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AIDS E A INFLUÊNCIA DOS PROBIÓTICOS

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Qual a influência que os probióticos podem exercer sobre a AIDS?

Vamos pensar um pouco?

Dia 1 de dezembro é a data mundial da luta contra a AIDS.

Antes de tudo, precisamos entender alguns conceitos e diferenças.

Let’s go!

O QUE É HIV?

HIV é a sigla em inglês (Human Immunodeficiency Virus) para o vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.

Os linfócitos T são um grupo de glóbulos brancos (leucócitos) responsáveis pela defesa do organismo contra agentes desconhecidos (antígenos). Esses linfócitos T funcionam como generais de guerra. Sendo assim, quando percebem a presença de agentes desconhecidos no organismo, emitem sinais de defesa para o corpo todo. Quando são danificados pelo HIV, perdem essa capacidade, deixando o corpo vulnerável aos ataques constantes.

BIOLOGIA

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O HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae.

Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns:

  • Período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença;
  • Infecção das células do sangue e do sistema nervoso;
  • Supressão do sistema imune.

Contudo, ter o HIV não é a mesma coisa que ter aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas.

Formas de transmissão:

  • Pelas relações sexuais desprotegidas;
  • Pelo compartilhamento de seringas contaminadas;
  • De mãe para filho durante a gravidez e a amamentação.

Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

MECANISMO DE AÇÃO DO HIV

Como já foi mencionado acima, entre as células de defesa do organismo humano estão os linfócitos T CD4+, principais alvos do HIV.

São esses glóbulos brancos que organizam e comandam a resposta diante de bactérias, vírus bem como outros micróbios agressores que entram no corpo humano.

O vírus HIV, dentro do corpo humano, começa a atacar o sistema imunológico ligando-se a um componente da membrana dessa célula, o CD4, penetrando no seu interior para se multiplicar. Dessa forma, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo a capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Quando o organismo não tem mais forças para combater esses agentes externos, a pessoa começa a ficar doente mais facilmente e então se diz que tem AIDS. Esse momento geralmente marca o início do tratamento com os medicamentos antirretrovirais, que combatem a reprodução do vírus.

O QUE É AIDS?

A AIDS, sigla em inglês para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency Syndrome), é uma doença do sistema imunológico humano resultante da infecção pelo vírus HIV.

A AIDS se caracteriza pelo enfraquecimento do sistema imunológico do corpo, com o organismo mais vulnerável ao aparecimento de doenças oportunistas que vão de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado com a presença do vírus HIV no organismo.

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EVOLUÇÃO DA AIDS

Com o advento da AIDS nos anos 80, muitas doenças reemergiram. As chamadas doenças oportunistas. Como o HIV enfraquece o sistema de defesa do organismo, essas doenças oportunistas levaram muitas pessoas a óbito. Isso ocorre, também, porque o organismo não consegue responder aos tratamentos realizados.

Atualmente os medicamentos que combatem o HIV são utilizados assim que o diagnóstico é feito. Eles conseguem controlar a sua multiplicação. Embora ainda não “exista” uma cura, hoje em dia as pessoas conseguem ter uma qualidade de vida melhor, mesmo possuindo o vírus.

Contudo, é de suma importância ter a consciência de se cuidar, se proteger. Sendo assim, não dê vacilo!

Nosso organismo reage diariamente aos ataques de bactérias, vírus bem como outros micróbios, por meio do sistema imunológico. Muito complexa, essa barreira é composta por milhões de células de diferentes tipos e com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do organismo e por manter o corpo funcionando livre de doenças.

Além das nossas células humanas, nosso sistema imunológico também conta com bactérias do bem, nossa microbiota. Ela nos ajuda no equilíbrio, assim também no fortalecimento do nosso sistema imunológico

O TRATO GASTROINTESTINAL É ATRAENTE PARA REPLICAÇÃO DO HIV

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Aproximadamente 70% do sistema imune está associado ao trato gastrointestinal. Assim, se o intuito é restaurar ou manter uma ótima função imunológica é importante observar a boa saúde do trato gastrointestinal, em razão do elevado grau de importância deste órgão no sistema imunológico.

O intestino humano contém naturalmente o crescimento de bactérias que possuem uma variedade de funções benéficas, que incluem sua capacidade de fornecer nutrientes essenciais para o corpo e evitar o crescimento de agentes patogénicos prejudiciais ( Hooper 2001; Ley 2006).

No entanto, o intestino é bastante comprometido em pacientes com HIV. Infecção aguda por HIV é marcada pela dramática depleção de células CD4 + a partir do trato gastrointestinal (GI). O trato GI é considerado ser um alvo particularmente atraente para a replicação do HIV, porque as células CD4 + ‘de memória’ são preferenciais como alvos para a replicação do HIV. (células CD4 + de “memória” são denominados como tais, porque elas se “lembram” de antígenos que anteriormente foram encontrados, o que lhes permitem montar uma resposta mais rápida em encontros subsequentes.)

Como o HIV esgota o intestino de células do sistema imunológico, a permeabilidade epitelial intestinal geralmente aumenta, e a pessoa infectada pelo HIV torna-se cada vez mais vulnerável à invasão microbiana e progressão da doença (Brenchley 2009).

PROBIÓTICOS E A INFLUÊNCIA SOBRE A AIDS

Já escrevemos bastante sobre os probióticos e sobre as pesquisas que levam a acreditar que eles possuem uma influência gigante sobre nossa saúde.

Assim também, já se sabe também da importância que nossa microbiota intestinal tem quando o assunto é fortalecimento da imunidade.

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Dessa maneira, as pesquisas sobre probióticos mostram que sua ingestão diária, pode ajudar a manter o equilíbrio de bactérias benéficas em nosso intestino. Sendo assim, uma vez que o intestino é o maior órgão de defesa do nosso corpo, uma microbiota intestinal fortalecida, é sinônimo de uma imunidade forte também.

