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OVÁRIO POLICÍSTICO E MICROBIOTA INTESTINAL

ovário policístico

Já parou para pensar que a microbiota intestinal pode desempenhar um importante papel no quesito síndrome do ovário policístico (SOP)?

Vamos pensar um pouco!!!

Pensar em ovário policístico

Primeiro vamos entender um pouco sobre a SOP.

O QUE É A SOP?

sop ovário policístico

É uma doença endócrina que envolve uma série de hormônios. Grande parte das alterações hormonais são oriundas do aumento dos androgênios, hormônios masculinos. Estes hormônios masculinos são responsáveis por muitos sintomas da SOP. Entre os sintomas estão a acne, queda de cabelo, ciclo menstrual irregular, oleosidade, resistência à insulina, assim também pelos em excesso.

Sua prevalência se dá nas mulheres em idade reprodutiva, afetando 5% a 10% das mulheres no mundo todo. 

O QUE PODE CAUSAR A SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO?

Aumento da resistência à insulina: devido ao alto consumo de açúcar e gorduras trans, toxinas ambientais e tabagismo. Além disso, aumenta também a produção de hormônios masculinos pelos ovários e glândulas adrenal.

Imagem relacionada

Predisposição genética­: que faz com que haja uma falha na produção de hormônios e consequentemente no desenvolvimento folicular.

Causas inflamatórias como: estresse, toxinas ambientais, bem como aumento da permeabilidade intestinal, alimentos inflamatórios como glúten e caseína.

TRATAMENTO CONVENCIONAL

O tratamento da síndrome do ovário policístico geralmente é realizado via medicamentosa. O uso da medicação é baseado nos sintomas, na prevenção bem como no controle de alterações metabólicas e na redução de fatores de risco cardiovasculares relacionados com resistência insulínica, quando houver. Existem várias condutas terapêuticas de acordo com o quadro apresentado, sendo que algumas constituem opções para inúmeras manifestações.

  • Anticoncepcionais orais (ACO);
  • Progestogênios (hormônio feminino);
  • Metformina;
  • Agonistas do GnRH;
  • Antiandrogênios.

Embora o acompanhamento com um profissional de saúde seja de suma importância, nem todas as mulheres estão dispostas a fazer o tratamento recomendado pelos mesmos. Uma vez que passam por efeitos colaterais severos. 

EFEITOS COLATERAIS DO TRATAMENTO CONVENCIONAL

Anticoncepcionais orais:  Possibilidade de maior dificuldade de perda de peso, a impossibilidade de gestação e o desconhecimento das consequências a longo prazo sobre a fertilidade.  Os ACO são também contraindicados para meninas na pré-menarca com baixa estatura que ainda apresentem as epífises ósseas abertas, uma vez que eles contêm doses de estrógenos capazes de inibir o crescimento. Além disso,  em pacientes com risco para trombose venosa, o uso de ACO deve ser feito com cautela. Da mesma forma, os ACO devem ser evitados em pacientes hipertensas, com hipertrigliceridemia ou diabete.

sop

Progestogênios: Alterações metabólicas, como por exemplo diminuição da libido assim também retenção de líquido, que pode causar,  por sua vez, inchaço.

Metformina: Entre os efeitos colaterais mais comuns estão a diarreia, náuseas assim também um gosto metálico na boca. 

EFEITOS COLATERAIS DO TRATAMENTO CONVENCIONAL

Agonistas do GnRH: Os agonistas do hormônio liberador de gonadotrofina (Gonadotropin-releasing hormone / GnRH) foram introduzidos na estimulação ovariana para fertilização in-vitro (FIV) com o objetivo de evitar o pico prematuro do hormônio luteinizante (LH). Mulheres com SOP têm níveis elevados de hormônio luteinizante (LH). 

Contudo, não são recomendados, pois determinam um quadro de hipogonadismo (doença na qual as gônadas – testículos nos homens e ovários nas mulheres não produzem quantidades adequadas de hormônios sexuais, como a testosterona nos homens e o estrogênio nas mulheres) em mulheres jovens com consequente risco de osteoporose. Assim também diminuição da qualidade de vida, relacionada aos sintomas climatéricos (período da vida biológica da mulher que marca a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo). Estas pacientes teriam de utilizar concomitantemente análogos, estrogênios assim também progestogênios, o que dificulta muito a adesão ao tratamento, sem os benefícios adicionais das outras opções terapêuticas.

Antiandrogênios: Utilizados para reduzir o aumento da quantidade de pelos na mulher em locais comuns aos homens, assim também na diminuição da acne. Na maioria dos casos, os antiandrogênios são administrados conjuntamente com os ACO.  Caso sejam utilizados isoladamente, é necessária a prevenção da gestação em mulheres com vida sexual ativa, pois podem acarretar efeitos sobre o feto.

MUDANÇA NO ESTILO DE VIDA E NA NUTRIÇÃO

Uma opção que vem sendo discutida com mais vigor quando o assunto é a SOP, é a mudança no estilo de vida e na nutrição. Inclusive, é sempre bom deixar bem claro, que o intuito deste texto não é fazer as mulheres com síndrome do ovário policístico deixarem os tratamentos medicamentosos de lado. O objetivo é esclarecê-las quanto à novas possibilidades. Para que a partir do esclarecimento, elas possam gerar discussões embasadas com seus respectivos médicos e nutricionistas. 

sop mudança no estilo de vida

Leia também: MENOPAUSA E O USO DE PROBIÓTICOS

ESTRATÉGIAS

  • Reduzir consumo de açúcar. Mude o hábito de consumir sobremesa após as refeições. É preciso treino para largar o vício daquela sensação de satisfação logo após o doce. E há alimentos que podem ajudar nesse processo. Alimentos industrializados costumam ter muito açúcar escondido. Prefira descascar mais e desembalar menos. Além disso, uma orientação nutricional com nutricionista que pense alimentação de maneira mais ampla (menos cardápio pronto com substituições e mais reflexão sobre a origem dos alimentos e segurança alimentar para nossa saúde e para a terra). Também pode ser um(a) profissional que atenda a partir de outros paradigmas de saúde como o Ayurveda e a Medicina Tradicional Chinesa. Suas visões sobre a alimentação terão outra qualidade para além da visão de carboidratos, glúten, etc;
  • Em mulheres com sobrepeso ou obesas a perda de peso de 5 a 10% parece ser o suficiente para regularizar menstruação;
  • Dormir bem é crucial para um bom metabolismo. Evitar o estímulo do computador bem como do celular à noite. Alimentar-se mais cedo. Colocar um aroma gostoso no quarto. Deixar o quarto escuro e silencioso;
  • Regularizar funcionamento intestinal. Ingerir água com regularidade, assim também frutas, verduras e legumes, para garantir as fibras. Uso de Kefir. 
  • Tratar deficiência de zinco – Pode estar deficiente quando há consumo excessivo de álcool, uso de omeprazol, uso de pílula anticoncepcional, tireoidopatias assim também anti-hipertensivos. Sintomas da sua deficiência: perda de cabelo, dermatite bem como pontos brancos nas unhas;
  • Suplementação de magnésio. Este encontra-se em geral depletado pelo estresse e excesso de exercícios físicos; 
  • A acupuntura pode ser um tratamento complementar importante;
  • A prática de yoga  promove o equilíbrio dos koshas (corpo anatômico, fisiológico, mental, intelectual e espiritual) e é especialmente benéfica para a regularização hormonal nas mulheres. 

MICROBIOTA INTESTINAL E SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO

microbiota intestinal

O desequilíbrio da microbiota intestinal, pode estar associado ao surgimento da síndrome do ovário policístico. Vimos lá no início do texto, que as alterações hormonais são oriundas do aumento dos androgênios, hormônios masculinos. Por sua vez, estes hormônios masculinos estão relacionados com vários sintomas da SOP.

É interessante explorar o papel da microbiota intestinal na SOP, pois o nível de androgênios nas mulheres com SOP é sempre elevado. Assim também, estas mulheres apresentam uma menor riqueza de diversidade bacteriana. E, quando falamos de microbiota intestinal saudável, falamos de quanto maior a diversidade bacteriana, melhor será este equilíbrio. 

A disbiose intestinal pode ser provocada por uma dieta rica em açúcar e gordura. Sendo assim, a permeabilidade intestinal aumenta. Em seguida, o lipopolissacarídeo produzido por bactérias gram-negativas atravessa a parede do intestino com vazamento para a circulação, levando a um estado crônico de inflamação de baixo grau. A ativação do sistema imunológico interfere no receptor de insulina, aumentando o nível de insulina, o que aumenta a produção de testosterona (hormônio masculino) no ovário, levando à SOP.

Vale ressaltar que dietas ricas em açúcares e gorduras, servem de alimentos para microrganismos potencialmente patogênicos que vivem também em nossa microbiota intestinal. Sendo assim, explorar dietas ricas em fibras é uma opção para mulheres com SOP e as sem SOP também, claro.

