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O ESTÔMAGO E SEUS TROPEÇOS

estômago

O estômago também pode dar seus tropeços. Sua musculatura lisa pode conter tantos defeitos quanto a musculatura estriada das pernas. Além disso, quando algo como o ácido gástrico alcança lugares que não estão preparados para recebê-lo, ele queima. Na eructação ácida, o ácido gástrico e as enzimas digestivas chegam até a faringe; na azia, atingem apenas até o início do esôfago, causando queimação no tórax.

estômago

ERUCTAÇÃO ÁCIDA

A causa da eructação não é diferente da causa do tropeço: os nervos. Eles regulam a musculatura. Quando os nervos ópticos não percebem um degrau, os nervos da perna são mal informados. Nossas pernas se movimentam como se não houvesse nenhum obstáculo. Resultado: tropeçamos. Quando nossos nervos digestivos recebem informações erradas, não retêm o ácido gástrico e permitem que façam o percurso contrário.

eructação ácida e estômago

A passagem do esôfago para o estômago é um local suscetível a esse tipo de tropeço – apesar das medidas de precaução (“esôfago estreito, sede fixa no diafragma e curva para o estômago”), às vezes as coisas saem errado. De todo modo, não se trata de um fenômeno novo: povos nômades que ainda hoje vivem como há centenas de anos também apontam altas taxas de azia e eructação.

Eis o ponto crucial: na região do esôfago e do estômago, existem dois sistemas nervosos diferentes que precisam trabalhar em estreita colaboração – o sistema nervoso cerebral e o do tubo digestivo. Os nervos do cérebro regulam, por exemplo, o esfíncter entre o esôfago e o estômago. 

Além disso, o cérebro exerce influência sobre a formação do ácido. Os nervos do tubo digestivo cuidam para que o esôfago se mova para baixo, em ondas harmônicas, como uma ola, e sempre fique limpinho com os milhares de deglutições de saliva por dia.

DICAS PRÁTICAS CONTRA OS TROPEÇOS DO ESTÔMAGO – AZIA E ERUCTAÇÃO ÁCIDA

Beber chá auxilia o tubo digestivo na medida em que as várias e pequenas deglutições mostram aos nervos a direção correta a ser tomada: o estômago, e não o caminho inverso. Técnicas de relaxamento fazem com que o cérebro envie os comandos nervosos com menos agitação. No melhor dos casos, o resultado é um fechamento constante do esfíncter e menos formação de ácido.

O cigarro ativa áreas do cérebro que também são estimuladas durante a refeição. Assim, embora o indivíduo sinta-se bem, acaba produzindo mais ácido gástrico sem uma real necessidade e relaxando o esfíncter do esôfago. Por isso, muitas vezes, parar de fumar alivia a eructação desagradável e a azia.

azia

Os hormônios da gravidez também podem desencadear alguma confusão. Na verdade, devem manter o útero relaxado e confortável até o parto. Contudo, também produzem esse efeito no esfíncter do esôfago. 

A consequência é um fechamento mais frouxo do estômago, que, com a pressão exercida no baixo ventre protuberante, faz com que o ácido flua para cima. Quem faz uso de contraceptivo com hormônios femininos pode sofrer com mais frequência de eructação ácida como efeito colateral.

Leia também: SEU ESTÔMAGO NÃO TEM DENTE

NOSSOS NERVOS NÃO SÃO CABOS ELÉTRICOS COMPLETAMENTE ISOLADOS

Seja por causa do cigarro, seja pelos hormônios da gestação, nossos nervos não são cabos elétricos completamente isolados. São organicamente entremeados em nosso tecido e reagem a todas as substâncias ao seu redor. 

Por isso, alguns médicos recomendam que se renuncie a vários alimentos que diminuem a força do esfíncter: chocolate, temperos apimentados, álcool, alimentos com alto teor de açúcar, café, e assim por diante.

Todas essas substâncias influem em nossos nervos, que não desencadeiam, necessariamente, um tropeço ácido em todas as pessoas. Modelos da pesquisa americana recomendam que se faça um teste para descobrir a quais alimentos os nervos reagem com sensibilidade. Assim, não é preciso renunciar desnecessariamente a tudo.

GLUTAMATO E OS TROPEÇOS DO ESTÔMAGO

Há uma interessante relação, descoberta através de um medicamento, que, por causa de seus efeitos colaterais, nunca teve seu uso autorizado. Esse medicamento bloqueia os nervos em um ponto em que, em geral, o glutamato se une aos nervos. 

A maioria das pessoas conhece o glutamato como um realçador de sabor. No entanto, ele também é liberado por nossos nervos. Nos nervos da língua, o glutamato provoca uma intensificação dos sinais de sabor. No estômago, pode causar confusão, pois os nervos não sabem, necessariamente, se o glutamato vem do seu colega ou do restaurante chinês.

Por isso, de acordo com a ideia de fazer as próprias experiências, é melhor renunciar a alimentos ricos em glutamato por um tempo. Para tanto, é preciso levar os óculos de leitura ao supermercado e dar uma olhada nas minúsculas letrinhas da lista de ingredientes dos produtos. 

Muitas vezes, o glutamato também se esconde em crípticas construções de palavras, como glutamato monossódico ou algo semelhante. Quando se percebe alguma melhora, tudo bem. Quando não, pelo menos se passou um tempo vivendo de maneira mais saudável.

glutamato

ANTIÁCIDOS 

Neutralizar o ácido do estômago não é uma solução nada boa! O ácido gástrico também corrói os alérgenos e bactérias ruins dos alimentos ou ajuda na digestão das proteínas. Além disso, alguns medicamentos antiácidos podem conter alumínio, que é uma substância muito estranha para o nosso corpo – ou seja, nunca se deve ingeri-la em excesso, e sim seguir rigorosamente as prescrições da bula.

antiácido e estômago

No máximo após quatro semanas deve-se usar de certo ceticismo ao lidar com os antiácidos. Quem não ouvir esse conselho logo ficará conhecendo um estômago obstinado, que vai exigir seu ácido de volta. 

Nesse caso, nosso estômago simplesmente produzirá ácido extra – primeiro para atenuar o medicamento e, além disso, para finalmente voltar a ser ácido. Antiácidos nunca são soluções a longo prazo – tampouco em outros fenômenos de acidez, como a gastrite.

Na maioria dos casos, a eructação e a azia são e permanecem inofensivas, mas não deixam de ser tropeços incômodos. Assim como ajeitamos a roupa, neutralizamos o susto com um abano de cabeça e continuamos a caminhar com moderação depois de tropeçar, podemos nos comportar de modo semelhante com a eructação – alguns goles de água para colocar a região em ordem e neutralizar o ácido e, em seguida, de preferência, continuar a caminhar com um pouco mais de tranquilidade.

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COMIDA – COMO NOSSOS ÓRGÃOS TRANSPORTAM?

comida

Você já parou para pensar como nossos órgãos transportam a comida que ingerimos?

Que tal tentarmos entender?

Então vamos nessa!

Vamos começar pelos olhos, afinal, a existe uma frase de que diz: “A gente primeiro come com os olhos.”

OLHOS

 comendo com os olhos

Partículas de luz que ricocheteiam no pedaço de comida encontram os nervos ópticos e os ativam. Essa “primeira impressão” é enviada por todo o cérebro para o córtex visual, que fica dentro da cabeça, um pouco abaixo de um rabo de cavalo preso no alto.

Ali, o cérebro modela uma imagem a partir dos sinais nervosos – só agora vemos de fato o pedaço de comida. Essa informação saborosa é passada adiante: chega à central do fluxo de saliva, que já nos deixa com água na boca. Sendo assim, ao ver algo gostoso, numa alegria antecipada nosso estômago também despeja sozinho um pouco de ácido gástrico.

NARIZ

Quando se enfia o dedo no nariz, percebe-se que ele continua na parte superior, mas não se consegue chegar lá. Nesse local ficam os nervos olfativos, que são cobertos por uma camada protetora, feita de muco.

Todos os odores que sentimos precisam primeiro ser dissolvidos no muco – do contrário, não chegam aos nervos. Os nervos olfativos são especialistas – para cada um dos inúmeros odores há receptores próprios.

comida

Às vezes, passam anos no nariz até finalmente entrarem em ação. É quando, por exemplo, uma única molécula olfativa de lírio-do-vale acopla-se ao receptor que está à sua espera e, orgulhoso, comunica ao cérebro: “Lírio-do-vale!”.

Em seguida, ele volta a ficar mais uns anos sem ter o que fazer. Aliás, os cães têm uma quantidade inconcebivelmente maior de células olfativas do que os humanos, embora já tenhamos muitas. Para sentir algum cheiro do pedaço de comida, algumas de suas moléculas precisam se deslocar no ar e serem inaladas por nossas narinas quando respiramos. Podem ser substâncias aromáticas feitas de fava de baunilha, moléculas minúsculas do garfo de plástico descartável assim também odores abafados de álcool, presente no recheio de rum.

Nosso órgão olfativo é um provador de alimentos com larga experiência química. Quanto mais aproximarmos da boca a primeira garfada de alimento, mais moléculas soltas do doce afluirão ao nariz. 

Se nos últimos centímetros percebermos pequenos vestígios de álcool, o braço pode voltar ao ponto de partida, os olhos podem fazer uma nova verificação e a boca perguntar se o alimento contém álcool ou talvez já esteja estragado. Em seguida a última aprovação é um o.k.: a boca se abre, o garfo entra nela e o balé inicia.

BOCA – COMIDA

A boca é uma região de superlativos. O músculo mais forte do nosso corpo é o maxilar, e o mais flexível e estriado é a língua. Juntos, conseguem não apenas triturar com uma força incrível, como também realizar manobras ágeis.

boca e comida

Um bom colega no reino dos superlativos é o esmalte dos nossos dentes – feito do material mais duro que uma pessoa é capaz de produzir. Isso também é necessário porque, com nossos maxilares, podemos exercer uma pressão de até oitenta quilogramas em um dente molar.

