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CORONAVÍRUS E TRATO GASTROINTESTINAL

coronavírus

Desde dezembro de 2019, vários casos de pneumonia de etiologia desconhecida foram relatados em Wuhan, província de Hubei, China. Em 7 de janeiro de 2020, um novo coronavírus foi identificado a partir de uma amostra de cotonete na garganta de um paciente pelo Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças. Em seguida, foi nomeado 2019 novo coronavírus (COVID ‐ 19) pela Organização Mundial de Saúde. 

Coronavirus COVID-19 vs. gripe: ¿Cuáles son las semejanzas y ...

Posteriormente, em 21 de fevereiro de 2020, quase 75.114 casos de infecções humanas por COVID-19 foram confirmados na China, com pelo menos 2.239 mortes relatadas. Além disso, casos adicionais se espalharam para outros países da Ásia, Europa, América, Oceania e África.

ESPÉCIES DE CORONAVÍRUS

Sabe-se que seis espécies de coronavírus causam doenças humanas. Entre elas o coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV). Além disso, o coronavírus da síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV), ambos de origem zoonótica, que podem causar doenças respiratórias graves e alta mortalidade. O COVID-19 é o sétimo. A análise filogenética do genoma viral completo (29.903 nucleotídeos) mostrou que o COVID ‐ 19 está mais intimamente relacionado (89,1% de similaridade de nucleotídeos) a um grupo de coronavírus do tipo SARS. Esse fato pode explicar parcialmente o comportamento desse novo coronavírus na infecção humana.

Estudos retrospectivos de Wuhan, China, indicaram que as principais manifestações clínicas do COVID ‐ 19 são febre, tosse e dispneia (A FAMOSA DIFICULDADE PARA RESPIRAR)Sintomas menos comuns incluem a produção de expectoração, dor de cabeça, hemoptise e alguns sintomas gastrointestinais. Parece que sintomas gastrointestinais, como diarreia (2% a 10,1%) e náusea e vômito (1% a 3,6%), não são muito comuns no momento. No entanto, uma proporção significativa de pacientes apresentou inicialmente esses sintomas gastrointestinais atípicos.

Características clínicas de pacientes com coronavírus e sintomas ...

TRANSMISSÃO

Existem evidências não apenas da transmissão de animal para humano, mas também da transmissão de humano para humano do COVID-19. Esta contaminação se dá entre contatos próximos ou através de aerossóis carregados de vírus. Embora sejam necessárias mais evidências, Zhang e cols. do Hospital Popular da Universidade de Wuhan relataram a presença de ácidos nucleicos virais nas amostras fecais e nas zaragatoas anais de pacientes com COVID ‐ 19. Portanto, existe a possibilidade de transmissão fecal-oral na infecção por COVID-19. Mais atenção deve ser dada à higiene das mãos e desinfecção do vômito, fezes e outros fluidos corporais dos pacientes.

Leia também: COVID-19 – APOIE O MICROBIOMA DIANTE DA PANDEMIA

O QUE DIZEM OS ESTUDOS ANTERIORES?

Estudos anteriores descobriram vários receptores aos quais diferentes coronavírus se ligam, como a enzima conversora de angiotensina (ACE2) para SARS-CoV. Um estudo mostrou por modelagem molecular que existe uma similaridade estrutural entre os domínios de ligação ao receptor de SARS-CoV e COVID-19. O que significa que o COVID-19 pode usar ACE2 como receptor, apesar da presença de mutações de aminoácidos no COVID‐ 19 domínio de ligação ao receptor.  

Esse achado foi verificado posteriormente por outro estudo que sugeriu que anormalidades hepáticas também podem ocorrer em pacientes com COVID ‐ 19, porque os colangiócitos são alvos desses vírus por meio da ECA2. 

Sabe-se que a ACE2 é abundante nos epitélios dos pulmões e intestino em humanos, o que pode melhorar a evidência dessa possível rota para o COVID-19. Ainda outros autores indicaram que a expressão de ACE2 está localizada principalmente na superfície luminal de células epiteliais do intestino delgado diferenciadas. Em contrapartida, menor expressão foi observada nas células da cripta e no cólon. 

Eles também ligaram a função de transporte de aminoácidos da ACE2 à ecologia microbiana no trato gastrointestinal no qual os mutantes da ACE2 exibem expressão reduzida de peptídeos antimicrobianos e mostram composição microbiana intestinal alterada. Portanto, especula-se que o COVID ‐ 19 possa, até certo ponto, estar relacionado à microbiota intestinal.

CONEXÃO ENTRE PULMÃO E TRATO GASTROINTESTINAL – CORONAVÍRUS

Coronavírus: o que é, transmissão, sintomas - Biologia Net

A conexão entre o pulmão e o trato gastrointestinal não é completamente compreendida. É sabido que o trato respiratório abriga sua própria microbiota. Mas, os pacientes com infecções respiratórias geralmente apresentam disfunção intestinal ou complicações secundárias da disfunção intestinal, que estão relacionadas a um curso clínico mais grave da doença, indicando interferência intestinal e pulmonar. Esse fenômeno também pode ser observado nos pacientes com COVID ‐ 19. 

Numerosos estudos mostraram que a modulação da microbiota intestinal pode reduzir a enterite e a pneumonia associada ao ventilador. Além disso, pode reverter certos efeitos colaterais dos antibióticos para evitar a replicação precoce do vírus influenza nos epitélios pulmonares. 

Atualmente, não há evidências clínicas diretas de que a modulação da microbiota intestinal desempenhe o papel terapêutico no tratamento de COVID-19, mas especula-se que o direcionamento à microbiota intestinal pode ser uma nova opção terapêutica ou pelo menos uma opção terapêutica ADJUVANTE. 

No início de fevereiro, as orientações (versão 5) estabelecidas pela Comissão Nacional de Saúde da China e pela Administração Nacional de Medicina Tradicional Chinesa recomendam que, no tratamento de pacientes com infecção grave por COVID ‐ 19, os probióticos possam ser usados ​​para manter o equilíbrio da micro ecologia intestinal e prevenir a infecção bacteriana secundária, o que mostra que o governo chinês e as equipes médicas de primeira linha aceitam a importância do papel da microbiota intestinal na infecção por COVID-19.

