Sistema digestório, você sabe a importância dele para nossa vida?
Para viver, crescer e manter o nosso organismo, precisamos consumir alimentos.
Mas o que acontece com os alimentos que ingerimos? Como os nutrientes dos alimentos, chegam às células do nosso corpo?
Para permanecer vivos, renovar continuamente as células, desenvolver o nosso corpo e manter as atividades vitais, necessitamos de alimentos, pois são eles que fornecem energia para o nosso corpo.
E aí, vamos conhecer um pouco mais sobre o sistema digestório?
Vamos nessa!
EXPLORANDO O SISTEMA DIGESTÓRIO
O processo digestivo começa quando você coloca um pedaço de comida na boca. Dessa maneira, sua saliva começa imediatamente a trabalhar quebrando aquele pedaço saboroso em elementos que o seu corpo pode utilizar.
Algumas bactérias são engolidas e mortas pelos ácidos do estômago. Outras podem proliferar e causar problemas como cáries bem como doenças da gengiva.
Não importa se você está comendo um bife, uma maçã ou uma fatia de pizza, toda comida ingerida segue o mesmo caminho através de seu sistema digestório, ou trato gastrointestinal (frequentemente chamado de TGI):
Boca;
Garganta (faringe);
Esôfago;
Estômago;
Intestino delgado;
Intestino grosso (ou cólon, o que inclui o reto);
Ânus.
FUNÇÕES FUNDAMENTAIS DO SISTEMA DIGESTÓRIO
O TGI desempenha duas funções fundamentais:
Dividir o alimento para fornecer nutrientes ao corpo;
Prevenir que substâncias nocivas sejam absorvidas.
Quando você engole, o alimento se move através do seu sistema digestório por um processo chamado peristaltismo. Sendo assim, à medida que o alimento entra em contato com o trato gastrointestinal, músculos se contraem e o impulsionam para a frente, como uma espécie de onda no oceano. O esôfago transporta os alimentos da garganta para o estômago.
Assim, quando o alimento adentra o estômago, o ácido clorídrico e as enzimas digestivas quebram esse alimento em pequenas partículas. Células parietais, localizadas no revestimento do estômago, reagem à presença desses alimentos e secretam ácido para quebrá-los.
CURIOSIDADE!!!
O estômago produz uma média de 2 litros de ácido todos os dias.
FUNÇÕES FUNDAMENTAIS DO SISTEMA DIGESTÓRIO
Após o alimento ter sido pulverizado no estômago, ele é empurrado para dentro do intestino delgado, que mede aproximadamente 6 metros. Assim, o intestino delgado digere partículas de alimentos, extraindo nutrientes absorvidos pelo corpo.
Muito do que do que permanece após esse processo é um resíduo do corpo como um todo.
Depois disso, as partículas entram no cólon – o intestino de aproximadamente 2 metros. A água desses resíduos é absorvida, e o restante, a material fecal, é eliminada por movimentos intestinais através do reto e do ânus.
O CÓLON
O cólon é revestido por uma barreira mucosa, também chamada barreira epitelial. As células epiteliais, também conhecidas como colonócitos, são guardiãs do intestino. Uma barreira mucosa saudável impede o corpo de absorver organismos e toxinas nocivos.
Mas, se essa barreira for comprometida – por exemplo, o uso excessivo de antibióticos pode desgastar pontos na barreira – , os lugares enfraquecidos podem permitir que algumas coisas bastante desagradáveis adentrem sua corrente sanguínea e causem todos os tipos de estrago na sua saúde.
Bilhões de locais de aderência nas células epiteliais do intestino oferecem lugares para que diferentes bactérias se prendam ao seu intestino.
As bactérias benéficas superam as bactérias nocivas ao competir por esses locais. Se os locais de aderência estiverem cheios, não haverá lugar para as bactérias nocivas “grudarem”.
FIQUE LIGADO!!!
A saúde geral depende do funcionamento saudável do seu sistema digestório. Ele não só absorve os nutrientes dos alimentos para nutrir o seu corpo, como também ajuda a protegê-lo das doenças.
Marco Polo foi um importante explorador (viajante em busca de descobertas) da Idade Média. Nasceu na cidade italiana de Veneza no ano de 1254.
Demonstrou grande interesse pelas viagens quando era adolescente. Assim, junto com seu pai e tio, fez uma viagem para a China. Foram bem recebidos pelo imperador Kublain Khan e ficaram vivendo na China por 17 anos.
Durante este período, tornou-se representante internacional do imperador chinês. Visitou várias regiões da Ásia, como, por exemplo, Índia, Tibet e Birmânia (atual Mianmar). Com esta importante função, Marco Polo ganhou riquezas bem como popularidade.
Em 1292, Marco Polo, com seu pai e tio, iniciaram a viagem de retorno para Veneza. No caminho, pararam na ilha de Sumatra e na Índia, onde viveram diversas aventuras.
Em 1298, foi capturado pelos genoveses (inimigos comerciais dos venezianos). Enquanto estava preso, ditou um livro com suas experiências e aventuras: “As viagens de Marco Polo”.
Seu livro foi bastante lido na época, pois descrevia as riquezas, belezas e aspectos culturais dos povos asiáticos do período.
Faleceu no ano de 1324. Contudo, até hoje é considerado um dos grandes exploradores e aventureiros da história.
O PIONEIRO DO KEFIR
Explorador e comerciante do século XIII, foi o primeiro europeu a viajar para o interior da China bem como da Mongólia, mencionou o Kefir, uma bebida de leite fermentado, e suas “propriedades mágicas”, em seus diários de viagem. Alguns historiadores acreditam que o Kefir pode ter contribuído para o alto índice de sobrevivência entre os marinheiros de Marco Polo.
Em uma época que muitos homens do mar morriam em razão de doenças intestinais. O Kefir é um dos produtos lácteos fermentados mais antigos de que se tem conhecimento. Embora não fosse muito conhecido fora da região do Cáucaso (na fronteira entre a Europa e a Ásia) até o século XIX.
Você já deve ter ouvido falar sobre a teoria dos germes, não é mesmo?
Mas como relacioná-la com os probióticos?
Que tal a gente dar uma volta por este tema?
Vamos nessa!
COMPREENDENDO A TEORIA DOS GERMES
Embora forme a base do tratamento médico e das práticas de higiene dos dias atuais, a teoria dos germes – a ideia de que os microrganismos são responsáveis por causar e disseminar doenças – foi bastante controversa durante séculos.
Antes da invenção do microscópio, muitas pessoas (inclusive muitos médicos e cientistas), acreditavam que as doenças ou cresciam espontaneamente ou eram espalhadas por meio do “ar ruim”, ou miasma.
EVOLUÇÃO DA TEORIA DOS GERMES
IGNAZ SEMMELWEIS
Foi um obstetra húngaro que trabalhou no hospital de Viena em 1847. Observou que quando os médicos ou os estudantes de medicina realizavam os partos, as novas mães ficavam mais propensas a morrer de febre puerperal, comumente conhecida como febre do parto. Em contrapartida, quando davam a luz em casa, assistidas por parteiras, isto geralmente não ocorria.