Leia também: 6 ALIMENTOS PROBIÓTICOS PODEROSOS

“São sete metros de um sistema imunológico completo. O grande efeito dos probióticos está no fato de colocar bactérias benéficas no local e, desta forma, impedir o crescimento daquelas que são patógenas e causam enfermidades”, explica Fisberg, pediatra e nutrólogo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Os reflexos começam no intestino e se estendem para todo organismo.

Contudo, é importantíssimo que o indivíduo portador do HIV, converse com seus médicos, nutricionistas, entre outros profissionais de saúde. A informação pode salvar vidas. O uso indiscriminado de qualquer alimento e/ou medicamento, pode levar à consequências drásticas. Principalmente em pessoas com o sistema imunológico já prejudicado.

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BACTÉRIAS VIVAS: COMÊ-LAS TRAZ FELICIDADE

bactérias vivas

Como é que comer bactérias vivas faz você ficar mais feliz?

Vamos tentar entender juntos esta questão?

Vamos nessa!

BACTÉRIAS VIVAS E FELICIDADE

bactérias vivas

Um dos possíveis mecanismos parece estar ligado a uma substância química notoriamente envolvida na regulação do humor: a serotonina.

A maior parte desse neurotransmissor se encontra no intestino, onde mantém tudo funcionando direitinho.

Mas cerca de 10% da serotonina fica no cérebro, regulando o humor e até a memória.

Seria tão prático se as bactérias vivas que ingerimos se estabelecessem no intestino e começassem a produzir serotonina! Mas é claro que a coisa não é tão simples assim. Pelo contrário, a introdução de bactérias vivas aumenta os níveis de outro composto químico no sangue, o triptofano. Essa pequena molécula é da maior importância para a felicidade, já que é convertida diretamente em serotonina.

De fato, pacientes deprimidos tendem a apresentar baixos níveis de triptofano no sangue. Países cuja população como um todo tem uma dieta mais pobre nessa substância (encontrada nas proteínas) têm maiores taxas de suicídio. É até possível provocar depressão profunda (embora temporária) através da privação dos suprimentos de triptofano.

Menos triptofano significa menos serotonina, e menos serotonina significa menos felicidade.

OPINIÃO ENTRE OS PROFISSIONAIS

O fascinante, porém, é que as bactérias novas aumentam os níveis de triptofano não porque o produzem. Mas porque impedem o sistema imunológico de destruí-lo. Isso aponta para uma ideia extraordinária, que vem ganhando espaço não só entre microbiologistas, mas entre profissionais de outros campos também. Está ficando cada vez mais claro que, assim como as alergias e a obesidade, é possível que a depressão seja causada pelo mau funcionamento do sistema imunológico.

O MECANISMO QUE ENVOLVE O NERVO-VAGO

bactérias vivas

O nervo-vago é um importante nervo que se origina no cérebro e desce até o intestino. Assim também, vai ramificando-se em diferentes órgãos pelo caminho. Os nervos são como fios elétricos – transportam pulsos elétricos minúsculos que carregam instruções ou percebem mudanças. No caso do nervo vago, impulsos transportam informações sobre o que o intestino está fazendo. O que está sendo digerido, se está ativo, e assim por diante.

O que esse nervo tem de especial, porém, é que ele leva ao cérebro nossos sentimentos básicos. O frio na barriga, aquela pontada na boca do estômago nos dizendo que algo está errado e o intestino solto em situações de nervosismo de fato têm origem no intestino. O cérebro simplesmente é informado disso pelo impulsos elétricos que sobem pelo nervo vago.

Assim talvez não seja nenhuma surpresa dizer que os impulsos elétricos que sobem pelo nervo vago até o cérebro também possam deixá-lo feliz.

Leia também: INTESTINO E CÉREBRO – COMUNICAÇÃO DIRETA

ESTIMULAÇÃO DO NERVO VAGO

Alguns médicos já conseguem até tratar pacientes com depressão profunda – incurável por substâncias químicas ou terapias comportamentais – sequestrando esse sistema.

Nesse tratamento , chamado de estimulação do nervo vago, um dispositivo minúsculo é implantado no pescoço do paciente. Desse dispositivo estendem-se fios que o cirurgião cuidadosamente enrola ao redor do nervo vago. Um gerador movido a pilha fica no tórax, fornecendo os impulsos elétricos que vão estimular o nervo. Durante semanas, meses e anos, os pacientes se tornam mais alegres, ajudado por seus marca-passos da felicidade.

A ligação desse marcapasso elétrico ao nervo vago pode oferecer o impulso necessário para regular a atividade do nervo e o humor.

No entanto, sob circunstâncias normais, esses impulsos elétricos têm uma origem química – como uma pilha comum. Essas substâncias que desencadeiam impulsos nervosos são chamadas de neurotransmissores – e você já deve ter ouvido falar de muitos deles.

Substâncias como:

  • Serotonina;
  • Adrenalina;
  • Dopamina;
  • Epinefrina;
  • Oxitocina.

Elas são na maior parte, sintetizadas pelo nosso próprio corpo, capazes de criar uma minúscula centelha elétrica na extremidade do nervo. Mas os neurotransmissores não são produzidos apenas por células humanas.

MICROBIOTA E SEU PAPEL

A microbiota desempenha seu papel nesse processo. Ela sintetiza substâncias químicas que agem da mesma forma, estimulando o nervo vago e comunicando-se com o cérebro. Os microrganismos que produzem essas substâncias agem como um estimulador natural do nervo vago, enviando impulsos elétricos nervo acima e turbinando o humor.

Ainda não está clara a exata causa desse efeito no humor, mas não há dúvida de que ele existe.

Uma hipótese é a de que, ao influenciar o humor, nossa microbiota consiga controlar nosso comportamento para se beneficiar dele. Imagine, por exemplo, uma cepa de bactérias que se alimentam de um composto químico específico encontrado na nossa alimentação. Se comemos essa comida, alimentando essas bactérias, e elas conseguem nos “recompensar” com uma dose de felicidade química, melhor para elas.