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

Enormes esforços do governo chinês e pesquisas relacionadas aceleradas foram realizadas durante esse período. Embora nenhum tratamento antiviral específico tenha sido recomendado até o momento, especula-se que os probióticos podem modular a microbiota intestinal para alterar favoravelmente os sintomas gastrointestinais e também proteger o sistema respiratório. 

Estudos futuros podem se concentrar neste ponto. Assim, seria interessante investigar se os benefícios da ECA2 na doença pulmonar podem ser mediados através da modulação da microbiota intestinal e/ou microbiota pulmonar. 

Por fim, pedi-se a todas as equipes médicas de primeira linha que sejam cautelosas e prestem mais atenção aos pacientes atípicos com uma apresentação inicial de sintomas gastrointestinais, especialmente os da área epidêmica. Espera-se que, com os esforços conjuntos e grande apoio, a COVID-19 seja superada em breve.

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REFERÊNCIAS:

2019 Novel coronavirus infection and gastrointestinal tract.

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MICROBIOMA E PROBIÓTICOS – DO INTESTINO À MARTE

microbioma e probióticos

O que microbioma e probióticos têm a ver com Marte?

Assim como o ser humano, que há várias décadas busca encontrar substrato biológico em estrelas e outros planetas, para que um dia possa ter uma opção viável para sua sobrevivência, é possível que muitos microrganismos, sobretudo as bactérias e, por que não?, os vírus que as infectam, também tenham feito isso, com sucesso, há vários milênios, e,por isso, hoje, mantêm uma relação mutual de convivência com o ser humano.

Assim, temos microrganismos instalados, nos mais diversos sítios do corpo humano. Entre esses, o microbioma intestinal tem papel fundamental para o equilíbrio fisiológico e a sobrevivência da nossa espécie.

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Que nível de ‘‘agressão’’ é necessário para que esses microrganismos assumam seus novos hospedeiros? Qual o melhor caminho para isso? E, ainda, como fazem para, mesmo que sejam ‘‘criaturas estranhas’’, ganhar o benefício da tolerância imunológica?

Essas são perguntas que por muito tempo ficaram alocadas em uma nuvem de incertezas. Elas provavelmente passaram pela cabeça de Nissle e Metchnikoff, mas que nas últimas décadas, em parte, têm sido esclarecidas.

ESTUDOS GERM-FREE

Os estudos com animais do tipo germ-free ratificaram a existência do eixo neuro-imuno-endócrino. Assim também a importância, ou melhor, a necessidade de se ter uma colonização adequada e precoce da microbiota, para o desenvolvimento morfofisiológico desses respectivos sistemas orgânicos.

Mas, quão precoce seria essa colonização? Segundo os estudos clássicos e o consenso científico, até alguns anos atrás todo ser humano, ao nascimento, teria seu trato intestinal e o conteúdo desse totalmente estéreis. Sendo assim, as primeiras indicações de contaminação bacteriana só seriam reconhecidas algumas horas após o parto.

No entanto, com o desenvolvimento de novas técnicas de identificação desses microrganismos, muitos são os estudos que já detectaram a presença de DNA de bactérias, como algumas espécies de lactobacilos, bifidobactérias, enterococos e clostrídios, tanto no útero, na placenta e no líquido amniótico de gestantes quanto no mecônio de recém-nascidos.

Essas descobertas, embora questionáveis ainda, pela necessidade de maior reprodutibilidade dos resultados, abrem uma perspectiva grande para o uso de cepas probióticas no campo das estratégias de prevenção pré e perinatais de doenças como as alergias, as alterações metabólicas e os distúrbios do comportamento.

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MICROBIOMA E PROBIÓTICOS – MODULAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL POR MEIO DE CEPAS PROBIÓTICAS

O racional para essas novas perspectivas de modulação da microbiota intestinal, por meio de cepas probióticas, estaria diretamente relacionado aos processos disbióticos que atingem precocemente as crianças, sobretudo em uma fase decolonização e maturação da microbiota intestinal.

Quer seja pelos fatores pré e perinatais, como o uso de antibióticos na gravidez, no parto ou no puerpério, a maior prevalência de partos cesarianos ou pelos fatores pós-natais, como o menor tempo de aleitamento materno e a introdução de dieta qualitativamente inadequada, além do uso indiscriminado de antibióticos na faixa etária pediátrica.

Essa situação de disbiose estaria relacionada ao incremento exponencial de doenças não transmissíveis na infância. Tanto em curto prazo, ainda lactentes, quanto em longo prazo, quando adolescentes ou adultos.

Leia também: MICROBIOMA HUMANO – SAIBA MAIS SOBRE ELE

O QUE SÃO PROBIÓTICOS?

Por definição, seriam ‘‘microrganismos vivos que quando administrados em quantidades adequadas conferem benefício à saúde do hospedeiro’’. No entanto, essa é uma definição ampla que não especifica os tipos, as rotas de administração, os alvos e os possíveis efeitos na saúde
humana.

Por isso, o entendimento sobre a especificidade de cepas é fundamental nesse contexto. Ou seja, os efeitos cientificamente comprovados, alcançados por uma espécie bacteriana isoladamente, não podem ser atribuídos a outras espécies ou mesmo a combinações de espécies, assim como a outros gêneros de microrganismos.

Historicamente, desde o início do século XX, quando Ellie Metchnikoff atribuiu a longevidade dos camponeses búlgaros à dieta rica em leite fermentado (com presença marcante de Lactobacillus bulgaricus), uma série de outras espécies de lactobacilos tem mostrado capacidade probiótica, como L. acidophilus, L. rhamnosus, L. reuterii, L. casei, L. fermentum, L. gasseri, L. johnsonii, L. paracasei, L. plantarum.

Assim como outras bactérias acidoláticas, como as bifidobactérias B. adolescentis, B. animalis, B. bifidum, B. breve e B. longum. Além de outros microrganismos, como alguns bacilos não acidoláticos (Bacilus clausii e Bacillus coagulans). Assim também espécies não patogênicas de Escherichia coli e alguns fungos como o Saccharomyces boulardii.