Esse peso corresponde ao de um homem adulto! Quando nossa comida contém algo muito sólido, é como se mandássemos um time de futebol inteiro saltitar ritmadamente sobre ela antes de a engolirmos.

Durante a mastigação, a língua entra em jogo. Ela se comporta como um treinador. Assim, quando pedaços de comida se escondem covardemente, longe do tumulto da mastigação, ela os empurra de volta ao centro das atividades. Se a massa estiver pequena o suficiente, poderá ser engolida. 

A língua apanha cerca de vinte mililitros de massa de alimento e o empurra para o céu da boca, que é como uma cortina de palco para o esôfago. O processo funciona como um interruptor de luz: quando a língua comprime esse ponto, começa o programa de deglutição. A boca é fechada, pois qualquer respiração pode perturbar. Em seguida, o alimento é empurrada para baixo, na faringe.

FARINGE

O palato mole e o músculo constritor superior da faringe equivalem a duas formações. Eles fecham solenemente as últimas saídas do nariz. Esse movimento é tão forte que é possível ouvi-lo na esquina do corredor: as orelhas percebem um pequeno “plop”.

 faringe

As pregas vestibulares já não podem falar e se fecham. A epiglote eleva-se majestosamente como um regente (é possível senti-la quando se tateia a garganta), e toda a base da boca afunda – agora, uma forte onda comprime o pequeno pedaço de alimento sob um estrondoso aplauso de saliva, empurrando-o para o esôfago.

ESÔFAGO

comida

Para percorrer esse caminho, o alimento precisa de cinco a dez segundos. O esôfago movimenta-se durante a deglutição como uma “ola” no estádio de futebol. Quando a comida chega, o esôfago se amplia e volta a se fechar depois que ela passa.

Desse modo, nada pode deslizar de volta. O processo funciona de forma tão automática que conseguimos engolir até plantando bananeira. Desprezando a força da gravidade, nosso alimento serpenteia graciosamente pela parte superior do corpo.

Os dançarinos de break chamariam esse movimento de the snake ou the worm; já os médicos o chamam de peristáltica propulsora. O primeiro terço do esôfago é cingido por uma musculatura estriada – por isso, ainda percebemos conscientemente o primeiro trecho.

ESÔFAGO – COMIDA

O mundo interior e inconsciente começa depois da pequena cavidade que sentimos quando tocamos o topo do osso esterno. A partir desse ponto, o esôfago é feito de musculatura lisa. A extremidade inferior do esôfago é mantida fechada por um músculo anular, que é contagiado pelo movimento de deglutição e se solta por oito alegres segundos.

É assim que o esôfago se abre para o estômago e o alimento pode desabar nele sem nenhum impedimento. Em seguida, o músculo volta a se fechar, enquanto lá em cima, na faringe, a respiração acontece. O caminho da boca para o estômago é o primeiro ato, que exige a máxima concentração e um bom trabalho em equipe.

O sistema nervoso consciente e periférico e o outro, inconsciente e autônomo, precisam trabalhar juntos nesse momento. Essa colaboração tem de ser bem estudada. Quando bebês começamos, ainda no ventre materno, a treinar a deglutição. Engolimos até meio litro de líquido amniótico como teste todos os dias. Se alguma coisa der errado, não chega a ser ruim. Como estamos completamente imersos em líquido, nossos pulmões também estão repletos dele – portanto, não dá para engasgar no sentido clássico.

ESÔFAGO – COMIDA

Em nossa vida adulta, engolimos por dia de seiscentas a duas mil vezes. Para tanto, colocamos mais de vinte pares de músculos em funcionamento – e, na maioria das vezes, tudo corre sem nenhuma complicação.

Na velhice, engasgamos com mais frequência: os músculos coordenadores nem sempre são muito precisos, o músculo constritor superior da faringe já não é tão pontual ou a maestrina epiglote precisa de uma bengala para se levantar.

Nesses momentos, embora bater nas costas seja um recurso bem-intencionado, ele só assusta desnecessariamente a faringe idosa. Antes que o engasgo se transforme em uma catástrofe de tosse, como muitas vezes ocorre, é melhor ir logo a um fonoaudiólogo para manter a tropa da deglutição em atividade.

ESTÔMAGO 

O estômago gosta muito mais de movimento do que muitos imaginam. Pouco antes de receber a comida, ele relaxa – tão logo a comida desaba dentro dele, pode expandir-se cada vez mais.

Ele abre espaço para todos que querem espaço. Um quilo de alimento, com o volume de uma caixa de leite, fica mais confortável em um estômago que funcione como um banco de balanço expansível.

estômago

Emoções como o medo ou o estresse podem dificultar a expansão da musculatura lisa do estômago, o que faz com que logo nos sintamos satisfeitos ou passemos mal com pequenas porções.

Quando a comida chega, às paredes do estômago aceleram seus movimentos como pernas que começam a correr, e – bam! – a comida é empurrada. Em um belo arco, o alimento voa contra a parede estomacal, ricocheteia e desaba de volta.

Os médicos chamam isso de retropulsão, e os irmãos mais velhos, “vamos ver até onde você consegue voar”. Juntos, o arremesso e o empurrão produzem aquele gorgolejo típico que ouvimos quando colocamos a orelha sobre o ventre (em um pequeno triângulo, no ponto em que os arcos costais convergem à direita e à esquerda).

ESTÔMAGO – COMIDA

Quando o estômago começa a balançar com muita animação, acaba estimulando todo o tubo digestivo a se movimentar. Então o intestino também faz seu conteúdo avançar, abrindo espaço para coisas novas.

Por isso, muitas vezes, depois de comermos muito, precisamos ir logo ao banheiro. No mundo abdominal, um pedaço de torta pode realizar muitas coisas. O estômago vai ficar se balançando com ele por cerca de duas horas. Ao mesmo tempo, tritura cada bocado em partículas minúsculas.

Grande parte fica menor que 0,2 milímetro. Essas migalhas, tão reduzidas, já não batem na parede, mas escorregam por um pequeno orifício na extremidade do estômago. Esse orifício é o esfíncter – o porteiro do estômago. Ele vigia a saída do estômago e a entrada do intestino delgado.

ESTÔMAGO

Carboidratos simples, como base de bolos, arroz ou macarrão, são rapidamente encaminhados ao intestino delgado. Nele são digeridos e em pouco tempo cuidam da subida do açúcar no sangue. 

Quanto às proteínas e à gordura, o porteiro as retém claramente por mais tempo no estômago. Um pedaço de bife fica balançando ali por umas boas seis horas antes de chegar ao intestino delgado.

Por isso, depois que comemos carne ou fritura muito gordurosa preferimos uma sobremesa doce: o açúcar em nosso sangue não quer esperar tanto tempo pela comida, e a sobremesa já dá uma antecipada. Refeições ricas em carboidratos têm um desempenho mais rápido, mas não mantêm a sensação de saciedade por muito tempo, como as proteínas ou a gordura.

INTESTINO DELGADO

Assim que os primeiros mini pedaços chegam ao intestino delgado ocorre a verdadeira digestão. Ao viajar por esse tubo, a massa colorida alimento desaparece quase por completo nas paredes – como Harry Potter na plataforma 9 ¾. O intestino delgado pega a comida com determinação. 

harry potter e intestino delgado

Fica amassando um ponto, tritura o bolo alimentar em todas as direções, oscila com suas vilosidades dentro dele e, com força, empurra a mistura para a frente. Ao microscópio, o que se vê são minúsculas vilosidades intestinais colaborando.

Elas se movem para cima e para baixo como pezinhos batendo. Simplesmente tudo entra em movimento. Pouco importa o que faz nosso intestino delgado; ele segue uma regra básica: prosseguir, ir adiante. Para isso existe o chamado reflexo peristáltico.

O descobridor desse mecanismo isolou um pedaço de intestino e nele soprou ar através de um pequeno tubo – sociável, o intestino soprou de volta. Por isso, muitos médicos recomendam alimentos ricos em fibras para estimular a digestão: fibras não digeridas comprimem a parede do intestino, que, atenta, comprime de volta. 

INTESTINO DELGADO – COMIDA

Essa ginástica intestinal faz com que a comida avance com mais rapidez e permaneça flexível. Se a massa do alimento prestasse atenção, talvez até pudesse ouvir o “vupt”. Em nosso intestino delgado há muitas células marca-passo, que liberam pequenos impulsos de corrente. 

comida

Para nossos músculos intestinais, é como se alguém lhes gritasse “vupt!”… e de novo “vupt!”. Desse modo, o músculo não se desvia, mas se desloca de volta, como se dançasse ao som do baixo na discoteca. Assim, a torta, ou melhor, o que restou dela, é empurrada adiante, diretamente ao seu destino. 

O intestino delgado é o trecho mais empenhado do nosso tubo digestivo e muito consciencioso em seu trabalho. Apenas em casos nitidamente excepcionais impede que um projeto digestivo avance: no vômito. Nesse sentido, o intestino delgado é muito pragmático. Não investe trabalho no que não nos faz bem. Coisas assim ele manda de volta, sem digestão nem forma definida.

Exceto por alguns resquícios, a essa altura a comida já sumiu no sangue. Na verdade, a partir de então, poderíamos acompanhar seu percurso no intestino grosso – mas, nesse caso, perderíamos de vista uma criatura misteriosa, audível e muitas vezes mal compreendida. Seria um pecado! Por isso, ainda vamos nos deter mais um pouco aqui.

O QUE OCORRE DEPOIS?

Após a digestão, no estômago e no intestino delgado permanecem apenas restos grosseiros. Por exemplo, um grão não mastigado de milho, comprimidos resistentes ao suco gástrico, bactérias sobreviventes de algum alimento ou um chiclete engolido por descuido. Nosso intestino delgado adora limpeza. 