Além disso, ingerir alimentos com microrganismos benéficos vem sendo recomendado também. A administração de microrganismos como Lactobacillus é um conceito atraente no auxílio ao combate de várias doenças. 

Lactobacillus ESTUDADOSSÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO

  • Lactobacillus rhamnosus GR-1;
  • Lactobacillus acidophilus NCFM;
  • Lactobacillus rhamnosus GG;
  • Lactobacillus casei DN-114-001.

Lactobacillus rhamnosus GR-1: Foi estudado na atenuação da inflamação induzida pelo lipopolissacarídeo produzido pelas bactérias gram-negativas. Que uma vez no intestino, provoca a permeabilidade do mesmo. 

Lactobacillus acidophilus NCFM: Foi estudado para manutenção da sensibilidade à insulina.

Lactobacillus rhamnosus GG e Lactobacillus casei DN-114-001: Foram estudados para fazerem a proteção da barreira epitelial do intestino.

É de suma importância que os estudos relacionados à microbiota intestinal e seu papel na regulação de hormônios seja continuada. Podemos citar ainda que, alguns microrganismos, quando presentes em demasia em nossa microbiota intestinal, podem causar infecções polimicrobianas.

Como exemplo disto, temos as espécies de Prevotella  que podem causar, sinusite crônica, periodontite e vaginose bacteriana. Em mulheres com SOP, os níveis séricos de anticorpos no Prevotella intermedia, geralmente são maiores que nas mulheres saudáveis. Levantando a hipótese de que produtos oriundos da testosterona podem contribuir para o crescimento exacerbado desta espécie de microrganismo e consequentemente para sua virulência. 

IMPORTÂNCIA DOS Lactobacillus

Lactobacillus desempenham um papel importante na manutenção da saúde humana, estimulando a imunidade natural e contribuindo para o equilíbrio da microbiota. Estudos mostram que mulheres na pós-menopausa com uma microbioma intestinal mais diversificada exibiam estrogênios urinários elevados e metabólitos de estrogênio. A microbiota intestinal, como Bifidobacterium e Lactobacillus, é frequentemente referida como “boa bactéria”, pois exerce propriedades promotoras de saúde. 

É proposto que o aumento de Lactobacillus no intestino leve à produção de ácidos graxos de cadeia curta que melhoram a saúde intestinal, aumentando a função da barreira do intestino e reduzindo a translocação de endotoxinas bacterianas através da parede intestinal, onde podem produzir inflamação e resistência à insulina.

A suplementação com probióticos (Lactobacillus casei Shirota (LcS) ) pode impedir a resistência à insulina induzida pela má alimentação. Considerando o efeito benéfico dos Lactobacillus sobre resistência à insulina e uma vez que este distúrbio está associado à SOP, uma mudança na maneira como as mulheres com SOP se alimentam, pode contribuir significativamente para atenuar os efeitos que esta síndrome causa.

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COMIDA – COMO NOSSOS ÓRGÃOS TRANSPORTAM?

comida

Você já parou para pensar como nossos órgãos transportam a comida que ingerimos?

Que tal tentarmos entender?

Então vamos nessa!

Vamos começar pelos olhos, afinal, a existe uma frase de que diz: “A gente primeiro come com os olhos.”

OLHOS

 comendo com os olhos

Partículas de luz que ricocheteiam no pedaço de comida encontram os nervos ópticos e os ativam. Essa “primeira impressão” é enviada por todo o cérebro para o córtex visual, que fica dentro da cabeça, um pouco abaixo de um rabo de cavalo preso no alto.

Ali, o cérebro modela uma imagem a partir dos sinais nervosos – só agora vemos de fato o pedaço de comida. Essa informação saborosa é passada adiante: chega à central do fluxo de saliva, que já nos deixa com água na boca. Sendo assim, ao ver algo gostoso, numa alegria antecipada nosso estômago também despeja sozinho um pouco de ácido gástrico.

NARIZ

Quando se enfia o dedo no nariz, percebe-se que ele continua na parte superior, mas não se consegue chegar lá. Nesse local ficam os nervos olfativos, que são cobertos por uma camada protetora, feita de muco.

Todos os odores que sentimos precisam primeiro ser dissolvidos no muco – do contrário, não chegam aos nervos. Os nervos olfativos são especialistas – para cada um dos inúmeros odores há receptores próprios.

comida

Às vezes, passam anos no nariz até finalmente entrarem em ação. É quando, por exemplo, uma única molécula olfativa de lírio-do-vale acopla-se ao receptor que está à sua espera e, orgulhoso, comunica ao cérebro: “Lírio-do-vale!”.

Em seguida, ele volta a ficar mais uns anos sem ter o que fazer. Aliás, os cães têm uma quantidade inconcebivelmente maior de células olfativas do que os humanos, embora já tenhamos muitas. Para sentir algum cheiro do pedaço de comida, algumas de suas moléculas precisam se deslocar no ar e serem inaladas por nossas narinas quando respiramos. Podem ser substâncias aromáticas feitas de fava de baunilha, moléculas minúsculas do garfo de plástico descartável assim também odores abafados de álcool, presente no recheio de rum.

Nosso órgão olfativo é um provador de alimentos com larga experiência química. Quanto mais aproximarmos da boca a primeira garfada de alimento, mais moléculas soltas do doce afluirão ao nariz. 

Se nos últimos centímetros percebermos pequenos vestígios de álcool, o braço pode voltar ao ponto de partida, os olhos podem fazer uma nova verificação e a boca perguntar se o alimento contém álcool ou talvez já esteja estragado. Em seguida a última aprovação é um o.k.: a boca se abre, o garfo entra nela e o balé inicia.

BOCA – COMIDA

A boca é uma região de superlativos. O músculo mais forte do nosso corpo é o maxilar, e o mais flexível e estriado é a língua. Juntos, conseguem não apenas triturar com uma força incrível, como também realizar manobras ágeis.

boca e comida

Um bom colega no reino dos superlativos é o esmalte dos nossos dentes – feito do material mais duro que uma pessoa é capaz de produzir. Isso também é necessário porque, com nossos maxilares, podemos exercer uma pressão de até oitenta quilogramas em um dente molar.

Esse peso corresponde ao de um homem adulto! Quando nossa comida contém algo muito sólido, é como se mandássemos um time de futebol inteiro saltitar ritmadamente sobre ela antes de a engolirmos.

Durante a mastigação, a língua entra em jogo. Ela se comporta como um treinador. Assim, quando pedaços de comida se escondem covardemente, longe do tumulto da mastigação, ela os empurra de volta ao centro das atividades. Se a massa estiver pequena o suficiente, poderá ser engolida. 

A língua apanha cerca de vinte mililitros de massa de alimento e o empurra para o céu da boca, que é como uma cortina de palco para o esôfago. O processo funciona como um interruptor de luz: quando a língua comprime esse ponto, começa o programa de deglutição. A boca é fechada, pois qualquer respiração pode perturbar. Em seguida, o alimento é empurrada para baixo, na faringe.

FARINGE

O palato mole e o músculo constritor superior da faringe equivalem a duas formações. Eles fecham solenemente as últimas saídas do nariz. Esse movimento é tão forte que é possível ouvi-lo na esquina do corredor: as orelhas percebem um pequeno “plop”.

 faringe

As pregas vestibulares já não podem falar e se fecham. A epiglote eleva-se majestosamente como um regente (é possível senti-la quando se tateia a garganta), e toda a base da boca afunda – agora, uma forte onda comprime o pequeno pedaço de alimento sob um estrondoso aplauso de saliva, empurrando-o para o esôfago.

ESÔFAGO

comida

Para percorrer esse caminho, o alimento precisa de cinco a dez segundos. O esôfago movimenta-se durante a deglutição como uma “ola” no estádio de futebol. Quando a comida chega, o esôfago se amplia e volta a se fechar depois que ela passa.

Desse modo, nada pode deslizar de volta. O processo funciona de forma tão automática que conseguimos engolir até plantando bananeira. Desprezando a força da gravidade, nosso alimento serpenteia graciosamente pela parte superior do corpo.

Os dançarinos de break chamariam esse movimento de the snake ou the worm; já os médicos o chamam de peristáltica propulsora. O primeiro terço do esôfago é cingido por uma musculatura estriada – por isso, ainda percebemos conscientemente o primeiro trecho.

ESÔFAGO – COMIDA

O mundo interior e inconsciente começa depois da pequena cavidade que sentimos quando tocamos o topo do osso esterno. A partir desse ponto, o esôfago é feito de musculatura lisa. A extremidade inferior do esôfago é mantida fechada por um músculo anular, que é contagiado pelo movimento de deglutição e se solta por oito alegres segundos.