As substâncias químicas que elas sintetizam podem fazer com que as pessoas tenham desejo de comer aquilo que as alimenta, ou mesmo com que se lembrem de onde encontraram esse alimento. Isso nos faria retornar ao mesmo local – talvez uma árvore frutífera em nosso passado evolutivo ou uma confeitaria específica nos dias de hoje – para comer mais e, consequentemente, estimular aquele grupo de bactérias, que, por sua vez, vai produzir mais substâncias químicas e mais desejos.

IMUNIDADE E BACTÉRIAS VIVAS

bactérias vivas

Quando as forças armadas do corpo são colocadas em alerta máximo na iminência de um ataque, mensageiros químicos chamados citocinas voam por todos os lados, às vezes causando danos desnecessários.

Essas citocinas voam por todos os lados, às vezes causando danos desnecessários. Essas citocinas deixam os soldados do sistema imunológico agitados e prontos para lutar, mas, se o inimigo não vem, tudo que lhes resta é o fogo amigo.

A depressão não parece ser o único resultado neurológico dessa belicosidade imunológica exagerada. Pessoas que sofrem de muitos outros distúrbios mentais também mostram sinais de hiperatividade imunológica – o que é apenas outro nome para nossa velha conhecida inflamação.

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, o TOC, o transtorno bipolar, a esquizofrenia e até o mal de Parkinson e a demência parecem envolver uma reação imunológica exagerada.

E, como ficou demonstrado em um estudo francês das barrinhas de cereais, ingerir bactérias benéficas tem um efeito calmante sobre o sistema imunológico.

Elas não apenas são capazes de impedir a destruição do triptofano e aumentar os níveis de felicidade, como também podem reduzir a inflamação.

Comer bactérias vivas pode ser a solução de muitos problemas.

Sendo assim…

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REFERÊNCIA:

10% HUMANO, ALANNA COLLEN, 2016.

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ACNE E A MICROBIOTA INTESTINAL

ACNE

A acne é uma doença quase onipresente no mundo civilizado.

Que tal conhecer um pouco sobre como a microbiota intestinal pode influenciar nisto?

PESQUISADORA ALANNA COLLEN

Em nome da pesquisa científica, a pesquisadora e autora do livro 10% Humano, Alanna Collen, visitou alguns locais mais isolados do planeta.

Grande parte do seu tempo longe da fria e úmida metrópole de Londres, foi gasta em habitats e culturas totalmente diferentes da dela.

Selvas onde pessoas caçavam gambás ou outros roedores para o jantar. Desertos onde o meio transporte mais rápido era um camelo. Comunidades nômades com aldeias inteiras flutuando em balsas no mar. Em todas elas, o dia a dia era diferente da vida no país da pesquisadora.

A comida era capturada, morta e consumida, sem necessidade de supermercados ou embalagens. O anoitecer trazia as trevas, rompidas apenas pelo lampião a óleo ou uma fogueira.

Uma doença sempre vem acompanhada da possibilidade bem real de morte iminente. Existem lugares onde uma criança dormindo pode perder um olho para uma galinhas. Um acidente de trabalho seria cair de uma árvore durante a coleta de mel. Ou ainda, a falta de chuva significaria nada de jantar. Ou seja, as refeições são o que você consegue cultivar ou capturar. Assim também,  a assistência médica se limita a alguma erva e uma oração.

O que a pesquisadora Alanna Collen, não viu nos planaltos de Papua – Nova Guiné, a dezenas de quilômetros da estrada mais próxima, ou nas aldeias do mar de Sulawesi na Indonésia, foram pessoas com acne. Nem mesmo adolescentes.

ACNE NO MUNDO

Na Austrália, na Europa, nos Estados Unidos, no Japão, a acne é bem comum.

Mais de 90% das pessoas no mundo industrializado sofreram com as espinhas em algum ponto da vida. Os adolescentes são os mais atingidos, mas nas últimas décadas parece que a acne se espalhou para além deles.

Agora os adultos, principalmente as mulheres, continuam tendo acne quando chegam à casa dos 20 e dos 30 anos –  e às vezes além.

Cerca de 40% das mulheres entre 25 e 40 anos ainda têm espinhas. Muitas delas nem sequer sofreram com esse problema quando eram adolescentes.

A acne leva mais pessoas ao dermatologista do que qualquer outro problema de pele. Como febre do feno, espinhas parecem parte da vida, sobretudo na adolescência.

Mas, se isso é verdade,porque as pessoas das sociedades pré-industriais não sofrem de acne também?

UMA BREVE REFLEXÃO

Um pouco de reflexão denuncia que o fato de tantas pessoas terem acne é absurdo. Ainda mais absurdo é que há poucas pesquisas para desvendar sua causa. Apesar do aumento inexorável dos casos, sobretudo entre adultos, que há muito tempo já passaram pela puberdade. Insiste-se na mesma velha explicação por mais de meio século: hormônios “masculinos” hiperativos, sebo em excesso, um frenesi de Propionibacterium acnes levando a uma reação imunológica feia, com vermelhidão, inchaço e glóbulos brancos (pus). Mas essa explicação não resiste a uma inspeção cuidadosa.

As mulheres com níveis mais elevados de andrógenos – os hormônios masculino considerados responsáveis pela acne – não são os casos mais severos da doença. E os homens, que têm níveis de andrógenos muito mais elevados, não sofrem de acne tanto quanto as mulheres.

Então o que está acontecendo?

MICROBIOTA E ACNE

Novas pesquisas indicam que estávamos procurando no lugar errado. A ideia de que a P. acnes causa acne já existe há décadas. Parece óbvio. Quer saber o que vem causando as espinhas? Então olhe dentro de uma espinha e veja quais micróbios estão por lá. Não importa que essas mesmas bactérias também sejam encontradas na pele saudável de vítimas de acne e na de pessoas sem nenhuma acne. Assim também, não importa que algumas espinhas simplesmente não contenham nenhuma P. acnes. A densidade de P. acnes não está relacionada à gravidade da acne, e níveis de sebo e hormônios masculinos não prognosticam a presença da doença.