É dessas figuras que, após uma grande refeição, gostam de arrumar logo a cozinha. Se depois de duas horas chegarmos para uma visita, o intestino delgado estará um brinco, quase sem cheiro nenhum. Uma hora depois de ter digerido alguma coisa, o intestino delgado começa a se limpar. 

Nos manuais de medicina, esse processo é chamado de “complexo motor migratório”. Nele, o porteiro do estômago coopera abrindo os portões e varrendo seus restos para o intestino delgado. Por sua vez, este assume a empreitada e produz fortes ondas, que vão empurrando tudo para a frente. 

Ao se observar o processo através de uma câmera, a comoção é tão inevitável que até mesmo cientistas insensíveis designam o complexo motor como uma pequena arrumadeira (housekeeper). Todo o mundo já ouviu sua própria arrumadeira alguma vez na vida: é o resmungo que vem não apenas do estômago, mas sobretudo do intestino delgado.

O QUE OCORRE DEPOIS?

Resmungamos não porque estamos com fome, mas porque só há tempo para a faxina no meio da digestão! Quando o estômago e o intestino delgado estão vazios, o caminho fica livre para a arrumadeira pôr mãos à obra. 

Quando a digestão for de um bife que fica chacoalhando sem pressa, a arrumadeira precisa esperar muito até finalmente poder começar seu trabalho. Somente após seis horas no estômago e cerca de cinco no intestino delgado é que a limpeza do que restou do bife pode ser feita. 

Nem sempre ouvimos o barulho da faxina. Dependendo de quanto ar tiver chegado ao estômago e ao intestino, às vezes ela é barulhenta, outras, silenciosa. Quando se come alguma coisa nesse meio tempo, a ação de limpeza é imediatamente interrompida. 

Afinal, a digestão deve ser feita com tranquilidade, e não varrida por completo. Portanto, quem está sempre beliscando deixa pouco tempo para a faxina. Essa observação contribui para que muitos nutricionistas recomendam cinco horas de intervalo entre as refeições.

Contudo, não está comprovado se cada pessoa precisa exatamente de cinco horas. Quem mastiga direito deixa menos trabalho para sua arrumadeira e pode ouvir a própria barriga na refeição seguinte.

INTESTINO GROSSO – COMIDA

Ao final do intestino delgado encontra-se a chamada válvula ileocecal, que separa o intestino delgado do intestino grosso, pois ambos têm perspectivas de trabalho bastante diferentes.

intestino

 

O intestino grosso é um camarada sossegado. Seu lema não é necessariamente “Sempre avante!” – às vezes ele também move os restos de comida para trás, depois de novo para a frente, do jeito que melhor lhe parecer.

Com ele não há arrumadeiras migratórias. O intestino grosso é a pátria tranquila para nossa microbiota intestinal. Quando algo não digerido é varrido para ele, é justamente a microbiota intestinal que se ocupa do caso.

Leia também: MICROBIOTA INTESTINAL – FATORES QUE INFLUENCIAM

Nosso intestino grosso trabalha sem pressa, pois tem de prestar atenção em vários envolvidos no processo: nosso cérebro não quer ir toda hora ao banheiro; nossas bactérias intestinais querem ter tempo suficiente para receber alimentos não digeridos; e o restante do corpo quer de volta os fluidos digestivos que emprestou. 

INTESTINO GROSSO

O que chega ao intestino grosso já não lembra um pedaço de comida – nem deveria. Da comida talvez tenham restado ainda algumas fibras. O restante são sucos digestivos que serão reabsorvidos no local. Quando sentimos muito medo, nosso cérebro assusta o intestino grosso, que já não terá tempo para reabsorver os fluidos.

O resultado é a diarreia. Embora o intestino grosso (tal como o delgado) seja um tubo liso, nas ilustrações ele sempre é representado como uma espécie de colar de pérolas. De onde vem isso? De fato, essa é sua aparência quando o abdômen é aberto. Mas isso só acontece porque ele volta a dançar em câmera lenta. 

Exatamente como o intestino delgado, ao amassar o bolo alimentar ele forma pregas para melhor retê-lo. Só que permanece um bom tempo nessa pose, sem se mexer. É como um artista de rua, que fica imóvel em uma posição de pantomima.

Nesse meio tempo, ele se solta brevemente e, em outro local, forma novas pregas, nas quais volta a ficar imóvel por um longo tempo. Por isso, os manuais acabam ficando com a versão do colar de pérolas… Quem envesgar na hora de tirar a foto da classe também vai aparecer vesgo na imagem. 

INTESTINO GROSSO E AS IDAS AO BANHEIRO

O intestino grosso se recompõe de três a quatro vezes ao dia e, com verdadeira motivação, empurra o bolo alimentar concentrado para a frente. Quem lhe oferece massa suficiente chega a ir de três a quatro vezes por dia ao banheiro.

Na maioria das pessoas, o conteúdo do intestino grosso é suficiente para uma ida diária. Do ponto de vista estatístico, três vezes por semana ainda é visto como uma frequência saudável. O intestino grosso das mulheres costuma ser um pouco mais lento do que o dos homens.

A medicina ainda não sabe por quê – seja como for, os hormônios não são a principal razão. Do garfo com o pedaço de alimento às fezes passa-se, em média, um dia. Intestinos rápidos fazem o serviço em oito horas; os mais lentos, em três dias e meio.

Com a mistura, alguns pedaços de alimento podem deixar o chill lounge do intestino grosso após doze horas, outros, após 42 horas. Enquanto a consistência estiver adequada e não se sentir dor, a pessoa de digestão lenta não deve se preocupar.

Já quem pertence à fração dos que “vão uma vez ao dia ou mais raramente ao banheiro”, ou ainda que tendem a sofrer de prisão de ventre de vez em quando, têm um risco menor de adquirir determinadas doenças no reto, segundo um estudo holandês. Segundo o lema do intestino grosso, é na tranquilidade que repousa a força.

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LIOFILIZAÇÃO: VOCÊ JÁ OUVIU FALAR?

liofilização

Você já ouviu falar de liofilização?

Não?

Não acredito!

liofilização

Vamos entender do que se trata então?

Vamos nessa!

O QUE É LIOFILIZAÇÃO?

Liofilização

Liofilização é uma tecnologia de secagem que constitui na remoção da água através da sublimação. Ocorre quando o alimento congelado, isto é, quando todo o seu conteúdo de água está na forma de gelo, é submetido a condições de pressões muito baixas. O produto é colocado em câmaras herméticas. O ar de dentro é removido através de bombas de alto vácuo, criando a condição para que ocorra a sublimação da água. A água passa de seu estado sólido para o gasoso à temperaturas muito baixas e sem a presença de oxigênio. Estes são fatores muito favoráveis para a preservação das características nutricionais de um alimento.

De acordo com Baruffaldi e Oliveira (1998) o termo “liófilo” significa amigo do solvente, o que define com fidelidade as características dos produtos liofilizados: altamente higroscópicos e de fácil dissolução na água. 

QUAL A INDICAÇÃO?

comida liofilizada

Indicado para produtos que tenham elementos sensíveis ao calor, como proteínas, vitaminas e microrganismos. A liofilização conserva as propriedades nutritivas, pois as membranas das células não se rompem com a perda do vapor de água. Praticada em pequena escala no Brasil há mais de dez anos, passa agora para a produção de alimentos disponíveis como frutas, legumes e verduras, carnes bem como sopas, sucos em pó, entre outros.

APLICAÇÕES

Cada vez mais as indústrias alimentícias vêm se adequando à crescente exigência do consumidor moderno. Produtos artificiais, aromas assim também fragrâncias e sabores sintéticos estão sendo substituídas por produtos naturais de qualidade pelas mais variadas empresas que se preocupam também com o bem estar de todos. Sendo assim, nesta linha de pensamento, os produtos naturais desidratados por liofilização estão atualmente ocupando o mais alto patamar de qualidade e praticidade nos meios industriais. Substituindo com vantagens na praticidade os produtos “in natura” bem como em qualidade, os produtos sintéticos (EBLSA, 2011).

Leia também: MICROBIOTA INTESTINAL – FATORES QUE INFLUENCIAM

VANTAGENS E DESVANTAGENS DA LIOFILIZAÇÃO

Os alimentos que passam pelo processo de liofilização apresentam alta retenção das características sensoriais e qualidade nutricional. Assim também, apresentam uma vida de prateleira maior quando corretamente embalados, dependendo do alimento é possível a permanência em temperatura ambiente. Os compostos aromáticos voláteis não são absorvidos pelo vapor d’água e ficam presos na matriz do alimento. Sendo possível uma retenção de 80 a 100 % do aroma do alimento. Ainda, possibilitam maior facilidade no transporte, devido à leveza e por não necessitarem de refrigeração, acarretando um menor custo no transporte (EVANGELISTA, 2005).

VANTAGENS

  • Mantém propriedades nutritivas do alimento: isso é possível porque a liofilização não rompe as membranas das células de proteínas e vitaminas; 
  • Conservação do alimento: a retirada de água faz com que ele se conserve por mais tempo. 
  • Facilidade no transporte: essa é a vantagem que chamou a atenção de missões espaciais. Alimentos desidratados são usados para alimentar astronautas, o espaço limitado dentro das naves espaciais fez deste alimento uma solução;
  •  A leveza adquirida pela remoção da água faz dos alimentos desidratados a melhor opção para suprimentos de militares e de acampantes;
  •  Produtos com estrutura inalterada, fáceis de transformar em pó e dissolver, fáceis de reidratar;
  •  Reduzidas alterações nos nutrientes, cor, aroma bem como gosto (alimentos) e mínima perda de atividade em materiais sensíveis ao calor (microrganismos);
  •  Produtos liofilizados têm melhor qualidade que os mesmos produtos desidratados por outros métodos;
  •  Processo não poluidor, água residual baixa (1 a 3%), fácil de armazenar e de transportar; – Produtos com estrutura inalterada, fáceis de transformar em pó e de dissolver, fáceis de (re)hidratar (MUNDO EDUCAÇÃO, 2011);
  •  100% Natural, pois o processo dispensa o uso de agentes conservadores e outros aditivos;
  •  Processo na ausência de oxigênio, prevenindo contra as reações oxidativas.