É assim que o esôfago se abre para o estômago e o alimento pode desabar nele sem nenhum impedimento. Em seguida, o músculo volta a se fechar, enquanto lá em cima, na faringe, a respiração acontece. O caminho da boca para o estômago é o primeiro ato, que exige a máxima concentração e um bom trabalho em equipe.

O sistema nervoso consciente e periférico e o outro, inconsciente e autônomo, precisam trabalhar juntos nesse momento. Essa colaboração tem de ser bem estudada. Quando bebês começamos, ainda no ventre materno, a treinar a deglutição. Engolimos até meio litro de líquido amniótico como teste todos os dias. Se alguma coisa der errado, não chega a ser ruim. Como estamos completamente imersos em líquido, nossos pulmões também estão repletos dele – portanto, não dá para engasgar no sentido clássico.

ESÔFAGO – COMIDA

Em nossa vida adulta, engolimos por dia de seiscentas a duas mil vezes. Para tanto, colocamos mais de vinte pares de músculos em funcionamento – e, na maioria das vezes, tudo corre sem nenhuma complicação.

Na velhice, engasgamos com mais frequência: os músculos coordenadores nem sempre são muito precisos, o músculo constritor superior da faringe já não é tão pontual ou a maestrina epiglote precisa de uma bengala para se levantar.

Nesses momentos, embora bater nas costas seja um recurso bem-intencionado, ele só assusta desnecessariamente a faringe idosa. Antes que o engasgo se transforme em uma catástrofe de tosse, como muitas vezes ocorre, é melhor ir logo a um fonoaudiólogo para manter a tropa da deglutição em atividade.

ESTÔMAGO 

O estômago gosta muito mais de movimento do que muitos imaginam. Pouco antes de receber a comida, ele relaxa – tão logo a comida desaba dentro dele, pode expandir-se cada vez mais.

Ele abre espaço para todos que querem espaço. Um quilo de alimento, com o volume de uma caixa de leite, fica mais confortável em um estômago que funcione como um banco de balanço expansível.

estômago

Emoções como o medo ou o estresse podem dificultar a expansão da musculatura lisa do estômago, o que faz com que logo nos sintamos satisfeitos ou passemos mal com pequenas porções.

Quando a comida chega, às paredes do estômago aceleram seus movimentos como pernas que começam a correr, e – bam! – a comida é empurrada. Em um belo arco, o alimento voa contra a parede estomacal, ricocheteia e desaba de volta.

Os médicos chamam isso de retropulsão, e os irmãos mais velhos, “vamos ver até onde você consegue voar”. Juntos, o arremesso e o empurrão produzem aquele gorgolejo típico que ouvimos quando colocamos a orelha sobre o ventre (em um pequeno triângulo, no ponto em que os arcos costais convergem à direita e à esquerda).

ESTÔMAGO – COMIDA

Quando o estômago começa a balançar com muita animação, acaba estimulando todo o tubo digestivo a se movimentar. Então o intestino também faz seu conteúdo avançar, abrindo espaço para coisas novas.

Por isso, muitas vezes, depois de comermos muito, precisamos ir logo ao banheiro. No mundo abdominal, um pedaço de torta pode realizar muitas coisas. O estômago vai ficar se balançando com ele por cerca de duas horas. Ao mesmo tempo, tritura cada bocado em partículas minúsculas.

Grande parte fica menor que 0,2 milímetro. Essas migalhas, tão reduzidas, já não batem na parede, mas escorregam por um pequeno orifício na extremidade do estômago. Esse orifício é o esfíncter – o porteiro do estômago. Ele vigia a saída do estômago e a entrada do intestino delgado.

ESTÔMAGO

Carboidratos simples, como base de bolos, arroz ou macarrão, são rapidamente encaminhados ao intestino delgado. Nele são digeridos e em pouco tempo cuidam da subida do açúcar no sangue. 

Quanto às proteínas e à gordura, o porteiro as retém claramente por mais tempo no estômago. Um pedaço de bife fica balançando ali por umas boas seis horas antes de chegar ao intestino delgado.

Por isso, depois que comemos carne ou fritura muito gordurosa preferimos uma sobremesa doce: o açúcar em nosso sangue não quer esperar tanto tempo pela comida, e a sobremesa já dá uma antecipada. Refeições ricas em carboidratos têm um desempenho mais rápido, mas não mantêm a sensação de saciedade por muito tempo, como as proteínas ou a gordura.

INTESTINO DELGADO

Assim que os primeiros mini pedaços chegam ao intestino delgado ocorre a verdadeira digestão. Ao viajar por esse tubo, a massa colorida alimento desaparece quase por completo nas paredes – como Harry Potter na plataforma 9 ¾. O intestino delgado pega a comida com determinação. 

harry potter e intestino delgado

Fica amassando um ponto, tritura o bolo alimentar em todas as direções, oscila com suas vilosidades dentro dele e, com força, empurra a mistura para a frente. Ao microscópio, o que se vê são minúsculas vilosidades intestinais colaborando.

Elas se movem para cima e para baixo como pezinhos batendo. Simplesmente tudo entra em movimento. Pouco importa o que faz nosso intestino delgado; ele segue uma regra básica: prosseguir, ir adiante. Para isso existe o chamado reflexo peristáltico.

O descobridor desse mecanismo isolou um pedaço de intestino e nele soprou ar através de um pequeno tubo – sociável, o intestino soprou de volta. Por isso, muitos médicos recomendam alimentos ricos em fibras para estimular a digestão: fibras não digeridas comprimem a parede do intestino, que, atenta, comprime de volta. 

INTESTINO DELGADO – COMIDA

Essa ginástica intestinal faz com que a comida avance com mais rapidez e permaneça flexível. Se a massa do alimento prestasse atenção, talvez até pudesse ouvir o “vupt”. Em nosso intestino delgado há muitas células marca-passo, que liberam pequenos impulsos de corrente. 

comida

Para nossos músculos intestinais, é como se alguém lhes gritasse “vupt!”… e de novo “vupt!”. Desse modo, o músculo não se desvia, mas se desloca de volta, como se dançasse ao som do baixo na discoteca. Assim, a torta, ou melhor, o que restou dela, é empurrada adiante, diretamente ao seu destino. 

O intestino delgado é o trecho mais empenhado do nosso tubo digestivo e muito consciencioso em seu trabalho. Apenas em casos nitidamente excepcionais impede que um projeto digestivo avance: no vômito. Nesse sentido, o intestino delgado é muito pragmático. Não investe trabalho no que não nos faz bem. Coisas assim ele manda de volta, sem digestão nem forma definida.

Exceto por alguns resquícios, a essa altura a comida já sumiu no sangue. Na verdade, a partir de então, poderíamos acompanhar seu percurso no intestino grosso – mas, nesse caso, perderíamos de vista uma criatura misteriosa, audível e muitas vezes mal compreendida. Seria um pecado! Por isso, ainda vamos nos deter mais um pouco aqui.

O QUE OCORRE DEPOIS?

Após a digestão, no estômago e no intestino delgado permanecem apenas restos grosseiros. Por exemplo, um grão não mastigado de milho, comprimidos resistentes ao suco gástrico, bactérias sobreviventes de algum alimento ou um chiclete engolido por descuido. Nosso intestino delgado adora limpeza. 

É dessas figuras que, após uma grande refeição, gostam de arrumar logo a cozinha. Se depois de duas horas chegarmos para uma visita, o intestino delgado estará um brinco, quase sem cheiro nenhum. Uma hora depois de ter digerido alguma coisa, o intestino delgado começa a se limpar. 

Nos manuais de medicina, esse processo é chamado de “complexo motor migratório”. Nele, o porteiro do estômago coopera abrindo os portões e varrendo seus restos para o intestino delgado. Por sua vez, este assume a empreitada e produz fortes ondas, que vão empurrando tudo para a frente. 

Ao se observar o processo através de uma câmera, a comoção é tão inevitável que até mesmo cientistas insensíveis designam o complexo motor como uma pequena arrumadeira (housekeeper). Todo o mundo já ouviu sua própria arrumadeira alguma vez na vida: é o resmungo que vem não apenas do estômago, mas sobretudo do intestino delgado.

O QUE OCORRE DEPOIS?

Resmungamos não porque estamos com fome, mas porque só há tempo para a faxina no meio da digestão! Quando o estômago e o intestino delgado estão vazios, o caminho fica livre para a arrumadeira pôr mãos à obra. 

Quando a digestão for de um bife que fica chacoalhando sem pressa, a arrumadeira precisa esperar muito até finalmente poder começar seu trabalho. Somente após seis horas no estômago e cerca de cinco no intestino delgado é que a limpeza do que restou do bife pode ser feita. 

Nem sempre ouvimos o barulho da faxina. Dependendo de quanto ar tiver chegado ao estômago e ao intestino, às vezes ela é barulhenta, outras, silenciosa. Quando se come alguma coisa nesse meio tempo, a ação de limpeza é imediatamente interrompida. 