SAIBA MAIS: PELE – ELA PODE REVELAR QUEM VOCÊ É

RELAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS COM A ACNE

O fato de que antibióticos, tanto os aplicados diretamente no rosto quanto os ministrados em comprimidos, costumam melhorar a acne tem reforçado essa teoria. Os antibióticos são o tipo de medicamento mais prescrito para espinhas, e muitas pessoas permanecem em tratamento durante meses ou anos.

Mas eles não atingem apenas as bactérias que vivem na pele. Dessa maneira, as do intestino também são afetadas. Sendo assim, o uso de antibióticos altera o comportamento do sistema imunológico.

Seria esse o verdadeiro motivo de sua ação contra a acne?

O que está ficando claro é que a presença de P. acnes não é determinante para o desenvolvimento da acne.

Ainda há debates sobre qual seria o verdadeiro papel desempenhado por essa bactéria da pele, mas estão surgindo novas ideias sobre a contribuição do sistema imunológico para essa doença.

A pele dos pacientes com acne contém células imunológicas extras, mesmo em áreas aparentemente saudáveis. Parece que a espinha é só mais uma manifestação da inflamação crônica. Assim, alguns chegam a cogitar a hipótese de que o sistema imunológico tenha se tornado hipersensível à P. acnes e talvez outros micróbios da pele, deixando de tratá-los como amigos.

Leia também: PROBIÓTICOS E PELE – O AUXÍLIO QUE FALTAVA

MICROBIOTA INTESTINAL, PROBIÓTICOS E ACNE

Stoke e Pilsburry em 1930 criaram a “consideração teórica e prática do mecanismo gastrointestinal” pelos caminhos no qual a pele é influenciada pelo estado emocional e nervoso. Estes autores conectaram o estado emocional – depressão, ansiedade bem como a preocupação – as alterações na função do trato gastrointestinal. Hipotetizaram que as alterações nos estados emocionais podem levar a mudanças na microbiota intestinal normal, a permeabilidade intestinal e contribuir para a inflamação sistêmica. Assim, o uso oral de probióticos pode regular a liberação de citocinas inflamatórias dentro da pele, e uma regulação específica em interleucina 1 (IL1) seria, certamente, um potencial benéfico no tratamento da acne. Além disso, a utilização de probióticos encapsulados orais têm o potencial de alterar a microbiota em locais além do trato gastrointestinal (BOWE; LOGAN, 2011).

A integridade funcional e a microbiota residente do trato intestinal pode desempenhar um papel de mediação na inflamação da pele.

Assim também, a capacidade da microbiota intestinal e dos probióticos orais em influenciar a inflamação sistêmica, o estresse oxidativo, o controle glicêmico, o conteúdo de tecido adiposo e até mesmo o humor, pode ter implicações importantes na acne.

Cuide da sua microbiota intestinal, o resto virá naturalmente!

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MICROBIOMA HUMANO – SAIBA MAIS SOBRE ELE

MICROBIOMA HUMANO

Que tal conhecer um pouco mais sobre o microbioma humano?

Vamos lá então!

Desde o nosso nascimento, vivemos em simbiose com centenas de bilhões de microrganismos. O seu número é mais de 10 vezes o das nossas células. O seu peso excede o do nosso cérebro.

Para ilustrar essa coexistência, podemos comparar nosso corpo com a terra e os micróbios com os organismos vivos que o povoam.

microbioma humano

Cada população tem um ecossistema e um habitat favorável, assim como alguns animais preferem viver no deserto ou no mar. Nós encontramos esses microrganismos em todos os cantos do corpo. No nariz, na pele, na boca, nos ouvidos, nos olhos, nos brônquios e pulmões, e, obviamente, no trato digestivo.

É essa população de micróbios que chamamos de microbiota humana. E o conjunto de genes que esses micróbios possuem é chamado de microbioma.

É no estudo do microbioma humano que muitos pesquisadores depositam suas esperanças em encontrar uma cura para doenças como câncer, asma e obesidade.

De fato, uma diferença entre as proporções de microrganismos bons e ruins em pessoas com essas condições e indivíduos saudáveis poderia ser a causa dessas doenças.

A HISTÓRIA DO MICROBIOMA HUMANO

O microbioma humano ainda é pouco conhecido pelos cientistas, pelo fato de que a descoberta é muito recente. Dessa forma, a grande aventura do microbioma começou há apenas poucos anos.

O projeto chamado Projeto microbioma humano foi lançado em 2007 nos Estados Unidos pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH). O projeto consiste em sequenciar o genoma de todos os microrganismos que habitualmente vivem em nosso corpo. Dessa maneira, compreender sua influência e seu papel na saúde humana.

Até agora, foram coletadas amostras de várias áreas do corpo. Incluindo boca, garganta, nariz, trato digestivo, trato urogenital feminino e vários locais na pele.

Em 2008, um banco de dados contendo 600 genomas de microrganismos orais foi projetado pelo Instituto Americano de Pesquisa Odontológica em parceria com vários países para facilitar o acesso livre e o trabalho colaborativo.

MICROBIOTA E MICROBIOMA: NÃO CONFUNDA!

Em todos os textos que tratam desse novo campo de pesquisa, usamos os dois termos que não têm exatamente o mesmo significado. É a mesma diferença entre o gene e o genoma, em suma.

Em outras palavras, a microbiota é todos os nossos micróbios. E o microbioma humano é a soma de seus genes. É também o lugar onde esses micróbios vivem. A microbiota é cem mil bilhões de bactérias que a maioria de nós deseja. O microbioma é o planeta deles.

microbioma humano

Como seres humanos, animais ou plantas que são desigualmente distribuídas na terra, as bactérias preferem se estabelecer nos lugares do nosso corpo que lhes convêm. A microbiota é encontrada em toda parte na pele, no nariz (900 espécies de bactérias diferentes entre os excrementos), na boca, nas orelhas, nos olhos, nos brônquios e na vagina, se for uma mulher..