DESVANTAGENS

  • Produtos com facilidade de hidratar. Além disso, sã. frágeis pelo que devem ser cuidadosamente embalados e armazenados;
  • Os alimentos desidratados porosos são mais suscetíveis às reações de oxidação (de lipídeos, pigmentos, vitaminas assim também substâncias aromáticas). O que limita sua conservação, por isso é aconselhável o acondicionamento no vácuo, em atmosferas inertes (embalados com nitrogênio), embalagens impermeáveis ao oxigênio e opacas;
  • A porosidade, a solubilidade e o grau de secagem fazem com que o material seja muito higroscópico;
  • O processo é lento, podendo demorar até 48 horas, dependendo do tamanho do lote e das unidades a serem liofilizadas, aumentando o custo do processo
  • Equipamento muito caro (3 vezes mais que em outros métodos de secagem);
  • Custo energético muito caro (2 a 3 vezes mais que em outros métodos de secagem) (MUNDO EDUCAÇÃO, 2011).

Não dúvidas que a liofilização é uma técnica muito superior de conservação que as demais. Por preservar as características do produto de modo particular, fato que nem sempre acontece nas demais técnicas. A decomposição térmica e perda de voláteis são reduzidas significativamente, preservando assim características essenciais de um alimento.

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CONSUMO SUSTENTÁVEL – MUDE PEQUENOS HÁBITOS

consumo sustentável

Ao contrário do que você pode imaginar, o consumo sustentável não significa mudar todo o seu estilo de vida ou mesmo fazer parte de uma ONG. 

consumo sustentável

Tudo deve começar a partir de pequenas mudanças de hábitos. Fazendo com que a sua rotina atue em prol da natureza.

Para isto, existem alguns truques bem simples e você vai conhecer cada um deles agora. 

5 TRUQUES PARA TER UM CONSUMO SUSTENTÁVEL 

consumo sustentável

EVITE JOGAR COMIDA FORA

Ainda que seja difícil de imaginar, em pleno 2019 ainda existem pessoas que morrem de fome ou mesmo sofrem com a desnutrição. 

O consumo sustentável deve começar na cozinha. Evitando jogar comida fora, reduzindo custos no mercado e que alguns estraguem dentro da geladeira. 

Para isso, compre aquilo que você realmente come, comece a fazer porções menores e sempre armazene de maneira adequada. 

Se quiser ajudar ainda mais o planeta, ofereça alimentos para instituições e pessoas da sua cidade, combatendo a fome. 

EVITE O PLÁSTICO 

Contaminando mais os oceanos a cada dia, o plástico é um verdadeiro vilão para um mundo sustentável. Tanto que marcas como a Adidas já utilizam lixo dos oceanos na produção de sapatos.

Você pode começar o consumo sustentável utilizando ecobags bem como mochilas. Assim também evitando sacolas de mercado, não utilizando canudos levando uma caneca em eventos e mais.

Além disso, outra dica é auxiliar outras pessoas a conhecer essas opções mais sustentáveis, uma pessoa de cada vez. 

SEPARE O SEU LIXO

Pode até parecer besteira, mas separar o lixo é uma das dicas sustentáveis mais antigas. Contudo, ainda é pouco utilizada. 

O ideal é separar itens como plásticos, papel bem como vidro, que podem ser recicláveis, de outras opões, como alimentos, metal e lixo especial, como baterias e eletrônicos. 

No caso de lixo especial, procure um posto adequado para descarte. 

reciclagem

Outra dica é separar o óleo de cozinha, nunca o despejando na pia, mas colocando em uma garrafa pet e levando até o posto de reciclagem mais próximo. 

COMPOSTAGEM – CONSUMO SUSTENTÁVEL

A compostagem é ideal para quem tem hortas ou canteiros ou conhece alguém que tenha. 

Nesse caso, você separa o lixo orgânicos, como cascas e restos de alimentos, e misturar na terra. Formando um dos melhores adubos conhecidos do mercado. 

Leia também: COMPOSTAGEM – COMO RECICLAR O LIXO ORGÂNICO

FOCO NOS PRODUTOS QUE PODEM SER REDUZIDOS

Existe uma série de produtos da rotina que você pode diminuir o consumo e garantir mais sustentabilidade. Seja uma garrafa plástica comprada na esquina ou mesmo talheres descartáveis. 

Dica bônus: comece a conhecer empresas e marcas que são sustentáveis. Compre e divulgue esses negócios que também estão concentrados em salvar o planeta. 

Assim, o seu consumo consciente começa na sua casa. Mas pode influenciar uma série de pessoas e se tornar uma corrente enorme. 

O consumo sustentável começa quando você olha para os seus hábitos prejudiciais ao meio ambiente e os muda, pouco a pouco e um passo de cada vez. 

Como conclusão, você economiza fazendo a sua parte e pode, mais tarde, ajudar outras pessoas a aderir a essa ideia.

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SISTEMA NERVOSO DO INTESTINO

sistema nervoso do intestino

Já parou para pensar no sistema nervoso do intestino?

Há locais em que o inconsciente beira o consciente. Estamos sentados na sala, almoçando. Enquanto isso, não percebemos que a alguns metros de distância, no apartamento ao lado, há outra pessoa sentada comendo alguma coisa.

Talvez até ouçamos de vez em quando um rangido estranho no chão, que nos faz pensar além de nossas paredes. Também em nosso corpo há áreas em relação às quais não percebemos nada. Não sentimos o que nossos órgãos fazem o dia inteiro.

Comemos um pedaço de torta: na boca ainda sentimos seu gosto e percebemos os primeiros centímetros de deglutição, mas então pluft!, nossa comida vai embora. A partir daí, tudo desaparece em uma área que na terminologia médica é chamada de “musculatura lisa”.

A MUSCULATURA LISA

A musculatura lisa não é controlada pela consciência. Ao microscópio, não parece a musculatura que somos capazes de controlar, como o bíceps. Conseguimos tensionar bem como conseguimos soltar o músculo do bíceps no braço quando quisermos. Nos músculos controláveis, as menores fibras são estruturadas de maneira muito ordenada, como se tivessem sido desenhadas com uma régua.

As subunidades da musculatura lisa produzem redes tecidas organicamente e se movimentam em ondas harmônicas. Nossos vasos sanguíneos também são revestidos pela musculatura lisa; por isso, muitas pessoas enrubescem quando ficam sem graça. A musculatura lisa descontrai-se com emoções como a vergonha.

Desse modo, as pequenas veias do rosto se expandem. Em muitas pessoas, a capa de músculo se contrai sob o estresse, reduzindo os vasos e fazendo com que o sangue os comprima, o que pode levar à pressão alta.

MUSCULATURA LISA E INTESTINO

O intestino é envolvido por três capas de musculatura lisa. Desse modo, pode movimentar-se com inconcebível flexibilidade e fazer diferentes coreografias em diferentes pontos. O coreógrafo desses músculos é o sistema nervoso próprio do intestino, que controla todos os procedimentos no canal digestivo e é extremamente independente.

sistema nervoso do intestino

Ainda que sua conexão com o cérebro fosse cortada, tudo continuaria a avançar com disposição e realizando a digestão. Um fenômeno como esse não existe em nenhuma outra parte do nosso corpo. As pernas ficariam imóveis, assim também os pulmões já não seriam capazes de respirar.

É pena que não percebamos conscientemente o trabalho dessas obstinadas fibras nervosas. Um arroto ou um peido podem até soar engraçados, mas o movimento por trás deles parece tão filigranado quanto o de uma bailarina.

Leia também: MICROBIOTA INTESTINAL – FATORES QUE INFLUENCIAM

SISTEMA NERVOSO DO INTESTINO

O sistema digestivo é como um segundo cérebro no corpo. Ele é extremamente comprido e possui em torno de 500 milhões de neurônios.

Não é nem perto dos 86 bilhões de neurônios presentes no seu cérebro de verdade, mas ainda é um número consideravelmente alto.

O intestino é o único órgão do corpo que funciona perfeitamente bem sem os comandos do cérebro. É por isso que o sistema neuronal do intestino é chamado de Sistema Nervoso Entérico, ou o SNE.

Esses neurônios fazem seu estômago produzir ácidos estomacais quando você começa a mastigar. Além disso, são eles que decidem quando a comida está digerida o bastante para ir do estômago para o intestino e também são eles que dizem para os músculos intestinais se moverem.

A maior parte destes neurônios se encontra nas paredes do intestino. Eles coordenam os movimentos do órgão e, só no fim do caminho, quando a vontade de evacuar aparece, é que o cérebro (e o SNC) retoma o controle.

Por anos, cientistas vêm estudando o SNE para descobrir sobre a conexão entre ele e o cérebro. Uma das principais descobertas envolve microbiota intestinal

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FEZES – QUE TAL UMA LEITURA SOBRE ELAS?

fezes

Muitas pessoas acham que as fezes consistem sobretudo no que comemos, mas isto não é verdade.

Vamos entender um pouco sobre as fezes?

Então vamos nessa!

COMPONENTES DAS FEZES

Três quartos das fezes consistem em água. Diariamente perdemos cerca de cem mililitros de líquido. No fluxo digestivo cerca de 8,9 litros já são reabsorvidos pelo intestino. O que vemos no vaso sanitário é, portanto, resultado da máxima eficiência.

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O líquido ali contido vem bem a calhar. Graças ao excelente teor de água, o excremento é macio o suficiente para transportar de maneira segura os restos do nosso metabolismo.

Um terço dos componentes sólidos são bactérias que serviram de microbiota intestinal e, por isso, desligam-se do serviço ativo. Outro terço é composto de fibras vegetais não digeridas. Quanto mais verduras e frutas se consomem, maiores serão os montículos produzidos. 

Assim, dos cem a duzentos gramas em média do peso do excremento, também se pode chegar a quinhentos gramas por dia.