Afinal, a digestão deve ser feita com tranquilidade, e não varrida por completo. Portanto, quem está sempre beliscando deixa pouco tempo para a faxina. Essa observação contribui para que muitos nutricionistas recomendam cinco horas de intervalo entre as refeições.

Contudo, não está comprovado se cada pessoa precisa exatamente de cinco horas. Quem mastiga direito deixa menos trabalho para sua arrumadeira e pode ouvir a própria barriga na refeição seguinte.

INTESTINO GROSSO – COMIDA

Ao final do intestino delgado encontra-se a chamada válvula ileocecal, que separa o intestino delgado do intestino grosso, pois ambos têm perspectivas de trabalho bastante diferentes.

intestino

 

O intestino grosso é um camarada sossegado. Seu lema não é necessariamente “Sempre avante!” – às vezes ele também move os restos de comida para trás, depois de novo para a frente, do jeito que melhor lhe parecer.

Com ele não há arrumadeiras migratórias. O intestino grosso é a pátria tranquila para nossa microbiota intestinal. Quando algo não digerido é varrido para ele, é justamente a microbiota intestinal que se ocupa do caso.

Leia também: MICROBIOTA INTESTINAL – FATORES QUE INFLUENCIAM

Nosso intestino grosso trabalha sem pressa, pois tem de prestar atenção em vários envolvidos no processo: nosso cérebro não quer ir toda hora ao banheiro; nossas bactérias intestinais querem ter tempo suficiente para receber alimentos não digeridos; e o restante do corpo quer de volta os fluidos digestivos que emprestou. 

INTESTINO GROSSO

O que chega ao intestino grosso já não lembra um pedaço de comida – nem deveria. Da comida talvez tenham restado ainda algumas fibras. O restante são sucos digestivos que serão reabsorvidos no local. Quando sentimos muito medo, nosso cérebro assusta o intestino grosso, que já não terá tempo para reabsorver os fluidos.

O resultado é a diarreia. Embora o intestino grosso (tal como o delgado) seja um tubo liso, nas ilustrações ele sempre é representado como uma espécie de colar de pérolas. De onde vem isso? De fato, essa é sua aparência quando o abdômen é aberto. Mas isso só acontece porque ele volta a dançar em câmera lenta. 

Exatamente como o intestino delgado, ao amassar o bolo alimentar ele forma pregas para melhor retê-lo. Só que permanece um bom tempo nessa pose, sem se mexer. É como um artista de rua, que fica imóvel em uma posição de pantomima.

Nesse meio tempo, ele se solta brevemente e, em outro local, forma novas pregas, nas quais volta a ficar imóvel por um longo tempo. Por isso, os manuais acabam ficando com a versão do colar de pérolas… Quem envesgar na hora de tirar a foto da classe também vai aparecer vesgo na imagem. 

INTESTINO GROSSO E AS IDAS AO BANHEIRO

O intestino grosso se recompõe de três a quatro vezes ao dia e, com verdadeira motivação, empurra o bolo alimentar concentrado para a frente. Quem lhe oferece massa suficiente chega a ir de três a quatro vezes por dia ao banheiro.

Na maioria das pessoas, o conteúdo do intestino grosso é suficiente para uma ida diária. Do ponto de vista estatístico, três vezes por semana ainda é visto como uma frequência saudável. O intestino grosso das mulheres costuma ser um pouco mais lento do que o dos homens.

A medicina ainda não sabe por quê – seja como for, os hormônios não são a principal razão. Do garfo com o pedaço de alimento às fezes passa-se, em média, um dia. Intestinos rápidos fazem o serviço em oito horas; os mais lentos, em três dias e meio.

Com a mistura, alguns pedaços de alimento podem deixar o chill lounge do intestino grosso após doze horas, outros, após 42 horas. Enquanto a consistência estiver adequada e não se sentir dor, a pessoa de digestão lenta não deve se preocupar.

Já quem pertence à fração dos que “vão uma vez ao dia ou mais raramente ao banheiro”, ou ainda que tendem a sofrer de prisão de ventre de vez em quando, têm um risco menor de adquirir determinadas doenças no reto, segundo um estudo holandês. Segundo o lema do intestino grosso, é na tranquilidade que repousa a força.

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ALIMENTOS LIOFILIZADOS E DESIDRATADOS

Alimentos liofilizados

Não confundam alimentos liofilizados com alimentos desidratados de maneira convencional.

Vamos entender a diferença?

Então vamos nessa!

IMPORTÂNCIA DOS ALIMENTOS

Todo mundo sabe a importância de alguns alimentos na composição do cardápio. As frutas são um forte exemplo disso. Além de leves, as frutas também ajudam na hidratação e no fornecimento de vitaminas, minerais bem como de fibras para o organismo. Além da forma in natura, elas podem ser encontradas em fatias sequinhas prontas para o consumo. Sendo assim, para isto, existem dois processos diferentes que podem deixar alimentos como as frutas, sequinhas: a desidratação convencional e a liofilização.

ALIMENTOS DESIDRATADOS

Primeiramente, a desidratação convencional é um processo que utiliza o ar quente para retirar toda água presente nos alimentos através da evaporação. Sendo assim, a água que está em estado líquido passa para o estado gasoso devido ao recebimento de calor.

O resultado é parecido com o obtido na liofilização, com a desvantagem de que o calor pode interferir na qualidade nutricional do alimento, já que pode ocorrer rompimento das fibras alimentares, por exemplo. 

Leia também: SUPLEMENTOS INTELIGENTES – MAGNÉSIO

ALIMENTOS LIOFILIZADOS

Em contrapartida, o processo de liofilização é também conhecido como criossecagem ou criodesidratação. Nele, os alimentos são congelados para que toda água contida neles se transforme em gelo. Em seguida eles são colocados em uma câmara fechada e todo oxigênio é retirado, fazendo com o que mais de 90% da água presente no alimento em forma de gelo sofra um processo de sublimação. Assim, a água passa do estado sólido direto para o gasoso.

NÃO CONFUNDAM ALIMENTOS LIOFILIZADOS COM DESIDRATADOS DE MANEIRA CONVENCIONAL

alimentos liofilizados
DESIDRATAÇÃO CONVENCIONALLIOFILIZAÇÃO
A estrutura é quebrada sendo assim ocorre perda de nutrientes.Não há quebra da estrutura molecular e os nutrientes são preservados.
Os alimentos não reabsorvem a água assim não retornam ao seu estado original.Os alimentos podem ser reidratados voltando ao seu estado original.
Ocorre enorme alteração no aroma bem
como o sabor do alimentos.
Característica dos alimentos são
preservadas como aroma bem como
sabor.

É visível que apenas os liofilizados possuem as mesmas características do alimento in natura, pois é o único processo que garante a preservação da estrutura molecular. Sendo assim, isto possibilita a conservação de todos os nutrientes do alimento.

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LIOFILIZAÇÃO: VOCÊ JÁ OUVIU FALAR?

liofilização

Você já ouviu falar de liofilização?

Não?

Não acredito!

liofilização

Vamos entender do que se trata então?

Vamos nessa!

O QUE É LIOFILIZAÇÃO?

Liofilização

Liofilização é uma tecnologia de secagem que constitui na remoção da água através da sublimação. Ocorre quando o alimento congelado, isto é, quando todo o seu conteúdo de água está na forma de gelo, é submetido a condições de pressões muito baixas. O produto é colocado em câmaras herméticas. O ar de dentro é removido através de bombas de alto vácuo, criando a condição para que ocorra a sublimação da água. A água passa de seu estado sólido para o gasoso à temperaturas muito baixas e sem a presença de oxigênio. Estes são fatores muito favoráveis para a preservação das características nutricionais de um alimento.

De acordo com Baruffaldi e Oliveira (1998) o termo “liófilo” significa amigo do solvente, o que define com fidelidade as características dos produtos liofilizados: altamente higroscópicos e de fácil dissolução na água. 

QUAL A INDICAÇÃO?

comida liofilizada

Indicado para produtos que tenham elementos sensíveis ao calor, como proteínas, vitaminas e microrganismos. A liofilização conserva as propriedades nutritivas, pois as membranas das células não se rompem com a perda do vapor de água. Praticada em pequena escala no Brasil há mais de dez anos, passa agora para a produção de alimentos disponíveis como frutas, legumes e verduras, carnes bem como sopas, sucos em pó, entre outros.

APLICAÇÕES

Cada vez mais as indústrias alimentícias vêm se adequando à crescente exigência do consumidor moderno. Produtos artificiais, aromas assim também fragrâncias e sabores sintéticos estão sendo substituídas por produtos naturais de qualidade pelas mais variadas empresas que se preocupam também com o bem estar de todos. Sendo assim, nesta linha de pensamento, os produtos naturais desidratados por liofilização estão atualmente ocupando o mais alto patamar de qualidade e praticidade nos meios industriais. Substituindo com vantagens na praticidade os produtos “in natura” bem como em qualidade, os produtos sintéticos (EBLSA, 2011).