NOVOS ELEMENTOS MUTUAIS DA MICROBIOTA INTESTINAL – MICROBIOMA E PROBIÓTICOS

Recentemente, novos elementos mutuais da microbiota intestinal mostraram capacidade probiótica e têm sido considerados uma promissora nova geração, entre os quais se destacariam Akkermansia muciniphila, Faecalibacterium prausnitzii, Roseburia spp. e Eubacterium hallii.

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Por conta disso, tem sido exponencial o crescimento dos estudos com probióticos. Quer sejam pesquisas na área básica ou estudos clínicos, nas mais diferentes especialidades médicas. Fato esse que tem gerado várias análises subsequentes, por meio de guias, revisões simples, revisões sistemáticas da literatura ou metanálises.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE ALERGIA (WAO)

A WAO em recente guia, sugere como recomendações: o uso de probióticos na grávida e lactante de risco para atopia; e no lactente com o mesmo perfil de risco para desenvolvimento de alergias, por considerar estratégia benéfica na prevenção do eczema atópico, e, dessa maneira, diminuir a possibilidade de evolução da ‘‘marcha alérgica’’, com posterior aparecimento de rinite alérgica e/ou asma.

Tais recomendações desencadearam críticas acadêmicas, pela ausência de especificidade de cepa nas indicações. Em contrapartida, outros especialistas em pediatria imunologia, consideram tais recomendações corretas e corajosas. Isto porque transparecem uma posição baseada em inúmeros estudos, com elevado nível de evidência científica.

POR QUE INDICAR CEPAS ESPECÍFICAS?

Levando em consideração microbioma e probióticos, a resposta é simples!

Porque ainda não temos estudos suficientes, com mesmo desenho, tipo de cepa e objetivos finais semelhantes. Por exemplo, no contexto otorrinolaringológico, recente revisão sistemática da Cochrane, que envolveu 3.720 participantes (adultos e crianças), mostrou que os probióticos são estatisticamente capazes de reduzir o número de infecções das vias aéreas superiores (IVAS), sua duração, o uso de antibiótico e o absenteísmo escolar/trabalho.

No entanto, os próprios autores reconhecem a fragilidade das conclusões ao analisar estudos com diferentes espécies de cepas, em diferentes populações etárias. Ou seja, nesse caso ‘‘os meios não justificariam o fim’’.

Assim, em conclusão, acredita-se que a busca pelo desconhecido faça parte da natureza humana. Enquanto, em nível espacial, Marte nos traz informações promissoras, mas ainda distante em servir como próxima colônia humana.

Por outro lado, a microbiota intestinal está cada vez mais mapeada. Com identificação de novas espécies, novas interfaces e novos mecanismos. Isto ratifica de maneira irrefutável sua importância. Assim como a dos probióticos, como estratégia de prevenção e tratamento para muitas doenças que atingem a nossa sociedade moderna.

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REFERÊNCIA:

Microbioma e probióticos: do intestino à Marte, Bruno Acatauassú Paes Barreto, 2018.

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SISTEMA NERVOSO DO INTESTINO

sistema nervoso do intestino

Já parou para pensar no sistema nervoso do intestino?

Há locais em que o inconsciente beira o consciente. Estamos sentados na sala, almoçando. Enquanto isso, não percebemos que a alguns metros de distância, no apartamento ao lado, há outra pessoa sentada comendo alguma coisa.

Talvez até ouçamos de vez em quando um rangido estranho no chão, que nos faz pensar além de nossas paredes. Também em nosso corpo há áreas em relação às quais não percebemos nada. Não sentimos o que nossos órgãos fazem o dia inteiro.

Comemos um pedaço de torta: na boca ainda sentimos seu gosto e percebemos os primeiros centímetros de deglutição, mas então pluft!, nossa comida vai embora. A partir daí, tudo desaparece em uma área que na terminologia médica é chamada de “musculatura lisa”.

A MUSCULATURA LISA

A musculatura lisa não é controlada pela consciência. Ao microscópio, não parece a musculatura que somos capazes de controlar, como o bíceps. Conseguimos tensionar bem como conseguimos soltar o músculo do bíceps no braço quando quisermos. Nos músculos controláveis, as menores fibras são estruturadas de maneira muito ordenada, como se tivessem sido desenhadas com uma régua.

As subunidades da musculatura lisa produzem redes tecidas organicamente e se movimentam em ondas harmônicas. Nossos vasos sanguíneos também são revestidos pela musculatura lisa; por isso, muitas pessoas enrubescem quando ficam sem graça. A musculatura lisa descontrai-se com emoções como a vergonha.

Desse modo, as pequenas veias do rosto se expandem. Em muitas pessoas, a capa de músculo se contrai sob o estresse, reduzindo os vasos e fazendo com que o sangue os comprima, o que pode levar à pressão alta.

MUSCULATURA LISA E INTESTINO

O intestino é envolvido por três capas de musculatura lisa. Desse modo, pode movimentar-se com inconcebível flexibilidade e fazer diferentes coreografias em diferentes pontos. O coreógrafo desses músculos é o sistema nervoso próprio do intestino, que controla todos os procedimentos no canal digestivo e é extremamente independente.

sistema nervoso do intestino

Ainda que sua conexão com o cérebro fosse cortada, tudo continuaria a avançar com disposição e realizando a digestão. Um fenômeno como esse não existe em nenhuma outra parte do nosso corpo. As pernas ficariam imóveis, assim também os pulmões já não seriam capazes de respirar.

É pena que não percebamos conscientemente o trabalho dessas obstinadas fibras nervosas. Um arroto ou um peido podem até soar engraçados, mas o movimento por trás deles parece tão filigranado quanto o de uma bailarina.

Leia também: MICROBIOTA INTESTINAL – FATORES QUE INFLUENCIAM

SISTEMA NERVOSO DO INTESTINO

O sistema digestivo é como um segundo cérebro no corpo. Ele é extremamente comprido e possui em torno de 500 milhões de neurônios.