O último terço é uma mistura composta de substâncias das quais o corpo quer se livrar, como os restos de medicamentos, corantes e colesterol.

Leia também: COCÔ – O QUE ACONTECE QUANDO FAZEMOS?

COR

A cor natural das fezes humanas varia do marrom ao marrom-amarelado, ainda que não se ingira nada nessa tonalidade. O mesmo se pode dizer da nossa urina que tende ao amarelo. Isso depende de um produto muito importante que fabricamos todos os dias: O SANGUE.

Por segundo, são produzidos 2,4 milhões de novos glóbulos sanguíneos. Uma quantidade igualmente elevada é eliminada ao mesmo tempo. A princípio a coloração vermelha é convertida em verde, depois em amarelo. Através da urina uma pequena parte do amarelo é eliminada.

A maior parte passa pelo fígado até chegar ao intestino. Nele, as bactérias ainda conseguem produzir mais uma cor: O MARROM. 

MARROM-CLARO AO AMARELO

Esse tom pode ser produzido pela doença de Meulengracht, que é inofensiva. Um enzima da desintegração das células sanguíneas, trabalha com apenas 30% da sua capacidade. Desse modo chegam menos pigmentos ao intestino. 

Afetando 8% da população, a doença de Meulengracht tem uma difusão relativamente ampla. Não chega a ser ruim, pois este defeito na enzima quase não quase dores. O único defeito colateral é a baixa tolerância ao paracetamol. Sendo assim é melhor evitar sua ingestão.

Outra causa para as fezes amareladas, são os problemas com as bactérias intestinais. Quando elas não trabalham direito, não produzem o marrom. A ingestão de antibióticos ou a diarreia pode misturar as cores em sua produção.

MARROM-CLARO AO CINZA

Se a conexão fígado com intestino for interrompida ou comprometida pelo caminho (geralmente após a vesícula biliar), o pigmento sanguíneo já não consegue chegar ao excremento. Passagens interrompidas nunca são boas. Por isso, quando se percebe essa coloração acinzentada é importante procurar um médico.

PRETO OU VERMELHO

O sangue coagulado é preto e o fresco é vermelho. desta vez, porém, trata-se não apenas do pigmento que pode ser convertido em marrom. Essas cores contém glóbulos sanguíneos inteiros. No caso de hemorróidas, o vermelho-claro não é preocupante, mas tudo que parecer mais escuro deve ser examinado pelo médico. A não ser que no dia anterior tenha-se comido beterraba.

CONSISTÊNCIA DAS FEZES

A escala fecal de Bristol existe desde 1997. Portanto, não é muito antiga se pensarmos que a evacuação existe há milhões de anos. Nesta escala são apresentadas 7 consistências diferentes para as fezes. Isso pode ser muito útil, pois a maioria das pessoas não gosta de falar sobre a aparência dos seu excremento.

Fezes

Mas o problema é que, por causa disso, pessoas que não têm uma evacuação saudável, acabam achando que suas fezes estão absolutamente normais, pois não a conhecem de outra forma. 

Uma digestão saudável, cujas as fezes, ao final, contém um bom teor de água, conduz ao tipo 3 ou 4 na escala de Bristol. As outras formas não deveriam estar na ordem do dia. No entanto, se estiverem, a pessoa pode consultar um médico para saber se sofre de intolerância a algum alimento ou se pode tomar alguma medida contra as constipações.

fezes escala de bristol

TIPO 1 E 2 – Comum em indivíduos com tendência à constipação. Fezes endurecidas, trânsito intestinal lento.

TIPO 3 E 4 – Comum em indivíduos com trânsito intestinal regular. Fezes brandas e ideais.

TIPO 5, 6 E 7 –  Comum em indivíduos com trânsito intestinal rápido ou diarreia. Fezes pastosas ou líquidas.

O tipo 4 é considerado o mais vantajoso, pois possui melhor relação água-material sólido.

cocô

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FRUTOSE E LACTOSE – INTOLERÂNCIA

frutose

As intolerâncias à frutose e à lactose estão atualmente desfrutando de alta popularidade. 

Vamos entender um pouco sobre elas?

Então vamos nessa!

INTOLERÂNCIA À LACTOSE

lactose

A lactose é um componente do leite e consiste em duas moléculas de açúcar quimicamente interligadas. A enzima digestiva que separa ambas não vem da papila. As células do intestino delgado a constroem sozinhas, em cima de suas menores vilosidades.

A lactose é dividida ao tocar a parede do intestino, e cada molécula de açúcar é absorvida. Na falta da enzima podem surgir dificuldades bem semelhantes às verificadas no caso de intolerância ou sensibilidade ao glúten: dores abdominais, diarreia ou gases.

No entanto, diferente da doença celíaca, aqui as partículas não digeridas de lactose não vagueiam pela parede do intestino. Simplesmente passam do intestino delgado para o grosso, onde alimentam bactérias produtoras de gases.

A flatulência e outros incômodos são, por assim dizer, a forma que micróbios superalimentados, como se estivessem no paraíso, encontram para expressar seu agradecimento. Embora isso seja muito desagradável, a intolerância à lactose não é, nem de longe, tão nociva quanto uma doença celíaca desconhecida.

Leia também: INTOLERÂNCIA À LACTOSE E PROBIÓTICOS

OS GENES PARA DIGESTÃO DA LACTOSE

Todo o mundo possui genes para a digestão da lactose. São raros os casos em que esses genes apresentam problemas desde o nascimento e os bebês não conseguem beber o leite materno sem sofrer fortes diarreias. Em 75% de todos os seres humanos, esses genes deixam de funcionar com a idade.

Afinal, deixamos de mamar no peito ou em mamadeiras. Embora a tolerância ao leite seja mais rara fora da Europa Ocidental, da Austrália e dos Estados Unidos, em outros lugares já se acumulam nos supermercados os produtos sem lactose, pois, segundo as estimativas atuais, um em cada cinco cidadãos têm intolerância à lactose.

Quanto mais velho, maior é a probabilidade de não conseguir quebrar o açúcar do leite. Muitas vezes, porém, nem passa pela cabeça de alguém com sessenta anos que a barriga inchada ou a leve diarreia vem do habitual copo de leite ou do delicioso molho branco.

Mas é um erro pensar que nessa idade já não se pode consumir leite. Na maioria dos casos, ainda há no intestino enzimas que quebram a lactose, embora sua atividade seja um pouco menor. Digamos que essa redução é de 10% a 15% em relação ao que conseguiam fazer antes.

INTOLERÂNCIA À FRUTOSE

Significativamente mais difundida na Alemanha é a intolerância à frutose. Um em cada três alemães têm problemas com a frutose, o açúcar das frutas. Também com a frutose a intolerância pode ser forte e congênita, e as pessoas afetadas já reagem com problemas digestivos às menores quantidades.

Porém, grande parte das pessoas apresenta algum problema com excesso de frutose. A maioria sabe pouco a respeito e, em uma compra, a expressão “com frutose” soa mais saudável do que “com açúcar”. Por isso, os fabricantes de doces preferem adoçar seus produtos com frutose pura, contribuindo, assim, para que nossos alimentos contenham mais frutose do que nunca antes.

Para muitos, uma maçã por dia não seria problema. Isso se o ketchup da batata frita, o iogurte de frutas adoçado e o cozido enlatado também já não contivessem a substância. Alguns tomates são cultivados de modo que contenham bastante frutose.

 frutose

Além disso, temos hoje uma oferta de frutas que sem a globalização e o transporte aéreo não poderia existir em lugar nenhum. Abacaxis de regiões tropicais dividem espaço com morangos frescos das estufas holandesas e alguns figos secos do Marrocos.

Portanto, o que classificamos como intolerância alimentar talvez seja apenas a reação de um corpo totalmente normal. Mas que, no período de uma geração, precisa se adaptar a uma alimentação que não teve milhões de anos antes.

O MECANISMO QUE SE ESCONDE POR TRÁS DA INTOLERÂNCIA À FRUTOSE

O mecanismo que se esconde por trás da intolerância à frutose é diferente daquele relacionado ao glúten ou à lactose. Pessoas com intolerância congênita têm poucas enzimas para processar a frutose dentro das células. 

Desse modo, a frutose pode se acumular aos poucos dentro das células e dificultar outros processos. Se a intolerância só aparece mais tarde na vida, supõe-se que o problema esteja na absorção da frutose no intestino. Nesse caso, muitas vezes há poucos canais de transporte (os chamados transportadores GLUT-5) na parede intestinal.

Quando se ingere uma pequena quantidade de frutose – por exemplo, uma pera –, os canais de transporte ficam sobrecarregados, e o açúcar da pera vagueia, como no caso da intolerância à lactose, até a microbiota intestinal no intestino grosso.

No momento alguns pesquisadores discutem se o número mais escasso de transportadores é realmente a origem do problema. Pois, pessoas sem esse distúrbio também enviam parte da frutose não digerida ao intestino grosso (sobretudo quando a quantidade é grande). 

Pode acontecer, por exemplo, de a microbiota intestinal ter uma composição inadequada. Nesse caso, quem come uma pera envia a frutose restante a uma equipe de bactérias intestinais que causa dores bastante desagradáveis. Obviamente, essas dores aumentam quanto mais ketchup, cozido enlatado ou iogurte de frutas já se tiver consumido antes.

INTOLERÂNCIA À FRUTOSE PODE ACABAR COM O HUMOR

frutose

Dependendo do grau da intolerância, o humor pode ser afetado. De fato, o açúcar contribui para que muitos outros nutrientes sejam absorvidos pelo sangue. Por exemplo, o aminoácido triptofano une-se de bom grado à frutose durante a digestão. Porém, quando temos tanta frutose no abdômen que boa parte dela não pode ser absorvida, também perdemos o triptofano.

