.

Sendo assim, quando nos sentamos com a coluna reta e olhamos para cima, puxamos nosso esôfago no sentido longitudinal. Então, ele se estreita e consegue se fechar com mais facilidade para baixo e para cima. Portanto, depois de uma refeição farta, para evitar a eructação ácida assumir uma posição ereta ajuda mais do que ficar encurvado.

O TORTO SACO GÁSTRICOESTRUTURA DO INTESTINO

Nosso estômago encontra-se muito mais acima do que imaginamos. Ele começa logo depois do mamilo esquerdo e termina embaixo do arco costal direito. Tudo que dói abaixo desse pequeno saco torto não diz respeito ao estômago.

estômago

Assim sendo, quando as pessoas acham que seu estômago está com algum problema, na verdade estão sentindo o intestino. Sobre o estômago localizam-se o coração e os pulmões. Por isso, quando comemos muito, fica mais difícil respirar fundo. Um sintoma comumente ignorado pelo clínico geral é a síndrome de Römheld.

O ar que se acumula no estômago é tanto que acaba comprimindo o coração por baixo e os nervos viscerais. As pessoas afetadas reagem de maneira diferente. Sentem tontura ou mal-estar. Algumas chegam a sentir medo ou falta de ar; outras ainda sofrem uma forte dor na região do tórax, como em um infarto. Assim, com frequência, elas são tratadas pelos médicos como farsantes medrosos, que só ficam inventando coisas. Nesse caso, seria muito mais útil perguntar: “Já tentou arrotar ou peidar?”.

RESTAURE SUA MICROBIOTA ESTRUTURA DO INTESTINO

A longo prazo, é recomendável restaurar a microbiota gástrica e a intestinal, renunciar a alimentos que causam flatulência, bem como a quantidades elevadas de álcool, que pode aumentar em até mil vezes o número de bactérias produtoras de gases. Aliás, algumas bactérias utilizam o álcool como alimento (pode-se sentir seu gosto, por exemplo, em frutas que já passaram do ponto).

microbiota

Assim, quando há produtores de gás empenhados no intestino, a discoteca noturna transforma-se em concerto matutino de trombetas. “Limpeza à base de álcool”? Até parece! Tratemos agora de sua forma peculiar. Um dos lados do estômago é muito mais comprido do que o outro, de maneira que todo o órgão precisa se curvar.

Dessa forma, há grandes dobras em seu interior. Poderíamos dizer que o estômago é o Quasímodo dos órgãos responsáveis pela digestão.

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No entanto, sua aparência disforme tem um significado mais profundo. Quando bebemos um gole de água, o líquido pode correr ao longo do lado direito e curto do estômago, indo parar às portas do intestino delgado. Em contrapartida, a comida cai pesadamente no lado maior do estômago.

Assim, com muita habilidade, nosso saco digestório separa o que precisa ser amassado em pequenas porções e o que pode ser rapidamente passado adiante. Nosso estômago não é apenas torto; ele tem dois lados especializados: um se entende melhor com líquidos, e o outro, com sólidos. São como dois estômagos em um, por assim dizer.

Leia também: PROBIÓTICOS LÍQUIDOS E A CHEGADA AO INTESTINO

O SINUOSO INTESTINO DELGADO

Em nosso abdômen há um intestino delgado com três a seis metros de comprimento, totalmente solto, laço por laço. Quando saltamos de um trampolim, ele pula junto conosco. Assim também, quando estamos sentados em um avião que está para decolar, ele também é comprimido contra o encosto da poltrona.

estrutura do intestino delgado

Quando dançamos, ele sacoleja animado para todos os lados; e, quando fazemos careta porque estamos com dor de barriga, ele tensiona seus músculos de forma bem parecida. São poucas as pessoas que já viram seu próprio intestino delgado. Mesmo na colonoscopia, geralmente o médico vê apenas o intestino grosso. Quem já teve a oportunidade de percorrer o intestino delgado através de uma microcâmera que pode ser ingerida costuma ficar surpreso.

