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COCÔ – O QUE ACONTECE QUANDO FAZEMOS?

cocô

Já parou pra pensar no que acontece quando fazemos cocô?

Que tal entendermos um pouco mais sobre o funcionamento do nosso organismo?

Então vamos nessa!

POR QUE É IMPORTANTE FAZER ESTA PERGUNTA?

A escritora Giulia Enders era estudante de medicina quando um amigo a indagou:

“Giulia, você, que está estudando medicina, me diga o que acontece quando fazemos cocô.”

Giulia relata que a pergunta mudou muita coisa pra ela. Tanto que foi para o quarto, sentou-se no chão e passeou por três livros. Assim, quando finalmente encontrou a resposta ficou bastante surpresa. Algo tão cotidiano era muito mais inteligente e impressionante do que ela poderia imaginar.

O FUNCIONAMENTO DA EVACUAÇÃO É UMA PROEZA

Dois sistemas nervosos trabalham escrupulosamente juntos para descartar nosso lixo da maneira mais discreta e higiênica possível.

Quase nenhum outro animal cumpre essa tarefa de modo tão exemplar e ordenado como nós. Para tanto, nosso corpo desenvolve toda sorte de mecanismos e truques. A começar pela sutileza dos nossos mecanismos de fechamento.

COCÔ

Quase todo o mundo conhece apenas o esfíncter externo, que conseguimos abrir e fechar intencionalmente. Mas existe outro esfíncter muito semelhante, a poucos centímetros de distância, que não conseguimos controlar de maneira consciente.

Sendo assim, cada um desses dois esfíncteres representa os interesses de outro sistema nervoso. O esfíncter externo é o fiel colaborador de nossa consciência. Quando nosso cérebro acha inadequado ir ao banheiro fazer cocô em determinado momento, o esfíncter externo ouve a consciência e aperta-se o máximo que consegue. Em contrapartida, o esfíncter interno representa o nosso mundo interno e inconsciente. Se há alguém que goste de flatulências ou não, ele não está nem aí. A única coisa que lhe interessa é nosso bem-estar interno. Os gases estão nos comprimindo? O esfíncter interno quer manter tudo que é desagradável longe do nosso corpo. Então, o importante é que a vida dentro do corpo seja confortável, que nada a incomode.

QUANDO SE TRATA DO COCÔ OS ESFÍNCTERES PRECISAM TRABALHAR JUNTOS

Quando os restos de nossa digestão (cocô) chegam ao esfíncter interno, ele se abre como que por reflexo. Mas não manda tudo de uma vez para o colega de fora; primeiro, só uma amostra.

Em seguida, no espaço entre o esfíncter interno e o externo encontram-se várias células sensoriais. Elas analisam o produto fornecido para definir se ele é sólido ou gasoso e enviam sua informação lá para cima, para o cérebro. Nesse momento, o cérebro observa: Preciso ir ao banheiro!… ou talvez só soltar gases.

Ele faz, então, o melhor que pode com sua “consciência consciente”: insere-nos em nosso ambiente. Para tanto, recebe informações dos olhos bem como das orelhas e consulta seu patrimônio de experiências. Em segundos, surge a primeira avaliação, que o cérebro transmite de volta ao esfíncter externo: “Dei uma olhada, estamos justamente na sala da tia Berta – talvez até dê para soltar uns gases, mas só se você deixá-los escapar sem fazer barulho. Resíduo sólido, melhor não.”

Esfíncter

Assim, o esfíncter externo compreende e se fecha com toda a fidelidade, mais apertado ainda do que antes. O esfíncter interno também acaba recebendo esse sinal e respeita a decisão do colega. Então, eles se unem e empurram a amostra para uma fila de espera. Em algum momento ela terá de sair, mas não aqui e agora. Algum tempo depois, o esfíncter interno vai testar outra amostra. Se nesse meio-tempo já estivermos comodamente sentados no sofá de casa, o campo estará livre!

QUAL A IMPORTÂNCIA DO NOSSO MUNDO INTERNO PARA NÓS E QUE ACORDO FAZEMOS PARA NOS ENTENDERMOS BEM COM O MUNDO EXTERNO?