Leia também: MICROBIOTA INTESTINAL – FATORES QUE INFLUENCIAM

VANTAGENS E DESVANTAGENS DA LIOFILIZAÇÃO

Os alimentos que passam pelo processo de liofilização apresentam alta retenção das características sensoriais e qualidade nutricional. Assim também, apresentam uma vida de prateleira maior quando corretamente embalados, dependendo do alimento é possível a permanência em temperatura ambiente. Os compostos aromáticos voláteis não são absorvidos pelo vapor d’água e ficam presos na matriz do alimento. Sendo possível uma retenção de 80 a 100 % do aroma do alimento. Ainda, possibilitam maior facilidade no transporte, devido à leveza e por não necessitarem de refrigeração, acarretando um menor custo no transporte (EVANGELISTA, 2005).

VANTAGENS

  • Mantém propriedades nutritivas do alimento: isso é possível porque a liofilização não rompe as membranas das células de proteínas e vitaminas; 
  • Conservação do alimento: a retirada de água faz com que ele se conserve por mais tempo. 
  • Facilidade no transporte: essa é a vantagem que chamou a atenção de missões espaciais. Alimentos desidratados são usados para alimentar astronautas, o espaço limitado dentro das naves espaciais fez deste alimento uma solução;
  •  A leveza adquirida pela remoção da água faz dos alimentos desidratados a melhor opção para suprimentos de militares e de acampantes;
  •  Produtos com estrutura inalterada, fáceis de transformar em pó e dissolver, fáceis de reidratar;
  •  Reduzidas alterações nos nutrientes, cor, aroma bem como gosto (alimentos) e mínima perda de atividade em materiais sensíveis ao calor (microrganismos);
  •  Produtos liofilizados têm melhor qualidade que os mesmos produtos desidratados por outros métodos;
  •  Processo não poluidor, água residual baixa (1 a 3%), fácil de armazenar e de transportar; – Produtos com estrutura inalterada, fáceis de transformar em pó e de dissolver, fáceis de (re)hidratar (MUNDO EDUCAÇÃO, 2011);
  •  100% Natural, pois o processo dispensa o uso de agentes conservadores e outros aditivos;
  •  Processo na ausência de oxigênio, prevenindo contra as reações oxidativas.

DESVANTAGENS

  • Produtos com facilidade de hidratar. Além disso, sã. frágeis pelo que devem ser cuidadosamente embalados e armazenados;
  • Os alimentos desidratados porosos são mais suscetíveis às reações de oxidação (de lipídeos, pigmentos, vitaminas assim também substâncias aromáticas). O que limita sua conservação, por isso é aconselhável o acondicionamento no vácuo, em atmosferas inertes (embalados com nitrogênio), embalagens impermeáveis ao oxigênio e opacas;
  • A porosidade, a solubilidade e o grau de secagem fazem com que o material seja muito higroscópico;
  • O processo é lento, podendo demorar até 48 horas, dependendo do tamanho do lote e das unidades a serem liofilizadas, aumentando o custo do processo
  • Equipamento muito caro (3 vezes mais que em outros métodos de secagem);
  • Custo energético muito caro (2 a 3 vezes mais que em outros métodos de secagem) (MUNDO EDUCAÇÃO, 2011).

Não dúvidas que a liofilização é uma técnica muito superior de conservação que as demais. Por preservar as características do produto de modo particular, fato que nem sempre acontece nas demais técnicas. A decomposição térmica e perda de voláteis são reduzidas significativamente, preservando assim características essenciais de um alimento.

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PELE – CONHEÇA 5 ALIMENTOS BENÉFICOS

pele

A saúde da sua pele está diretamente relacionada com sua alimentação!

Sabia que dá para evitar acnes e outras inflamações na pele com a mudança de alguns hábitos alimentares?

alimentos e pele

Isso porque existem alimentos com substâncias anti-inflamatórias. Assim, são capazes de evitar o surgimento das temidas espinhas e de manter a pele sempre bem tratada.

Dá uma olhadinha aqui em alguns desses alimentos e como eles podem te ajudar!

UVAALIMENTO PARA SUA PELE

Além de ser uma delícia, a uva também é cheia de substâncias benéficas para o nosso corpo! No que diz respeito à saúde da pele, o grande destaque é o fato de ela possuir os compostos fenólicos, entre eles o resveratrol.

Ele tem a função de neutralizar os radicais livres (responsáveis pela oxidação da pele), diminuindo o estresse oxidativo e ajudando a combater as bactérias (que ficam geralmente presentes no rosto) causadoras das espinhas. 

DICA: Além da uva, os chocolates amargos assim também pistaches são fontes dessa substância!

PEIXES

Para quem quer evitar o surgimento de acnes na pele, outra dica interessante é incorporar tipos de peixes à alimentação.

Eles possuem o ácido graxo ômega 3, que ajuda a regular o açúcar no sangue e a reduzir a inflamação da pele. As principais fontes dessa substância são salmão, atum e a sardinha.

Além disso, os ácidos graxos ômega 3 exercem um papel protetor da pele, devido as suas propriedades anti-inflamatórias. Um exemplo disso são os estudos comprovando que a ingestão de ômega-3 está associada ao risco reduzido de câncer de pele.

DICA: Você também pode encontrar ácidos graxos na chia, linhaça, nozes bem como canela.

Leia também: PROBIÓTICOS E PELE – O AUXÍLIO QUE FALTAVA

CENOURA

O betacaroteno presente na cenoura ajuda no combate aos radicais livres que envelhecem a pele e colabora para preservar o colágeno, o que aumenta a elasticidade e a tonicidade dela.

Essa substância também ajuda a combater o surgimento de acnes na pele, pois consegue controlar a produção de oleosidade.

VOCÊ SABIA? Ah, e sabe aquele bronzeado maravilhoso? Você pode conseguir tendo o betacaroteno como aliado! Afinal, ele ajuda na formação de melanina, responsável pela pigmentação da pele e proteção contra a radiação solar.

ALHO

Comida brasileira sem alho não é comida brasileira, não é mesmo? O mais legal é que o alho, além de tempero delicioso, é outro anti-inflamatório maravilhoso para saúde!  

Ele ajuda no combate à acne, manchas e até o envelhecimento precoce. Por conter a alicina, o alho é considerado um poderoso antioxidante, anti-inflamatório e controlador de radicais livres.

ALIMENTOS INTEGRAISALIMENTO PARA A SUA PELE

alimentos integrais

Alimentos integrais, como o arroz, são ótimos para serem incorporados ao seu cardápio diário. Isso porque eles são fontes de vitaminas do complexo B – importantes para o controle dos hormônios e, consequentemente, conseguem evitar o surgimento das acnes.

A vantagem dos grãos integrais é que eles não são refinados e, por isso, são mais ricos em vitaminas, minerais e diferentes nutrientes. Além disso, são fontes de fibras que, além de regularem o intestino, também ajudam a eliminar toxinas do corpo.


DICA: Comidas de fast food, chocolates ricos em gordura e doces de forma geral devem ser evitados ao máximo, pois podem favorecer o surgimento de espinhas.

Bônus: Beba bastante água!

Para quem quer evitar inflamações e manter a pele sempre hidratada, o grande segredo é beber bastante água todos os dias. Mas, caso não goste de beber muita água, você também pode recorrer às frutas mais suculentas, como a melancia, melão, morango e tomate.

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ATIVIDADE FÍSICA ASSOCIADA À ALIMENTAÇÃO

atividade física

Muitas pessoas fazem atividade física, mas preferem não associar a alimentação. Em contrapartida, outros apenas se alimentam bem, mas não praticam atividade física.

Mas, você já tentou fazer atividade física associada à alimentação?

atividade física

Ainda não?

Bom, esse post irá lhe mostrar como você pode fazer isso e começar hoje mesmo.

Vamos lá?

ATIVIDADE FÍSICA ASSOCIADA À ALIMENTAÇÃO

O QUE VOCÊ DEVE COMER ANTES DE PRATICAR UMA ATIVIDADE FÍSICA?

A alimentação mais adequada para você que vai praticar atividade física necessita ter substratos que sejam fonte de energia.

Isso quer dizer que os seus alimentos precisam ser capazes de lhe ajudar a manter o nível de uma atividade física intensa. Desta forma as fontes dos alimentos armazenadas, irão fazer com que as reservas do seu corpo consigam ficar preservadas aumentando assim o fluxo sanguíneo.

O nosso corpo interpreta que a atividade física é extremamente intensa. Por conta disso o gasto energético se torna mais elevado.

A ideia aqui então é tentar incluir alimentos que contenha carboidratos. Assim, o seu corpo terá suporte para queimar uma grande quantidade de caloria.

Porém, não exagere no carboidrato, já que sua quantidade poderá interferir no fluxo sanguíneo, gerando assim uma queda significativa durante a sua performance nas atividades físicas.

