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COCÔ – O QUE ACONTECE QUANDO FAZEMOS?

cocô

Já parou pra pensar no que acontece quando fazemos cocô?

Que tal entendermos um pouco mais sobre o funcionamento do nosso organismo?

Então vamos nessa!

POR QUE É IMPORTANTE FAZER ESTA PERGUNTA?

A escritora Giulia Enders era estudante de medicina quando um amigo a indagou:

“Giulia, você, que está estudando medicina, me diga o que acontece quando fazemos cocô.”

Giulia relata que a pergunta mudou muita coisa pra ela. Tanto que foi para o quarto, sentou-se no chão e passeou por três livros. Assim, quando finalmente encontrou a resposta ficou bastante surpresa. Algo tão cotidiano era muito mais inteligente e impressionante do que ela poderia imaginar.

O FUNCIONAMENTO DA EVACUAÇÃO É UMA PROEZA

Dois sistemas nervosos trabalham escrupulosamente juntos para descartar nosso lixo da maneira mais discreta e higiênica possível.

Quase nenhum outro animal cumpre essa tarefa de modo tão exemplar e ordenado como nós. Para tanto, nosso corpo desenvolve toda sorte de mecanismos e truques. A começar pela sutileza dos nossos mecanismos de fechamento.

COCÔ

Quase todo o mundo conhece apenas o esfíncter externo, que conseguimos abrir e fechar intencionalmente. Mas existe outro esfíncter muito semelhante, a poucos centímetros de distância, que não conseguimos controlar de maneira consciente.

Sendo assim, cada um desses dois esfíncteres representa os interesses de outro sistema nervoso. O esfíncter externo é o fiel colaborador de nossa consciência. Quando nosso cérebro acha inadequado ir ao banheiro fazer cocô em determinado momento, o esfíncter externo ouve a consciência e aperta-se o máximo que consegue. Em contrapartida, o esfíncter interno representa o nosso mundo interno e inconsciente. Se há alguém que goste de flatulências ou não, ele não está nem aí. A única coisa que lhe interessa é nosso bem-estar interno. Os gases estão nos comprimindo? O esfíncter interno quer manter tudo que é desagradável longe do nosso corpo. Então, o importante é que a vida dentro do corpo seja confortável, que nada a incomode.

QUANDO SE TRATA DO COCÔ OS ESFÍNCTERES PRECISAM TRABALHAR JUNTOS

Quando os restos de nossa digestão (cocô) chegam ao esfíncter interno, ele se abre como que por reflexo. Mas não manda tudo de uma vez para o colega de fora; primeiro, só uma amostra.

Em seguida, no espaço entre o esfíncter interno e o externo encontram-se várias células sensoriais. Elas analisam o produto fornecido para definir se ele é sólido ou gasoso e enviam sua informação lá para cima, para o cérebro. Nesse momento, o cérebro observa: Preciso ir ao banheiro!… ou talvez só soltar gases.

Ele faz, então, o melhor que pode com sua “consciência consciente”: insere-nos em nosso ambiente. Para tanto, recebe informações dos olhos bem como das orelhas e consulta seu patrimônio de experiências. Em segundos, surge a primeira avaliação, que o cérebro transmite de volta ao esfíncter externo: “Dei uma olhada, estamos justamente na sala da tia Berta – talvez até dê para soltar uns gases, mas só se você deixá-los escapar sem fazer barulho. Resíduo sólido, melhor não.”

Esfíncter

Assim, o esfíncter externo compreende e se fecha com toda a fidelidade, mais apertado ainda do que antes. O esfíncter interno também acaba recebendo esse sinal e respeita a decisão do colega. Então, eles se unem e empurram a amostra para uma fila de espera. Em algum momento ela terá de sair, mas não aqui e agora. Algum tempo depois, o esfíncter interno vai testar outra amostra. Se nesse meio-tempo já estivermos comodamente sentados no sofá de casa, o campo estará livre!

QUAL A IMPORTÂNCIA DO NOSSO MUNDO INTERNO PARA NÓS E QUE ACORDO FAZEMOS PARA NOS ENTENDERMOS BEM COM O MUNDO EXTERNO?

Nosso esfíncter interno é um cara decente. Seu lema é: o que deve ir para fora tem de sair. E não há muito que interpretar nesse seu lema. Em contrapartida, o esfíncter externo tem sempre de cuidar da parte complicada: teoricamente, até poderíamos usar o banheiro alheio, ou melhor não? Será que nos conhecemos o suficiente para soltar puns na frente um do outro? Tenho de ser o primeiro a quebrar o gelo? Se eu não for agora ao banheiro, só vou poder ir à noite, e ao longo do dia isso pode se tornar desagradável!

Talvez os pensamentos dos esfíncteres não soem necessariamente merecedores do prêmio Nobel, mas, no fundo, são questões fundamentais da nossa humanidade.