Nosso esfíncter interno é um cara decente. Seu lema é: o que deve ir para fora tem de sair. E não há muito que interpretar nesse seu lema. Em contrapartida, o esfíncter externo tem sempre de cuidar da parte complicada: teoricamente, até poderíamos usar o banheiro alheio, ou melhor não? Será que nos conhecemos o suficiente para soltar puns na frente um do outro? Tenho de ser o primeiro a quebrar o gelo? Se eu não for agora ao banheiro, só vou poder ir à noite, e ao longo do dia isso pode se tornar desagradável!

Talvez os pensamentos dos esfíncteres não soem necessariamente merecedores do prêmio Nobel, mas, no fundo, são questões fundamentais da nossa humanidade.

Mundo interno

Um reprime até não poder mais os gases mais desagradáveis até chegar em casa morrendo de dor de barriga; o outro se deixa levar pelo dedo mindinho em uma festa de família na casa da avó e começa a soltar os próprios puns bem alto, como em um divertido show de mágica. Assim, a longo prazo, talvez o melhor acordo esteja entre os dois extremos.

Se nos impedimos várias vezes seguidas de ir ao banheiro, embora tenhamos necessidade, acabamos intimidando o esfíncter interno. Com isso, podemos até reeducá-lo. A musculatura circunstante bem como ele próprio são tão disciplinados pelo esfíncter externo que acabam se desencorajando. Quando a comunicação dos esfíncteres se torna glacial, podem surgir até constipações.

Leia também: CONSTIPAÇÃO – SEU CORPO PRECISA IR AO BANHEIRO

OUTROS CASOS

Isso também pode acontecer às mulheres quando dão à luz, sem que elas exerçam nenhuma repressão intencional ao funcionamento da evacuação. Nesse caso, delicadas fibras nervosas, através das quais os dois esfíncteres se comunicam, podem se romper.

Entretanto, a boa notícia: os nervos também podem voltar a se aglutinar. Dessa forma, pouco importa se os danos foram causados por um parto ou de outra forma; nesse caso, ocorre a chamada terapia de biofeedback.

TERAPIA DE BIOFEEDBACK E COCÔ

Com ela, os esfíncteres que ficaram separados por um tempo aprendem a se entender novamente. Esse tratamento é realizado em procedimentos gastroenterológicos selecionados. Uma máquina mede a produção do trabalho em conjunto do esfíncter externo com o interno. Se estiverem funcionando bem, a recompensa é um som ou um sinal verde.

É como em um desses programas de televisão em que, quando se responde corretamente à pergunta, luzes se acendem no palco bem como ouve-se um tilintar. Só que, em vez de ser na televisão, isso acontece no consultório, quando o médico coloca um eletrodo munido de sensor no traseiro do paciente.

Dessa forma, quando o esfíncter interno e o externo voltam a se entender, tem-se de imediato muito mais disposição para ir ao banheiro.

Então, no fundo, no fundo, o tema “intestino” interessa a muita gente. Basta desmistificar a ideia de falar sobre ele e todos os assuntos que o permeiam. Saber o que acontece quando fazemos cocô é um desses assuntos.  

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REFERÊNCIA:

O discreto charme do intestino, Enders, G. umfmartinsfontes, São Paulo, 2015.

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TUBO INTESTINAL – ENTENDENDO POR DENTRO

tubo intestinal

O tubo intestinal é excepcional. Ele forma ⅔ do sistema imunológico, tira energia de tudo que nos alimentamos e produz mais de vinte hormônios próprios.

Que tal tentarmos entendê-lo por dentro?

Então vamos nessa!

ANALOGIA

árvores

O mundo parece muito mais divertido quando vemos não apenas o que pode ser visto, mas também todo o resto. Nesse sentido, uma árvore não é uma colher. Então, em uma simplificação grosseira, nossos olhos percebem apenas a forma: um tronco reto com uma copa redonda. Sobre a forma, o olho nos diz: “colher”.

Mas debaixo da terra existem tantas raízes quantos são os galhos na parte de cima, no ar. O cérebro deveria então dizer algo como “halter”, mas não o faz. Ele recebe dos olhos a maioria dos inputs e muito raramente de uma ilustração em um livro que mostre uma árvore perfeita. Portanto, quando passa em velocidade por uma floresta faz o seguinte comentário ao ver a paisagem: “Colher, colher, colher, colher”.