Alguns alimentos que são fontes de carboidratos são:

  • Massas;
  • Feijão;
  • Arroz;
  • Lentilha.

Outro nutriente interessante para colocar na sua alimentação antes de praticar a sua atividade física é a proteína.

exercícios físicos e alimentação

As indicações dos especialistas dizem respeito a proteína ser responsável por conseguir aumentar o fluxo sanguíneo do corpo, principalmente nos músculos, o que consegue trazer muitos benefícios tanto para aqueles que fazem treinos aeróbicos ou treinos com força.

Isso acontece porque a proteína também tem a característica de aumentar os aminoácidos, ajudando assim o fortalecimento do corpo, facilitando assim a prática da atividade física escolhida.

COMO VOCÊ DEVE SE ALIMENTAR DEPOIS?

Depois do treino é necessário também conseguir fazer uma ótima alimentação, mesmo que muitas pessoas optem por uma má alimentação.

Infelizmente, esse comportamento pode afetar muito nos resultados das atividades físicas para quem deseja tonificar os músculos, mas também para quem quer emagrecer.

Isso é claramente muito negativo, já que o seu corpo não consegue receber a quantidade de nutrientes adequados depois do treino, logo a sua recuperação pós treino passa a ser prejudicada, atrapalhando assim os seus resultados.

Diversos especialistas costumam recomendar a ingestão de proteína depois do treino, devido a famosa queima de gordura que acontece automaticamente após a atividade física, durante trinta minutos.

atividade física

MINERAIS E VITAMINAS

Esses são dois itens essenciais para que o seu corpo consiga funcionar da maneira correta. Além de conseguir regular os hormônios e as enzimas, faz a manutenção cardíaca, auxilia no funcionamento cerebral, na contração muscular e em todo o organismo.

Por essa razão, eles devem ser ingeridos na alimentação, já que eles não são nutrientes que são produzidos pelo organismo.

Não por acaso, com a ausência deles, é muito comum as pessoas passarem a utilizar a suplementação alimentar, normalmente feito em cápsulas.

Existem infinitas vitaminas e minerais e por isso você deve ingerir depois do seu treino para que consiga repor todas as energias necessárias:

  • Vitamina A;
  • Vitaminas do Complexo B;
  • Vitamina C;
  • Vitamina D;
  • Vitamina E.

Já entre os minerais você deve inserir:

  • Zinco;
  • Ferro;
  • Cálcio;
  • Magnésio;
  • Cromo.

Leia também: SUPLEMENTOS INTELIGENTES – MAGNÉSIO

Depois desse post tenho certeza que você irá começar a fazer a atividade física associada a alimentação, sabendo que isso pode melhorar ainda mais o seu resultado.

Procure a opinião de um nutricionista sempre, não suplemente de maneira desleixada.

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NUTRIÇÃO COMPORTAMENTAL – VAMOS ENTENDER?

nutrição comportamental

Já ouviu falar em nutrição comportamental ou está procurando uma forma real e possível para começar a perder peso? 

Então, é chegada a hora de descobrir tudo sobre essa nova estratégia. 

Com a nutrição comportamental, você vai conseguir descobrir uma nova maneira de se alimentar e realmente mudar os seus hábitos e sua vida. 

Ficou interessada? Não perca mais tempo, vamos lá!

O QUE É A NUTRIÇÃO COMPORTAMENTAL? 

comportamental

Antes de começar a entender o conceito de nutrição comportamental, você precisa ter em mente como a relação entre o ser humano e os alimentos se tornou mais difícil ao longo dos anos. 

Seja devido ao acesso facilitado, não é necessário caçar a comida, ou mesmo pelos padrões da sociedade, incluindo o corpo que é bonito e os alimentos que não mais consumidos. 

Com isso em mente, sentimentos como raiva, culpa e a dificuldade para emagrecer compõem um cenário bastante complicado.

Assim, surge a nutrição comportamental. 

O conceito básico tem como objetivo não apenas garantir que você perca peso. A ideia é ir além.

Dessa forma, essa estratégia visa entender quais são os aspectos emocionais, fisiológicos e até sociais por trás da sua alimentação. 

Afinal, qual a melhor maneira para mudar um hábito se não entender porque ele acontece não é mesmo?

Isso é nutrição comportamental, entender o que há por trás da alimentação e da sua dificuldade em comer bem. 

Leia também: 10 BENEFÍCIOS DO KEFIR PARA A SAÚDE

COMO FAZER A NUTRIÇÃO COMPORTAMENTAL EM 4 PASSOS 

Por ser uma estratégia bastante ampla, é comum que a nutrição comportamental envolva três profissionais: 

  • Clínico, para avaliar a sua saúde; 
  • Nutricionista, para criar um cardápio ideal e personalizado; 
  • Terapeuta/psicólogo, para facilitar o processo de entender e colocar em prática. 

Porém, eu sei que você deve estar se perguntando se é possível fazer isso em casa e a resposta é sim. Mesmo que seja um pouco mais difícil e o ideal seja, ao menos, ir até um psicólogo. 

nutrição

Dito isto, comece a entender os passos para colocar a nutrição comportamental em prática: 

COMECE A APRENDER MAIS SOBRE SI MESMO 

O primeiro passo da nutrição comportamental é ser capaz de entender e dar nome aquilo que você pensa e sente. Em outras palavras, comece a prestar atenção as suas emoções e pensamentos enquanto você come. 

Provavelmente, você vai perceber que tem reações relacionadas a alegria, prazer e satisfação. Mais importante que isso, repare em quais são os resultados após a alimentação. 

Por exemplo, se você sente culpa e qual a ideia que vem à mente ou mesmo raiva, como culpa por ter comido um doce ou raiva por ter comido mais do que deveria. 

VOCÊ TEM/TEVE ALGUM PROBLEMA CORPORAL EMOCIONAL RELACIONADO À COMIDA 

Em seguida, você precisa se colocar à frente de alguns traumas que podem ter impacto na maneira como você se alimenta.

Por exemplo, alguém que já passou fome pode ser obeso apenas porque sabe qual é a sensação de estômago vazio e quer evitar a todo custo. Outras pessoas comem demais para conseguir a sensação de prazer, seja porque está depressivo, estressado ou com um problema.

A ideia é avaliar como é essa relação com a comida e identificar possíveis problemas emocionais e físicos, como baixa autoestima ou distúrbios de imagem, como a anorexia. 

COMECE MUDANÇAS LEVES

Para começar a ter uma nutrição comportamental efetiva, toda mudança brusca deve ser evitada, ou você pode acabar com ainda mais emoções negativas.

Por isso, comece a mudar a sua alimentação aos poucos, incluindo alimentos saudáveis e vendo como reage a eles. 

nutrição comportamental

Logo, você consegue retirar alguns excessos da rotina e também entender o que isso causa. É importante nunca eliminar completamente nenhum alimento, principalmente aqueles que você gosta, mas reduzir a quantidade. 

Você vai notar que a redução de doces pode gerar ansiedade, por exemplo. 

TENHA UMA VÁLVULA DE ESCAPE

Para lidar com as mudanças gradativas da nutrição comportamental, é essencial encontrar uma válvula de escape, ou seja, algo que você goste, impacte sua vida de maneira positiva e evita a compulsão alimentar. 

O mais comum é optar por atividades físicas, que liberam hormônios do prazer, aulas de dança, tempo de leitura/jogos ou mesmo assistir um filme. 

Foco: essa válvula não deve envolver nada relacionado a comida. 

É importante ressaltar que a alimentação também é um evento social, que aproxima as pessoas. Basta ver as comemorações de aniversário, casamento ou porque o fim de semana chegou. 

Por isso, é preciso ter o pilar da comunicação com as pessoas a sua volta, para que elas também entendam e respeitem essa nova etapa. 

Para finalizar, a nutrição comportamental é uma forma de conseguir ganhos a partir do entendimento emocional de comida e do impacto da alimentação na sua vida.

O ideal é procurar por um acompanhamento terapêutico, que vai facilitar e acelerar essa mudança e garantir que o autoconhecimento seja algo natural no seu dia a dia. 

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DIETAS RESTRITIVAS – TOME CUIDADO COM ELAS

dietas restritivas

Dietas restritivas são todos aqueles planos alimentares que reduzem drasticamente ou eliminam alimentos do seu cardápio, deixando a sua alimentação mais pobre. 

Este tipo de dieta ficou bastante famoso, já que é capaz de provocar a perda de peso rápida a partir da baixa ingestão de calorias. 

Entretanto, você parou para pensar quais os perigos que essas dietas podem causar na sua vida? 

Então, pare agora com esse cardápio e entenda porque você deveria ter mais cuidado. 