Mundo interno

Um reprime até não poder mais os gases mais desagradáveis até chegar em casa morrendo de dor de barriga; o outro se deixa levar pelo dedo mindinho em uma festa de família na casa da avó e começa a soltar os próprios puns bem alto, como em um divertido show de mágica. Assim, a longo prazo, talvez o melhor acordo esteja entre os dois extremos.

Se nos impedimos várias vezes seguidas de ir ao banheiro, embora tenhamos necessidade, acabamos intimidando o esfíncter interno. Com isso, podemos até reeducá-lo. A musculatura circunstante bem como ele próprio são tão disciplinados pelo esfíncter externo que acabam se desencorajando. Quando a comunicação dos esfíncteres se torna glacial, podem surgir até constipações.

Leia também: CONSTIPAÇÃO – SEU CORPO PRECISA IR AO BANHEIRO

OUTROS CASOS

Isso também pode acontecer às mulheres quando dão à luz, sem que elas exerçam nenhuma repressão intencional ao funcionamento da evacuação. Nesse caso, delicadas fibras nervosas, através das quais os dois esfíncteres se comunicam, podem se romper.

Entretanto, a boa notícia: os nervos também podem voltar a se aglutinar. Dessa forma, pouco importa se os danos foram causados por um parto ou de outra forma; nesse caso, ocorre a chamada terapia de biofeedback.

TERAPIA DE BIOFEEDBACK E COCÔ

Com ela, os esfíncteres que ficaram separados por um tempo aprendem a se entender novamente. Esse tratamento é realizado em procedimentos gastroenterológicos selecionados. Uma máquina mede a produção do trabalho em conjunto do esfíncter externo com o interno. Se estiverem funcionando bem, a recompensa é um som ou um sinal verde.

É como em um desses programas de televisão em que, quando se responde corretamente à pergunta, luzes se acendem no palco bem como ouve-se um tilintar. Só que, em vez de ser na televisão, isso acontece no consultório, quando o médico coloca um eletrodo munido de sensor no traseiro do paciente.

Dessa forma, quando o esfíncter interno e o externo voltam a se entender, tem-se de imediato muito mais disposição para ir ao banheiro.

Então, no fundo, no fundo, o tema “intestino” interessa a muita gente. Basta desmistificar a ideia de falar sobre ele e todos os assuntos que o permeiam. Saber o que acontece quando fazemos cocô é um desses assuntos.  

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REFERÊNCIA:

O discreto charme do intestino, Enders, G. umfmartinsfontes, São Paulo, 2015.

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CONSTIPAÇÃO – SEU CORPO PRECISA IR AO BANHEIRO

constipação

Você já parou para pensar que a constipação pode ter como fator associado, o fato de você ignorar o desejo de ir ao banheiro?

Vamos tentar entender?

Então vamos nessa!

CONSTIPAÇÃO

Segundo o ministério da saúde, a constipação intestinal ou prisão de ventre é uma doença provocada principalmente pelo consumo insuficiente de fibras, porém, outros aspectos também são importantes para manter um bom funcionamento intestinal, evitando essa e outras doenças de origem gastrointestinal.

Leia também: IR AO BANHEIRO COM REGULARIDADE

SEGURAR A VONTADE DE IR AO BANHEIRO FAZ MAL

Se com frequência você ignora os estímulos de movimentação fecal, ocorre inibição do estímulo fecal. Dessa forma, mais água é absorvida das fezes, que se tornam ressecadas e duras, dificultando cada vez mais a evacuação.

É muito importante eliminar todos esses resíduos que, além de nos causarem mal-estar e fazerem com que nos sintamos pesados, fazem mal ao intestino.

Entenda, neste momento seu corpo precisa evacuar. Assim sendo, ele está indicando que precisa expulsar esses dejetos para poder assimilar os nutrientes que você acaba de comer.

intestino

QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS?

Ao invés de ser inofensivo, começa a modificar seu intestino, e pode fazer com que ele não absorva corretamente os nutrientes.

Defecar é um meio de expulsar milhares de toxinas. Ao não fazer isso, elas ficarão intoxicando seu organismo e, portanto, prejudicando sua saúde.

Além disso, segurar por um tempo muito longo a vontade de defecar faz com que as fezes se acumulem até criar uma espécie de “tampão”.

Assim, o momento de evacuar se torna uma tortura, já que o excremento se encontra duro e, portanto, pode chegar a ser doloroso expulsá-lo.

Já que seu corpo necessita eliminar esses dejetos e não pode, tem que voltar a recuperar nutrientes.

No caso de não ingerir nada, o organismo recicla a água dos excrementos para voltar a se nutrir.

Assim, isso quer dizer que você está se nutrindo com água cheia de bactérias, dejetos e toxinas.

Outras consequências são:

  • Mau odor;
  • Hemorróidas.