ENQUANTO AS COLHERES PASSAM

Enquanto passamos “às colheradas” pela vida, perdemos coisas incríveis. Sob nossa pele está sempre acontecendo alguma coisa: fluímos, bombeamos, sugamos, comprimimos, estouramos, consertamos e reconstruímos.

Toda uma equipe de órgãos sofisticados trabalha com tanta perfeição e eficiência que, por hora, um adulto precisa de quase tanta energia quanto uma lâmpada de 100 watts. A cada segundo, os rins filtram nosso sangue, limpando-o meticulosamente – em substância, com tanta precisão quanto um filtro de café –, e, na maioria das vezes, duram a vida toda.

Nossos pulmões foram projetados de maneira tão inteligente que, na verdade, só consumimos energia quando inspiramos. A expiração acontece por si mesma. Se fôssemos transparentes, poderíamos ver como os rins são belos: no tamanho, parecem esses carrinhos de fricção, flexíveis e pulmonares.

Enquanto às vezes uma pessoa está sentada, pensando: “Ninguém gosta de mim”, seu coração está justamente fazendo o enésimo turno de 24 horas e teria toda razão de sentir-se negligenciado com esse tipo de pensamento.

Se víssemos mais do que é visível, também poderíamos assistir a aglomerados de células no abdômen transformando-se em um ser humano. Entenderíamos que nos desenvolvemos, de maneira rudimentar, a partir de três “mangueiras”.

A primeira nos percorre e dá um nó no meio. É nosso sistema de vasos sanguíneos, a partir do qual nosso coração surge como nó central dos vasos. A segunda mangueira se forma quase paralelamente em nossas costas, constituindo uma bolha que migra para a extremidade superior do corpo, onde permanece. É nosso sistema nervoso na medula espinhal, a partir da qual se desenvolve o cérebro e crescem os nervos por todo o corpo. A terceira mangueira nos percorre de cima a baixo. É o tubo intestinal.

Leia também: INTESTINO E CÉREBRO – COMUNICAÇÃO DIRETA

TUBO INTESTINAL

O tubo intestinal ordena nosso mundo interno. Forma brotos que se espalham, arqueando-se para a direita e para a esquerda. Esses brotos se transformam em nossos pulmões. Além disso. um pouquinho mais para baixo, e o tubo intestinal forma uma saliência, compondo nosso fígado. Também molda a vesícula biliar e o pâncreas. Mas a mangueira começa a ficar cada vez mais cheia de truques. Participa da construção elaborada da boca, forma o esôfago, capaz de dançar break, e um pequeno saco gástrico, para armazenar a comida por algumas horas.

tubo intestinal

Por fim, o tubo intestinal cria sua obra-prima, que acabou por dar-lhe nome: o intestino. As duas “obras-primas” das outras mangueiras – coração e cérebro – gozam de muito prestígio.

coração e cérebro

O coração é considerado fundamental para a vida, pois bombeia o sangue pelo corpo; o cérebro é admirado, pois processa incríveis estruturas de pensamento a cada segundo. Enquanto isso, o intestino, assim crê a maioria, quando muito vai parar na privada. Ou talvez esteja preso de qualquer jeito à barriga, soltando uns peidos vez por outra. Na verdade, não se sabe quais são suas capacidades especiais. Podemos dizer que o subestimamos um pouco – para falar a verdade, não apenas o subestimamos, mas também costumamos até nos envergonhar de nosso tubo intestinal. Que órgão mais constrangedor!

DESAFIO – TUBO INTESTINAL

tubo intestinal

Então, que tal competir de maneira autêntica com o mundo visível? Árvores não são colheres! E o intestino é muito interessante!

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REFERÊNCIA:

O discreto charme do intestino, Enders, G. Umfmartinsfontes, São Paulo, 2015.

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PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS – DUPLA IMPORTANTE

prebióticos e probióticos

Acredito que se fosse para definir a dupla prebióticos e probióticos em uma música, seria a música Fico Assim Sem Você – Adriana Calcanhotto:

Avião sem asa

Fogueira sem brasa

Sou eu assim, sem você

Futebol sem bola

Piu-Piu sem Frajola

Sou eu assim, sem você…

Vamos entender um pouco mais sobre a importância desta dupla?

Então vamos nessa!