Semmelweis observou que os médicos e os estudantes de medicina do hospital geralmente faziam partos imediatamente após autópsias. Sendo assim, insistia para que os médicos lavassem as mãos em uma solução clorada antes de examinarem mulheres grávidas.
Esta técnica elementar baixou a taxa de mortes por febre do parto no hospital. Passando de 1 em cada 5 partos para cerca de 1 em cada 50 partos.
JOHN SNOW
Foi um médico inglês que acrescentou evidências apoiando a teoria dos germes. Ele traçou as origens de uma epidemia de cólera em Londres, na década de 1850. Snow observou que, todas as casas das pessoas infectadas pelo surto recebiam água da mesma bomba. Sendo assim, identificou a água como mecanismo responsável pela disseminação da doença.
LOUIS PASTEUR
Na década de 1860, Louis Pasteur conduziu alguns experimentos. Estes comprovaram que os organismos vivos em caldo recentemente fervido vinham de fora, em vez de ser espontaneamente gerados no próprio caldo.
JOSEPH LISTER
Uma década mais tarde, Joseph Lister (de quem a marca de antisséptico bucal tomou o nome, Listerine), desenvolveu procedimentos para esterilização de instrumentos cirúrgicos bem como ferimentos em hospitais.
ROBERT KOCH
Embora alguns médicos e cientistas propusessem algumas versões para a teoria dos germes, a ideia não ganhou ampla aceitação até o final do século XIX. Isto ocorreu quando Robert Koch demonstrou que o antraz era causado por uma bactéria específica.
Desde então, a teoria dos germes tem permitido o desenvolvimento de antibióticos e normas de higiene. Assim também, continua a ser um elemento fundamental tanto da medicina moderna quanto da microbiologia.
TEORIA DOS GERMES E PROBIÓTICOS
Por mais de um século, a teoria dos germes, centrou-se na ideia de que as bactérias causavam doenças. Na verdade muitas bactérias comuns realmente podem causar doenças em seres humanos e animais. Mas muitas outras são inofensivas, e existem outras ainda que são realmente benéficas. Essas bactérias benéficas são conhecidas como probióticos.
O QUE OS ESPECIALISTAS FALAM?
Anos atrás, os cientistas acreditavam que os seres humanos e as bactérias em seus corpos tinham uma relação comensal. O que significa que eles existem em conjunto, sem prejudicar um ao outro.
Os avanços na medicina ajudaram a esclarecer que esta relação é mutualística, ou seja, tanto o seu corpo como as bactérias se beneficiam um do outro.
MATCHNIKOFF E BACTÉRIAS QUE PROMOVEM SAÚDE
O conceito de que as bactérias podem promover saúde, em vez de danos, nasceu no início do século XX, quando o cientista russo Elie Metchnikoff levantou a hipótese de que a ingestão de produtos lácteos fermentados contribuía para a vida longa dos camponeses búlgaros.
Ele concluiu que o leite fermentado ajudou a “semear” o intestino com bactérias benéficas, que suprimiram o crescimento de bactérias nocivas.
Metchnikoff acreditava que as bactérias do ácido láctico presentes no leite contribuíam para a saúde geral e a longevidade dos camponeses búlgaros, e ele foi o primeiro cientista a propor a utilização de bactérias para prevenir e tratar determinadas doenças.
Foi o primeiro a sugerir a possibilidade de modificar a microbiota intestinal, substituindo bactérias nocivas por microrganismos úteis. Mais tarde, ganhou o prêmio Nobel por seu trabalho.
Toda sociedade tem consumido algum tipo de alimento fermentado diariamente, e os antropólogos teorizam que esta prática remonta a tempos pré-históricos. Como artigo de consumo, o leite de vaca remonta a, pelo menos, 9 mil anos, e alguns povos da Ásia Central bebiam leite de égua muito antes de as vacas serem domesticadas.
Esses povos armazenavam o leite em bexigas feitas com os intestinos de animais, e os microrganismos presentes nessas bexigas fermentavam o leite, transformando-o em um tipo de iogurte.
Atualmente, já se pode encontrar bebidas fermentadas em matrizes de frutas também.
Coloque sua microbiota em primeiro lugar, o resto virá naturalmente.
Você sabe o que são oligossacarídeos? Sabe que ele está presente no leite materno? Sabe quais são suas funções dentro do leite materno?
Vamos tentar esclarecer?
Vamos nessa!
BEBÊS E OS OLIGOSSACARÍDEOS
Depois dos primeiros segundos de vida e dos micróbios que os acompanham, as semestes da microbiota de um bebê ainda têm um longo caminho a percorrer para chegar à maturidade. O que se desenvolverá depois depende dos cuidados nos dias, semanas e meses que virão.
Os oligossacarídeos são carboidratos constituídos de cadeias curtas de açúcares simples (oligo significa “poucos”). O leite humano contém uma enorme variedade deles – cerca de 130 tipos diferentes. Isso é bem mais do que o leite de qualquer outra espécie.
Quando adultos, nada em nossa alimentação contém essas moléculas. No entanto elas são produzidas pelo tecido mamário de mulheres grávidas e lactantes.
Os oligossacarídeos são agora conhecidos como fundamentais para encorajar as espécies certas de micróbios a se instalarem na microbiota intestinal incipiente do bebê.
Os que recebem leite materno têm a microbiota dominada por lactobacilos e bifidobactérias. Ao contrário do corpo humano, produzem enzimas capazes de usar os oligossacarídeos como sua única fonte de alimento.
AGCC’s – ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA CURTA
Na forma de resíduos, as enzimas sintetizam os importantíssimos ácidos graxos de cadeia curta:
Butirato;
Acetato;
Propionato;
Lactato.
O mais valioso para os bebês é o lactato, também conhecido como ácido láctico.
Esse ácido alimenta as células do intestino grosso e desempenha um papel crucial no desenvolvimento do sistema imunológico do recém-nascido.
Em termos simples, enquanto os adultos precisam ingerir fibras alimentar, os bebês precisam dos oligossacarídeos do leite materno.
QUAL A FUNÇÃO DOS OLIGOSSACARÍDEOS PRESENTES NO LEITE MATERNO?
A função dos oligossacarídeos encontrados no leite materno humano, não se resume a servir de alimento para bactérias. Nos primeiros dias e semanas de vida, a microbiota intestinal do recém-nascido é muito simples e altamente instável. Populações de bactérias passam por altos e baixos. Com isso a comunidade fica vulnerável. A entrada de um patógeno – Streptococcus pneumoniae por exemplo – pode causar um estrago, dizimando os grupos benéficos.
Os oligossacarídeos encaixam-se perfeitamente nesses pontos, privando espécies nocivas de um local onde se estabelece.
Dos cerca de 130 tipos de oligossacarídeos, dezenas já são conhecidos como específicos para determinados patógenos, encaixando-se em seus locais de aderência como uma fechadura e uma chave.
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO
O leite materno se adapta às necessidades do bebê à medida que vai crescendo.