Não é nem perto dos 86 bilhões de neurônios presentes no seu cérebro de verdade, mas ainda é um número consideravelmente alto.

O intestino é o único órgão do corpo que funciona perfeitamente bem sem os comandos do cérebro. É por isso que o sistema neuronal do intestino é chamado de Sistema Nervoso Entérico, ou o SNE.

Esses neurônios fazem seu estômago produzir ácidos estomacais quando você começa a mastigar. Além disso, são eles que decidem quando a comida está digerida o bastante para ir do estômago para o intestino e também são eles que dizem para os músculos intestinais se moverem.

A maior parte destes neurônios se encontra nas paredes do intestino. Eles coordenam os movimentos do órgão e, só no fim do caminho, quando a vontade de evacuar aparece, é que o cérebro (e o SNC) retoma o controle.

Por anos, cientistas vêm estudando o SNE para descobrir sobre a conexão entre ele e o cérebro. Uma das principais descobertas envolve microbiota intestinal

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TUBO INTESTINAL – ENTENDENDO POR DENTRO

tubo intestinal

O tubo intestinal é excepcional. Ele forma ⅔ do sistema imunológico, tira energia de tudo que nos alimentamos e produz mais de vinte hormônios próprios.

Que tal tentarmos entendê-lo por dentro?

Então vamos nessa!

ANALOGIA

árvores

O mundo parece muito mais divertido quando vemos não apenas o que pode ser visto, mas também todo o resto. Nesse sentido, uma árvore não é uma colher. Então, em uma simplificação grosseira, nossos olhos percebem apenas a forma: um tronco reto com uma copa redonda. Sobre a forma, o olho nos diz: “colher”.

Mas debaixo da terra existem tantas raízes quantos são os galhos na parte de cima, no ar. O cérebro deveria então dizer algo como “halter”, mas não o faz. Ele recebe dos olhos a maioria dos inputs e muito raramente de uma ilustração em um livro que mostre uma árvore perfeita. Portanto, quando passa em velocidade por uma floresta faz o seguinte comentário ao ver a paisagem: “Colher, colher, colher, colher”.

ENQUANTO AS COLHERES PASSAM

Enquanto passamos “às colheradas” pela vida, perdemos coisas incríveis. Sob nossa pele está sempre acontecendo alguma coisa: fluímos, bombeamos, sugamos, comprimimos, estouramos, consertamos e reconstruímos.

Toda uma equipe de órgãos sofisticados trabalha com tanta perfeição e eficiência que, por hora, um adulto precisa de quase tanta energia quanto uma lâmpada de 100 watts. A cada segundo, os rins filtram nosso sangue, limpando-o meticulosamente – em substância, com tanta precisão quanto um filtro de café –, e, na maioria das vezes, duram a vida toda.

Nossos pulmões foram projetados de maneira tão inteligente que, na verdade, só consumimos energia quando inspiramos. A expiração acontece por si mesma. Se fôssemos transparentes, poderíamos ver como os rins são belos: no tamanho, parecem esses carrinhos de fricção, flexíveis e pulmonares.

Enquanto às vezes uma pessoa está sentada, pensando: “Ninguém gosta de mim”, seu coração está justamente fazendo o enésimo turno de 24 horas e teria toda razão de sentir-se negligenciado com esse tipo de pensamento.

Se víssemos mais do que é visível, também poderíamos assistir a aglomerados de células no abdômen transformando-se em um ser humano. Entenderíamos que nos desenvolvemos, de maneira rudimentar, a partir de três “mangueiras”.

A primeira nos percorre e dá um nó no meio. É nosso sistema de vasos sanguíneos, a partir do qual nosso coração surge como nó central dos vasos. A segunda mangueira se forma quase paralelamente em nossas costas, constituindo uma bolha que migra para a extremidade superior do corpo, onde permanece. É nosso sistema nervoso na medula espinhal, a partir da qual se desenvolve o cérebro e crescem os nervos por todo o corpo. A terceira mangueira nos percorre de cima a baixo. É o tubo intestinal.

Leia também: INTESTINO E CÉREBRO – COMUNICAÇÃO DIRETA

TUBO INTESTINAL

O tubo intestinal ordena nosso mundo interno. Forma brotos que se espalham, arqueando-se para a direita e para a esquerda. Esses brotos se transformam em nossos pulmões. Além disso. um pouquinho mais para baixo, e o tubo intestinal forma uma saliência, compondo nosso fígado. Também molda a vesícula biliar e o pâncreas. Mas a mangueira começa a ficar cada vez mais cheia de truques. Participa da construção elaborada da boca, forma o esôfago, capaz de dançar break, e um pequeno saco gástrico, para armazenar a comida por algumas horas.

tubo intestinal

Por fim, o tubo intestinal cria sua obra-prima, que acabou por dar-lhe nome: o intestino. As duas “obras-primas” das outras mangueiras – coração e cérebro – gozam de muito prestígio.

coração e cérebro

O coração é considerado fundamental para a vida, pois bombeia o sangue pelo corpo; o cérebro é admirado, pois processa incríveis estruturas de pensamento a cada segundo. Enquanto isso, o intestino, assim crê a maioria, quando muito vai parar na privada. Ou talvez esteja preso de qualquer jeito à barriga, soltando uns peidos vez por outra. Na verdade, não se sabe quais são suas capacidades especiais. Podemos dizer que o subestimamos um pouco – para falar a verdade, não apenas o subestimamos, mas também costumamos até nos envergonhar de nosso tubo intestinal. Que órgão mais constrangedor!

DESAFIO – TUBO INTESTINAL

tubo intestinal

Então, que tal competir de maneira autêntica com o mundo visível? Árvores não são colheres! E o intestino é muito interessante!

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REFERÊNCIA:

O discreto charme do intestino, Enders, G. Umfmartinsfontes, São Paulo, 2015.

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INTESTINO – NELE HABITAM ANJOS E DEMÔNIOS

intestino

Você sabia que no seu intestino habitam anjos e demônios?

Já ouviram falar e/ou viram o mosaico de Escher, anjos e demônios?