Este, por sua vez, é necessário para a produção de serotonina. Um sinal químico conhecido como hormônio da felicidade, pois a falta dela pode levar à depressão. Desse modo, uma intolerância à frutose que permanece muito tempo sem ser descoberta também pode causar estados de ânimo depressivos. O conhecimento desse fato só passou a ser adotado muito recentemente nos consultórios médicos.

ALIMENTAÇÃO COM EXCESSO DE FRUTOSE PREJUDICA O HUMOR?

A partir de cinquenta gramas de frutose por dia (o equivalente a cinco peras ou oito bananas ou ainda cerca de seis maçãs), os transportadores naturais de mais da metade das pessoas ficam sobrecarregados. Comer a mais pode implicar consequências como diarreia, dor abdominal, gases e, a longo prazo, também estado de ânimo depressivo. Atualmente nos Estados Unidos o consumo de frutose já chegou a oitenta gramas. Usando mel para adoçar o chá, poucos produtos industrializados e mantendo um consumo normal de frutas, a geração anterior alcançava de 16 a 24 gramas por dia.

A SEROTONINA

É responsável não apenas pelo bom humor, mas também por uma sensação de saciedade. Ataques de fome e vontade constante de beliscar podem ser um efeito colateral da intolerância à frutose. Sobretudo quando, adicionalmente, surgirem outros distúrbios, como dor abdominal. Uma dica interessante também vale para quem costuma comer salada para fazer dieta.

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Muitos molhos prontos, vendidos nos supermercados ou em fast food, contêm xarope de frutose e glicose. Estudos comprovaram que esse xarope reprime determinados sinais químicos para a saciedade (leptina ) também em pessoas sem intolerância à frutose. Uma salada com as mesmas calorias, temperada com azeite e vinagre ou molho de iogurte feito em casa, mantém a saciedade por mais tempo.

PRODUÇÃO DE ALIMENTOS

Como tudo na vida, a produção de alimentos também está em constante mudança. Às vezes as inovações têm efeitos bons, outras vezes, ruins. Antigamente, salgar os alimentos, por exemplo, era um método avançado para evitar que as pessoas se intoxicassem com carne estragada.

Durante séculos, era costume salgar a carne e a salsicha com muitos sais de nitrito para conservação. Com isso, esses produtos adquiriam um tom vermelho vivo. Eis por que o presunto, o salame, os embutidos de carne bovina e suína ou as bistecas de porco não ficam marrom-acinzentados quando passam rapidamente pela frigideira, tal como um pedaço de bife ou costeleta não curtidos.

Em 1980, na Alemanha, o uso de nitrito foi rigorosamente proibido em razão de eventuais riscos à saúde. Atualmente, as salsichas não contêm mais do que cem miligramas (um milésimo de grama) de sal de nitrito por quilograma de carne.

Desde então, muito menos pessoas também adoecem de câncer no estômago. A correção de uma inovação que no passado fazia muito sentido também foi mais do que adequada. Hoje, açougueiros inteligentes misturam muita vitamina C a pouco nitrito para tornar a carne durável de maneira segura.

NO QUE SE REFERE AO TRIGO, À LACTOSE E À FRUTOSE…

Esse modo moderno de pensar também poderia ser necessário no que se refere ao uso do trigo, do leite e da frutose. É bom ter esse tipo de alimento em nossa dieta porque contém substâncias importantes. Mas talvez devêssemos reconsiderar a quantidade que consumimos.

Enquanto nossos antepassados caçadores e coletores comiam todo ano até quinhentos tipos diferentes de raízes, folhas e vegetais autóctones, a maior parte da nossa comida hoje vem de dezessete vegetais consumíveis. Não é de surpreender que nosso intestino encontre dificuldades com essas mudanças.

PROBLEMAS DIGESTIVOS DIVIDEM A SOCIEDADE EM DOIS GRUPOS

O primeiro se preocupa com a própria saúde e cuida muito bem da alimentação. Já o segundo é o de pessoas que se irritam porque mal conseguem preparar um jantar para os amigos sem fazer compras na farmácia. 

Ambos os lados têm razão. Muitas pessoas tornam-se cuidadosas ao extremo quando ficam sabendo pelo médico que sofrem de alguma intolerância alimentar e percebem que seus distúrbios melhoram quando deixam de consumir alguma coisa. Param de comer frutas, cereais ou laticínios como se estes contivessem veneno. 

Só que, na verdade, a maior parte dessas pessoas apresenta sensibilidade a muitos desses alimentos e não é totalmente intolerante por razões genéticas. Essas pessoas costumam ter enzimas suficientes para um pouco de molho branco. Assim, podem se permitir um pedaço de pretzel ou uma fruta de sobremesa de vez em quando.

De todo modo, deve-se prestar atenção na sensibilidade em si. Nem toda inovação em nossa cultura alimentar tem, necessariamente, de descer goela abaixo. Trigo no café da manhã, no almoço e no lanche noturno, frutose em todo produto industrializado, sem exceção, ou leite por muito tempo após o período de amamentação – não é loucura se nosso corpo não gostar de nada disso. Dores abdominais constantes não surgem do nada, tampouco diarreias recorrentes ou fadiga intensa, e ninguém deve aceitar isso como normal.

ALÉM DISSO…

Excessos em geral, tratamentos à base de antibióticos, forte estresse ou infecções gastrintestinais são gatilhos típicos para que, durante um período, se reaja com sensibilidade a alguns alimentos. Porém, tão logo retorne a tranquilidade saudável, é possível colocar o intestino sensível novamente em ordem. Nesse caso, a solução não é uma renúncia para a vida toda, e sim poder voltar a comer algo que por um período não se tolerou – só que em quantidades que se consiga tolerar.

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COMIDA – O QUE REALMENTE COMEMOS?

comida

Você já parou para refletir sobre sua comida? O que realmente está ingerindo?

Vamos fazer um passeio para tentarmos esclarecer?

Então vamos nessa!

A FASE MAIS IMPORTANTE DA DIGESTÃO

A fase mais importante da nossa digestão ocorre no intestino delgado, quando a superfície mais extensa depara com o menor fragmento de alimento. Nesse local é decidido se toleramos lactose, o que é um alimento saudável ou que tipo de comida provoca alergias.

COMIDA INTESTINO DELGADO

Nessa última etapa, nossas enzimas digestivas trabalham como minúsculas tesouras. Vão recortando a comida até ela chegar ao mínimo denominador comum com as células do nosso corpo.

O truque da natureza é que todas as coisas consistem nos mesmos materiais fundamentais: moléculas de açúcar, aminoácidos e gorduras. Todos os nossos alimentos provêm de seres vivos – pela definição biológica, entre eles estão tanto uma macieira quanto uma vaca.

AS MOLÉCULAS DE AÇÚCAR – COMIDA

Moléculas de açúcar podem ligar-se a cadeias complexas. Nesse caso, já não têm o gosto doce e constituem os chamados carboidratos, presentes em alimentos como pão, macarrão ou arroz.

Quem digere uma torrada recebe, após o trabalho de fragmentação realizado pelas enzimas, o seguinte produto final. A mesma quantidade de moléculas de açúcar encontrada em algumas colheres de açúcar branco. 

açúcar comida

A única diferença está no fato de que o açúcar comum não necessita de um grande processamento por parte das enzimas, pois chega tão fragmentado ao intestino delgado que pode ser diretamente absorvido pelo sangue. Muito açúcar puro de uma só vez adoça nosso sangue por um curto período.

O açúcar da torrada clara é digerido pelas enzimas com relativa rapidez. Já com o pão integral o processo é bem mais demorado. Ele consiste em cadeias muito complicadas, que têm de ser desmontadas pedaço por pedaço. 

ASSIM…

Em vez de ser uma bomba de açúcar, o pão integral é um depósito benéfico dessa substância. De resto, o corpo precisa reagir de maneira muito mais intensa a uma edulcoração repentina para trazer tudo de volta a um equilíbrio saudável.

Por isso, libera grandes quantidades de hormônio, sobretudo insulina, fazendo com que, passada a operação especial, logo voltemos a nos sentir cansados. Quando o açúcar não é absorvido rápido demais, ele é um importante recurso natural.

Podemos utilizá-lo como combustível para nossas células. Assim também para produzir estruturas próprias de açúcar, como os glicocálices em forma de galhos de veado em nossas células intestinais.

Apesar disso, nosso corpo gosta de doce açucarado, pois assim economiza trabalho. Justamente porque esse tipo de açúcar é de absorção mais rápida, tal como as proteínas quentes. Acrescente-se a isso que o açúcar é convertido em energia a uma velocidade muito elevada. Por sua vez, este bem-sucedido fornecimento de energia é recompensado pelo cérebro com boas sensações.

ARMADILHA AÇUCARADA 

armadilha açucarada

Nunca na história da humanidade tivemos de lidar com uma oferta tão excessiva de açúcar. Nos supermercados americanos, cerca de 80% dos produtos industrializados são acrescidos de açúcar. Portanto, do ponto de vista da técnica da evolução, nosso corpo acabou de encontrar o esconderijo de comida doce e se empanturra inocentemente, antes de desmoronar no sofá com um choque de açúcar e dor de barriga.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o quarto maior consumidor de açúcar no mundo (12 milhões de toneladas/ano).

Ainda segundo a entidade, os brasileiros consomem 50% a mais de açúcar do que o recomendado. Isso significa que, por dia, cada brasileiro, consome, em média, 18 colheres de chá do produto (o que corresponde a 80g de açúcar/dia), quando o recomendado pela OMS seria até 12 colheres.

Embora saibamos que não faz bem ficar beliscando muitos doces, não podemos levar a mal nossos instintos se eles aproveitam a ocasião com entusiasmo. Se ingerimos comida com açúcar demais, simplesmente o armazenamos para períodos difíceis. No fundo, é um procedimento prático.

ARMADILHA AÇUCARADA

Por um lado, fazemos isso remodelando-o em cadeias de açúcar muito longas e armazenando-o como glicogênio no fígado; por outro, transformando-o em gordura e acumulando-o no tecido adiposo.