PROBIÓTICOS

Os probióticos eram classicamente definidos como suplementos alimentares à base de microrganismos vivos, que afetam beneficamente o animal hospedeiro, promovendo o balanço de sua microbiota intestinal (Fuller, 1989).

probióticos

Contudo, diversas outras definições de probióticos foram publicadas nos últimos anos (Sanders, 2003).

Assim, a definição atualmente aceita internacionalmente é que eles são microrganismos vivos, administrados em quantidades adequadas, que conferem benefícios à saúde do hospedeiro (Food and Agriculture Organization of United Nations; World Health Organization, 2001; Sanders, 2003).

Leia também: MAS AFINAL, O QUE É PROBIÓTICO?

PREBIÓTICOS

prebióticos

Prebióticos são componentes alimentares não digeríveis que afetam beneficamente o hospedeiro, por estimularem seletivamente a proliferação ou atividade de populações de bactérias desejáveis no cólon.

Além disso, o prebiótico pode inibir a multiplicação de patógenos, garantindo benefícios adicionais à saúde do hospedeiro. Esses componentes atuam mais freqüentemente no intestino grosso, embora eles possam ter também algum impacto sobre os microrganismos do intestino delgado (Gibson, Roberfroid, 1995; Roberfroid, 2001; Gilliland, 2001; Mattila-Sandholm et al., 2002).

PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS – UMA DUPLA IMPORTANTE

Com o aumento na expectativa de vida da população, aliado ao crescimento exponencial dos custos médico-hospitalares, a sociedade necessita vencer novos desafios, a partir do desenvolvimento de novos conhecimentos científicos e de novas tecnologias que resultem em modificações importantes no estilo de vida das pessoas.

A nutrição precisa se adaptar a esses novos desafios, por meio do desenvolvimento de novos conceitos. Sendo assim, a nutrição otimizada é um desses novos conceitos, dirigida no sentido de maximizar as funções fisiológicas de cada indivíduo, de maneira a assegurar tanto o bem-estar quanto a saúde, como também o risco mínimo de desenvolvimento de doenças ao longo da vida.

Nesse contexto, os alimentos, especialmente os probióticos e prebióticos, são conceitos novos e estimulantes (Roberfroid, 2002).

Podemos chamar a dupla prebióticos e probióticos de simbióticos.

Assim, um produto referido como simbiótico é aquele no qual um probiótico e um prebiótico estão combinados. A interação entre o probiótico e o prebiótico in vivo pode ser favorecida por uma adaptação do probiótico ao substrato prebiótico anterior ao consumo.

Isto pode, em alguns casos, resultar em uma vantagem competitiva para o probiótico, se ele for consumido juntamente com o prebiótico. Alternativamente, esse efeito simbiótico pode ser direcionado às diferentes regiões “alvo” do trato gastrintestinal, os intestinos delgado e grosso.

O consumo de probióticos e de prebióticos selecionados apropriadamente pode aumentar os efeitos benéficos de cada um deles, uma vez que o estímulo de cepas probióticas conhecidas leva à escolha dos pares simbióticos substrato-microrganismo ideais (Holzapfel, Schillinger, 2002; Puupponen-Pimiä et al., 2002; Mattila-Sandholm et al., 2002; Bielecka, Biedrzyck, Majkowska, 2002).

prebióticos e probióticos

Trocando em miúdos, os compostos prebióticos são fibras não-digeríveis por nós que funcionam como alimento para as bactérias intestinais benéficas, isto é, os probióticos – daí a importância de apostar na dupla para manter o equilíbrio da microbiota intestinal.

AS VANTAGENS NUTRICIONAIS E OS MECANISMOS DE ATUAÇÃO DOS PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS

Embora os prebióticos e os probióticos possuam mecanismos de atuação em comum, especialmente quanto à modulação da microbiota endógena, eles diferem em sua composição e em seu metabolismo.

O destino dos prebióticos no trato gastrintestinal é mais conhecido do que o dos probióticos. Assim como ocorre no caso de outros carboidratos não-digeríveis, os prebióticos exercem um efeito osmótico no trato gastrintestinal, enquanto não são fermentados. Em contrapartida, quando fermentados pela microbiota endógena, o que ocorre no local em que exercem o efeito prebiótico, eles aumentam a produção de gás. Portanto, os prebióticos apresentam o risco teórico de aumentar a diarreia em alguns casos (devido ao efeito osmótico) e de serem pouco tolerados por pacientes com síndrome do intestino irritável. Entretanto, a tolerância de doses baixas de prebióticos é geralmente excelente. Os probióticos, por outro lado, não apresentam esse inconveniente teórico e têm sido efetivos na prevenção e no alívio de diversos episódios clínicos, envolvendo diarreia (Marteau, Boutron-Ruault, 2002).