Então, em vez de uma mangueira escura, deparamos com um ser de natureza diferente: brilhante como veludo, molhado, rosado e, de certo modo, delicado. Quase ninguém sabe que apenas o último metro de intestino grosso tem alguma coisa a ver com o excremento. Os metros anteriores são incrivelmente limpos (de resto, também inodoros) e se ocupam com fidelidade bem como apetite, de tudo que mandamos para eles.

O INTESTINO DELGADO PODE PARECER UM POUCO MENOS PLANEJADO

À primeira vista, o intestino delgado pode parecer um pouco menos planejado do que os outros órgãos. Nosso coração tem quatro câmaras; nosso fígado, lobos; as veias possuem válvulas; e o cérebro tem áreas. Já o intestino delgado serpenteia sem direção. Sua verdadeira configuração só é visível ao microscópio.

Estamos aqui tratando de um ser que, como nenhum outro, personifica o conceito de “amor ao detalhe”. Portanto, nosso intestino nos oferece o máximo de superfície possível. Por isso, tem muitas dobras. Antes de mais nada, nele se encontram as dobras visíveis – sem elas, precisaríamos de um intestino delgado com dezoito metros de comprimento para ter uma superfície de digestão suficiente. Um brinde às dobras!

Mas um perfeccionista como o intestino delgado não termina aqui. Em um único milímetro quadrado de revestimento intestinal erguem-se trinta minúsculas vilosidades no bolo alimentar. Essas vilosidades são tão pequenas que quase não dá para enxergá-las – mas só quase.

A área limítrofe entre o visível e o invisível é tão bem identificada por nossos olhos que ainda conseguimos reconhecer uma estrutura aveludada. Ao microscópio, as pequenas vilosidades parecem grandes ondas feitas de células. (O veludo tem uma aparência muito semelhante.) Com um microscópio melhor, é possível reconhecer que cada uma dessas células também possui saliências vilosas.

Ou seja, são vilosidades sobre vilosidades, que, por sua vez, possuem uma guarnição aveludada, gerada por inúmeras estruturas de açúcar, que na forma se assemelham aos galhos de um veado. São os chamados glicocálices. Se tudo isso fosse alisado – dobras, vilosidades e vilosidades sobre vilosidades –, nosso intestino teria cerca de sete quilômetros de comprimento.

O RECHONCHUDO INTESTINO GROSSO

Nosso intestino grosso se ocupa de coisas que não podem ser absorvidas pelo intestino delgado. Por isso, sua aparência não é aveludada. Seria um esforço inútil muni-lo de vilosidades prontas para a absorção. Em vez disso, ele constitui o lar de bactérias intestinais que fragmentam os últimos restos de comida para nós. Nosso sistema imunológico também se interessa muito por essas bactérias.

estrutura do intestino grosso

Nosso intestino grosso não serpenteia por todos os lados. Está colocado como uma espessa moldura ao redor do intestino delgado. O fato de ser chamado de “grosso” não é nenhuma ofensa para ele, que precisa mesmo de mais espaço para executar suas tarefas.

Quem lida bem com os próprios recursos também consegue superar tempos difíceis. É exatamente este o lema de vida do nosso intestino grosso, que não tem pressa em dedicar-se a tudo que restou, digerindo-o bem até o fim.

INTESTINO GROSSO E MICROBIOTA INTESTINAL

Enquanto isso, o intestino delgado pode absorver a segunda ou terceira refeição – o intestino grosso não se deixa confundir. Restos de comida levam cerca de dezesseis horas para serem diligentemente trabalhados. Ao mesmo tempo, são absorvidas substâncias que, do contrário, perderíamos num piscar de olhos: minerais importantes, como o cálcio, só podem ser realmente reabsorvidos aqui.

microbiota

Com a cuidadosa colaboração do intestino grosso e da microbiota intestinal, ainda recebemos uma dose extra de ácidos graxos energéticos, vitaminas K e B12, tiamina (vitamina B1) e riboflavina (vitamina B2).

Tudo isso serve para muita coisa, por exemplo para o bom funcionamento da coagulação sanguínea, para fortalecer os nervos ou para proteger contra enxaquecas. No último metro de intestino, o nível de água e sal em nosso organismo também é equilibrado. Não que se tenha de experimentar, mas nossas fezes sempre têm o mesmo teor de sal. Com essa calibragem refinada, pode-se economizar um litro inteiro de líquido.