O açúcar é a única substância que nosso corpo consegue utilizar com pouco gasto de energia para produzir gordura.

Depois de alguns instantes de corrida, as reservas de glicogênio são consumidas. Bem no momento em que se pensa: de repente essa corrida ficou cansativa. Por isso, os fisiologistas da nutrição aconselham que se pratique no mínimo uma hora de atividade física quando se quer perder gordura.

 correr na esteira gif

No mais tardar, após a primeira diminuição do desempenho, as nobres reservas são efetivamente extraídas. Talvez fiquemos irritados com o fato de que a gordura abdominal não vá logo embora. Mas nosso corpo não entende essa irritação, afinal, as células humanas veneram a gordura.

GORDURA – COMIDA

De todas as partículas alimentares, a gordura é a substância mais eficiente e valiosa. Os átomos são agrupados de maneira tão inteligente que a gordura – em comparação com os carboidratos ou as proteínas – consegue reunir o dobro de energia por grama. Nós a utilizamos para revestir os nervos, tal como os invólucros de plástico ao redor dos cabos elétricos. 

Graças a esse revestimento, pensamos com mais rapidez. Alguns hormônios importantes no nosso corpo são feitos de gordura. Além disso, cada uma de nossas células é envolvida em uma membrana gordurosa. 

Uma substância tão importante como essa é protegida, e não dissipada logo no primeiro e curto sprint. Caso sobrevenha mais um período de carestia – e foram muitos nos últimos milhões de anos –, todo grama de gordura abdominal torna-se um seguro de vida. 

gordura

Para nosso intestino delgado, a gordura também é algo muito especial. Como os outros nutrientes, não pode simplesmente sair do intestino e ser absorvida pelo sangue. A gordura não se dissolve em água. Ela poderia obstruir os minúsculos vasos sanguíneos nas vilosidades do intestino delgado e boiar nas veias como azeite na água do espaguete. Por isso, a absorção da gordura ocorre de maneira diferente: através do sistema linfático.

SISTEMA LINFÁTICO

Os vasos linfáticos são para os vasos sanguíneos mais ou menos o que o Robin é para o Batman. Todo vaso sanguíneo no interior do corpo é acompanhado por um vaso linfático. Assim como toda pequena veia no intestino delgado.

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As veias são espessas e vermelhas e bombeiam heroicamente os nutrientes para nossos tecidos. Os vasos linfáticos são finos, de esbranquiçados a transparentes. Eles recuperam no tecido o fluido bombeado e transportam células imunocompetentes para prover todas as partes com o que é necessário.

Os vasos linfáticos são muito frágeis porque não possuem paredes musculosas como nossas veias. Com frequência, trabalham com a força da gravidade. É por isso que de manhã, quando acordamos, nossos olhos ficam inchados.

sistema linfático

Na posição deitada, a gravidade não consegue fazer muita coisa. E, embora os pequenos vasos linfáticos do rosto fiquem abertos de bom grado, somente quando nos colocamos em pé é que o fluido que durante a noite foi transportado para esse local pode voltar a fluir para baixo. Após uma longa caminhada, nossas pernas não se enchem de líquido, pois, a cada passo, seus músculos comprimem os vasos linfáticos, fazendo com que a água dos tecidos seja mandada para cima.

Em todo o corpo, a linfa está entre os subestimados fracos – a não ser no intestino delgado. Nele, ela faz sua grande aparição! Todos os vasos linfáticos confluem para um vaso consideravelmente largo. Lá, podem reunir toda a gordura acumulada, sem o risco de obstrução.

O DUCTO TORÁCICO 

Poderíamos apresentá-lo da seguinte forma: “Viva o ducto! E que ele nos ensine por que a gordura nobre é tão importante, e a ruim, tão nociva!” Logo após uma refeição rica em gordura, encontram-se no ducto tantas gotas minúsculas de gordura que o fluido deixa de ser transparente para adquirir um aspecto leitoso, que recebe o nome de quilo. 

Tanto os homens quanto as mulheres o possuem. Depois que se acumula no ducto, a gordura faz uma curva no abdômen, atravessa o diafragma e vai direto para o coração. Nele é vertido o líquido acumulado das pernas, das pálpebras e do intestino. Portanto, seja o nobre azeite de oliva, seja a gordura resultante de uma fritura barata, tudo é despejado diretamente no coração. Antes disso, não há nenhum desvio pelo fígado – como acontece com todas as outras coisas que digerimos.

A desintoxicação da gordura perigosa e ruim só ocorre depois que o coração já bombeou tudo com força e que as gotas de gordura chegaram por acaso a um vaso sanguíneo do fígado.

Este órgão abriga muito sangue, razão pela qual é alta a probabilidade de logo ocorrer um encontro. Mas antes o coração e os vasos ficam entregues, sem nenhuma proteção, ao que se pode adquirir no McDonald’s e companhia pelo menor preço.

GORDURA BOA E GORDURA RUIM – COMIDA

comida

Assim como a gordura ruim pode fazer mal, a boa pode ter efeitos maravilhosos. Quem gastar um pouco mais com um verdadeiro azeite de oliva (extravirgem) prensado a frio, molhará sua baguete em um bálsamo benéfico para o coração e os vasos sanguíneos. 

Muitos dos estudos sobre o azeite de oliva sugerem que ele é capaz de proteger-nos da arteriosclerose, do estresse celular, do Alzheimer e de doenças oculares (como a degeneração da mácula). Além disso, veem-se efeitos positivos no caso de doenças inflamatórias, como na artrite reumatoide, e na prevenção a determinados tipos de câncer.

Não somos os únicos a nos beneficiar do azeite de oliva; nossas bactérias intestinais também gostam desse pequeno cuidado.

Um bom azeite de oliva pode até custar um pouco mais, mas não tem gosto rançoso – ao contrário, é verde e frutado – e, ao ser engolido, às vezes causa uma sensação de aspereza devido ao tanino. Quem achou essa descrição abstrata demais pode consultar os diversos selos de qualidade nas boas garrafas.

FIQUE LIGADO

Verter alegremente o azeite de oliva em uma frigideira não é uma boa ideia, pois o calor estraga muita coisa. Embora as bocas quentes do fogão deixem o bife e o ovo uma maravilha, não são boas para os ácidos graxos oleicos, que podem ser quimicamente alterados.

Os azeites nobres não apenas são sensíveis ao calor, como também apanham radicais livres no ar. Os radicais livres causam muitos danos ao nosso corpo porque, na verdade, não gostam nem um pouco de ser livres, preferindo estar firmemente presos a algum lugar. 

Desse modo, ligam-se a tudo que é possível – vasos sanguíneos, pele do rosto ou células nervosas –, causando rompimento de vasos, envelhecimento da pele e doenças nervosas. Se quiserem se prender ao nosso azeite, tudo bem, mas, por favor, só ao nosso corpo, e não à nossa cozinha. Por isso, é importante fechar bem a garrafa depois de usá-la e guardá-la na geladeira.

GORDURA ANIMAL E GORDURA VEGETAL

A gordura animal presente na carne, no leite ou nos ovos contém muito mais ácidos araquidônicos do que os óleos vegetais. A partir dos ácidos araquidônicos, nosso corpo produz sinais químicos hiperalgésicos.

Em contrapartida, em óleos como o de canola, linhaça ou cânhamo, há uma quantidade maior de ácidos alfalinoleicos, que são anti-inflamatórios. Enquanto no azeite de oliva encontra-se uma substância com efeito parecido, conhecida como oleocanthal. Essas gorduras agem de modo semelhante ao ibuprofeno ou à aspirina, só que em doses muito menores.

Portanto, não ajudam em caso de dor aguda de cabeça. Mas um uso regular delas pode ajudar quando se tem uma doença inflamatória. Ou ainda, se sofre com frequência de dores de cabeça ou resultantes da menstruação.

Às vezes, as dores se atenuam quando se passa a consumir mais gordura vegetal do que gordura animal.

EXCESSO DE GORDURA NO CORPO

No corpo também pode haver excesso de gordura, que, quando em excesso – não importa se é gordura boa ou ruim –, ultrapassa nossas capacidades. É como passar creme demais no rosto. Os fisiologistas da nutrição recomendam suprir de 25% a 30% da necessidade diária de energia com gordura. Isso equivaleria, em média, a 55 até 66 gramas por dia. Pessoas de grande porte que praticam esportes podem consumir um pouco mais. Enquanto as de constituição física menor e mais sedentárias devem consumir menos.

Depois dos carboidratos e da gordura, agora só falta a terceira e talvez mais desconhecida pedra fundamental da nossa comida: os aminoácidos.

AMINOÁCIDOS – COMIDA

É estranho imaginar, mas o tofu de sabor neutro ou semelhante a nozes ou a carne condimentada e salgada consiste em meros ácidos pequenos. Como no caso dos carboidratos, os pequenos tijolos são alinhados em cadeia. Por isso, têm um sabor diferente e acabam recebendo outro nome: proteína. 

No intestino delgado, as enzimas digestivas desmontam a estrutura, e a parede do intestino apanha os fragmentos valiosos. Existem vinte desses aminoácidos e infinitas possibilidades de combiná-los com as mais diferentes proteínas. Entre muitas outras coisas, nós, humanos, construímos a partir disso nosso DNA. Nosso patrimônio genético, a cada nova célula que diariamente produzimos.

Outros seres vivos fazem o mesmo, quer sejam plantas, quer sejam animais. Por isso, tudo que consegue se alimentar na natureza contém proteína. Contudo, seguir uma alimentação sem carne nem sintomas de deficiência é mais difícil do que muitos imaginam. As plantas constroem proteínas diferentes das dos animais e muitas vezes utilizam tão pouco um aminoácido que suas proteínas são consideradas “incompletas”. Se quisermos construir nossas próprias proteínas a partir dos seus aminoácidos, só avançaremos na cadeia até um aminoácido nos escapar!