Logo após o nascimento, o leite inicial, chamado colostro, está repleto de células imunológicas, anticorpos e umas quatro colheres de chá de oligossacarídeos por litro de leite.
Com o tempo, conforme a microbiota vai se estabilizando, o teor de oligossacarídeos diminui.
Quatro meses após o nascimento, cai para menos de três colheres de chá por litro, e no primeiro aniversário do bebê contém menos de uma.
Esse leite sobre medida mostra que os oligossacarídeos não estão diminuindo simplesmente porque a mãe não consegue manter a produção. Pelo contrário, o que ocorre é uma adaptação para fornecer ao bebê o leite apropriado à comunidade microbiana de cada período.
A natureza selecionou o leite que traz benefícios aos micróbios, porque os micróbios trazem benefícios aos mamíferos.
BANCOS DE LEITE
Os oligossacarídeos não são o único ingrediente-surpresa no leite materno.
Por décadas, mamães lactantes caridosas têm feito doações a bancos de leite de hospitais. Eles são a salvação de bebês cujas mães não conseguem amamentá-los, muitas vezes porque nasceram prematuros ou doentes demais para começar a mamar, fazendo com o que o suprimento da mãe secasse.
Mas bancos de leite sofrem um problema constante: o leite está sempre contaminado por bactérias.
Muitos desses micróbios vêm do mamilo e seio, mas por mais que a pele da doadora seja minuciosamente limpa antes da coleta, os microrganismos nunca são eliminados do leite materno.
SERÁ MESMO QUE ESSAS BACTÉRIAS ENCONTRADAS NO LEITE SÃO REALMENTE CONTAMINANTES?
Técnicas assépticas de coleta cada vez mais sofisticadas, combinadas com tecnologia de sequenciamento do DNA, revelaram a razão por trás dessa suposta contaminação.
Essas bactérias pertencem ao leite materno!
Não são intrusas da boca do bebê ou do mamilo. Pelo contrário, foram acrescentadas ao leite pelo próprio tecido mamário.
Mas de onde vêm?
Muitas são bactérias típicas da pele que, de sua moradia normal na superfície do seio se infiltram nos canais de leite. São bactérias de ácido láctico, mais normalmente encontradas na vagina e no intestino. De fato, o exame das fezes da mãe revela grupos correspondentes em seu intestino e leite. De algum modo, esses microrganismos saíram do intestino grosso e foram até os seios.
O QUE OCORRE COM O LEITE MATERNO AO LONGO DO TEMPO?
Assim como o teor de oligossacarídeos no leite materno muda à medida que o bebê vai crescendo, o mesmo acontece com a combinação de micróbios presentes no leite.
As espécies necessárias ao bebê no primeiro dia, são diferentes das necessárias com um, dois ou seis meses.
O colostro contém centenas delas. Gêneros como Lactobacillus, Streptococcus, Enterococcus bem como Staphylococcus foram detectados, em quantidades de até mil indivíduos por mililitro de leite.
Assim, isso significa que um bebê pode chegar a consumir cerca de 800 mil bactérias por dia só no leite.
Com o tempo, os micróbios no leite ficam menos numerosos e passam a ser de espécies diferentes. Assim, alguns tipos de bactérias que habitam a boca dos adultos são encontradas no leite produzido vários meses após o nascimento, talvez preparando o bebê para a introdução de alimentos sólidos à sua dieta.
A FORMA COMO O BEBÊ NASCE INFLUENCIA NA COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO
Curiosamente, a forma como um bebê nasce tem um grande impacto sobre os micróbios encontrados no leite de sua mãe.
Dessa maneira, o teor microbiano do colostro de mulheres que deram à luz por cesariana eletiva é notadamente diferente daquele das mulheres que deram à luz por parto normal.
Essa diferença persiste por pelo menos seis meses. Mas em mulheres submetidas a cesarianas emergenciais durante o trabalho de parto, a microbiota do leite se assemelhou bem à de mães que deram à luz por parto normal.
Algo no trabalho do parto soa um alerta, informando ao sistema imunológico que está na hora de se preparar para o bebê sair do corpo e começar a ser nutrido por leite materno em vez de placenta.
Parece provável que os muitos hormônios poderosos liberados durante o trabalho de parto sejam esse alerta. Sendo assim, sua liberação altera quais micróbios são transferidos do intestino para os seios.
A cesariana, portanto, cria uma diferença duplamente perniciosa: altera não apenas o inóculo microbiano que o bebê recebe ao adentrar no mundo, mas também os micróbios que ele vai receber pelo leite materno.
Portanto, oligossacarídeos, bactérias vivas e outros compostos encontrados no leite materno, proporcionam o alimento ideal para o recém-nascido e sua microbiota, encorajando a instalação de micróbios benéficos e guiando a microbiota intestinal até que sua comunidade fique mais parecida com a dos adultos.
Ele também impede a colonização por espécies nocivas e educa o sistema imunológico infantil sobre o que deveria levantar alguma suspeita e o que merece permanecer ali.
Como é que comer bactérias vivas faz você ficar mais feliz?
Vamos tentar entender juntos esta questão?
Vamos nessa!
BACTÉRIAS VIVAS E FELICIDADE
Um dos possíveis mecanismos parece estar ligado a uma substância química notoriamente envolvida na regulação do humor: a serotonina.
A maior parte desse neurotransmissor se encontra no intestino, onde mantém tudo funcionando direitinho.
Mas cerca de 10% da serotonina fica no cérebro, regulando o humor e até a memória.
Seria tão prático se as bactérias vivas que ingerimos se estabelecessem no intestino e começassem a produzir serotonina! Mas é claro que a coisa não é tão simples assim. Pelo contrário, a introdução de bactérias vivas aumenta os níveis de outro composto químico no sangue, o triptofano. Essa pequena molécula é da maior importância para a felicidade, já que é convertida diretamente em serotonina.
De fato, pacientes deprimidos tendem a apresentar baixos níveis de triptofano no sangue. Países cuja população como um todo tem uma dieta mais pobre nessa substância (encontrada nas proteínas) têm maiores taxas de suicídio. É até possível provocar depressão profunda (embora temporária) através da privação dos suprimentos de triptofano.
Menos triptofano significa menos serotonina, e menos serotonina significa menos felicidade.
OPINIÃO ENTRE OS PROFISSIONAIS
O fascinante, porém, é que as bactérias novas aumentam os níveis de triptofano não porque o produzem. Mas porque impedem o sistema imunológico de destruí-lo. Isso aponta para uma ideia extraordinária, que vem ganhando espaço não só entre microbiologistas, mas entre profissionais de outros campos também. Está ficando cada vez mais claro que, assim como as alergias e a obesidade, é possível que a depressão seja causada pelo mau funcionamento do sistema imunológico.
O MECANISMO QUE ENVOLVE O NERVO-VAGO
O nervo-vago é um importante nervo que se origina no cérebro e desce até o intestino. Assim também, vai ramificando-se em diferentes órgãos pelo caminho. Os nervos são como fios elétricos – transportam pulsos elétricos minúsculos que carregam instruções ou percebem mudanças. No caso do nervo vago, impulsos transportam informações sobre o que o intestino está fazendo. O que está sendo digerido, se está ativo, e assim por diante.