6 PERIGOS DAS DIETAS RESTRITIVAS

Vale ressaltar que as dietas restritivas, em sua maior parte, não são aprovadas por órgãos de saúde e nem comprovadas cientificamente. Isto deveria ser um indício de que algo ali não é tão bom assim. 

dietas restritivas

Leia também: DIETAS QUE PODEM TRAZER RISCOS À SAÚDE

BAIXA NUTRIÇÃO

Um dos principais perigos referentes a dietas restritivas é a baixa nutrição que os cardápios oferecem. 

Por focar no baixo consumo de calorias, muitos pratos acabam saindo da mesa. O resultado é que você passa a não consumir vitaminas, minerais e gorduras essenciais para o organismo. 

PERDA MUSCULAR

Ainda que você acredite que esteja perdendo peso, a possibilidade é que as dietas restritivas estejam queimando os seus músculos. 

Isto acontece como uma tentativa do organismo em conseguir energia. O que pode resultar na liberação de substâncias tóxicas na corrente sanguínea.

FRAQUEZA E CANSAÇODIETAS RESTRITIVAS

Dietas restritivas envolvem o consumo baixo de alimentos capazes de fornecer energia. Sendo eles proteínas e carboidratos, ou seja, o seu corpo fica em estado de alerta. 

Como tentativa de avisar que algo está errado ou mesmo de poupar o seu corpo, você acaba se sentindo mais cansado e fraco.

Além de resultar em sonolência, baixa produtividade, falta de concentração e problemas na memória. Assim também podem ocorrer desmaios e, consequentemente, fraturas e machucados.

BAIXA NO SISTEMA IMUNOLÓGICO

A falta de vitaminas e nutrientes provoca uma quebra no sistema de defesa do corpo. Isto faz com que você fique mais suscetível a vírus e bactérias. 

Justamente por isso, é comum que adeptos da dieta restritivas estejam constantemente gripados, congestionados ou tenham até anemia. 

EFEITO SANFONA

Todas as dietas restritivas só podem ser feitas por um tempo curto. Ou seja, você emagrece rápido, mas dificilmente consegue controlar esse peso. 

Dessa forma, você entra em um ciclo de emagrecer e engordar chamado efeito sanfona que resulta em estrias, celulites e até quadros mais graves, como colesterol, compulsão alimentar e diabetes. 

DANOS EMOCIONAIS – DIETAS RESTRITIVAS

dietas restritivas

Ao contrário do que você pode pensar, inicialmente as dietas restritivas podem dar uma sensação de poder e beleza, mas que pode acabar substituída pela melancolia, indisposição, alterações de humor e até em quadro como anorexia ou bulimia. 

Todos esses danos emocionais são noviços para a saúde mental, reduzindo a sua qualidade de vida. 

Como conclusão, dietas restritivas não são a melhor opção para emagrecer e podem resultar em uma série de problemas físicos e emocionais, desde os mais brandos até os mais graves. 

Na dúvida, consulte um especialista para avaliar o seu caso e foque em uma reeducação alimentar, para emagrecer, controlar o peso e ser feliz.

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FRUTOSE E LACTOSE – INTOLERÂNCIA

frutose

As intolerâncias à frutose e à lactose estão atualmente desfrutando de alta popularidade. 

Vamos entender um pouco sobre elas?

Então vamos nessa!

INTOLERÂNCIA À LACTOSE

lactose

A lactose é um componente do leite e consiste em duas moléculas de açúcar quimicamente interligadas. A enzima digestiva que separa ambas não vem da papila. As células do intestino delgado a constroem sozinhas, em cima de suas menores vilosidades.

A lactose é dividida ao tocar a parede do intestino, e cada molécula de açúcar é absorvida. Na falta da enzima podem surgir dificuldades bem semelhantes às verificadas no caso de intolerância ou sensibilidade ao glúten: dores abdominais, diarreia ou gases.

No entanto, diferente da doença celíaca, aqui as partículas não digeridas de lactose não vagueiam pela parede do intestino. Simplesmente passam do intestino delgado para o grosso, onde alimentam bactérias produtoras de gases.

A flatulência e outros incômodos são, por assim dizer, a forma que micróbios superalimentados, como se estivessem no paraíso, encontram para expressar seu agradecimento. Embora isso seja muito desagradável, a intolerância à lactose não é, nem de longe, tão nociva quanto uma doença celíaca desconhecida.

Leia também: INTOLERÂNCIA À LACTOSE E PROBIÓTICOS

OS GENES PARA DIGESTÃO DA LACTOSE

Todo o mundo possui genes para a digestão da lactose. São raros os casos em que esses genes apresentam problemas desde o nascimento e os bebês não conseguem beber o leite materno sem sofrer fortes diarreias. Em 75% de todos os seres humanos, esses genes deixam de funcionar com a idade.

Afinal, deixamos de mamar no peito ou em mamadeiras. Embora a tolerância ao leite seja mais rara fora da Europa Ocidental, da Austrália e dos Estados Unidos, em outros lugares já se acumulam nos supermercados os produtos sem lactose, pois, segundo as estimativas atuais, um em cada cinco cidadãos têm intolerância à lactose.

Quanto mais velho, maior é a probabilidade de não conseguir quebrar o açúcar do leite. Muitas vezes, porém, nem passa pela cabeça de alguém com sessenta anos que a barriga inchada ou a leve diarreia vem do habitual copo de leite ou do delicioso molho branco.

Mas é um erro pensar que nessa idade já não se pode consumir leite. Na maioria dos casos, ainda há no intestino enzimas que quebram a lactose, embora sua atividade seja um pouco menor. Digamos que essa redução é de 10% a 15% em relação ao que conseguiam fazer antes.

INTOLERÂNCIA À FRUTOSE

Significativamente mais difundida na Alemanha é a intolerância à frutose. Um em cada três alemães têm problemas com a frutose, o açúcar das frutas. Também com a frutose a intolerância pode ser forte e congênita, e as pessoas afetadas já reagem com problemas digestivos às menores quantidades.

Porém, grande parte das pessoas apresenta algum problema com excesso de frutose. A maioria sabe pouco a respeito e, em uma compra, a expressão “com frutose” soa mais saudável do que “com açúcar”. Por isso, os fabricantes de doces preferem adoçar seus produtos com frutose pura, contribuindo, assim, para que nossos alimentos contenham mais frutose do que nunca antes.

Para muitos, uma maçã por dia não seria problema. Isso se o ketchup da batata frita, o iogurte de frutas adoçado e o cozido enlatado também já não contivessem a substância. Alguns tomates são cultivados de modo que contenham bastante frutose.

 frutose

Além disso, temos hoje uma oferta de frutas que sem a globalização e o transporte aéreo não poderia existir em lugar nenhum. Abacaxis de regiões tropicais dividem espaço com morangos frescos das estufas holandesas e alguns figos secos do Marrocos.

Portanto, o que classificamos como intolerância alimentar talvez seja apenas a reação de um corpo totalmente normal. Mas que, no período de uma geração, precisa se adaptar a uma alimentação que não teve milhões de anos antes.

O MECANISMO QUE SE ESCONDE POR TRÁS DA INTOLERÂNCIA À FRUTOSE

O mecanismo que se esconde por trás da intolerância à frutose é diferente daquele relacionado ao glúten ou à lactose. Pessoas com intolerância congênita têm poucas enzimas para processar a frutose dentro das células. 

Desse modo, a frutose pode se acumular aos poucos dentro das células e dificultar outros processos. Se a intolerância só aparece mais tarde na vida, supõe-se que o problema esteja na absorção da frutose no intestino. Nesse caso, muitas vezes há poucos canais de transporte (os chamados transportadores GLUT-5) na parede intestinal.

Quando se ingere uma pequena quantidade de frutose – por exemplo, uma pera –, os canais de transporte ficam sobrecarregados, e o açúcar da pera vagueia, como no caso da intolerância à lactose, até a microbiota intestinal no intestino grosso.

No momento alguns pesquisadores discutem se o número mais escasso de transportadores é realmente a origem do problema. Pois, pessoas sem esse distúrbio também enviam parte da frutose não digerida ao intestino grosso (sobretudo quando a quantidade é grande). 

Pode acontecer, por exemplo, de a microbiota intestinal ter uma composição inadequada. Nesse caso, quem come uma pera envia a frutose restante a uma equipe de bactérias intestinais que causa dores bastante desagradáveis. Obviamente, essas dores aumentam quanto mais ketchup, cozido enlatado ou iogurte de frutas já se tiver consumido antes.

INTOLERÂNCIA À FRUTOSE PODE ACABAR COM O HUMOR

frutose

Dependendo do grau da intolerância, o humor pode ser afetado. De fato, o açúcar contribui para que muitos outros nutrientes sejam absorvidos pelo sangue. Por exemplo, o aminoácido triptofano une-se de bom grado à frutose durante a digestão. Porém, quando temos tanta frutose no abdômen que boa parte dela não pode ser absorvida, também perdemos o triptofano.

