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FÓRMULAS INFANTIS E MAMADEIRA: PARTE 2

fórmulas infantis

Vamos dar continuidade ao tema fórmulas infantis e mamadeira?

O exame de dados mostra um forte contraste entre a saúde de bebês amamentados e a daqueles alimentados por mamadeira.

QUAL IMPACTO DE FÓRMULAS INFANTIS E MAMADEIRA QUANDO SE TRATA DE CONTRAIR INFECÇÕES?

Para começo de conversa, bebês alimentados por fórmulas infantis e mamadeira, têm uma tendência maior a contrair infecções.

Quando comparados com bebês que só mamam no peito, os que são alimentados exclusivamente por mamadeira têm o dobro de chance de ter infecções no ouvido. Assim também, uma chance quatro vezes maior de irem parar no hospital com infecção do trato respiratório. Além disso, têm o triplo de chance de sofrer uma infecção gastrointestinal e uma chance 2,5 vezes maior de contrair enterocolite necrosante.

Por sua vez, a enterocolite necrosante ocorre quando parte do tecido do intestino morre.

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Têm também o dobro de chance de morrerem de síndrome da morte súbita infantil.

Os bebês alimentados por mamadeira também têm quase o dobro de chance de desenvolver irritações de pele bem como asma. Assim também, maior risco de desenvolver leucemia infantil – um câncer do sistema imunológico – e diabetes tipo I.

São inúmeros os riscos! Para os pais, muitos desses riscos podem ser pequenos. Mas, como com o impacto sobre os milhões de bebês nascidos todos os anos é significativo o bastante para que devamos nos preocupar.

Contudo, talvez o mais importante seja que alimentar os bebês com fórmula infantil praticamente duplica suas chances de desenvolverem excesso de peso.

ALIMENTAÇÃO DOS BEBÊS E O RISCO DO EXCESSO DE PESO

Quando os cientistas querem saber se um efeito é uma causa verdadeira, não apenas uma correlação coincidente, procuram pela “dependência da dose”. Se um fator – digamos, o volume de álcool consumido – é o mesmo responsável por causar um efeito – digamos, maior tempo reação – seria de esperar que o tempo de reação aumentasse de acordo com o consumo (doses extras) de álcool – ao menos até certo ponto. Quanto maior a dose, maior o tempo de reação.

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A mesma relação pode ser vista entre a amamentação e o risco de obesidade.

Um estudo descobriu que, para cada mês extra de amamentação no peito até a idade de nove meses, o risco médio de crianças apresentarem excesso de peso caía cerca de 4%.

Dois meses de amamentação faz o risco cair 8%, três meses, 12%, e assim por diante.

Após nove meses de amamentação, uma criança tem 30% menos chances de desenvolver excesso de peso. Em comparação com uma criança alimentada por fórmulas infantis e mamadeira desde o nascimento.

Já a amamentação sem qualquer suplementação de fórmula infantil parece ter um efeito ainda mais significativo. Sendo assim, reduz o risco de desenvolvimento de excesso de peso em 6% a cada mês.

O impacto da mamadeira sobre as chances de ter excesso de peso ou obesidade não se limita à primeira infância.

Crianças mais velhas e adultos continuam mais passíveis a terem dificuldades com o peso. Isto ocorre como consequência de seu tipo de alimentação quando bebês.

A OBESIDADE NÃO VEM SOZINHA

A obesidade não vem sozinha. Ela costuma vir acompanhada de diabetes tipo II, e bebês que não mamaram no peito não são exceção.

Sendo assim, crescer tomando apenas fórmulas infantis torna uma criança 60% mais passível de desenvolver diabetes na vida adulta.

À semelhança da cesariana, muitos dos riscos da falta do leite materno estão relacionados às doenças do século XXI.

GERAÇÃO BABY BOOMER

Uma “explosão de bebês”, são todas as pessoas nascidas no período entre 1945 e 1964. Nascidos numa época em que a mamadeira era norma, esses fatos e cifras talvez sejam bem tangíveis.