Escher intestino

Pois bem, este mosaico pode representar o intestino quando a sua microbiota se encontra em equilíbrio.

Vamo entender?

Então vamos nessa!

O INTESTINO E SUA MICROBIOTA

No corpo humano encontra-se grande quantidade de microrganismos, os quais se distribuem em diferentes órgãos e tecidos, podendo-se encontrar dez vezes mais células microbianas que células humanas. A distribuição dos microrganismos depende de vários fatores, tais como: umidade, acidez, temperatura bem como disponibilidade de nutrientes. Esses microrganismos influenciam o sistema imunológico, a resistência aos patógenos e o aproveitamento dos alimentos (GONÇALVES, 2014).

Assim sendo, os diferentes microrganismos componentes da microbiota humana exercem funções importantes e fundamentais para a saúde.

Na microbiota humana os microrganismos podem ser mutualistas, comensais assim também oportunistas. Mutualistas são os microrganismos que protegem o hospedeiro, pois produzem nutrientes importantes e colaboram para o crescimento e desenvolvimento do sistema imunológico. Comensais são os microrganismos que mantêm associações sem benefícios ou malefícios detectáveis, sendo estas associações neutras. Em contrapartida, oportunistas são os microrganismos que causam doenças em indivíduos com algum desequilíbrio imunológico.

Então, alguns organismos da microbiota normal podem ser patógenos oportunistas, ou  seja causam infecções se ocorrer danos teciduais em sítios corpóreos específicos ou se a resistência do corpo à infecção é diminuída.

MICRORGANISMOS BENÉFICOS

Quando você estimula o crescimento dos microrganismos benéficos no intestino, estes conseguem manter sob controle o crescimento dos microrganismos patógenos oportunistas. Sendo assim, uma vez em equilíbrio, o indivíduo continuará gozando de uma boa saúde.

Para tanto, é importante ficar atento aos fatores que podem auxiliar este equilíbrio.

  • Não fazer uso de antibióticos indiscriminadamente;
  • Ter uma dieta rica em fibras;

Além dos citados acima, atualmente, o uso de alimentos probióticos tem sido bastante difundido, quando se fala em manutenção e equilíbrio da microbiota intestinal. Os probióticos, são microrganismos benéficos que quando ingeridos de maneira regular, auxiliam no fortalecimento do sistema imune.

Leia também: BACTÉRIAS BENÉFICAS – CONHEÇA ALGUMAS

PATÓGENOS OPORTUNISTAS

O organismo humano dispõe de mecanismos de defesa contra a patogênese bacteriana decorrente da microbiota humana. Porém, alguns microrganismos podem agir como oportunistas, sendo assim, a microbiota constitui-se em reservatório de bactérias patogênicas e estas podem invadir os tecidos do hospedeiro causando doenças graves, mas apenas no caso de imunodeficiência transitória ou persistente (CÂNDIDO; TUNON; CARNEIRO, 2009).

intestino

Como exemplo de microrganismos patógenos oportunistas, podemos citar o a E. coli e a Candida albicans. As duas fazem parte da microbiota normal do homem. Contudo, quando ocorre algum desequilíbrio, elas causam doenças.

Como no mosaico de Escher, em nosso intestino habitam anjos e demônios. É importante mantê-los em equilíbrio.

Cuide da sua microbiota, o resto virá naturalmente.

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CONSTIPAÇÃO – SEU CORPO PRECISA IR AO BANHEIRO

constipação

Você já parou para pensar que a constipação pode ter como fator associado, o fato de você ignorar o desejo de ir ao banheiro?

Vamos tentar entender?

Então vamos nessa!

CONSTIPAÇÃO

Segundo o ministério da saúde, a constipação intestinal ou prisão de ventre é uma doença provocada principalmente pelo consumo insuficiente de fibras, porém, outros aspectos também são importantes para manter um bom funcionamento intestinal, evitando essa e outras doenças de origem gastrointestinal.

Leia também: IR AO BANHEIRO COM REGULARIDADE

SEGURAR A VONTADE DE IR AO BANHEIRO FAZ MAL

Se com frequência você ignora os estímulos de movimentação fecal, ocorre inibição do estímulo fecal. Dessa forma, mais água é absorvida das fezes, que se tornam ressecadas e duras, dificultando cada vez mais a evacuação.

É muito importante eliminar todos esses resíduos que, além de nos causarem mal-estar e fazerem com que nos sintamos pesados, fazem mal ao intestino.

Entenda, neste momento seu corpo precisa evacuar. Assim sendo, ele está indicando que precisa expulsar esses dejetos para poder assimilar os nutrientes que você acaba de comer.

intestino

QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS?

Ao invés de ser inofensivo, começa a modificar seu intestino, e pode fazer com que ele não absorva corretamente os nutrientes.

Defecar é um meio de expulsar milhares de toxinas. Ao não fazer isso, elas ficarão intoxicando seu organismo e, portanto, prejudicando sua saúde.

Além disso, segurar por um tempo muito longo a vontade de defecar faz com que as fezes se acumulem até criar uma espécie de “tampão”.

Assim, o momento de evacuar se torna uma tortura, já que o excremento se encontra duro e, portanto, pode chegar a ser doloroso expulsá-lo.

Já que seu corpo necessita eliminar esses dejetos e não pode, tem que voltar a recuperar nutrientes.

No caso de não ingerir nada, o organismo recicla a água dos excrementos para voltar a se nutrir.

Assim, isso quer dizer que você está se nutrindo com água cheia de bactérias, dejetos e toxinas.

Outras consequências são:

  • Mau odor;
  • Hemorróidas.

É importante não segurar a vontade de ir ao banheiro. Não tenha vergonha, é algo normal que ocorre com todo mundo.

Cuide da sua saúde intestinal nos detalhes.

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INTESTINO E CÉREBRO – COMUNICAÇÃO DIRETA

Já é bem conhecida e estudada pela ciência a relação entre o sistema digestivo e o cérebro, inclusive o intestino é chamado do segundo cérebro. Dessa maneira, cheio de mais de 100 milhões de células nervosas, o intestino comunica-se com o cérebro liberando hormônios que nos informam se temos fome ou se comemos demais.