AMINOÁCIDOS – COMIDA

Proteínas incompletas acabam sendo destruídas, e eliminamos os pequenos ácidos através da urina ou os reciclamos de alguma forma. Ao feijão falta o aminoácido metionina ; ao arroz e ao trigo falta a lisina ; ao milho chegam a faltar dois: a lisina e o triptofano! 

Mas este não é o triunfo dos amantes da carne sobre as pessoas que não consomem esta comida: vegetarianos e veganos só precisam fazer combinações mais inteligentes. Embora o feijão não contenha metionina , tem uma enorme quantidade de lisina – uma tortilha de trigo com pasta de feijão e um belo recheio fornece todos os aminoácidos necessários para se produzirem as próprias proteínas. 

Leia também: VEGANOS PODEM CONSUMIR KEFIR?

Quem come ovo e queijo também consegue equilibrar as proteínas incompletas. Em muitos países, há séculos as pessoas fazem suas refeições de maneira totalmente intuitiva, e as complementam da seguinte forma: arroz com feijão, macarrão com queijo, pão pita com homus ou torrada com manteiga de amendoim. Teoricamente, a combinação nem precisa ser feita em uma mesma refeição; basta que ocorra ao longo do dia.

Há também vegetais que contêm todos os aminoácidos importantes em quantidades suficientes. São eles a soja, a quinoa ou ainda o amaranto, as algas espirulina, o trigo sarraceno e as sementes de chia. Por isso, o tofu tem direito à sua fama de substituto da carne. Mas com a limitação de que cada vez mais pessoas apresentam reações alérgicas a ele.

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REFERÊNCIA:

O discreto charme do intestino, Enders, G. umfmartinsfontes, São Paulo, 2015.

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APÊNDICE – ELE É MESMO NECESSÁRIO?

apêndice

Será mesmo que o apêndice é necessário?

Que tal tentarmos entender sua função?

Então vamos lá!

UM POUCO DE HISTÓRIA SOBRE OS EXAMES PARA DIAGNÓSTICO DA APENDICITE

O paciente está deitado na sala de exames de um consultório médico, com um termômetro na boca e outro no traseiro. Há dias mais bonitos do que esse. Antigamente, este era um dos exames feitos quando havia a suspeita de apendicite.

Se a temperatura do traseiro fosse nitidamente mais elevada que a da boca, esse indício era considerado importante. Hoje, os médicos já não confiam nas diferenças indicadas pelos termômetros. Os indícios de apendicite são febre e dores do lado direito, abaixo do umbigo (é onde se encontra o apêndice na maioria das pessoas).

apêndice cecal

Na maioria das vezes, apertar o local causa dor, enquanto à esquerda do umbigo curiosamente sente-se alívio. Mas assim que se retira o dedo do lado esquerdo… ai! Isso porque nossos órgãos abdominais são revestidos por um líquido protetor. Quando se aperta o lado esquerdo, o apêndice inflamado do lado direito flutua em um travesseiro de líquido, e isso o faz sentir-se bem. Outro indício de apendicite são dores ao levantar a perna direita contra uma resistência (alguém precisa pressioná-la na direção contrária), falta de apetite ou enjoo.

NOSSO APÊNDICE É CONSIDERADO UM ÓRGÃO INÚTIL 

Embora alguns acreditem que o apêndice seja um órgão inútil, nenhum médico no mundo tiraria o apêndice de um paciente com dores abdominais. Oficialmente, trata-se de uma parte importante do intestino grosso. O que se extrai é o apêndice cecal, preso à parte inferior do apêndice. 

apêndice

Ele nem sequer parece um verdadeiro pedaço do intestino, e sim uma bexiga vazia, com a qual os palhaços moldam formas de animais. Não é de admirar que ninguém o leve a sério e o chame pelo nome do pedaço de intestino maior e mais próximo, ao qual ele se prende.

Leia também: INTESTINO – NELE HABITAM ANJOS E DEMÔNIOS

NOSSO APÊNDICE CECAL

Nosso apêndice cecal não apenas é minúsculo demais para se ocupar do bolo alimentar, como também está preso a um local onde quase não chega comida.

O intestino delgado desemboca um pouco mais acima, na lateral do intestino grosso, e, por isso, simplesmente o ignora. Trata-se de um ser que praticamente só vê de baixo o que o mundo empurra por cima dele. Embora esteja bem distante de seus colegas, o apêndice cecal pertence ao tecido imunológico das amígdalas.

Nosso intestino grosso se ocupa de coisas que não podem ser absorvidas pelo intestino delgado. Por isso, sua aparência não é aveludada. Seria um esforço inútil muni-lo de vilosidades prontas para a absorção. 

Em vez disso, ele constitui o lar de bactérias intestinais que fragmentam os últimos restos de comida para nós. Nosso sistema imunológico também se interessa muito por essas bactérias.

O PRIVILÉGIO 

O apêndice cecal situa-se em um lugar privilegiado. Distante o suficiente para não se ocupar de toda a tralha alimentícia, mas também perto o suficiente para observar todos os micróbios estranhos.

Enquanto nas paredes do intestino grosso há grandes depósitos com células imunocompetentes, o apêndice cecal constitui-se quase exclusivamente de tecido imunológico.

Se um germe ruim passar por ele, é logo cercado. Contudo, isso também significa que tudo ao seu redor pode inflamar – por assim dizer, um panorama de 360°. Se o pequeno apêndice cecal inchar muito, terá ainda mais dificuldade para expulsar o germe de dentro de si.

Por isso, todos os anos, só na Alemanha são realizadas mais de cem mil cirurgias de apêndice. Mas esse não é o único efeito. Se apenas os bons sobrevivessem no local e tudo que é perigoso fosse atacado, o argumento em contrário seria de que em um apêndice cecal saudável encontra-se uma seleta coleção das mais refinadas e úteis bactérias.

RESULTADO DE ESTUDOS

Os pesquisadores americanos Randal Bollinger e William Parker, apresentaram a teoria de que no apêndice cecal encontra-se uma coleção das mais refinadas bactérias úteis em 2007.

apêndice

Na prática, isso acontece, por exemplo, após uma forte diarreia. Em seguida, é comum que muitos dos moradores típicos do intestino sejam expulsos. Deixando a superfície livre para novos micróbios formarem suas colônias.

Não é nada recomendável deixar esse trabalho ao acaso. E é justamente nesse momento que, segundo Bollinger e Parker, a equipe do apêndice cecal entra em ação e se espalha a partir de baixo por todo o intestino grosso para protegê-lo.

ELE NÃO É INÚTIL! ELE EXERCE UM PAPEL IMPORTANTE DENTRO DE NÓS!

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TRANSTORNOS ALIMENTARES – VAMOS ENTENDER?

transtornos alimentares

Transtornos alimentares é um tema que merece uma atenção especial.

Quando foi que a sociedade se perdeu a ponto de termos a comida como a nossa inimiga? Quando que nossos corpos começaram a ser odiados pela sua forma? Nesta compulsão fitness, corpos “perfeitos” nos dão uma distorção gigante do que é se nutrir e como levar uma vida saudável.

NOS VENDEM SAÚDE, MAS NOS DÃO ESTÉTICA E PADRONIZAÇÃO

Ai, como é difícil amar o nosso corpo! A pressão estética nos conduz a este caminho, a mídia, a medicina desumanizada, as marcas, os moldes…. tudo. E você ainda está se punindo pensando nas guloseimas do São João enquanto lê este texto, eu sei.

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Por essas e outras que é mais comum do que a gente imagina ver pessoas sofrendo com transtornos alimentares. É a amiga que para de comer (ou não consegue parar), o cara que não sai da academia e chega a tomar “bomba” para esculpir os músculos ou quem toma laxantes e até induz vômito. 

 transtorno alimentar homens


Nós aqui da BioLogicus costumamos falar bastante sobre a importância da alimentação. Assim também da prática de exercícios físicos diariamente, mas é preciso atenção: TUDO EM EXCESSO PODE VIRAR PROBLEMÁTICO! 

Esse assunto é bastante sério e talvez mais comum do que você imagina (inclusive na minha vida, sabia?). Por isso resolvi aproveitar esse espaço aqui no blog para discutir um pouquinho com vocês (espero esclarecer e ajudar) sobre o assunto. 

DICA: O exercício físico não pode se tornar uma punição para você. Não entre nessa de “comeu, tem que pagar”.  

Leia também: SER MAGRO NÃO SIGNIFICA TER SAÚDE

TRANSTORNOS ALIMENTARES

Se você se identificar em algum dos comportamentos abaixo (ou no de alguém que você gosta), recomendo procurar um especialista – médicos (nutrólogos, psiquiatras e clínicos gerais), nutricionistas, psicólogos, preparadores físicos e outros profissionais em conjunto são essenciais para recuperar a nossa saúde (física e mental). Não tenha medo, os profissionais são preparados para estarem com a gente nessa – árdua – caminhada. 

transtornos alimentares

SE LIGA: Para quem sofre com algum desses transtornos alimentares, o apoio da família e dos amigos é importante DEMAIS. Negar que existe algo errado não é um bom caminho, muito embora a falta de comunicação nesses casos pareça o padrão (muitas vezes a família também precisa de cuidados, como terapia familiar)! 

transtorno alimentar

É difícil definir o que desencadeia cada um desses transtornos alimentares. Porém, já é sabido que existe um fator social nisso tudo, por isso é tão importante a gente falar sobre o culto à padrões estéticos inalcançáveis. 

SE LIGA: Falar sobre mudança de padrões pode parecer trabalho de formiguinha, mas se começarmos a trazer esses assuntos nas nossas “bolhas sociais”, vamos desmistificando aos poucos as situações em que o “saudável” se torna problemático. 

Vamos começar a olhar para dentro e não apenas para fora? Cuidar da aparência, mas ainda mais (e principalmente!) de como a gente se sente. SE AMAR É UM ATO REVOLUCIONÁRIO!

Se identificou com os sintomas listados aqui? Procure ajuda. 

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