Se isso não fosse feito, teríamos de beber um litro a mais todos os dias. Como ocorre no intestino delgado, tudo que o intestino grosso reabsorve é levado através do sangue para o fígado, onde é novamente verificado e retransmitido para a grande circulação.

MAS, E O APÊNDICE?

Será mesmo que ele é desnecessário na estrutura do intestino?

apêndice

Não percam os próximos textos aqui do blog. Vamos falar com carinho a função do apêndice na estrutura do intestino.

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REFERÊNCIA:

O discreto charme do intestino, Enders, G. Umfmartinsfontes, São Paulo, 2015.

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INTESTINO – NELE HABITAM ANJOS E DEMÔNIOS

intestino

Você sabia que no seu intestino habitam anjos e demônios?

Já ouviram falar e/ou viram o mosaico de Escher, anjos e demônios?

Escher intestino

Pois bem, este mosaico pode representar o intestino quando a sua microbiota se encontra em equilíbrio.

Vamo entender?

Então vamos nessa!

O INTESTINO E SUA MICROBIOTA

No corpo humano encontra-se grande quantidade de microrganismos, os quais se distribuem em diferentes órgãos e tecidos, podendo-se encontrar dez vezes mais células microbianas que células humanas. A distribuição dos microrganismos depende de vários fatores, tais como: umidade, acidez, temperatura bem como disponibilidade de nutrientes. Esses microrganismos influenciam o sistema imunológico, a resistência aos patógenos e o aproveitamento dos alimentos (GONÇALVES, 2014).

Assim sendo, os diferentes microrganismos componentes da microbiota humana exercem funções importantes e fundamentais para a saúde.

Na microbiota humana os microrganismos podem ser mutualistas, comensais assim também oportunistas. Mutualistas são os microrganismos que protegem o hospedeiro, pois produzem nutrientes importantes e colaboram para o crescimento e desenvolvimento do sistema imunológico. Comensais são os microrganismos que mantêm associações sem benefícios ou malefícios detectáveis, sendo estas associações neutras. Em contrapartida, oportunistas são os microrganismos que causam doenças em indivíduos com algum desequilíbrio imunológico.

Então, alguns organismos da microbiota normal podem ser patógenos oportunistas, ou  seja causam infecções se ocorrer danos teciduais em sítios corpóreos específicos ou se a resistência do corpo à infecção é diminuída.

MICRORGANISMOS BENÉFICOS

Quando você estimula o crescimento dos microrganismos benéficos no intestino, estes conseguem manter sob controle o crescimento dos microrganismos patógenos oportunistas. Sendo assim, uma vez em equilíbrio, o indivíduo continuará gozando de uma boa saúde.

Para tanto, é importante ficar atento aos fatores que podem auxiliar este equilíbrio.

  • Não fazer uso de antibióticos indiscriminadamente;
  • Ter uma dieta rica em fibras;

Além dos citados acima, atualmente, o uso de alimentos probióticos tem sido bastante difundido, quando se fala em manutenção e equilíbrio da microbiota intestinal. Os probióticos, são microrganismos benéficos que quando ingeridos de maneira regular, auxiliam no fortalecimento do sistema imune.

Leia também: BACTÉRIAS BENÉFICAS – CONHEÇA ALGUMAS

PATÓGENOS OPORTUNISTAS

O organismo humano dispõe de mecanismos de defesa contra a patogênese bacteriana decorrente da microbiota humana. Porém, alguns microrganismos podem agir como oportunistas, sendo assim, a microbiota constitui-se em reservatório de bactérias patogênicas e estas podem invadir os tecidos do hospedeiro causando doenças graves, mas apenas no caso de imunodeficiência transitória ou persistente (CÂNDIDO; TUNON; CARNEIRO, 2009).

intestino

Como exemplo de microrganismos patógenos oportunistas, podemos citar o a E. coli e a Candida albicans. As duas fazem parte da microbiota normal do homem. Contudo, quando ocorre algum desequilíbrio, elas causam doenças.