ESTE É O NOVO NOME DA FLORA INTESTINAL (MAS NÃO APENAS ISSO)

Um pouco de grego antigo para começar. Micro se traduz em pequeno e orgânico pela vida. A vantagem do grego é que ninguém fala, mas todo mundo adota e eventualmente entende.

Anteriormente, o termo flora intestinal era frequentemente usado para descrever o microbioma humano. Mas chegamos a entender que as bactérias não eram plantas e que elas não proliferavam apenas no intestino.

Leia também: FLORA INTESTINAL – ELA NÃO EXISTE

UM NOVO CAMINHO PARA ENTENDER MELHOR A SAÚDE HUMANA

Muitos cientistas concordam que os microrganismos que habitam nossos corpos ainda representam uma importante conexão inexplorada com a saúde. Assim também, com o desenvolvimento e a evolução dos seres humanos.

Segundo eles, uma melhor compreensão desses elos fundamentais abriria novos caminhos para melhor compreender a doença humana, certos transtornos do desenvolvimento, aprender sobre nossa sensibilidade ou nossas reações a possíveis futuras pandemias, etc.

PERSPECTIVAS 

Estudos sobre o microbioma humano oferecem perspectivas muito interessantes para o futuro. Assim, até o momento, importantes descobertas foram feitas em relação à obesidade e microbiota intestinal.

Na verdade, especialistas já mostraram que ratos geneticamente suscetíveis à obesidade com certos micróbios na microbiota, foi uma clara tendência para a obesidade em comparação com camundongos ou ratos sem microbiota intestinal, e mesmo que eles comam menos.

Este ganho de peso é principalmente devido a um aumento na massa gorda e também acompanhada por diabetes tipo II que é causada pela obesidade. Essa pesquisa in vivo em animais é muito interessante, pois se essa correlação também for comprovada em humanos, haveria algumas possibilidades de reduzir a incidência de obesidade em humanos.

De fato, ao mirar as diferenças entre as duas bactérias, seria possível a microbiota intestinal de um ser humano, de modo a não promover a obesidade. Embora ensaios clínicos ainda estejam por fazer, por enquanto essa relação parece bastante conclusiva e o desenvolvimento de medicamentos apropriados poderia melhorar muito as condições de vida das pessoas predispostas à obesidade.

microbioma humano.

NÓS PODEMOS SEQUENCIAR

Como um genoma, um microbioma humano é, portanto, muito pessoal. Todos nós temos interesse em saber o seu próprio para saber se abrigamos bactérias patogênicas que podem causar doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes, doença de Parkinson, câncer, bem como doenças de pele. Sim, tudo isso!

BACTÉRIAS E SAÚDE

Os cientistas sabem há alguns anos que as bactérias desempenham um papel importante na saúde e que algumas delas, conhecidas como patógenos, causam doenças.

Das dezenas de milhares de espécies bacterianas conhecidas no mundo, apenas cerca de 100 são patogênicas. Os cientistas estão agora estudando a nobre função das bactérias na proteção da saúde.

CONHECER UM AO OUTRO

Aprender em que consiste o microbioma humano é, de certo modo, conhecer-se mutuamente. Os microrganismos vivem em todo o corpo humano – há pelo menos dez vezes mais células bacterianas do que as células humanas.

microbioma humano

Mais de 1000 espécies de bactérias vivem em nós. Apenas a boca pode abrigar pelo menos 300 espécies de bactérias. O “metagenoma” (todo o material genético do corpo) compreende 100 vezes mais genes microbianos que os genes humanos.

O QUE NÓS SABEMOS

Alguns fatos já estão estabelecidos. Algumas bactérias ajudam a nos proteger de agentes patogênicos, às vezes literalmente tomando o lugar para evitar que se instalem. Outras bactérias, nos ajudam a absorver nutrientes ou servem como indicadores de nossa saúde.

Sendo assim, alterações e rupturas no microbioma humano de uma pessoa têm sido implicadas em várias doenças, como a doença de Crohn, vaginose bacteriana e obesidade.

TUDO É FEITO ANTES DE TRÊS ANOS

O desenvolvimento de nossa personalidade e nossas futuras neuroses são jogadas antes de três anos, ao que parece. Bem, ainda é discutido entre os pesquisadores para saber se é verdade. Por outro lado, entre os biólogos, já é acordado: o microbioma humano é construído antes de três anos.

Quando o bebê nasce, ele não tem bactérias. É níquel-cromo, hiper protegido do mundo exterior pela placenta. Mas assim que perfura as águas, é hora da festa. A microbiota vaginal enriquecida com lactobacilos ajudará a nos proteger.

Se passarmos pela saída de emergência com uma cesariana, teremos uma imunidade menos eficaz, mas as bactérias na pele da mãe e alguns micróbios em volta farão o truque.

Então, pelos próximos 36 meses, o bebê conhecerá novas bactérias que se instalarão em seu intestino e isso será diferente dependendo de onde ele vive.

RAZÕES PARA SER APAIXONADO PELO MICROBIOMA HUMANO

A palavra é recente, mas promete pesquisa. Em nosso intestino, temos cem bilhões de amigos que nos querem (em geral) bons.

microbioma humano

Todos ainda não sabem disso, mas recentemente, há uma década, fizemos uma descoberta tão importante quanto o genoma humano na década de 1990. Esse salto na pesquisa médica provavelmente terá um impacto significativo em nossa saúde mas também, como as biotecnologias desde a década de 2000, em nossa economia.

ESTÁ CRESCENDO CADA VEZ MAIS E JÁ É TÓPICO PARA AULAS DO ENSINO BÁSICO NOS EUA

Os Estados Unidos, como de praxe, são apaixonados pelo microbioma humano e não estão prontos para parar. Todas as escolas primárias do país, já trabalham com o tema em aulas de ciências.

