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VITAMINA C – Turbinando nossa imunidade

A vitamina C ou ácido ascórbico é um nutriente solúvel em água e que não é sintetizado pelo organismo. É um importante cofator envolvido na formação de vasos sanguíneos, cartilagens, músculos e colágeno nos ossos, vital no processo de cicatrização. Como um antioxidante, a vitamina pode ajudar a proteger as células dos danos causados pelos radicais livres químicos. Outros efeitos benéficos atribuídos à vitamina C incluem redução da disfunção endotelial, controle da hipertensão, redução do risco de doenças cardiovasculares e prevenção de derrames, certos tipos de câncer, diabetes, gota e possivelmente até mesmo a doença de Alzheimer.

As principais funções da vitamina C no sistema imunológico são as seguintes: – Melhora a integridade da barreira epitelial promovendo a síntese do colágeno; – Mantém o estado oxidativo das células e protege contra as espécies reativas de oxigênio geradas durante a explosão respiratória e a resposta inflamatória; – Estimula as funções dos leucócitos entre “neutrófilos e movimentos dos monócitos; – Regula a resposta imunitária por meio de suas propriedades antivirais e antioxidantes; – Reduz a duração e severidade do resfriado comum, principalmente em pacientes idosos; – Reduz a incidência do resfriado comum e a pneumonia em sujeitos que praticam exercício físico intenso.

Linus Pauling, químico ganhador do Prêmio Nobel, foi pioneiro na indicação da vitamina C como suplemento para melhorar a saúde cardiovascular, a função imunológica e até auxiliar no tratamento do câncer. Devido a sua ação antiviral, capacidade antioxidante, propriedades anti-inflamatórias e melhora do sistema imunológico, a vitamina C tem sido utilizada em casos graves da infecção por SARS-Cov-2 pois a deterioração pulmonar resulta numa tempestade de citocinas pró-inflamatórias que danificam os pulmões. Alguns pesquisadores têm observado que baixos níveis de vitamina C poderiam deixar as pessoas mais propensas a essa infecção, por isso a incluem como parte do protocolo precoce da Covid-19. Alguns medicamentos como antidepressivos, anti conceptivos e aspirina, assim como o álcool reduzem os níveis da vitamina C no organismo. Em períodos de estresse, mudanças bruscas de temperatura, se você é fumante, durante a gravidez e durante a amamentação é conveniente aumentar o seu consumo a vitamina C.

Idealmente a vitamina C deve ser obtida principalmente dos alimentos. No entanto, frente a sua perda por tratamento inadequado dos alimentos, ou por baixa absorção pelo organismo, devemos atender aos seus requerimentos diários, seja por meio de alimentos, seja por meio de suplementos. A dose indicada pelo Instituto Linus Pauling é de 400mg/dia, e em casos de resfriados, 1g/dia. Quando ocorre uma gripe ou um resfriado, os níveis de vitamina C se reduzem como uma forma de enfrentar o aumento do estresse oxidativo, por isso a suplementação se faz necessária, em diversos casos, para melhorar a tolerância e diminuir o dano tissular que se produz durante uma infecção. Entre as frutas que contêm vitamina C podemos destacar em primeiro lugar, com medalha de ouro, a acerola (1506 mg/100g), depois o caju, medalha de prata (258 mg/100g) e a tangerina (112 mg/100g), medalha de bronze.

Portanto, leve uma acerola no seu bolso e inclua em seu lanche diário, pois apenas uma acerola por dia faz toda a diferença em sua imunidade!