O que esse nervo tem de especial, porém, é que ele leva ao cérebro nossos sentimentos básicos. O frio na barriga, aquela pontada na boca do estômago nos dizendo que algo está errado e o intestino solto em situações de nervosismo de fato têm origem no intestino. O cérebro simplesmente é informado disso pelo impulsos elétricos que sobem pelo nervo vago.
Assim talvez não seja nenhuma surpresa dizer que os impulsos elétricos que sobem pelo nervo vago até o cérebro também possam deixá-lo feliz.
Alguns médicos já conseguem até tratar pacientes com depressão profunda – incurável por substâncias químicas ou terapias comportamentais – sequestrando esse sistema.
Nesse tratamento , chamado de estimulação do nervo vago, um dispositivo minúsculo é implantado no pescoço do paciente. Desse dispositivo estendem-se fios que o cirurgião cuidadosamente enrola ao redor do nervo vago. Um gerador movido a pilha fica no tórax, fornecendo os impulsos elétricos que vão estimular o nervo. Durante semanas, meses e anos, os pacientes se tornam mais alegres, ajudado por seus marca-passos da felicidade.
A ligação desse marcapasso elétrico ao nervo vago pode oferecer o impulso necessário para regular a atividade do nervo e o humor.
No entanto, sob circunstâncias normais, esses impulsos elétricos têm uma origem química – como uma pilha comum. Essas substâncias que desencadeiam impulsos nervosos são chamadas de neurotransmissores – e você já deve ter ouvido falar de muitos deles.
Substâncias como:
Serotonina;
Adrenalina;
Dopamina;
Epinefrina;
Oxitocina.
Elas são na maior parte, sintetizadas pelo nosso próprio corpo, capazes de criar uma minúscula centelha elétrica na extremidade do nervo. Mas os neurotransmissores não são produzidos apenas por células humanas.
MICROBIOTA E SEU PAPEL
A microbiota desempenha seu papel nesse processo. Ela sintetiza substâncias químicas que agem da mesma forma, estimulando o nervo vago e comunicando-se com o cérebro. Os microrganismos que produzem essas substâncias agem como um estimulador natural do nervo vago, enviando impulsos elétricos nervo acima e turbinando o humor.
Ainda não está clara a exata causa desse efeito no humor, mas não há dúvida de que ele existe.
Uma hipótese é a de que, ao influenciar o humor, nossa microbiota consiga controlar nosso comportamento para se beneficiar dele. Imagine, por exemplo, uma cepa de bactérias que se alimentam de um composto químico específico encontrado na nossa alimentação. Se comemos essa comida, alimentando essas bactérias, e elas conseguem nos “recompensar” com uma dose de felicidade química, melhor para elas.
As substâncias químicas que elas sintetizam podem fazer com que as pessoas tenham desejo de comer aquilo que as alimenta, ou mesmo com que se lembrem de onde encontraram esse alimento. Isso nos faria retornar ao mesmo local – talvez uma árvore frutífera em nosso passado evolutivo ou uma confeitaria específica nos dias de hoje – para comer mais e, consequentemente, estimular aquele grupo de bactérias, que, por sua vez, vai produzir mais substâncias químicas e mais desejos.
IMUNIDADE E BACTÉRIAS VIVAS
Quando as forças armadas do corpo são colocadas em alerta máximo na iminência de um ataque, mensageiros químicos chamados citocinas voam por todos os lados, às vezes causando danos desnecessários.
Essas citocinas voam por todos os lados, às vezes causando danos desnecessários. Essas citocinas deixam os soldados do sistema imunológico agitados e prontos para lutar, mas, se o inimigo não vem, tudo que lhes resta é o fogo amigo.
A depressão não parece ser o único resultado neurológico dessa belicosidade imunológica exagerada. Pessoas que sofrem de muitos outros distúrbios mentais também mostram sinais de hiperatividade imunológica – o que é apenas outro nome para nossa velha conhecida inflamação.
O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, o TOC, o transtorno bipolar, a esquizofrenia e até o mal de Parkinson e a demência parecem envolver uma reação imunológica exagerada.
E, como ficou demonstrado em um estudo francês das barrinhas de cereais, ingerir bactérias benéficas tem um efeito calmante sobre o sistema imunológico.
Elas não apenas são capazes de impedir a destruição do triptofano e aumentar os níveis de felicidade, como também podem reduzir a inflamação.
Comer bactérias vivas pode ser a solução de muitos problemas.
Sendo assim…
COLOQUE SUA MICROBIOTA INTESTINAL EM PRIMEIRO LUGAR, O RESTO VIRÁ NATURALMENTE.
A informação pode salvar vidas, então vamos nessa mais uma vez!
A obesidade é um excesso de gordura que leva a efeitos deletérios à saúde. Enquanto a proporção de adultos obesos mais que dobrou no Brasil entre 1980 e 2012. As origens dessa “epidemia” são multifatoriais.
A recente reviravolta nos hábitos alimentares contribui significativamente para esse problema. Mas, além dos fatores genéticos e nutricionais, fatores ambientais têm sido implicados no desenvolvimento e estabelecimento dessa doença crônica.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de casos de obesidade dobrou entre 1980 e 2008 no mundo. Devido a essa rápida progressão global, em 1997, a OMS classificou a obesidade entre as doenças que afetavam o bem-estar físico, psicológico e social do indivíduo.
O DIAGNÓSTICO DE SOBREPESO E OBESIDADE É BASEADO NO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC)
Excesso de peso inclui sobrepeso bem como obesidade. É estimado pelo índice de massa corporal (IMC), indicador calculado pela razão: peso (kg)/[altura (m)] ² e expresso em kg/m². Esta medida aplica-se a ambos os sexos e a todos os grupos etários adultos.
Segundo a OMS, a obesidade é definida por um IMC maior ou igual a 30 kg/m². Enquanto excesso de peso por um IMC entre 25 e 30 kg/m².
RISCO DE CÂNCER E OBESIDADE
Assim, muitos estudos descrevem a existência de uma relação comprovada entre câncer e obesidade.
O aumento de cinco pontos no IMC tem sido associado a um aumento do risco de certos tipos de câncer. Assim, podemos citar o do útero, vesícula biliar, fígado, colo do útero, tireoide e leucemia.Sob o mesmo ponto de vista, valores de IMC muito altos também aumentaram o risco geral de câncer de fígado, cólon e ovário.
Depois de analisar a literatura científica, os especialistas neste relatório avaliaram os níveis de evidência de aumento do risco de câncer e obesidade.
Este nível de evidência é descrito como “convincente” para cânceres de esôfago, pâncreas, cólon-reto, mama após a menopausa, endométrio e rim. É considerado “provável” para câncer avançado de vesícula biliar, ovário, fígado e próstata e para câncer hematopoiético.
Para cânceres das glândulas proximal (cárdia) e tireoide, o nível de evidência de risco aumentado por sobrepeso é referido como “sugerido”.