Como no mosaico de Escher, em nosso intestino habitam anjos e demônios. É importante mantê-los em equilíbrio.

Cuide da sua microbiota, o resto virá naturalmente.

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ALIMENTOS E MICROBIOTA – PESQUISAS REALIZADAS

alimentos e microbiota

A revista science publicou um artigo sobre alimentos e microbiota. Isto nos dá um gancho para ressaltar a importância da microbiota no tocante à saúde.

Vamos entender um pouco mais?

Então vamos nessa!

POR QUE O FOCO É O FDA?

Embora as abordagens à regulação de alimentos variem entre os países, a concentração é no Food and Drug Administration (FDA) dos EUA por causa de sua influência global. Assim também porque os produtos que ela regula geralmente são amplamente distribuídos.

FDA

UM NOVO ENTENDIMENTO

O novo entendimento de como as comunidades microbianas do intestino (microbiota) transformam os ingredientes da dieta em produtos metabólicos que afetam a biologia humana está alterando nossas definições do valor nutricional dos alimentos.

Estão sendo avaliados o quanto a formação da microbiota intestinal durante a vida pós-natal precoce e as características codificadas por seus vários milhões de genes microbianos (microbioma) são importantes determinantes do crescimento saudável e de nossos fenótipos metabólicos, fisiológicos bem como imunológicos e talvez neurológicos.

Sendo assim, esses avanços estão gerando esforços para desenvolver alimentos que promovam o desenvolvimento saudável da microbiota durante a vida pós-natal precoce. Igualmente para que evitem a perda de diversidade microbiana associada às dietas ocidentais. Assim também que reparem anormalidades associadas a vários estados de doença.

Leia também: A SAÚDE E MICROBIOTA INTESTINAL

Já se passaram mais de 20 anos desde a última grande revisão das definições regulatórias para ingredientes alimentícios nos Estados Unidos. Quando a Lei de Saúde e Educação do Suplemento Dietético de 1994 foi sancionada, o conhecimento do papel da microbiota intestinal na saúde e na doença era limitado. Então, a crescente apreciação de como a microbiota gera biomoléculas que não são produzidas por nenhuma de nossas linhagens de células humanas e que afetam nosso estado de saúde está nos forçando a evoluir nosso conceito de nutrientes essenciais para incluir alguns desses produtos microbianos.

Em conclusão, uma microbiota que não pode gerar esses produtos em quantidades adequadas pode levar a doenças.

microbiota intestinal

O conhecimento do papel da microbiota intestinal na saúde e na doença era limitado.

ALIMENTOS E MICROBIOTA

Até que ponto os avanços científicos na pesquisa sobre alimentos e microbiota afetarão as atitudes do público e a regulamentação governamental? Por conseguinte, como as decisões regulatórias afetarão o progresso científico e a sociedade?

Os alimentos digeridos pela microbiota oferecem oportunidades de pesquisa para delinear como as comunidades microbianas afetam nossa biologia. Determinar até que ponto é possível remodelar as funções da comunidade por meio de intervenções dietéticas. Caracterizar a generalização desses efeitos e sua curta e longa duração. Segurança e eficácia a longo prazo, e catalisar esforços para identificar produtos naturais bioativos derivados da microbiota intestinal.

Este estudo provavelmente ajudará a mudar conceitos e definições de requisitos nutricionais, benefícios nutricionais e segurança alimentar. Eles também provavelmente levantarão questões sobre o efeito que um alimento tem (ou deveria ter) na microbiota. Assim também o que constitui um alimento “saudável”.

William Shakespeare disse: “Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia”.

Se aplica muito bem se dissermos: “Há mais coisa entre alimentos e microbiota do que pode imaginar nossa vã filosofia.”

Pense nisto!

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REFERÊNCIAS:

Food and microbiota in the FDA regulatory framework. Science, 2007.

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O QUE É MICROBIOTA – FOCO DE PESQUISAS

microbiota

As pesquisas sobre o que é microbiota tem aumentado cada vez mais. Isto em vista da necessidade que as pessoas têm manifestado de cuidar melhor de sua saúde.