É importante não segurar a vontade de ir ao banheiro. Não tenha vergonha, é algo normal que ocorre com todo mundo.

Cuide da sua saúde intestinal nos detalhes.

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IR AO BANHEIRO COM REGULARIDADE

ir ao banheiro

É muito comum, hoje em dia, pessoas se queixarem que não conseguem “ir ao banheiro” com regularidade.

Por que este índice vem numa crescente? Quais o fatores que influenciam para que isto ocorra?

Veja hoje no Globo Repórter!

ir ao banheiro

Brincadeiras à parte, que tal tentarmos entender o que vem ocorrendo?

Então, vamos nessa!

QUANTAS VEZES É NORMAL IR AO BANHEIRO PARA EVACUAR?

Falar sobre as necessidades fisiológicas é, quase sempre, um assunto evitado nos círculos de conversa.

Contudo, é de suma importância fomentar diálogos que abordam este conteúdo. Uma vez que já temos ciência que a saúde intestinal tem sua participação na resposta imunológica como um todo.

O hábito intestinal pode variar de pessoa para pessoa, dependendo de diferentes fatores.

Sendo assim, a coloproctologista Lucia Camara de Castro Oliveira, explica que pode ser considerado normal o indivíduo que consegue evacuar diariamente.

Embora, do ponto de vista médico o que considera ser uma constipação importante, são aqueles pacientes que apresentam apenas 2 ou menos evacuações por semana, ou os que necessitam algum auxílio (laxantes, lavagens, manobras digitais, supositórios ou remédios) em mais de 25% das vezes que tentam evacuar.

ir ao banheiro

Vale lembrar que, mais importante do que ir ao banheiro diariamente, é a pessoa sentir-se bem, ter um bem-estar ao evacuar e não se sentir inchada, com dores bem como desconforto, caso fique um dia sem evacuar.

QUAIS FATORES INFLUENCIAM NA REGULARIDADE DAS EVACUAÇÕES?

  • Hipotireoidismo;
  • Síndrome do cólon irritável (por provocar espasmos no cólon, compromete a velocidade de trânsito do bolo fecal);
  • Uso constante de laxativos;
  • Ignorar o desejo de ir ao banheiro;
  • Sedentarismo;
  • Estresse;
  • Alimentação.

Percebemos, portanto, que ir ao banheiro com regularidade pode estar ligado a múltiplos fatores.

Contudo, a recuperação da regularidade intestinal pode ser iniciada com medidas muito simples, como a mudança nos hábitos alimentares atrelado à prática de exercícios regulares.

Leia também: BUTIRATO, PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS

ALIMENTAÇÃO E REGULARIDADE INTESTINAL

A dica dos nutricionistas é investir no consumo constante de água e fibras, já que uma sem a outra não faz efeito. Decerto, só com a ingestão de fibras, as fezes podem ficar ressecadas e causar desconforto e demora para evacuar.

Além disso, outra dica dos nutricionistas é… MOVA-SE! MEXA-SE!

Em síntese, a falta de movimentação orientada, pode causar um impacto significativo na regularidade intestinal.

QUAL A IMPORTÂNCIA DAS FIBRAS?

A fibra alimentar é mais importante do que imaginávamos. Sua função vai além do transporte do bolo fecal. Além disso, a fibra é importante para a nutrição e manutenção de uma microbiota intestinal adequada. Sendo assim, as fibras podem ser consideradas prebióticos, pois, servem de alimento para os microrganismos benéficos que compõem nossa microbiota intestinal.

Alguns estudos têm confirmado a diminuição da diversidade de microrganismos benéficos em nossa microbiota intestinal. Isto quando se compara a microbiota intestinal da população do mundo moderno, com a dos índios caçadores coletores do passado.

ir ao banheiro

Em outras palavras, as pessoa que possuem uma dieta equilibrada, rica em vegetais e frutas, apresentam uma microbiota intestinal mais diversificada.

As fibras são o combustível para nossas bactérias benéficas produzirem ácidos graxos de cadeia curta, que ajudam a regular nosso sistema imunológico.

O baixo consumo de fibras, além de alterar nosso “ir ao banheiro”, pode causar o que os especialistas chamam de intestino poroso.

Um intestino poroso permite que partículas não digeridas no intestino cheguem à corrente sanguínea, podendo causar reações alérgicas e outros problemas, como Diabetes tipo 1, Doença Celíaca, Doença Crohn e Síndrome do Cólon Irritável.

Além das fibras, prebióticos, podemos também procurar consumir alimentos que carregam em sua matriz microrganismos do bem. Os também chamados, alimentos probióticos.

A associação de alimentos prebióticos e probióticos dá um up em nosso organismo.

Então, converse com um profissional de saúde. Esclareça suas dúvidas. Assim também, busque informações constantes.

Nossa alimentação diz muito sobre nós.

Ir ao banheiro é sentir-se bem, é estar bem!

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