Como resultado, há um processo clássico nas inovações em saúde.

É UM NOVO MERCADO DO SÉCULO

Em todo o mundo, equipes de pesquisa estão trabalhando na modificação do microbioma humano para curar ou prevenir doenças. Mais de 100 produtos estão atualmente em estudos clínicos.

As curvas das publicações científicas sobre o microbioma humano replicam quase de forma idêntica as progressões das publicações de biotecnologia há vinte anos, observam os especialistas.

microbioma humano

Estima-se que até 2030, as terapias relacionadas a microbiomas devem valer mais de 10 bilhões de dólares.

E QUANTO AOS ANTIBIÓTICOS?

Esse entusiasmo pela pesquisa sobre o microbioma humano e suas promissoras descobertas levanta outro importante debate: devemos reconsiderar como os antibióticos são usados na medicina moderna, sabendo que eles estão atacando tanto quanto os bons remédios? Bactérias ruins? 

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PROBIÓTICOS: PARA UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL

probióticos

Os probióticos podem ajudar a levar uma vida mais saudável, você sabia disto?

Que tal ler sobre isto um pouco mais?

Então vamos nessa!

O trato gastrointestinal é o órgão mais diversificado e metabolicamente ativo do corpo humano. Considerado como o segundo cérebro, o intestino abriga uma microbiota variada. Esta microbiota  produz enzimas e ácidos orgânicos que têm efeitos sistemáticos da saúde do hospedeiro.

Alguns fatores que  podem perturbar esse equilíbrio dinâmico, são o estresse da vida moderna, o uso de antibióticos, radioterapia, quimioterapia bem como uma dieta desequilibrada. Por isso, usar suplementos de microrganismos probióticos ajuda a melhorar esse desequilíbrio da microbiota intestinal, ao mesmo tempo que auxilia na melhora da imunidade natural.

Os suplementos probióticos, com microrganismos vivos, tanto bactérias quanto leveduras,  fortalecem o trato gastrointestinal, modulando a microbiota intestinal.

Leia também: MAS AFINAL, O QUE É PROBIÓTICO?

PROBIÓTICOS PARA UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL

Em geral, quando a gente fala em micróbios pensa logo em microrganismos “maus”, porém nosso corpo está cheio de microrganismos “bons” ou “úteis” que nos ajudam a manter o organismo saudável. Como temos mais células microbianas em nosso organismo que células humanas, quando nos ocorre algum dano ou enfermidade é porque algum tipo de microrganismos ganhou terreno contra os outros, gerando um desequilíbrio que altera a saúde do hospedeiro.

Os próprios alimentos que consumimos em nossas dietas trazem em si mesmos vários tipos de micróbios. Se a dieta é com frutas e verduras, mais microrganismos comemos, por mais que os higienizemos. O número estimado de bactérias que temos numa mesa de comida “saudável” gira em torno de 2 milhões. Sendo assim, tudo se resume ao equilíbrio microbiano.

Os microrganismos probióticos que ingerimos devem ser capazes de resistir ao trato gastrointestinal humano e devem ter capacidade de se multiplicar rapidamente. Os probióticos são capazes de reduzir as bactérias nocivas e podem suprimir o processo de intoxicação automática em nosso intestino.

Microrganismos probióticos vivos são encontrados em maior quantidade em bebidas como iogurte, Kefir e Kombucha ou em suplementos alimentares. Assim, usar esses tipos de alimentos é uma das maneiras mais simples de ajudar seu organismo a manter o seu microbioma saudável.

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REFERÊNCIAS:

https://culturacolectiva.com/tecnologia/porque-los-microbios-son-buenos-para-la-salud

https://hipertextual.com/2017/06/cuantos-microbios-comes-al-dia

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SORO DO KEFIR (WHEY PROTEIN): BATATA-DOCE

soro do kefir

Que tal usar o soro do Kefir de leite para fazer uma receita legal?

Então vamos nessa!

Nossos leitores já leram que o soro do Kefir de leite pode ser conhecido como Whey Protein, e este soro pode fazer parte de várias receitas no seu dia a dia.

Leia também: WHEY PROTEIN EXTRAÍDO DO KEFIR DE LEITE

Se liga na receitinha abaixo!

SORO DO KEFIR DE LEITE (WHEY PROTEIN): BATATA-DOCE 

Tempo de preparo: 30 minutos; Tempo de fermentação: 3 dias; Rendimento: 4 litros.

INGREDIENTES

  1. Uma colher de chá (5ml de noz-moscada em pó);
  2. Duas batatas-doces grandes;
  3. Duas xícaras (500ml) de açúcar (se possível, usar açúcar orgânico);
  4. 1/2 xícara (125ml) do soro do Kefir de leite (whey);
  5. Dois limões;
  6. Canela;
  7. Noz-moscada;
  8. Uma casca de ovo.

MODO DE PREPARO

  1. Ferva a noz-moscada em um copo (250ml) de água. Retire do fogo e deixe esfriar;
  2. Rale as batatas-doces e passe pelo coador para retirar bem o amido;
  3. Em uma tigela grande, misture as batatas raladas, cerca de 4 litros de água, açúcar, soro do Kefir de leite, o suco bem como a casca ralada dos limões, uma pitada de noz-moscada e uma de canela;
  4. Limpe a casca do ovo e esmague na mistura;
  5. Adicione noz-moscada fervida e já fria;
  6. Misture, cubra para manter protegido contra insetos e poeira e deixe em algum lugar no qual a temperatura não ultrapasse os 35 ºC (forno de fogão desligado, armário, entre outros);
  7. Filtre em uma jarra ou garrafas, coloque para refrigerar e desfrute.

Então, agora que você tem nas mãos uma receita legal para tentar, não precisa de mais desculpas. Mãos à obra e depois boca à obra!