Com isso, não apenas leigos, mas a própria comunidade científica também tem se voltado para esse tema. No intuito de solucionar uma série de problemas em relação à saúde.

Nesse sentido, de uns anos pra cá há, de fato, há uma proliferação de estudos sobre o assunto. O que pode gerar certa confusão caso você esteja começando agora a se aprofundar nele.

Pensando nisso, preparamos um texto para você tirar as suas dúvidas sobre o que é microbiota e o porquê dela ter ganhado essa centralidade. Vamos conferir?

O QUE É MICROBIOTA?

A resposta para essa pergunta, a princípio, pode lhe causar certo estranhamento. Porque muito provavelmente você foi levado a achar que os microrganismos representam necessariamente uma ameaça ao nosso corpo.

Porém, de forma resumida, a microbiota nada mais é do que um conjunto desses micro seres, composta principalmente por bactérias, que está presente em partes diversas de nosso organismo.

Existem sítios, portanto, em nossa boca, olhos, ouvidos, intestino, pele e muitos outros lugares, cada um desempenhando uma função específica.

microbiota

Logo, não se assuste! Garantimos que, em geral, eles fazem muito mais bem do que mal, sendo fundamentais para o nosso bem-estar.

O QUE É MICROBIOTA E POR QUE ELA TEM SIDO FOCO DE PESQUISAS?

O foco da microbiota em pesquisas acadêmicas (e outras) surge, justamente, a partir do reconhecimento da importância da mesma para os seres humanos.

Atualmente, entende-se que ela foi essencial para o processo evolutivo. Garantindo de forma direta a nossa sobrevivência ao longo do tempo.

A motivação que existe em se estudar a mesma se baseia, portanto, na possibilidade de descobrir novas funções para ela. Relacionando-a com tratamentos como o do câncer, por exemplo.

Dito isso, selecionamos alguns itens relacionados a esse complexo de microrganismos que têm ganhado centralidade dentro da comunidade científica.

Leia também: A SAÚDE E A MICROBIOTA INTESTINAL

ELA AUXILIA NO AMADURECIMENTO DO NOSSO SISTEMA IMUNE

O primeiro item dessa lista faz referência ao nosso sistema imune, conhecido também como sistema imunológico ou imunitário, e o seu aperfeiçoamento.

Dito isso, entende-se que essas colônias habitem o nosso corpo desde os nossos primeiros momentos de vida.

Em resumo, o que ocorre é que a partir desse encontro com o mundo exterior, o nosso organismo consegue diferenciar os seres transmissores de doenças e infecções daqueles que não nos fazem mal.


ELA PRODUZ NEUROTRANSMISSORES

Por sua vez, a microbiota intestinal, uma das mais importantes quando tratamos desse tema, produz neurotransmissores. O que têm ajudado diretamente os estudos relacionados à neurociência e às doenças psíquicas.

Entre eles, destacamos aqui a acetilcolina, a adrenalina, a dopamina e a serotonina. Sendo todos eles importantíssimos para a garantia de nossa saúde física e emocional. Não é impressionante?


ELA PODE AJUDAR A TRATAR QUADROS COMO AUTISMO

Relacionado ao item anterior, cabe comentar que mais recentemente foi identificado também que pessoas com autismo apresentavam uma microbiota intestinal diferente dos demais, sendo menos diversificada.

Logo, espera-se que a identificação das bactérias ausentes nessas colônias possa contribuir para um possível tratamento. Sendo assim, isto seria revolucionário para a ciência.


ELA CONTRIBUI PARA O TRATAMENTO DA OBESIDADE

Por fim, a mesma ainda contribui para o tratamento de problemas relacionados ao sobrepeso e a obesidade.

Isso porque a microbiota intestinal está diretamente relacionada com a absorção de nutrientes, contribuindo para que o nosso organismo possa funcionar normalmente.

Um desequilíbrio aqui, por outro lado, pode acarretar, entre outras coisas, em um metabolismo mais lento, dificultando a queima de calorias.

Dito isso, estudar o que é a microbiota e os seus efeitos no corpo humano é um importante objeto do campo da saúde, existindo muitos outros tópicos para serem explorados.