CONHEÇAM A COMUNICAÇÃO DIRETA ENTRE O INTESTINO E O CÉREBRO

Ainda não havia sido vista de que forma essa conexão era realizada, mas agora cientistas descobriram que isso é feito por meio de um circuito de neurônios sensoriais dentro do intestino que transmitem os sinais em poucos segundos.

Na figura abaixo representa-se como esses neurônios informam ao nervo vago (amarelo) e ao cérebro como estão nosso estômago e intestino.

intestino e cérebro

O estudo publicado na revista Cell inclui o brasileiro Ivan de Araújo, neurocientista da Escola de Medicina Icahn, no Mount Sinai, em Nova York, que liderou o estudo e mostra que estímulos viscerais provocam no cérebro uma sensação de prazer, e não de saciedade, assim, ocorrendo a produção de dopamina.

Leia também: FOCO NO INTESTINO – O SEGUNDO CÉREBRO

Sendo assim, Araújo afirma: “Nosso estudo revela, pela primeira vez, a existência de neurônios de recompensa entre as células sensoriais do ramo direito do nervo vago”. E continua: “Descobrimos que a estimulação do nervo, especificamente no intestino, é suficiente para excitar os neurônios de recompensa que estão no cérebro.” Então, daí está a explicação de nos sentirmos bem ou mal quando comemos.

Ainda que existam muitas perguntas a serem respondidas. Sendo assim, segundo os autores desse estudo, essa descoberta pode conduzir a novos tratamentos para a obesidade, os transtornos alimentares, a depressão e o autismo.

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REFERÊNCIAS:

Nicolle R. Fuller /Science. 21 Sep 2018: Vol. 361, Issue 6408, pp. 1203–1204. https://nmas1.org/news/2018/09/28/cerebro-intestino-ciencia-tecno

Han, W. et al. A Neural Circuit for Gut-Induced Reward. Cell. 2018 Oct 18;175(3):665-678.e23

Suarez, A. N. Gut vagal sensory signaling regulates hippocampus function through multi-order pathways. Nat Commun. 2018; 9: 2181.Published online 2018 Jun 5. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5988686/

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SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL

síndrome do intestino irritável

SII ou síndrome do intestino irritável é uma mistura de desconforto abdominal ou dor e problemas com os hábitos intestinais: indo mais ou menos frequentemente do que o normal (diarreia ou constipação ) ou com um tipo diferente de fezes (magras, duras, moles ou líquidas).

Pode não ser uma ameaça à vida. Mas a SII pode ser um problema de longa duração que muda a forma como você vive sua vida.

Pessoas com Síndrome do intestino irritável podem perder o trabalho ou a escola com mais frequência. Assim também, podem se sentir menos capazes de participar de atividades diárias.

Sendo assim, algumas pessoas podem precisar mudar seu ambiente de trabalho: mudando para trabalhar em casa, mudando de horário ou mesmo não trabalhando.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL?

Os sintomas mais comuns da síndrome do intestino irritável (SII) são a dor em seu abdômen, geralmente relacionada aos movimentos intestinais e às alterações nos movimentos intestinais.

Dessa maneira, essas alterações podem ser diarreia, constipação ou ambos, dependendo do tipo de IBS que você possui.

OUTROS SINTOMAS DO IBS PODEM INCLUIR:

— Inchaço;

— A sensação de que você não terminou um movimento intestinal;

— Muco esbranquiçado nas fezes;

As mulheres com SII geralmente apresentam mais sintomas durante os períodos .

SII pode ser doloroso, mas pode não levar a outros problemas de saúde.

Para diagnosticar Síndrome do Intestino Irritável, seu médico irá procurar por um certo padrão em seus sintomas ao longo do tempo. A Síndrome do Intestino Irritável é uma desordem crônica. No entanto, os sintomas podem ir e vir.

Leia também: MICROBIOTA INTESTINAL DANIFICADA – 10 SINAIS

O QUE CAUSA A SII?

Os médicos não sabem ao certo o que causa o IBS. Sendo assim, especialistas acham que uma combinação de problemas pode levar ao IBS. Diferentes fatores podem causar IBS em pessoas diferentes.

Distúrbios gastrointestinais funcionais (GI), como a síndrome do intestino irritável, são problemas com a interação cérebro-intestino – como o cérebro e o intestino trabalham juntos.

Dessa maneira, especialistas acham que problemas com a interação cérebro-intestino podem afetar o funcionamento do corpo e causar sintomas de SII.

Por exemplo, em algumas pessoas com SII, a comida pode se mover muito lentamente ou muito rapidamente através do trato digestivo, causando alterações nos movimentos intestinais.

Algumas pessoas com IBS podem sentir dor quando uma quantidade normal de gás ou fezes está no intestino.

Certos problemas são mais comuns em pessoas com SII. Especialistas acham que esses problemas podem ter um papel na causa. Esses problemas incluem:

— Eventos estressantes ou difíceis no início da vida, como abuso físico ou sexual;

— Certos transtornos mentais, como depressão , ansiedade e transtorno do sintoma somático;

— Infecções bacterianas no trato digestivo;

— Super crescimento bacteriano do intestino delgado, um aumento no número ou uma mudança no tipo de bactéria no seu intestino delgado;

— Intolerâncias alimentares ou sensibilidades, em que certos alimentos causam sintomas digestivos.

Sob o mesmo ponto de vista, algumas pessoas também apresentam sintomas urinários ou problemas sexuais.

Existem quatro tipos da condição. Há Síndrome do Intestino Irritável com constipação (IBS-C) e IBS com diarréia (IBS-D). Algumas pessoas têm um padrão alternado de constipação e diarreia.

Isso é chamado de IBS mista (IBS-M). Contudo, outras pessoas não se encaixam facilmente nessas categorias, chamadas IBS não substituídas, ou IBS-U.

QUAIS SÃO AS CAUSAS EXTERNAS?

Embora existam várias coisas conhecidas para desencadear os sintomas da SII, os especialistas não sabem o que causa a condição.