Inegavelmente, para cozinhar é preciso ter amor. Sobretudo, amor ao nosso microbioma. Alimentação saudável é sinônimo de saúde fortalecida.

Sendo assim, fique ligado no que você anda comendo. Sob o mesmo ponto de vista, pratique exercícios físicos regularmente. Enfim, qualidade de vida é a chave para uma longevidade feliz.

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REFERÊNCIAS:

Probióticos para leigos – Dr. Shekhar K. Challa – Alta Books Editora – Rio de Janeiro, 2014.

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ALIMENTOS FERMENTADOS – BENEFÍCIOS

Alimentos fermentados

Os alimentos fermentados são as formas mais originais de conservação dos alimentos. Provavelmente o homem ao descobrir como as uvas fermentavam de maneira espontânea e davam origem a uma bebida tão saborosa quanto o vinho, tenham descoberto que outros alimentos poderiam ser consumidos dessa forma.

Não só as uvas fermentam, mas outras frutas como as maçãs (cidras), o abacaxi, o caju (cajuína) são exemplos de como a fermentação potencializa o valor dos alimentos “in natura”.  

ALIMENTOS FERMENTADOS E CIÊNCIA

A ciência da alimentação conseguiu controlar os processos fermentativos e tem oferecido alimentos mais nutritivos, seguros e com maior durabilidade. Sendo assim, podemos citar alguns benefícios dos alimentos fermentados:

  • Alimentos mais nutritivos e de digestão mais fácil;
  • Maior aporte de vitaminas importantes como as do grupo B e a Vitamina K que é difícil ser encontrada em alimentos não fermentados. Esta vitamina é essencial para a saúde óssea e coronária, assim como para prevenir determinados tipos de câncer;
  • Promovem a modulação do sistema imunológico. Sempre é bom lembrar que 70% das células de defesa encontram-se no intestino, por isso a importância de manter uma microbiota saudável;
  • Cada tipo de alimento fermentado aporta microrganismos próprios, enriquecendo nossa microbiana e, consequentemente, diminuindo os risco de enfermidades.

Leia também: KEFIR E IOGURTE – SAIBA A DIFERENÇA

ALIMENTOS FERMENTADOS MAIS CONHECIDOS

Alguns dos fermentados mais conhecidos são: chucrute (do repolho) que oferece uma variedade de probióticos; os picles; fermentados lácteos como o iogurte e o Kefir; a Kombucha que é uma bebida fermentada de chás.

Todos os fermentados, além dos microrganismos vivos que eles aportam, são ricos em metabólitos que são nutrientes essenciais ao bom funcionamento do organismo.

O Kefir, proveniente do Cáucaso, é um dos fermentados que aporta maior diversidade microbiana, com efeito sinérgico, que o torna um potente probiótico, oferecendo importantes benefícios, quais sejam:

  • Capacidade anti-inflamatória;
  • Auxiliar na prevenção e tratamento do câncer;
  • Capacidade antioxidante;
  • Redução de problemas intestinais, ao regular a resposta inflamatória;

Aportar fermentados probióticos rotineiramente ao seu organismo é, sem sombra de dúvidas, uma maneira prazerosa de viver uma vida saudável!

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REFERÊNCIA:

https://www.fitnessrevolucionario.com/2016/05/21/alimentos-fermentados/

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INTESTINO E CÉREBRO – COMUNICAÇÃO DIRETA

Já é bem conhecida e estudada pela ciência a relação entre o sistema digestivo e o cérebro, inclusive o intestino é chamado do segundo cérebro. Dessa maneira, cheio de mais de 100 milhões de células nervosas, o intestino comunica-se com o cérebro liberando hormônios que nos informam se temos fome ou se comemos demais.

CONHEÇAM A COMUNICAÇÃO DIRETA ENTRE O INTESTINO E O CÉREBRO

Ainda não havia sido vista de que forma essa conexão era realizada, mas agora cientistas descobriram que isso é feito por meio de um circuito de neurônios sensoriais dentro do intestino que transmitem os sinais em poucos segundos.

Na figura abaixo representa-se como esses neurônios informam ao nervo vago (amarelo) e ao cérebro como estão nosso estômago e intestino.

intestino e cérebro

O estudo publicado na revista Cell inclui o brasileiro Ivan de Araújo, neurocientista da Escola de Medicina Icahn, no Mount Sinai, em Nova York, que liderou o estudo e mostra que estímulos viscerais provocam no cérebro uma sensação de prazer, e não de saciedade, assim, ocorrendo a produção de dopamina.

Leia também: FOCO NO INTESTINO – O SEGUNDO CÉREBRO

Sendo assim, Araújo afirma: “Nosso estudo revela, pela primeira vez, a existência de neurônios de recompensa entre as células sensoriais do ramo direito do nervo vago”. E continua: “Descobrimos que a estimulação do nervo, especificamente no intestino, é suficiente para excitar os neurônios de recompensa que estão no cérebro.” Então, daí está a explicação de nos sentirmos bem ou mal quando comemos.

Ainda que existam muitas perguntas a serem respondidas. Sendo assim, segundo os autores desse estudo, essa descoberta pode conduzir a novos tratamentos para a obesidade, os transtornos alimentares, a depressão e o autismo.

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REFERÊNCIAS:

Nicolle R. Fuller /Science. 21 Sep 2018: Vol. 361, Issue 6408, pp. 1203–1204. https://nmas1.org/news/2018/09/28/cerebro-intestino-ciencia-tecno

Han, W. et al. A Neural Circuit for Gut-Induced Reward. Cell. 2018 Oct 18;175(3):665-678.e23

Suarez, A. N. Gut vagal sensory signaling regulates hippocampus function through multi-order pathways. Nat Commun. 2018; 9: 2181.Published online 2018 Jun 5. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5988686/

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DEPÓSITO DE SEDIMENTOS NA GARRAFA DO KEFIR

depósito de sedimentos

E o depósito de sedimentos na garrafa do Kefir?