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A PELE QUE ELES HABITAM

A pele, maior órgão do corpo humano, barreira vital de proteção, é o habitat de bactérias, fungos e vírus, que convivem em perfeita simbiose com as células humanas. Tais microrganismos compõem a microbiota da pele, que inclui dois grupos: (i) Microrganismos residentes, que são um grupo relativamente fixo de microrganismos (a microbiota central) que se encontram rotineiramente na pele e que se restabelecem após a perturbação. A microbiota do núcleo da pele é considerada comensal, o que significa que estes microrganismos são geralmente inofensivos e muito provavelmente proporcionam algum benefício ao hospedeiro. (ii) Os microrganismos transitórios (os “turistas”) não estabelecem residência permanente, mas surgem do ambiente e persistem durante horas a dias antes de desaparecerem. Cada pele tem seu microbioma próprio, tão único quanto seu DNA, ajudando-nos na proteção contra patogênicos, apoio do sistema imunológico e impacto na saúde e beleza da pele. 

Fatores endógenos e exógenos causam impactos nesse sistema equilibrado, podendo levar à disbiose, causa de eczemas, rosácea, acne, alergias e até mesmo o envelhecimento precoce. 

Os microrganismos de pele são capazes de influenciar as suas células hospedeiras, contribuindo assim para a imunidade do hospedeiro. Para além das variações anatómicas intrapessoais da microbiota cutânea, a  diversidade e abundância da flora microbiana cutânea varia entre género, idade, estações, etnia, bem como vários factores de stress, incluindo lesões fisiológicas e ansiedade psicológica, promovendo alterações endócrinas e metabólicas dentro dos microambientes cutâneos que afectam directamente as necessidades metabólicas e a patogenicidade de vários microrganismos.

Outros impactos na pele  são causados pelos fatores ambientais como o clima, incluindo a temperatura e a exposição aos raios UV, mas também o estilo de vida, incluindo o alcoolismo ou a nutrição. O consumo excessivo de álcool tem demonstrado diminuir a resistência do hospedeiro e a deficiência de nutrientes e vitaminas tem demonstrado ter impacto no equilíbrio da microbiota cutânea, resultando em infecção e perturbação da barreira cutânea.

Ao contrário do microbioma intestinal que tem sido estudado e descrito durante muitos anos, as investigações sobre o microbioma da pele ou do couro cabeludo só começaram recentemente. Somente agora a indústria cosmética tem dado atenção e começado a compreender como o microbioma da pele pode ter influência na absorção dos produtos para a pele. Métodos modernos podem identificar e caracterizar os diferentes microrganismos presentes na pele, compreendendo assim como essa diversidade microbiana pode contribuir para a saúde da pele. 

A hipótese do eixo da pele intestinal levantada por Arck et al. em 2010, que se referiam a um potencial eixo da pele intestinal-cérebro permitiu investigar o benefício dos pré-probióticos orais e probióticos para a pele. Além das formulações probióticas orais desenvolvidas para a pele, foi agora desenvolvida uma nova geração de emolientes e hidratantes, incluindo lisados de bactérias, tais como Vitreoscilla filiformis ou Lactobacillus. Estas formulações probióticas tópicas foram concebidas para apoiar a gestão de doenças de pele, tais como dermatite atópica ou acne, ajudando a restaurar a barreira cutânea e o microbioma da pele e controlando a activação da imunidade inata.

Em conclusão, já se sabe muito sobre o microbioma das fezes e tem sido feita uma investigação intensiva sobre o microbioma intestinal, e mesmo que hoje em dia pareça que se pode estabelecer um paralelo entre o microbioma intestinal e o da pele ainda há muito a aprender sobre este último. Portanto, melhorar o conhecimento sobre o microbioma cutâneo pode abrir novas perspectivas na gestão da pele saudável e doente e do seu microbioma em, por exemplo, aumentar selectivamente a actividade e crescimento da microbiota benéfica e saudável da pele.

Você pode fazer uma máscara facial probiótica em casa mesmo, vamos te ensinar aqui abaixo:

Máscara facial probiótica

Use o Kefir de leite ou o Kefir de frutas, com azeite extra virgem, mel, abacate, argila branca ou verde e óleos essenciais como lavanda ou hortelã.

Adicione 1 colher se sobremesa de abacate bem batidinho, numa ruge linha. Misture 1 xícara de Kefir, 1 colher de chá de mel e outra de azeite. Acrescente a argila até formar uma pasta leve. Por último, algumas gotinhas de óleo essencial de sua preferência.