Este, por sua vez, é necessário para a produção de serotonina. Um sinal químico conhecido como hormônio da felicidade, pois a falta dela pode levar à depressão. Desse modo, uma intolerância à frutose que permanece muito tempo sem ser descoberta também pode causar estados de ânimo depressivos. O conhecimento desse fato só passou a ser adotado muito recentemente nos consultórios médicos.

ALIMENTAÇÃO COM EXCESSO DE FRUTOSE PREJUDICA O HUMOR?

A partir de cinquenta gramas de frutose por dia (o equivalente a cinco peras ou oito bananas ou ainda cerca de seis maçãs), os transportadores naturais de mais da metade das pessoas ficam sobrecarregados. Comer a mais pode implicar consequências como diarreia, dor abdominal, gases e, a longo prazo, também estado de ânimo depressivo. Atualmente nos Estados Unidos o consumo de frutose já chegou a oitenta gramas. Usando mel para adoçar o chá, poucos produtos industrializados e mantendo um consumo normal de frutas, a geração anterior alcançava de 16 a 24 gramas por dia.

A SEROTONINA

É responsável não apenas pelo bom humor, mas também por uma sensação de saciedade. Ataques de fome e vontade constante de beliscar podem ser um efeito colateral da intolerância à frutose. Sobretudo quando, adicionalmente, surgirem outros distúrbios, como dor abdominal. Uma dica interessante também vale para quem costuma comer salada para fazer dieta.

Resultado de imagem para serotonina

Muitos molhos prontos, vendidos nos supermercados ou em fast food, contêm xarope de frutose e glicose. Estudos comprovaram que esse xarope reprime determinados sinais químicos para a saciedade (leptina ) também em pessoas sem intolerância à frutose. Uma salada com as mesmas calorias, temperada com azeite e vinagre ou molho de iogurte feito em casa, mantém a saciedade por mais tempo.

PRODUÇÃO DE ALIMENTOS

Como tudo na vida, a produção de alimentos também está em constante mudança. Às vezes as inovações têm efeitos bons, outras vezes, ruins. Antigamente, salgar os alimentos, por exemplo, era um método avançado para evitar que as pessoas se intoxicassem com carne estragada.

Durante séculos, era costume salgar a carne e a salsicha com muitos sais de nitrito para conservação. Com isso, esses produtos adquiriam um tom vermelho vivo. Eis por que o presunto, o salame, os embutidos de carne bovina e suína ou as bistecas de porco não ficam marrom-acinzentados quando passam rapidamente pela frigideira, tal como um pedaço de bife ou costeleta não curtidos.

Em 1980, na Alemanha, o uso de nitrito foi rigorosamente proibido em razão de eventuais riscos à saúde. Atualmente, as salsichas não contêm mais do que cem miligramas (um milésimo de grama) de sal de nitrito por quilograma de carne.

Desde então, muito menos pessoas também adoecem de câncer no estômago. A correção de uma inovação que no passado fazia muito sentido também foi mais do que adequada. Hoje, açougueiros inteligentes misturam muita vitamina C a pouco nitrito para tornar a carne durável de maneira segura.

NO QUE SE REFERE AO TRIGO, À LACTOSE E À FRUTOSE…

Esse modo moderno de pensar também poderia ser necessário no que se refere ao uso do trigo, do leite e da frutose. É bom ter esse tipo de alimento em nossa dieta porque contém substâncias importantes. Mas talvez devêssemos reconsiderar a quantidade que consumimos.

Enquanto nossos antepassados caçadores e coletores comiam todo ano até quinhentos tipos diferentes de raízes, folhas e vegetais autóctones, a maior parte da nossa comida hoje vem de dezessete vegetais consumíveis. Não é de surpreender que nosso intestino encontre dificuldades com essas mudanças.

PROBLEMAS DIGESTIVOS DIVIDEM A SOCIEDADE EM DOIS GRUPOS

O primeiro se preocupa com a própria saúde e cuida muito bem da alimentação. Já o segundo é o de pessoas que se irritam porque mal conseguem preparar um jantar para os amigos sem fazer compras na farmácia. 

Ambos os lados têm razão. Muitas pessoas tornam-se cuidadosas ao extremo quando ficam sabendo pelo médico que sofrem de alguma intolerância alimentar e percebem que seus distúrbios melhoram quando deixam de consumir alguma coisa. Param de comer frutas, cereais ou laticínios como se estes contivessem veneno. 

Só que, na verdade, a maior parte dessas pessoas apresenta sensibilidade a muitos desses alimentos e não é totalmente intolerante por razões genéticas. Essas pessoas costumam ter enzimas suficientes para um pouco de molho branco. Assim, podem se permitir um pedaço de pretzel ou uma fruta de sobremesa de vez em quando.

De todo modo, deve-se prestar atenção na sensibilidade em si. Nem toda inovação em nossa cultura alimentar tem, necessariamente, de descer goela abaixo. Trigo no café da manhã, no almoço e no lanche noturno, frutose em todo produto industrializado, sem exceção, ou leite por muito tempo após o período de amamentação – não é loucura se nosso corpo não gostar de nada disso. Dores abdominais constantes não surgem do nada, tampouco diarreias recorrentes ou fadiga intensa, e ninguém deve aceitar isso como normal.

ALÉM DISSO…

Excessos em geral, tratamentos à base de antibióticos, forte estresse ou infecções gastrintestinais são gatilhos típicos para que, durante um período, se reaja com sensibilidade a alguns alimentos. Porém, tão logo retorne a tranquilidade saudável, é possível colocar o intestino sensível novamente em ordem. Nesse caso, a solução não é uma renúncia para a vida toda, e sim poder voltar a comer algo que por um período não se tolerou – só que em quantidades que se consiga tolerar.

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GLÚTEN – DOENÇA CELÍACA E SENSIBILIDADE

sem glúten

No intestino humano, o glúten pode vagar pelas células sem ser totalmente digerido e, a partir disso, desfazer a ligação entre cada célula. Desse modo, as proteínas do trigo chegam a áreas às quais não deveriam chegar, o que, por sua vez, não agrada muito o sistema imunológico. Uma entre cem pessoas tem intolerância genética ao glúten (doença celíaca) e cada vez mais pessoas se mostram claramente sensíveis a ele.

As definições de doença celíaca ou sensibilidade ao glúten podem ser facilmente confundidas quando relacionadas à alimentação.

Vamos tentar entender?

Então vamos nessa!

Mas antes…

O QUE É O GLÚTEN?

glúten

O glúten não é um carboidrato, e sim uma proteína. Na verdade uma combinação delas. O glúten é a combinação de dois grupos de proteínas: a gliadina e a glutenina, encontradas dentro de grãos de trigo, cevada e centeio – mais precisamente no endosperma, a reserva nutritiva do embrião da planta.

DOENÇA CELÍACA E SENSIBILIDADE QUAL A DIFERENÇA?

Na doença celíaca, o consumo de trigo pode desencadear inflamações severas, destruir as vilosidades intestinais ou enfraquecer o sistema nervoso. As pessoas afetadas sofrem dores abdominais e diarreia, quando crianças não apresentam um bom desenvolvimento ou ficam muito pálidas no inverno.

Porém, o complicado nessa doença é que ela pode ser ora mais, ora menos pronunciada. Em inflamações menos intensas, muitas vezes não se percebe nada durante anos. De vez em quando, a pessoa sente dor abdominal ou, eventualmente, sofre de anemia, que só por acaso chama a atenção do clínico geral. No momento, a melhor terapia em caso de doença celíaca é renunciar ao trigo e a seus derivados.

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SENSIBILIDADE AO GLÚTEN

Quando há uma sensibilidade ao glúten, pode-se ingerir trigo sem sofrer grandes danos no intestino delgado, mas é recomendável não exagerar. Contudo, muitas pessoas só percebem uma melhora depois de uma a duas semanas sem glúten. De repente, têm menos problemas digestivos ou gases, menos dor de cabeça ou nas articulações. 

contém glúten

Algumas pessoas conseguem se concentrar melhor ou sentem-se menos cansadas ou exaustas. A sensibilidade ao glúten só começou a ser pesquisada com mais profundidade há pouco tempo. Por enquanto, o diagnóstico pode ser resumido da seguinte forma:

  • As dores melhoram com uma alimentação sem glúten, mesmo que os testes de doença celíaca deem negativos;
  • Embora as vilosidades intestinais não inflamem nem se danifiquem, possivelmente o sistema imunológico é afetado pela ingestão de muitos pãezinhos;
  • A permeabilidade do intestino também pode aumentar apenas por pouco tempo, por exemplo após a ingestão de antibióticos, através do consumo elevado de álcool ou devido ao estresse.

Quem reage com sensibilidade ao glúten por essas razões pode até manifestar indícios de uma verdadeira intolerância. Nesse caso, é recomendável renunciar ao glúten por um tempo. Importantes para o diagnóstico final são um exame aprofundado e a comprovação de determinadas moléculas nos glóbulos sanguíneos.

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