Alguns tipos de estudos chegam a relatar que a parte do cólon fica muito sensível, ao invés de realizar movimentos lentos e em sincronia a parte dos espasmos musculares realiza movimentações bruscas.

Porque a Síndrome do Intestino Irritável acontece em mulheres com muito mais freqüência do que em homens, alguns acreditam que os hormônios podem desempenhar um papel. Até agora, os estudos não confirmam isso.

COMO O SII É TRATADA?

Quase todas as pessoas com SII podem obter ajuda, mas nenhum tratamento único funciona para todos. Você e seu médico precisarão trabalhar juntos para encontrar o plano de tratamento correto para gerenciar seus sintomas.

Muitas coisas podem desencadear sintomas da SII, incluindo certos alimentos, medicamentos, presença de gás ou fezes e estresse emocional. Você precisa aprender quais são seus gatilhos. Você pode precisar fazer algumas mudanças de estilo de vida e, se necessário, tomar medicação.

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SORRIR AINDA É O MELHOR REMÉDIO

Você conhece aquele ditado: “sorrir é o melhor remédio”?

Pois é, nossos avós tinham razão em afirmar isso, pois hoje a ciência mostra que o riso traz diversos benefícios para a saúde pelo simples fato de estimular o nervo vago.

Mas que nervo estranho é esse? Vago? Por que esse nome?

SORRIR

NERVO VAGO

O nome “vagus” vem do termo latino para “errante”. O nervo vago é o maior e o mais complexo nervo do corpo, se estende do cérebro ao abdômen e conecta 90% das fibras neurais que transmitem informações do seu intestino para o cérebro. Essencialmente, é parte de um longo circuito que liga o pescoço, o coração, os pulmões e o abdômen ao cérebro.

O nervo vago é uma peça chave do sistema nervoso parassimpático e influi na respiração, no sistema digestivo, na frequência cardíaca e na saúde mental. Por isso, otimizar suas funções pode melhorar nossa imunidade.

sorrir

Pesquisadores, em 2010, descobriram um circuito de retroalimentação positiva entre o tônus do nervo vago, as emoções positivas e a boa saúde física; quando aumentas um melhoras o outro e vice-versa. A resposta do nervo vago reduz o estresse, reduz nossa frequência cardíaca e a pressão arterial, mantendo assim o corpo em um estado de equilíbrio (homeostase).

Saiba mais: FOCO NO INTESTINO: O SEGUNDO CÉREBRO

SORRIR AINDA É O MELHOR REMÉDIO

A ansiedade faz nosso coração acelerar, dificulta nossa digestão, causa desequilíbrios como diarreias, nos faz chorar, entre outras coisas. Por isso, é importante regular o impacto das emoções negativas do dia a dia sobre nossa vida, estimulando o nervo vago para favorecer o relaxamento. Algumas medidas ajudam a melhorar o tônus do nervo vago:

  • Cantar –  é muito bom, seja sozinho ou em grupo, faz a frequência cardíaca se sincronizar. Já diz o velho ditado: Quem canta, seus males espanta;
  • Meditar;
  • Praticar exercícios tipo Yoga;
  • Lavar o rosto com água fria – relaxa na mesma hora, fácil e barato;
  • Rir – incrivelmente fácil de estimular é reunir-se com os amigos e rir da vida. O riso fortalece as relações enquanto aumenta a variabilidade da frequência cardíaca. Desfruta de bons momentos e sempre há um motivo para sorrir.
  • Consumir Suplementos como os probióticos,  gengibre, ômega-3 e o zinco.

Um estudo demonstrou que homens que fizeram uso de cápsulas probióticas durante um mês se sentiram menos estressados bem como mostraram melhores habilidades cognitivas.

SORRIR

O mero fato de esboçar um sorriso, dançar, caminhar, nadar, etc já produz mudanças metabólicas muito positivas, como se mandasse uma mensagem para nosso cérebro:

“tudo está calmo, estamos muito bem.”

Agora que você já conhece quem é esse nervo vago, cuide dele com carinho!

REFERÊNCIAS:

https://lamenteesmaravillosa.com/como-estimular-el-nervio-vago-para-aumentar-la-salud-mental-y-corporal/

https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/a-incrivel-conexao-cerebro-intestino/

https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/a-incrivel-conexao-cerebro-intestino/

https://lamenteesmaravillosa.com/como-estimular-el-nervio-vago-para-aumentar-la-salud-mental-y-corporal/

 

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Aprenda como regular a microbiota intestinal em 7 passos!

microbiota intestinal

Quando falamos em microbiota intestinal, estamos falando da comunidade de bactérias, leveduras, protozoários e muitos outros microrganismos que habitam todo o sistema gastrointestinal, especialmente o cólon (intestino grosso).
Estes microrganismos podem ser divididos entre as mais favoráveis e as menos favoráveis ao organismo. Tudo depende do equilíbrio entre estas duas classes..
O desequilíbrio da microbiota intestinal favorece o aparecimento de doenças crônicas que podem ser desencadeadas em qualquer parte do corpo, inclusive no sistema nervoso, uma vez que afeta particularmente o sistema imunológico.
Estes bilhões de microrganismos, habitantes naturais do nosso corpo, são um exército de defesa sendo considerado o sistema imunológico de barreira, aquele que primeiro é acionado diante de um ataque de bactérias patogências.
Por isso, selecionamos 7 dicas preciosas para você saber como regular a microbiota intestinal e começar a aumentar sua qualidade de vida. Confira!

Aprenda como regular a microbiota intestinal em 7 passos

Embora estejamos falando sobre o sistema gastrointestinal, as maneiras de regular a microbiota intestinal vão muito além das suas escolhas alimentares. Para estabelecer o equilíbrio do seu organismo, é aconselhável harmonizar os seus hábitos de vida. Veja como fazer isso:

1. Cuide da sua saúde emocional

Quando estamos emocionalmente abalados, a tendência é que outros setores da vida sofram as consequências. Não esqueça que a maior parte da serotonina (estima-se que 90%) – neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e felicidade – provém do aminoácido triptofano, o qual é produzido no intestino com auxílio dos microrganismos.
Dessa forma, o desequilíbrio da microbiota intestinal – disbiose – causa diversos problemas problemas de saúde que se iniciam geralmente, por problemas de sono, apetite e desânimo, principalmente para a prática de atividades físicas.
Por isso, se você está com algum destes problemas e se pergunta sobre como regular a microbiota intestinal, cuidar da saúde emocional é uma delas. Valorize o seu tempo livre, esteja perto das pessoas que lhe fazem bem, tenha um hobby e trabalhe com o que gosta. Estes são os conselhos primordiais para proteger sua saúde emocional.