Aplique sobre a pele por uns 20 minutos. Lave bem com uma espuma natural e aplique seu hidratante de costume. 

Depois nos conte os resultados!

Probióticos vão mudar seu olhar e deixar sua pele macia, sedosa e protegida!

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MICROBIOTA INTESTINAL E IMUNIDADE

     Convivemos em associação com um amplo número de microrganismos na pele, na boca, e nos diferentes sistemas do nosso organismo, que é conhecido como nosso MICROBIOMA. No entanto, é no trato gastrointestinal que se concentra  a maior parte desses nossos companheiros de viagem, constituindo assim a nossa MICROBIOTA intestinal. Tais microrganismos têm importantes funções na nossa saúde, quais sejam: estimular o sistema imunológico, proteger ao hospedeiro diante da invasão de patógenos e melhorar a digestão, especialmente de carboidratos complexos. Portanto, a microbiota intestinal desempenha um papel fundamental na saúde através de suas ações protetoras, tróficas e metabólicas. Enquanto os micróbios recebem um habitat e nutrição do hospedeiro, estes micróbios, por sua vez, ajudam o hospedeiro regulando suas várias funções fisiológicas incluindo a ingestão dietética, e conferindo imunidade protetora contra patógenos. 

      As alterações da microbiota intestinal às vezes chamadas coletivamente de “disbiose intestinal” demonstraram estar associadas a várias doenças e distúrbios como a Síndrome do intestino irritável, diabetes tipo 2, depressão, doenças cardiovasculares. A dieta, fatores ambientais e genéticos desempenham um papel importante na formação da microbiota intestinal que pode influenciar na imunidade. Sabe-se que a diversidade da microbiota intestinal é reduzida na velhice e a Covid-19 tem sido principalmente fatal em pacientes idosos, o que aponta para o papel que a microbiota intestinal pode desempenhar nesta doença. Observa-se que a microbiota intestinal pode influenciar a resposta imunitária, afetando assim a progressão da doença. Tanto uma resposta imunitária demasiado ativa como uma resposta imunitária pouco ativa, possivelmente mediada pela microbiota intestinal, pode conduzir a acontecimentos clínicos adversos graves.  

        De modo geral, é aparente que a modulação mediada pela dieta da microbiota intestinal e até mesmo da microbiota pulmonar pode influenciar a imunidade. Portanto, a dieta especialmente, personalizada, pode melhorar a profilaxia e pode ser administrada de forma ponderada aos pacientes afetados com Covid-19 para acelerar a recuperação e melhorar os resultados clínicos. Melhorar o perfil da microbiota intestinal por meio de uma nutrição personalizada e com suplementação pode ser uma das formas profiláticas através das quais o impacto desta doença pode ser minimizado em pessoas idosas e pacientes imunodeprimidos. 

         Como a microbiota intestinal é maleável e é modulada pela dieta, é imperativo que estratégias de dieta personalizadas possam ser implementadas como um suplemento às terapias de rotina atuais. Uma dieta funcional, pensada e elaborada de forma consciente deve incluir prebióticos e probióticos. No caso dos prebióticos, seu uso tem  mostrado que ocorre uma alteração não apenas da microbiota intestinal, mas também pode afetar a microbiota pulmonar, indicando a influência da nutrição na imunidade pulmonar. 

        Como os prebióticos, o papel dos probióticos, geralmente definido como “microorganismos vivos, que quando administrados em quantidades adequadas, conferem um benefício à saúde do hospedeiro”, demonstrou ter um efeito profundo sobre a saúde do hospedeiro. Foi demonstrado que os probióticos reduzem a resposta imune inflamatória induzindo a apoptose inflamatória das células T e suprimindo a expansão clonal das células T, e estão sendo feitas pesquisas para determinar se as cepas probióticas podem alterar a função das células dendríticas que apresentam antígenos. Outro mecanismo teórico é baseado na supressão do crescimento de patógenos induzido por probióticos através da secreção de fatores antimicrobianos, como ácido lático e bacteriocinas, assim como é possível que algumas cepas probióticas podem  inibir a interação de patógenos com células epiteliais intestinais. 