É descrito como “inconclusivo” para cânceres de melanoma e próstata no estágio localizado. Assim também para testículo, estômago distal, pulmão, boca, faringe e laringe.
PREVENÇÃO DO GANHO DE PESO E MANEJO DO EXCESSO DE PESO DURANTE E APÓS O TRATAMENTO DE CÂNCER DE MAMA
Durante o tratamento do câncer de mama, o ganho de peso afeta quase um em cada dois pacientes com ganho de peso variável de 3 a 5 kg.
O excesso de peso ou a obesidade no momento do diagnóstico do câncer de mama e o ganho de peso estão associados a um aumento do risco de recorrência, segundo desenvolvimento de câncer e mortalidade inicial relacionada ao câncer.
Para evitar esses riscos, é importante manter atividade física regular e favorecer uma dieta diversificada com baixa densidade energética.
ALGUNS TIPOS DE CÂNCER SÃO MAIS PREOCUPANTES QUE OUTROS
A análise dos resultados deste novo estudo fornece vários detalhes. Em particular, os dados mostram que a ligação entre o risco câncer e obesidade não é sistemática.
Mais claramente, essas novas descobertas sugerem que é consistente obter resultados que diferem dependendo dos tipos de câncer.
Das 36 condições cancerosas estudadas, apenas 12 mostraram um nível suficientemente significativo de correlação entre o desenvolvimento do câncer e obesidade.
Assim, os cancros digestivos parecem ser os mais envolvidos, em particular o adenocarcinoma esofágico, cancros colo-retais em humanos, bem como cancros dos canais biliares e pancreáticos.
RECOMENDAÇÕES PARA PREVENIR O EXCESSO DE PESO E A OBESIDADE
Recomenda-se manter um peso ideal, caracterizado por um índice de massa corporal (IMC) entre 18,5 e 25 kg/m2.
Para evitar excesso de peso e obesidade:
Prática diária de pelo menos 30 minutos de atividade física de intensidade moderada comparável à caminhada rápida (que pode ser dividida em 3 vezes 10 minutos) e limitar atividades sedentárias (computador, televisão.);
Consuma poucos alimentos com alta densidade energética e concentre-se em alimentos com baixa densidade energética, como frutas e vegetais.
Os estudiosos confirmam a implicação da ocorrência de câncer e obesidade, ou mais exatamente de alguns deles. Assim, os tumores se somam à longa lista de complicações causadas pela obesidade ou pelo excesso de peso.
A acne é uma doença quase onipresente no mundo civilizado.
Que tal conhecer um pouco sobre como a microbiota intestinal pode influenciar nisto?
PESQUISADORA ALANNA COLLEN
Em nome da pesquisa científica, a pesquisadora e autora do livro 10% Humano, Alanna Collen, visitou alguns locais mais isolados do planeta.
Grande parte do seu tempo longe da fria e úmida metrópole de Londres, foi gasta em habitats e culturas totalmente diferentes da dela.
Selvas onde pessoas caçavam gambás ou outros roedores para o jantar. Desertos onde o meio transporte mais rápido era um camelo. Comunidades nômades com aldeias inteiras flutuando em balsas no mar. Em todas elas, o dia a dia era diferente da vida no país da pesquisadora.
A comida era capturada, morta e consumida, sem necessidade de supermercados ou embalagens. O anoitecer trazia as trevas, rompidas apenas pelo lampião a óleo ou uma fogueira.
Uma doença sempre vem acompanhada da possibilidade bem real de morte iminente. Existem lugares onde uma criança dormindo pode perder um olho para uma galinhas. Um acidente de trabalho seria cair de uma árvore durante a coleta de mel. Ou ainda, a falta de chuva significaria nada de jantar. Ou seja, as refeições são o que você consegue cultivar ou capturar. Assim também, a assistência médica se limita a alguma erva e uma oração.
O que a pesquisadora Alanna Collen, não viu nos planaltos de Papua – Nova Guiné, a dezenas de quilômetros da estrada mais próxima, ou nas aldeias do mar de Sulawesi na Indonésia, foram pessoas com acne. Nem mesmo adolescentes.
ACNE NO MUNDO
Na Austrália, na Europa, nos Estados Unidos, no Japão, a acne é bem comum.
Mais de 90% das pessoas no mundo industrializado sofreram com as espinhas em algum ponto da vida. Os adolescentes são os mais atingidos, mas nas últimas décadas parece que a acne se espalhou para além deles.
Agora os adultos, principalmente as mulheres, continuam tendo acne quando chegam à casa dos 20 e dos 30 anos – e às vezes além.
Cerca de 40% das mulheres entre 25 e 40 anos ainda têm espinhas. Muitas delas nem sequer sofreram com esse problema quando eram adolescentes.
A acne leva mais pessoas ao dermatologista do que qualquer outro problema de pele. Como febre do feno, espinhas parecem parte da vida, sobretudo na adolescência.
Mas, se isso é verdade,porque as pessoas das sociedades pré-industriais não sofrem de acne também?
UMA BREVE REFLEXÃO
Um pouco de reflexão denuncia que o fato de tantas pessoas terem acne é absurdo. Ainda mais absurdo é que há poucas pesquisas para desvendar sua causa. Apesar do aumento inexorável dos casos, sobretudo entre adultos, que há muito tempo já passaram pela puberdade. Insiste-se na mesma velha explicação por mais de meio século: hormônios “masculinos” hiperativos, sebo em excesso, um frenesi de Propionibacterium acnes levando a uma reação imunológica feia, com vermelhidão, inchaço e glóbulos brancos (pus). Mas essa explicação não resiste a uma inspeção cuidadosa.
As mulheres com níveis mais elevados de andrógenos – os hormônios masculino considerados responsáveis pela acne – não são os casos mais severos da doença. E os homens, que têm níveis de andrógenos muito mais elevados, não sofrem de acne tanto quanto as mulheres.
Então o que está acontecendo?
MICROBIOTA E ACNE
Novas pesquisas indicam que estávamos procurando no lugar errado. A ideia de que a P. acnes causa acne já existe há décadas. Parece óbvio. Quer saber o que vem causando as espinhas? Então olhe dentro de uma espinha e veja quais micróbios estão por lá. Não importa que essas mesmas bactérias também sejam encontradas na pele saudável de vítimas de acne e na de pessoas sem nenhuma acne. Assim também, não importa que algumas espinhas simplesmente não contenham nenhuma P. acnes. A densidade de P. acnes não está relacionada à gravidade da acne, e níveis de sebo e hormônios masculinos não prognosticam a presença da doença.
O fato de que antibióticos, tanto os aplicados diretamente no rosto quanto os ministrados em comprimidos, costumam melhorar a acne tem reforçado essa teoria. Os antibióticos são o tipo de medicamento mais prescrito para espinhas, e muitas pessoas permanecem em tratamento durante meses ou anos.
Mas eles não atingem apenas as bactérias que vivem na pele. Dessa maneira, as do intestino também são afetadas. Sendo assim, o uso de antibióticos altera o comportamento do sistema imunológico.
Seria esse o verdadeiro motivo de sua ação contra a acne?