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MICROBIOTA HUMANA – POR QUE ELA É IMPORTANTE?

microbiota humana

Qual a importância da microbiota humana? Quais as discussões que permeiam este tema?

Vamos tentar entender?

Então vamos nessa!

MICROBIOTA HUMANA

Os microrganismos antigamente eram considerados inimigos do homem, dessa forma tudo era pensado no sentido de combater e matar todo tipo que parecia suspeito, foi a época áurea dos antibióticos.

Nas últimas décadas, ao ser desvendado o microbioma humano, onde se descobre que temos mais células microbianas que células humanas, o panorama e os tipos de tratamentos começam a mudar de sentido. Sendo assim, os microrganismos passam a ser uma parte integrante do nosso corpo e responsáveis por uma série de funções vitais. Dessa maneira, precisamos cuidar e saber que tipos de interações existem entre nossas células e as células dos microrganismos.

As comunidades microbianas, seus metabólitos bem como os demais componentes não são necessários apenas para a homeostase imunológica. Além disso, eles também influenciam a suscetibilidade do hospedeiro a muitas doenças e distúrbios imunomediados.

Associadas à disbiose intestinal – alterações composicionais e funcionais do microbioma intestinal. vários estudos já provaram as interações entre os microrganismos que habitam nosso corpo e doenças como asma, autismo, câncer, colite, diabetes, doenças cardíacas, obesidade bem como esclerose múltipla.

Leia também: MICROBIOTA INTESTINAL DANIFICADA – 10 SINAIS

A MICROBIOTA HUMANA AFETA VÁRIAS ÁREAS DA VIDA

  1. Digestão do leite materno – depende principalmente da quantidade das Bifidobacterium;
  2. Digestão das fibras – certas bactérias são responsáveis por digerir as fibras em nosso organismo, assim também produzir os ácidos graxos de cadeia curta. Dessa forma se previne a obesidade, diabete, doenças cardíacas bem como o risco de câncer;
  3. Ajuste do sistema imunológico – ao se comunicar com as células do sistema imunológico, o microbiota intestinal pode controlar como o corpo responde à infecções;
  4. Controle da saúde cerebral – a microbiota intestinal se comunica com o sistema nervoso central. É provável, que seja através das vias neurais, endócrinas e imunes – influenciando na função e no comportamento do cérebro;
  5. A microbiota intestinal – está diretamente ligada à ansiedade, humor, cognição assim também a dor, sendo o conceito emergente de um eixo microbiota-intestino-cérebro sugestivo para a modulação da microbiota intestinal, o que pode ser uma importante estratégia para prevenir doenças. Sendo assim, estamos na época áurea dos probióticos.
microbiota humana

Dessa forma, a suplementação com probióticos para melhorar o microbioma humano reflete diretamente na melhoria das condições da saúde humana, desde a proteção contra a infecção até diferentes efeitos positivos extra e intra-intestinais.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Arboleya, S., Walkins, C., Stanton, C. Ross, R.P. Gut Bifidobacteria Populations in Human Health and Aging. Front Microbiol. 2016; 7: 1204.

Cryan, J.F., Dinan, T.G. Mind-altering microorganisms: the impact of the gut microbiota on brain and behaviour. Nat Rev Neurosci. 2012 Oct;13(10):701-12.

Levy,  M., Kolodziejczyk , A.A., Thaiss,  C.A., Elinav,  E. Dysbiosis and the immune system. Nat Rev Immunol. 2017 Apr;17(4):219-232.

Slavin, J. Fiber and Prebiotics: Mechanisms and Health Benefits. Nutrients. 2013 Apr; 5(4): 1417–1435.

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METABOLISMO DO ATLETA E MICROBIOTA

metabolismo do atleta

O que a microbiota tem a ver com o metabolismo do atleta?

Extremamente complexo, o corpo humano se consolidou como um rico objeto de estudo científico. Isso pode ser observado, por exemplo, nas diversas especializações existentes na medicina, que traduzem esse refinamento.

Contudo, é interessante também pensar que o mesmo não está isolado no mundo. Sendo assim, pode se relacionar com os demais seres, criando mecanismos que favoreçam a existência de ambos.