2. Tenha uma dieta equilibrada

A alimentação pode não ser a única responsável pelo equilíbrio da microbiota intestinal, mas é peça-chave do processo. De fato, como você já deve ter ouvido em algum lugar, nós somos o que ingerimos (sólido, líquido ou pastoso).
Sendo assim, se tivermos uma dieta equilibrada, na quantidade e variedade adequadas para as necessidades do nosso organismo, ele tende a ser saudável. Veja também a importância da mastigação correta
Se escolhermos nos alimentar, em sua maioria, de produtos processados (refinados) e exagerarmos no consumo de gorduras trans, frituras, sal refinado e açúcar, o corpo vai ter muito mais trabalho para eliminar os resíduos tóxicos acumulados e vai entrar em desequilíbrio.
Então, a segunda recomendação de como regular a microbiota intestinal e iniciar uma reeducação alimentar rica em cereais integrais,  grãos, raízes, legumes, verduras, e frutas e uma quantidade equilibrada de carboidratos e gorduras boas. Procure a orientação de um nutricionista.

3. Reponha a microbiota intestinal com probióticos

São chamados probióticos os alimentos que contém colônias de microrganismos benéficos que formam a microbiota intestinal e melhoram o seu funcionamento.
Apesar de já nascermos com trilhões destes microrganismos no organismo, com o tempo vamos perdendo e precisamos repor.
A maneira mais eficaz de repor essas bactérias é consumindo alimentos que contenham mais bactérias benéficas vivas, como Kefir, Kombucha, assim como outros alimentos fermentados.

4. Inclua alimentos prebióticos na sua alimentação

Além dos probióticos, também é recomendado incluir na alimentação fontes de prebióticos. Eles são um tipo específico de fibras que o intestino não digere.
Quando isso acontece, elas passam por uma fermentação promovida pelas bactérias boas da microbiota intestinal. Por isso os prebióticos são chamados de “alimento dos probióticos”.
O que acontece quando bactérias provocam fermentação é a reprodução da espécie, ou seja, uma forma muito eficaz de como regular a microbiota intestinal é ingerir quantidades equilibradas de prebióticos, que podem ser encontrados em alimentos como alho, cebola, banana, salsão, aipo, cevada e aveia.

5. Insira fibras no seu cardápio

As fibras são essenciais para o bom funcionamento do intestino. A quantidade recomendada por dia é de 25 a 30 gramas, mas varia conforme o objetivo de cada dieta.
A ação das fibras é parecida com a dos prebióticos, pois não são digeridas, servindo assim de alimento para as colônias de probióticos benéficos ao organismo.
As fibras estão em maior quantidade nos alimentos integrais, frutas, legumes, verduras – incluindo cascas – sementes e farinhas integrais.
Vale lembrar que para saber como regular a microbiota intestinal usando as fibras, precisa manter seu organismo hidratado, pois assim elas desempenham melhor sua função.

6. Evite os alimentos processados

Os alimentos processados são justamente os que recomendamos não consumir na dica número dois.
Eles podem não vir direto da natureza e possuem baixo valor nutricional, ao mesmo tempo em que são ricos em sal, açúcar, gordura prejudicial e aditivos químicos para aumentar sua validade.
Entram na lista desde a batata frita congelada, até as barras de cereais que possuem muito açúcar e poucas fibras. Quando for ao supermercado, fique de olho no que dizem as embalagens.

7. Consuma vegetais orgânicos

Os vegetais orgânicos são aqueles cultivados sem o uso de agrotóxicos e outros produtos químicos que provocam reações negativas no organismo.
Mas a vantagem de consumi-los não está apenas em evitar a ingestão de substâncias tóxicas: está, também, em reverter o efeito causado pelas substâncias sintéticas já consumidos.
Quanto maior e mais frequente for a substituição dos sintéticos pelos orgânicos, melhor será a recuperação do organismo no que se refere a crises de alergia, problemas hormonais, regulação da microbiota intestinal, as funções do fígado, redução da obesidade e do risco de tumores.
Esse efeito positivo ocorre, entre outros fatores, porque os vegetais orgânicos possuem cerca de 40% mais antioxidantes (moléculas que contribuem para a renovação celular) do que os contaminados pela química dos agrotóxicos, que acabam tendo essas moléculas destruídas.

Dica bônus: Fique atento ao uso indiscriminado de alguns remédios

Os medicamentos sintéticos são os inimigos de uma microbiota intestinal equilibrada porque eles matam as bactérias boas.
Por isso, seu uso precisa ser feito única e exclusivamente com acompanhamento médico, nas doses recomendadas e, de preferência, com a reposição dos probióticos perdidos.
Embora muitos remédios sejam vendidos sem receita médica, sempre prefira encontrar soluções naturais que não agridam o equilíbrio da sua microbiota intestinal.
Agora que você aprendeu como regular a microbiota intestinal por meio de cuidados com a saúde emocional e uma alimentação equilibrada, siga nossos conselhos e desenvolva hábitos saudáveis. Os exercícios físicos e boas noites de sono também fazem parte do “projeto saúde”.
Com essas dicas vai ficar muito mais fácil manter o seu sistema imunológico sempre fortalecido e eficiente, levando boa saúde para todo o seu corpo e agradecendo a você, em forma de bem-estar e tranquilidade.
Gostou do nosso conteúdo? Esperamos que você consiga manter a sua microbiota intestinal regulada. Para lhe ajudar, separamos um conteúdo sobre um superalimento que pode auxiliar você nesta missão: Conheça o Kefir e os melhores tipos!