O que está ficando claro é que a presença de P. acnes não é determinante para o desenvolvimento da acne.
Ainda há debates sobre qual seria o verdadeiro papel desempenhado por essa bactéria da pele, mas estão surgindo novas ideias sobre a contribuição do sistema imunológico para essa doença.
A pele dos pacientes com acne contém células imunológicas extras, mesmo em áreas aparentemente saudáveis. Parece que a espinha é só mais uma manifestação da inflamação crônica. Assim, alguns chegam a cogitar a hipótese de que o sistema imunológico tenha se tornado hipersensível à P. acnes e talvez outros micróbios da pele, deixando de tratá-los como amigos.
Stoke e Pilsburry em 1930 criaram a “consideração teórica e prática do mecanismo gastrointestinal” pelos caminhos no qual a pele é influenciada pelo estado emocional e nervoso. Estes autores conectaram o estado emocional – depressão, ansiedade bem como a preocupação – as alterações na função do trato gastrointestinal. Hipotetizaram que as alterações nos estados emocionais podem levar a mudanças na microbiota intestinal normal, a permeabilidade intestinal e contribuir para a inflamação sistêmica. Assim, o uso oral de probióticos pode regular a liberação de citocinas inflamatórias dentro da pele, e uma regulação específica em interleucina 1 (IL1) seria, certamente, um potencial benéfico no tratamento da acne. Além disso, a utilização de probióticos encapsulados orais têm o potencial de alterar a microbiota em locais além do trato gastrointestinal (BOWE; LOGAN, 2011).
A integridade funcional e a microbiota residente do trato intestinal pode desempenhar um papel de mediação na inflamação da pele.
Assim também, a capacidade da microbiota intestinal e dos probióticos orais em influenciar a inflamação sistêmica, o estresse oxidativo, o controle glicêmico, o conteúdo de tecido adiposo e até mesmo o humor, pode ter implicações importantes na acne.
Cuide da sua microbiota intestinal, o resto virá naturalmente!
A obesidade é um mal que atormenta a humanidade atualmente. Para entender como chegamos a esse ponto vamos voltar um pouco no tempo através da “história da obesidade”, mostrando como a mesma esteve presente na vida das pessoas durante o passar do tempo.
HISTÓRIA DA OBESIDADE EM 5 GERAÇÕES
IDADE MÉDIA:
Em meados do século XIV, o grande prestígio em um mundo onde a fome é galopante, o tamanho atestam um vigor em combate e uma grande força.
Nos romances medievais são apresentadas as refeições sem fim. Quanto maior, mais forte, nessa época os soldados se igualavam aos ursos. A carne era muito abusada na Idade Média.
É um pouco diferente para a pessoa muito gorda, que é culpada por sua gula e sua ganância que são pecados. Mesmo que alguém não consiga estimar o peso do “muito grande”, ele designa aquele que tem dificuldades de se mover, montar a cavalo, fazer guerra.
A percepção do corpo evolui à medida que as técnicas de luta evoluem; o cavaleiro deve ser forte e ágil ao mesmo tempo. Então, irá substituir a imagem do urso para leão. Na história da obesidade as mulheres só no final do século XIII que se começa a dar importância à delicadeza do tamanho.
Começamos a estabelecer um sistema de classe social, onde os homens do povo são representados como gordos, pesados, enquanto os nobres são vistos mais refinados.
ERA MODERNA:
A partir do século XVI, começamos a julgar os grandes que seriam lentos, preguiçosos e até pouco inteligentes. Enquanto a Idade Média julgava a gula, a modernidade julgava a preguiça. Naquela época, o cavaleiro dá lugar ao cortesão que não precisa ser forte.
Na história da obesidade, começa a aparecer uma linguagem desprezando os homens grandes. A magreza não é mais aceita porque lembra a morte, a fome, a peste, a esterilidade feminina e seria sinônimo de melancolia.
Ainda é difícil determinar quem é visto como grande. A palavra “embonpoint” (significado positivo) que aparece no século XVI mostra como é difícil entender quem é considerado grande sem medidas quantificadas.
A estética feminina permanece uma estética da parte superior do corpo. Não estamos interessados no tamanho da parte inferior do corpo.
Começamos a ver dietas aparecerem e roupas supostamente para apertar o corpo considerado grande demais; correias, cordões etc. O espartilho se torna difundido.
O SÉCULO 19:
O corpo masculino tolera gordura em evidência, não o corpo feminino; o tamanho feminino deve ser fino e estrangulado, enquanto o do homem pode variar. Temos uma nova estética com a aparência do burguês; sua barriga simboliza sua opulência financeira.
Há uma crítica grande sobre impotência, esterilidade, falta de vitalidade. Os médicos estão começando a dar estatura e peso médios para homens e mulheres.
Aparece a palavra “obesidade”, que define uma doença. Insistimos no patológico diante de pessoas “muito grandes”. Os regimes do século XIX concentram-se na ideia de tonificar a gordura, porque tememos a subsidência. Banhos frios e eletricidade são usados, entre outros.
A redondeza é vista como mais especificamente feminina, porque a inatividade é vista como um defeito tipicamente feminino e começa a operar os rankings. Por exemplo, prostitutas muitas vezes vistas como “naturalmente” preguiçosas seriam maiores que as outras mulheres.
O jovem deve ser magro, com uma cintura estrangulada, com um torso volumoso. Ele acentua sua aparência com uma magnitude de revestimento excessivo e acolchoamento artificial. O homem maduro pode ter barriga. A mulher deve ser magra e frágil mesmo se notarmos que ela envelhece.
Um crítico social denuncia o grande como alguém que é rico e que explora o povo, magro. Neste momento, a obesidade está associada à degeneração. Estamos vendo o termalismo e mais e mais anúncios para dietas de emagrecimento.
A magreza é positiva, mas também a musculatura. Nos homens, a aparência da jaqueta cruzada favorece um corpo magro. As mulheres devem ser esguias, magras por causa das roupas estreitas e sem cintura.
ERA CONTEMPORÂNEA:
Na era contemporânea, a história da obesidade está invertida. As estatísticas mostram que os grandes não são os mais ricos. A obesidade é vista como um mal, uma peste, uma epidemia.
O obeso é visto como alguém incapaz de se controlar e sem vontade quando anteriormente era visto como aquele que “abusa”. O sofrimento em torno da obesidade é evocado.
Que tal conhecer um pouco mais sobre o microbioma humano?
Vamos lá então!
Desde o nosso nascimento, vivemos em simbiose com centenas de bilhões de microrganismos. O seu número é mais de 10 vezes o das nossas células. O seu peso excede o do nosso cérebro.
Para ilustrar essa coexistência, podemos comparar nosso corpo com a terra e os micróbios com os organismos vivos que o povoam.
Cada população tem um ecossistema e um habitat favorável, assim como alguns animais preferem viver no deserto ou no mar. Nós encontramos esses microrganismos em todos os cantos do corpo. No nariz, na pele, na boca, nos ouvidos, nos olhos, nos brônquios e pulmões, e, obviamente, no trato digestivo.