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Em meados dos anos 1970, o aleitamento materno voltou à moda, sobretudo entre os mais abastados e instruídos. Na década seguinte, quase o triplo de mulheres já vinham amamentando seus recém-nascidos.

Mas a Geração X e a Geração do Milênio não estão livres dos riscos trazidos pela mamadeira.

Embora nas últimas duas décadas a amamentação nos países desenvolvidos tenham aumentado progressivamente, passando de cerca de 65% em 1995 para quase 80% nos últimos anos. O comportamento quanto à amamentação ainda está longe das recomendações oficiais.

Leia também: LEITE MATERNO – O PRIMEIRO PROBIÓTICO

Para os 20-25% dos bebês que jamais recebem um único gole de leite materno e os outros 25% que passam a tomar fórmula infantil nas primeiras oito semanas, o aumento no índice de amamentação não é um grande consolo.

Mesmo entre os bebês que são amamentados depois do nascimento, metade começa a receber suplemento de fórmulas já durante a primeira semana.

Deixando de atender à recomendação da Organização Mundial de Saúde, de seis meses de amamentação exclusiva. Em seguida a introdução de alimentos complementares apropriados, mas mantendo o leite materno por até dois anos ou mais.

AMAMENTAR É FÁCIL?

Claro que amamentar é difícil, sobretudo nos primeiros dias e semanas.

Para algumas mães, não há possibilidade de escolha e a amamentação está fora de cogitação, talvez devido a algum problema de saúde do bebê ou falta de leite.

Para outras mães, pressões financeiras e falta de apoio determinam as opções disponíveis.

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Mas é provável que a sociedade como um todo tenha perdido de vista o que é “normal” em termos de aleitamento materno.

Nas sociedades tradicionais pré-industrializadas, os bebês são amamentados bem mais tempo do que no Ocidente.

É comum a criança ser desmamada aos 2,3 ou 4 anos, com frequência até a chegada do próximo bebês.

As mulheres devem ser livres para escolher como criar os próprios filhos, mas nenhuma deveria ter que fazer essa escolha sem acesso a informações honestas sobre o impacto de cada opção.

Além disso, seria bom para os bebês se houvesse melhorias na qualidade das fórmulas infantis. No momento, poucas contêm oligossacarídeos ou bactérias vivas.

O problema é que decifrar a mescla perfeita dos 130 tipos diferentes de oligossacarídeos e incluir uma comunidade saudável dos grupos mais benéficos de bactérias, é algo que por enquanto está além de nosso alcance.

Tentar antes de conhecermos as consequências poderia trazer resultados desastrosos.

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FÓRMULAS INFANTIS E MAMADEIRA: PARTE 1

FÓRMULAS INFANTIS E MAMADEIRA

Você já parou para pensar como as fórmulas infantis e a mamadeira impactam no desenvolvimento da microbiota do seu bebê?

Vamos tentar entender?

Então, vamos nessa!

AMAS DE LEITE E ALTERNATIVAS MAIS PRÁTICAS DE ALIMENTAÇÃO

Mesmo antes de a alimentação por mamadeira se tornar uma opção realista para às mães, havia uma alternativa.

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As amas de leite eram comuns antes do século XX, com as tendências entre as classes sociais mudando de forma semelhante às da alimentação por mamadeira nos últimos cem anos.

Em dado momento, parecia impróprio às mulheres da aristocracia alimentarem seus próprios bebês. Em contrapartida, as da Revolução Industrial estavam adotando amas de leite, enquanto a elite social voltava a amamentar os próprios bebês.

No fim do século XIX e início do XX, as amas de leite perderam o emprego para as alternativas cada vez mais práticas de alimentação por mamadeira.

DE ALTERNATIVA POR NECESSIDADE À ALTERNATIVA POR OPÇÃO

Mamadeiras de vidro facilmente esterilizáveis, bicos laváveis de borracha. Assim também, fórmulas de leite de vaca modificado transformaram a alimentação por mamadeira. De alternativa por necessidade passou a ser uma alternativa por opção.