Nesse artigo, falaremos, portanto, da microbiota, que está presente em maior ou menor quantidade no organismo de todo mundo. Falaremos especialmente da sua relação com o metabolismo dos atletas.

O METABOLISMO DO ATLETA E A MICROBIOTA

Antes de traçar a relação da microbiota com o metabolismo do atleta, perguntamos: você sabe exatamente o que é isso?

Resumidamente, chama-se de microbiota o conjunto de microrganismos que habitam um determinado ambiente. Esta é formada, principalmente, por bactérias, mas alguns protozoários também podem ser aqui encontrados.

Nesse sentido, a microbiota também é conhecida como microbioma. Por alguns cientistas, como segundo genoma, devido a proporção em que é encontrada no nosso corpo.

Pois bem, um dado interessante é que, em média, existem dez células bacterianas para cada célula humana. Isto representa parte considerável de nosso organismo, não é mesmo?

Como mencionado anteriormente, nosso corpo se relaciona com diversos seres vivos e essa associação não se dá de forma gratuita. Assim, as microbiotas realizam uma série de funções importantes para o nosso bem-estar e saúde.

Entre elas, destacamos agora a digestão dos alimentos, a metabolização dos medicamentos e a modulação do nosso sistema imunológico como alguns exemplos.

Logo, o que fica evidente é que a existência dessas comunidades bacterianas é essencial para a nossa vida, isto inclui, também, o metabolismo do atleta. Porém, será que esses benefícios poderiam ser potencializados?

Segundo cientistas, a resposta para essa pergunta é sim. Pesquisas feitas na Universidade do Colorado apontam que a realização de atividades físicas tende a ajudar a desenvolver ainda mais a microbiota.

Desse modo, ficou comprovado que nesses casos a expansão das bactérias probióticas auxilia na promoção de melhores atividades cerebrais, funcionando como um antidepressivo, e metabólicas, por exemplo.

Evidencia-se, portanto, que ao mesmo tempo em que o aprimoramento desta comunidade pode estar relacionado com o nosso preparo físico, a mesma coopera para que nós também aperfeiçoemos as nossas funções.

Dito isso, é possível finalmente pensar na sua relação direta com o metabolismo dos atletas!

AS BACTÉRIAS PROBIÓTICAS E A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS

Ter uma vida mais saudável e longeva é o sonho da maior parte da população nos dias de hoje. Para isso, já ficou mais que comprovada a relevância da prática de exercícios.

Entre outras coisas, essa prática, em associação com melhores hábitos alimentares, garante uma microbiota mais diversificada, o que é, na realidade, um indicativo de saúde.

METABOLISMO DO ATLETA

Nesse sentido, quanto mais cedo se começar e mais consistentes forem essas atividades melhor.

O que se percebeu, consequentemente, é que a performance esportiva tem muito a ganhar com isso também.

Pensando nas inúmeras utilidades dessas bactérias, elas tendem a ter um papel relevante no metabolismo e no bom desempenho dos atletas, sendo importante preservá-las.

Ter garantido o bom funcionamento do cérebro, do sistema imunológico, da digestão, etc., é essencial para atingir resultados cada vez melhores e técnicos e nutricionistas esportivos já têm percebido isso.

Leia também: KEFIR ANTES OU DEPOIS DO TREINO?

Logo, pode-se dizer que no segmento esportivo a microbiota tem se tornado cada vez mais uma ferramenta para o sucesso.

DICA GERAL

Como manter o seu microbioma equilibrado também depende necessariamente de uma alimentação saudável, indica-se procurar sempre um nutricionista, que poderá lhe direcionar quais os alimentos ideais para você atingir o seu objetivo.

Cabe lembrar que o corpo humano é complexo e não necessariamente os efeitos ocorrerão da mesma forma para todos, sendo importante ter alguém que entenda as suas especificidades.

Se você gostou desse artigo, não deixe de conferir nossas outras publicações!

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MICROBIOTA INTESTINAL – ATLETAS

microbiota

Você que é atleta, está ciente de todos os fatores que podem influenciar na sua performance física, incluindo a microbiota intestinal? Devido à complexidade do corpo humano, existem, de fato, muitas questões a serem levadas em consideração aqui.