É essa população de micróbios que chamamos de microbiota humana. E o conjunto de genes que esses micróbios possuem é chamado de microbioma.
É no estudo do microbioma humano que muitos pesquisadores depositam suas esperanças em encontrar uma cura para doenças como câncer, asma e obesidade.
De fato, uma diferença entre as proporções de microrganismos bons e ruins em pessoas com essas condições e indivíduos saudáveis poderia ser a causa dessas doenças.
A HISTÓRIA DO MICROBIOMA HUMANO
O microbioma humano ainda é pouco conhecido pelos cientistas, pelo fato de que a descoberta é muito recente. Dessa forma, a grande aventura do microbioma começou há apenas poucos anos.
O projeto chamado Projeto microbioma humano foi lançado em 2007 nos Estados Unidos pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH). O projeto consiste em sequenciar o genoma de todos os microrganismos que habitualmente vivem em nosso corpo. Dessa maneira, compreender sua influência e seu papel na saúde humana.
Até agora, foram coletadas amostras de várias áreas do corpo. Incluindo boca, garganta, nariz, trato digestivo, trato urogenital feminino e vários locais na pele.
Em 2008, um banco de dados contendo 600 genomas de microrganismos orais foi projetado pelo Instituto Americano de Pesquisa Odontológica em parceria com vários países para facilitar o acesso livre e o trabalho colaborativo.
MICROBIOTA E MICROBIOMA: NÃO CONFUNDA!
Em todos os textos que tratam desse novo campo de pesquisa, usamos os dois termos que não têm exatamente o mesmo significado. É a mesma diferença entre o gene e o genoma, em suma.
Em outras palavras, a microbiota é todos os nossos micróbios. E o microbioma humano é a soma de seus genes. É também o lugar onde esses micróbios vivem. A microbiota é cem mil bilhões de bactérias que a maioria de nós deseja. O microbioma é o planeta deles.
Como seres humanos, animais ou plantas que são desigualmente distribuídas na terra, as bactérias preferem se estabelecer nos lugares do nosso corpo que lhes convêm. A microbiota é encontrada em toda parte na pele, no nariz (900 espécies de bactérias diferentes entre os excrementos), na boca, nas orelhas, nos olhos, nos brônquios e na vagina, se for uma mulher..
ESTE É O NOVO NOME DA FLORA INTESTINAL (MAS NÃO APENAS ISSO)
Um pouco de grego antigo para começar. Micro se traduz em pequeno e orgânico pela vida. A vantagem do grego é que ninguém fala, mas todo mundo adota e eventualmente entende.
Anteriormente, o termo flora intestinal era frequentemente usado para descrever o microbioma humano. Mas chegamos a entender que as bactérias não eram plantas e que elas não proliferavam apenas no intestino.
UM NOVO CAMINHO PARA ENTENDER MELHOR A SAÚDE HUMANA
Muitos cientistas concordam que os microrganismos que habitam nossos corpos ainda representam uma importante conexão inexplorada com a saúde. Assim também, com o desenvolvimento e a evolução dos seres humanos.
Segundo eles, uma melhor compreensão desses elos fundamentais abriria novos caminhos para melhor compreender a doença humana, certos transtornos do desenvolvimento, aprender sobre nossa sensibilidade ou nossas reações a possíveis futuras pandemias, etc.
PERSPECTIVAS
Estudos sobre o microbioma humano oferecem perspectivas muito interessantes para o futuro. Assim, até o momento, importantes descobertas foram feitas em relação à obesidade e microbiota intestinal.
Na verdade, especialistas já mostraram que ratos geneticamente suscetíveis à obesidade com certos micróbios na microbiota, foi uma clara tendência para a obesidade em comparação com camundongos ou ratos sem microbiota intestinal, e mesmo que eles comam menos.
Este ganho de peso é principalmente devido a um aumento na massa gorda e também acompanhada por diabetes tipo II que é causada pela obesidade. Essa pesquisa in vivo em animais é muito interessante, pois se essa correlação também for comprovada em humanos, haveria algumas possibilidades de reduzir a incidência de obesidade em humanos.
De fato, ao mirar as diferenças entre as duas bactérias, seria possível a microbiota intestinal de um ser humano, de modo a não promover a obesidade. Embora ensaios clínicos ainda estejam por fazer, por enquanto essa relação parece bastante conclusiva e o desenvolvimento de medicamentos apropriados poderia melhorar muito as condições de vida das pessoas predispostas à obesidade.
NÓS PODEMOS SEQUENCIAR
Como um genoma, um microbioma humano é, portanto, muito pessoal. Todos nós temos interesse em saber o seu próprio para saber se abrigamos bactérias patogênicas que podem causar doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes, doença de Parkinson, câncer, bem como doenças de pele. Sim, tudo isso!
BACTÉRIAS E SAÚDE
Os cientistas sabem há alguns anos que as bactérias desempenham um papel importante na saúde e que algumas delas, conhecidas como patógenos, causam doenças.
Das dezenas de milhares de espécies bacterianas conhecidas no mundo, apenas cerca de 100 são patogênicas. Os cientistas estão agora estudando a nobre função das bactérias na proteção da saúde.
CONHECER UM AO OUTRO
Aprender em que consiste o microbioma humano é, de certo modo, conhecer-se mutuamente. Os microrganismos vivem em todo o corpo humano – há pelo menos dez vezes mais células bacterianas do que as células humanas.
Mais de 1000 espécies de bactérias vivem em nós. Apenas a boca pode abrigar pelo menos 300 espécies de bactérias. O “metagenoma” (todo o material genético do corpo) compreende 100 vezes mais genes microbianos que os genes humanos.
O QUE NÓS SABEMOS
Alguns fatos já estão estabelecidos. Algumas bactérias ajudam a nos proteger de agentes patogênicos, às vezes literalmente tomando o lugar para evitar que se instalem. Outras bactérias, nos ajudam a absorver nutrientes ou servem como indicadores de nossa saúde.
Sendo assim, alterações e rupturas no microbioma humano de uma pessoa têm sido implicadas em várias doenças, como a doença de Crohn, vaginose bacteriana e obesidade.
TUDO É FEITO ANTES DE TRÊS ANOS
O desenvolvimento de nossa personalidade e nossas futuras neuroses são jogadas antes de três anos, ao que parece. Bem, ainda é discutido entre os pesquisadores para saber se é verdade. Por outro lado, entre os biólogos, já é acordado: o microbioma humano é construído antes de três anos.
Quando o bebê nasce, ele não tem bactérias. É níquel-cromo, hiper protegido do mundo exterior pela placenta. Mas assim que perfura as águas, é hora da festa. A microbiota vaginal enriquecida com lactobacilos ajudará a nos proteger.
Se passarmos pela saída de emergência com uma cesariana, teremos uma imunidade menos eficaz, mas as bactérias na pele da mãe e alguns micróbios em volta farão o truque.
Então, pelos próximos 36 meses, o bebê conhecerá novas bactérias que se instalarão em seu intestino e isso será diferente dependendo de onde ele vive.