Como isso se justifica?

Essa é uma das dúvidas frequentes entre as pessoas que adotaram o Kefir para a sua dieta.

Sendo assim, que tal tentarmos esclarecer?

CRESCIMENTO MICROBIANO

Quando falamos em crescimento microbiano, estamos nos referindo ao número e não ao tamanho das células. Dessa maneira, os microrganismos em crescimento estão, na verdade, aumentando seu número e se acumulando em colônias.

Essa medida, embora seja possível estudar individualmente, geralmente se mede em relação a uma população. Exprimindo-o em termos de massa total ou em função do número de indivíduos. A massa total de uma população de microrganismos, crescendo em meio líquido, pode ser determinada de várias formas e dentre elas estão:

  • Determinação do peso seco;
  • Turbidimetria.

Leia também: KEFIR DE FRUTAS – ENTENDA COMO SURGIU

DEPÓSITO DE SEDIMENTOS NA GARRAFA DE KEFIR

O crescimento da massa microbiana pode ser vista pelo depósito dela no fundo da garrafa do seu Kefir. Como se trata de uma bebida composta por microrganismos vivos, eles continuam se multiplicando até atingir o equilíbrio.

Esse crescimento é conhecido como crescimento populacional exponencial.

Sendo assim, em condições nutricionais e ambientais adequadas, as quais os microrganismos estão adaptados, a população celular encontra-se numa fase de crescimento equilibrado.

Logo, não se preocupe com aquela massa que se deposita no fundo da garrafa do seu Kefir. Aquela massa faz parte do exército do bem que ajuda a fortalecer nosso sistema imunológico.

Saiba mais: KEFIR – PROBIÓTICO POR EXCELÊNCIA

É importante salientar que o Kefir precisa ser refrigerado de maneira adequada entre 0 e 5 ºC para manter suas características originais. Leia o rótulo e siga as orientações do fabricante.

Então, fique ligado, os sedimentos do Kefir também são fortes aliados. Fazem parte do exército do bem que luta em prol da nossa saúde.

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MICRORGANISMOS E A NOSSA SAÚDE

microrganismos

Como os microrganismos que vivem em nossos corpos estão intimamente ligados à nossa saúde?

Para responder a essa pergunta é muito importante compreender que as células de nosso organismo não são compostas apenas por células humanas.

MICROBIOMA HUMANO

Nosso microbioma, que veio à luz em 2012, mudou a maneira de vermos os microrganismos. Antes os enxergávamos sempre como patógenos, inimigos, intrusos, e sempre atacávamos com antibióticos.

Hoje, com essa nova visão do microbioma humano, talvez os intrusos sejamos nós.

Podemos até mesmo dizer que nós estamos “casados” com eles, os microrganismos. Sendo assim, quando comemos devemos pensar neles. Desde a boca, com a mastigação, eles já começam a promover benefícios para nós, fazendo com que absorvamos de forma melhor os nutrientes de nossa alimentação.

Dessa maneira, trilhões de bactérias, vírus e fungos, que moram em nossos corpos, agem produzindo compostos que somos incapazes de produzir. As moléculas que eles produzem são rapidamente absorvidas em nossa corrente sanguínea. Logo, as alterações desse microbioma provocam doenças que vão desde câncer de cólon até distúrbios neurológicos. No intestino as bactérias têm um papel importante até mesmo em transtornos como depressão, autismo bem como em doenças neurodegenerativas, como o mal de Parkinson. Sendo assim, elas agiriam como uma espécie de mão invisível em nossos cérebros. E é isso que os pesquisadores do mundo inteiro estão investigando: o papel dos trilhões de microrganismos que vivem em nós – nosso microbioma – e como eles afetam a nossa saúde física.

Leia também: KEFIR E IOGURTE – SAIBA A DIFERENÇA

MICRORGANISMOS E A MICROBIOTA INTESTINAL

Uma microbiota intestinal rica e diversa promove a saúde. Dessa maneira oferece ao hospedeiro humano muitas competências para prevenir várias enfermidades. Em contraste, a baixa diversidade do ecossistema intestinal é um aspecto característico de doenças crônicas. Essas doenças incluem obesidade, diabetes, asma bem como desordens inflamatórias intestinais.

Há evidências que as populações ocidentais possuem uma menor diversidade em sua microbiota intestinal que os nativos de certas regiões da África e da Amazônia. Uma possível explicação para isso pode ser o uso indiscriminado de antibióticos no tratamento de doenças infecciosas. Já é comprovado que o uso contínuo de antibióticos de amplo espectro oferece risco à nossa microbiota intestinal. Este uso diminui a diversidade microbiana e provoca efeitos adversos à saúde.

Compreender como os nossos microrganismos respondem às mudanças em seu ambiente físico, é um grande avanço. Pois, isto embasa a projeção de probióticos como terapêuticos que possam tornar nosso microbioma mais resiliente.

Enquanto os pesquisadores continuam estudando esse maravilhoso mundo microbiano que habita em nós, vamos fazer a nossa parte e tomar rotineiramente nossos probióticos. Eles podem vir em formas de fermentados como o Kefir, a Kombucha, o missô e alguns tipo de iogurtes. Nossa saúde está intimamente ligada ao equilíbrio desses probióticos dentro de nós.

Assim, agora sabemos que não estamos sozinhos nunca. Nosso corpo é o lar desses microrganismos. Precisamos cuidar bem deles.

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REFERÊNCIAS:

Biophysical Society. “Gut reactions to improve probiotics: The bacterial makeup of gut flora in mice is resilient in some ways but fragile in others.” ScienceDaily. ScienceDaily, 12 de novembro de 2018.

www.sciencedaily.com/releases/2018/02/180220143458.htm

Albert Palleja et al. Recovery of gut microbiota of healthy adults following antibiotic exposure. Nature Microbiology, 2018; 3 (11): 1255 DOI: 10.1038/s41564-018-0257-9