Neste artigo trataremos, portanto, de uma delas. A microbiota intestinal, que segundo estudos recentes tem muita mais a ver com o esporte e a prática regular de exercícios físicos do que se imaginava até então.

Pensando nisso, profissionais desse segmento têm estado cada vez mais atentos para as funções da mesma sobre o nosso organismo. Exploraremos melhor esse fato a seguir.

Confira!

VOCÊ SABE O QUE É MICROBIOTA INTESTINAL?

Esse nome pode causar certo espanto ou estranheza. Mas saiba que apesar disso a mesma é fundamental para garantir o nosso bem-estar.

Dito isso, há em nosso corpo uma vasta quantidade de bactérias e outros microrganismos. Porém, diferente de como podemos imaginar inicialmente, eles não são necessariamente vilões.

A microbiota intestinal, portanto, constitui-se de um conjunto de microrganismos que vivem especificamente no nosso trato digestivo. Eles contribuem para a realização de certas funções.

Elas ajudam na digestão dos alimentos e na absorção dos nutriente. No fortalecimento imunológico e pode até mesmo ter efeitos anticancerígenos.

Mais recentemente, ficou também provada a sua relação com a prática regular de exercícios. Gerando melhores atividades metabólicas e cerebrais, tendo, inclusive, eficácia similar as dos antidepressivos.

Leia também: PROBIÓTICOS E RENDIMENTO FÍSICO

QUAL A IMPORTÂNCIA DA MICROBIOTA INTESTINAL PARA OS ATLETAS?

Nesse sentido, pesquisas realizadas nos últimos anos demonstram que a relação existente entre a microbiota intestinal e a saúde dos atletas não para por aí.

Por exemplo, em 2017, cientistas irlandeses compararam os micróbios existentes no corpo de 40 jogadores de rúgbi com os de pessoas comuns. Percebeu-se que no primeiro grupo há uma diversidade muito maior.

MICROBIOTA

Essa diversidade, na realidade, é extremamente saudável e favorável para manter o equilíbrio dessas comunidades. De modo que do contrário haveria muito mais bactérias ruins, aquelas que de fato causam doenças.

Por sua vez, na Universidade da Tasmânia, na Austrália, percebeu-se que corredores que tomaram suplementos probióticos por um mês tiveram um desempenho melhor na esteira do que aqueles que não tomaram.

Por fim, numa última pesquisa, também se descobriu que ratos que possuíam uma microbiota intestinal mais diversificada aguentavam mais tempo num teste em que era necessário nadar até ficarem exaustos.

Desse modo, sabe-se igualmente que essas comunidades bacterianas contribuem para a produção de enzimas antioxidantes. Estas enzimas ajudam a nos proteger após um grande esforço físico, o que é essencial para os atletas.

A preservação e o cuidado da microbiota intestinal parecem, portanto, fundamentais para assegurar a saúde e o bem-estar dos esportistas. De modo que proporcionam até mesmo melhores resultados.

Entretanto, esses estudos ainda são muito recentes. Ao que tudo indica estão em desenvolvimento, podendo daqui a alguns anos contribuírem para esse segmento de forma ainda mais assertiva.

OUTROS TIPOS DE MICROBIOTA

O nosso corpo apresenta ainda outros tipos de microbiota além da microbiota intestinal. São igualmente responsáveis pela realização de determinadas funções e assegurar uma vida mais saudável.

MICROBIOTA

Um exemplo pode ser a microbiota bucal, que se refere a diversidade de microrganismos que habitam a nossa cavidade oral desde o nosso nascimento, ajudando a decompor e transformar os alimentos.

Contudo, o uso de produtos como o antisséptico bucal podem matar essas comunidades bacterianas, causando novamente certo desequilíbrio.

Fora a microbiota bucal, há ainda bactérias no sistema respiratório, na pele e no estômago, por exemplo, e a microbiota transitória, que é a formada por microrganismos que aparecem por períodos variáveis.

Desse modo, estima-se que para cada 10 células bacterianas existe uma célula humana, representando dessa forma parte majoritária de nosso organismo.

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