        Foi demonstrado que existem vários mecanismos pelos quais os probióticos podem agir, tais como interação contra produtos microbianos, efeito direto sobre outros organismos microbianos e interação com o sistema imunológico. Alimentos fermentados, principalmente contendo lactobacilos e bifidobactérias têm sido utilizados na prevenção profilática da diarréia do viajante e os probióticos têm mostrado bons resultados na melhoria das condições inflamatórias, bem como na regulação da imunidade inata.

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DO CÁUCASO AO KEFIR BIOLOGICUS

Kefir BioLogicus

Quer conhecer um pouco mais sobre o Kefir BioLogicus?
Embarque conosco na leitura que se segue.
Toda pesquisa envolve um espírito de aventura. Vai desde uma simples ideia até o desenvolvimento de um produto inovador. Tudo isso passa por hipóteses, pesquisas de campo, testes, e mais uma infinidade de fatores que tornam a pesquisa um ambiente tanto atrativo quanto desafiador.
Entrar no mundo dos micróbios então, especialmente daqueles que trabalham produzindo apenas o bem do ser humano, como no caso dos probióticos, desperta no pesquisador uma curiosidade a mais.
Foi nesse sentido, e clima, que começamos a adentrar no mundo do Kefir. O alimento mais rico em microrganismos probióticos que se conhece no planeta.
O objetivo parecia simples:  saber quais os principais benefícios que esse alimento probiótico pode trazer para a saúde humana.

QUAIS OS PRINCIPAIS OBSTÁCULOS ENFRENTADOS DURANTE A PESQUISA DO KEFIR BIOLOGICUS?

Ao ter contato com o Kefir caucasiano nos deparamos com o primeiro obstáculo: são diversos tipos de Kefir no Cáucaso.
Com qual deles deveríamos trabalhar?
Apesar das evidências de benefícios do Kefir divulgadas em trabalhos científicos e nos relatos milenares daqueles povos, encontramos Kefir com diferentes variedades de cepas probióticas.
Uns continham uma concentração de apenas algumas poucas cepas. Por outro lado outros tipos de Kefir eram dotados de dezenas e mais dezenas de espécies de microrganismos.
O primeiro obstáculo só poderia ser ultrapassado se conseguíssemos identificar o maior número possível de cepas nos diferentes tipos de Kefir.
Kefir BioLogicus
Esse trabalho inicial demandou tempo e dedicação da nossa equipe.
Durante esse trabalho uma constatação foi fundamental. Os diferentes tipos de Kefir quando submetidos a repetidas fermentações não mantinham as mesmas cepas da matriz inicial.
Havia assim, uma modificação natural nas diferentes espécies ao final de cada fermentação.
Esse obstáculo foi o mais difícil. Selecionamos, então, o maior número de cepas de microrganismos. Uns já catalogados na literatura e outros ainda desconhecidos, e compusemos um produto com essas variedades de cepas. Sendo assim o próximo obstáculo a ser vencido foi a estabilização dessas cepas de forma que pudéssemos ter um Kefir microbiologicamente estável.
Sucessivas fermentações com controle absoluto de temperatura, análises físico-químicas bem como microbiológicas permanentes, nos levaram a conseguir um produto com certa estabilidade. No entanto, o sabor foi um tanto quanto difícil de tornar agradável.
Usando um processo de dinamização bem conhecido na medicina homeopática, nós estabilizamos de forma absoluta as diferentes espécies. Assim também, conseguimos um sabor extremamente palatável.
Esse novo Kefir, estável, palatável, foi então submetido a diversos testes de shelf-life até que, finalmente, se tornou um produto economicamente viável.
Essa foi nossa primeira aventura no mundo do Kefir. O chamamos de Kefir BioLogicus, pois esse era o nome do nosso projeto.  Outras se seguiram.
Kefir BioLogicus
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