RAZÕES PARA SER APAIXONADO PELO MICROBIOMA HUMANO
A palavra é recente, mas promete pesquisa. Em nosso intestino, temos cem bilhões de amigos que nos querem (em geral) bons.
Todos ainda não sabem disso, mas recentemente, há uma década, fizemos uma descoberta tão importante quanto o genoma humano na década de 1990. Esse salto na pesquisa médica provavelmente terá um impacto significativo em nossa saúde mas também, como as biotecnologias desde a década de 2000, em nossa economia.
ESTÁ CRESCENDO CADA VEZ MAIS E JÁ É TÓPICO PARA AULAS DO ENSINO BÁSICO NOS EUA
Os Estados Unidos, como de praxe, são apaixonados pelo microbioma humano e não estão prontos para parar. Todas as escolas primárias do país, já trabalham com o tema em aulas de ciências.
Como resultado, há um processo clássico nas inovações em saúde.
É UM NOVO MERCADO DO SÉCULO
Em todo o mundo, equipes de pesquisa estão trabalhando na modificação do microbioma humano para curar ou prevenir doenças. Mais de 100 produtos estão atualmente em estudos clínicos.
As curvas das publicações científicas sobre o microbioma humano replicam quase de forma idêntica as progressões das publicações de biotecnologia há vinte anos, observam os especialistas.
Estima-se que até 2030, as terapias relacionadas a microbiomas devem valer mais de 10 bilhões de dólares.
E QUANTO AOS ANTIBIÓTICOS?
Esse entusiasmo pela pesquisa sobre o microbioma humano e suas promissoras descobertas levanta outro importante debate: devemos reconsiderar como os antibióticos são usados na medicina moderna, sabendo que eles estão atacando tanto quanto os bons remédios? Bactérias ruins?
Que tal saber como ler rótulos? Que tal aprender a ser mais criterioso na compra dos seus produtos para consumo?
Vem conosco tentar esclarecer um pouco sobre isto!
Com mais ou menos energia (ou nada), às vezes somos obrigados a ir uma vez por semana ao supermercado!
Sim, quer consideremos uma saída ou uma tarefa, temos que encarar isto.
Como para qualquer atividade esportiva, é necessário equipar-se. Em primeiro lugar, é necessário trazer o acessório essencial: a lista das compras!
Mas não só ela!
Superamos os obstáculos dos anunciantes, passamos por promoções nem sempre interessantes. E nos deparamos, enfim com o alimento que desejamos. Mas qual valor nutricional ele possui? Hoje vamos te ensinar como ler rótulos, que nem sempre são fáceis de entender.
7 PASSOS DE COMO LER RÓTULOS CORRETAMENTE
1. VERIFIQUE A ORDEM DOS INGREDIENTES
Poucas pessoas sabem disso, mas a ordem dos ingredientes diz muito sobre a qualidade do produto que você tem à sua frente.
As vezes é difícil entender como ler rótulos. Mas ai vai a primeira dica! Os ingredientes são classificados de forma decrescente de acordo com a sua importância (do seu peso) na composição do produto.
Especificamente, o primeiro da lista será o ingrediente mais utilizado no desenvolvimento do produto e o último será o menos presente.
Você deve, portanto, prestar atenção aos primeiros ingredientes da lista para ter uma ideia sobre a qualidade de um produto. Sendo assim, se os primeiros ingredientes são suspeitos, cuidado.
2. A QUALIDADE DOS PRIMEIROS INGREDIENTES
Outra dica importante de como ler rótulos: ingredientes são dispostos em ordem decrescente de peso, o primeiro da lista já dá uma indicação da qualidade do produto.
Saladas compostas com maior teor de vegetais do que as com amido (porque os vegetais têm uma densidade nutricional maior do que as batatas, por exemplo) serão valorizadas.
Nós favoreceremos biscoitos com mais farinha que açúcar ou chocolate. Carne, peixe, bem como azeite são ingredientes caros. Quando olhamos para a composição de um prato feito de carne ou peixe, preferimos o que tem o maior teor desses ingredientes.
3. A PRESENÇA DE ADITIVOS E AROMAS
Emulsionantes, edulcorantes, realçadores de sabor, corantes, fermento em pó, bem como os conservantes são o sinal irrefutável de que você está na presença de um alimento 100% industrializado e ultra transformado.
Quanto menos houver, melhor!
O mesmo vale para os ingredientes impronunciáveis que são processados: soro em pó, em vez de leite real, por exemplo, xarope de glicose-frutose, em vez de açúcar verdadeiro.
Estes ingredientes ultra processados possuem uma função tecnológica e/ou econômica no produto.
A quarta dica de como ler rótulos é o comprimento da lista de ingredientes, que permitirá que você saiba de relance se você tem comida ou uma bomba química em suas mãos.
Muitas vezes, quando a lista de ingredientes é longa, muito longa, é que o produto é preenchido com aditivos químicos e vários outros produtos que, não são muito comestíveis ou prejudiciais para a saúde.
5. NÃO OLHE PARA AS CALORIAS, MAS A QUANTIDADE DE AÇÚCAR
As industrias têm o mau hábito de colocar açúcar em toda parte: refrigerantes, biscoitos, molhos, pratos preparados e até em presunto!
Eles são inteligentes porque sabem que o açúcar é mais viciante que a cocaína e que dá bom gosto às suas misturas. Assim também, é a melhor maneira de garantir uma clientela fiel.
Se você está cansado de ser manipulado como um fantoche, você tem que ir em uma caça ao açúcar! Dessa forma, o primeiro passo é simplesmente procurar açúcar na lista de ingredientes.
O açúcar pode se esconder atrás de vários nomes:
Sacarose;
Xarope de arroz;
Xarope de milho;
Xarope de malte;
Xarope de cevada;
Xarope de frutose.
6. PRESTE ATENÇÃO AOS ADITIVOS ALIMENTARES
Na busca de como ler rótulos da maneira correta, fique atento aos aditivos alimentares, que são substâncias adicionadas ao desenvolvimento de certos produtos comerciais.
Eles são usados para melhorar o sabor, a textura ou para permitir que os produtos sejam preservados por muito mais tempo. Dessa maneira, isto permite que as industrias aumentem seus rendimentos e seus lucros!
Alguns aditivos são naturais e inofensivos, enquanto outros são químicos e muito perigosos ou até mesmo cancerígenos.
7. VERIFIQUE A ORIGEM E A QUALIDADE DA SUA COMIDA
As industrias tentam nos dar a ilusão de escolha. Mas quando olhamos mais de perto, percebemos que quase todas as marcas pertencem a uma dezena de grandes grupos industriais.
Para escolher o melhor em termos de qualidade, crie o hábito de ficar longe desses produtos desinteressantes! E, em vez disso, procure alimentos certificados e rotulados.
O melhor ainda, é comer alimentos orgânicos e regionais. Pelo menos sabemos de onde vem e, em vez de financiar a residência de luxo de um grande patrão, você pode ajudar um jovem produtor de casa a alimentar seus filhos!
Creio que agora, depois de aprender como ler rótulos, vai ficar muito mais fácil ir ao supermercado e encontrar o melhor alimento para você!
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