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As taxas de amamentação despencaram. Em 1913, 70% das mulheres amamentavam os próprios recém-nascidos, mas essa cifra caiu para 50% em 1928. Posteriormente, apenas 25% ao final da Segunda Guerra Mundial.

Em 1972, a amamentação alcançou seu nível histórico mais baixo: apenas 22%. Após dezenas de milhões de anos lactação mamífera, a amamentação de bebês recém-nascidos quase parou no período de apenas cem anos.

COMO FICA A NUTRIÇÃO COM FÓRMULAS INFANTIS E MAMADEIRA?

Se os oligossacarídeos e as bactérias vivas do leite materno são responsáveis por nutrir as semestes da microbiota do intestino do bebê, mudando de acordo com o seu crescimento, quais as consequências microbianas da mamadeira?

O leite usado nas fórmulas ainda é, com frequência, leite do “peito”, mas de uma vaca, não de uma pessoa.

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O leite de vaca evoluiu. Apesar da grande interferência humana nos últimos 10 mil anos, para ser a nutrição de um bezerro e seus micróbios.

Só que a microbiota intestinal de um bezerro é drasticamente diferente da de uma criança de peito.

Portanto, o leite de vaca sozinho deixa muito a desejar como alimento de recém-nascidos. Com frequência isso vem levando a deficiências de vitaminas e minerais que podem causar escorbuto, raquitismo e anemia.

As fórmulas modernas são suplementadas com muitos extra essenciais, mas não costumam conter células imunológicas, anticorpos, oligossacarídeos ou bactérias vivas.

QUAL A DIFERENÇA DA MICROBIOTA DE BEBÊS ALIMENTADOS POR FÓRMULAS?

A diferença é óbvia na microbiota intestinal dos bebês alimentados por mamadeira é a diversidade de espécies e grupos.

Bebês que não mamam no peito têm cerca de 50% mais espécies no intestino. Em particular, os que são alimentados exclusivamente por mamadeira tinham bem mais espécies do grupo Peptostreptococcaceae, que inclui o patógeno nocivo Clostridium difficile.

Se o Clostridium difficile assume o controle, pode causar diarreia incurável, sendo fatal nas crianças com uma frequência assustadora.

Enquanto um quinto dos bebês que só tomam leite materno porta o Clostridium difficile, esse micróbio está presente em quase quatro quintos dos bebês que se alimentam de leite em pó. É provável que muitas dessas crianças o tenham contraído na sala de parto – quanto mais longa estadia no hospital, maiores as chances de o recém-nascido contrair este patógeno.

Leia também: OLIGOSSACARÍDEOS E LEITE MATERNO

DIVERSIDADE DE MICRORGANISMOS EM BEBÊS

Enquanto a grande diversidade de micróbios parece ser um indicador de boa saúde nos adultos, nos bebês ocorre o inverso. Parece importante cultivar um grupo seleto de espécies nos primeiros dias de vida – com ajuda das bactérias do ácido láctico da vagina e dos oligossacarídeos do leite materno. Para proteger os bebês de infecções e preparar seu sistema imunológico em formação.

Mesmo combinar a amamentação com fórmulas infantis e mamadeira já aumenta a diversidade indesejada de micróbios, inclusive da bactéria Clostridium difficile, produzindo uma microbiota com uma composição intermediária entre a dos bebês exclusivamente amamentados  e a dos que só são alimentados por mamadeira.

Mas será que importa mesmo se os bebês têm uma diversidade só um pouco maior de microrganismos da barriga?

Será que encorajar só um grupo diferente de bactérias pode mesmo causar algum mal?

O fato de a amamentação ser melhor costuma ser bem enfatizado, mas com pouca compreensão do que isso realmente significa para a saúde da criança.

O exame de dados mostra um forte contraste entre a saúde de bebês amamentados e a daqueles alimentados por mamadeira.

FÓRMULAS INFANTIS E MAMADEIRA TO BE CONTINUED…

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