Três possíveis mecanismos de atuação são atribuídos aos probióticos, sendo o primeiro deles a supressão do número de células viáveis a partir da produção de compostos com atividade antimicrobiana, a competição por nutrientes bem como a competição por sítios de adesão. O segundo desses mecanismos seria a alteração do metabolismo microbiano, por meio do aumento ou da diminuição da atividade enzimática. O terceiro seria o estímulo da imunidade do hospedeiro, a partir do aumento dos níveis de anticorpos assim também o aumento da atividade dos macrófagos. O espectro de atividade dos probióticos pode ser dividido em efeitos nutricionais, fisiológicos bem como antimicrobianos (Fuller, 1989).

AS VANTAGENS NUTRICIONAIS E OS MECANISMOS DE ATUAÇÃO DOS PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS.

Assim como ocorre no caso de outras fibras da dieta, prebióticos como a inulina e a oligofrutose, são resistentes à digestão na parte superior do trato intestinal, sendo subsequentemente fermentados no cólon.

Eles exercem um efeito de aumento de volume, como conseqüência do aumento da biomassa microbiana que resulta de sua fermentação, bem como promovem um aumento na freqüência de evacuações, efeitos estes que confirmam a sua classificação no conceito atual de fibras da dieta. Quando adicionados como ingredientes funcionais a produtos alimentícios normais, prebióticos típicos, como a inulina e a oligofrutose, modulam a composição da microbiota intestinal, a qual exerce um papel primordial na fisiologia gastrintestinal (Roberfroid, 2002). Assim, essa modulação da microbiota intestinal por esses prebióticos é consequente à alteração da composição dessa microbiota por uma fermentação específica, a qual resulta em uma comunidade em que há predomínio de bifidobactérias (Kaur, Gupta, 2002).

mecanismos de ação

EFEITOS ATRIBUÍDOS À INGESTÃO DA DUPLA DINÂMICA

Probióticos:

  • Controle da microbiota intestinal;
  • Estabilização da microbiota intestinal após o uso de antibióticos;
  • Promoção da resistência gastrintestinal à colonização por patógenos;
  • Diminuição da população de patógenos através da produção de ácidos acético e lático, de bacteriocinas e de outros compostos antimicrobianos;
  • Promoção da digestão da lactose em indivíduos intolerantes à lactose;
  • Estimulação do sistema imune;
  • Alívio da constipação;
  • Aumento da absorção de minerais e produção de vitaminas.

Prebióticos:

  • Absorção de cálcio;
  • Modulação da composição da microbiota intestinal;
  • Redução do risco de câncer de cólon.

Entenderam porque a música da Adriana Calcanhotto encaixa direitinho com essa dupla?

Neném sem chupeta

Romeu sem Julieta

Sou eu assim, sem você

Carro sem estrada

Queijo sem goiabada

Sou eu assim, sem você…

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REFERÊNCIA:

Probióticos e prebióticos: o estado da arte, Saad, Rev. Bras. Cienc. Farm. vol.42 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2006.

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ALIMENTOS RICOS EM CÁLCIO SEM LACTOSE

Alimentos ricos em cálcio

Muitas pessoas estão em busca de bons alimentos ricos em cálcio. Mas, devido a intolerância à lactose, elas acabam se sentindo forçadas a tirar o leite totalmente de sua dieta, o que acaba sendo um grande desafio.

Se você está nesta situação, não se preocupe.

Abordaremos neste artigo os melhores alimentos com cálcio que mesmo um intolerante à lactose pode ter em sua mesa.

Curioso? Então vamos direto ao que interessa agora mesmo.

EXISTEM ALIMENTOS RICOS EM CÁLCIO SEM LACTOSE?

Intolerantes à lactose simplesmente evitam o leite, porque a lactose, um derivado do açúcar no leite, é mal assimilada, causando distúrbios gastrointestinais, inchaço, diarreia, vômitos.

Sendo assim, intolerantes à lactose podem recorrer ao iogurte cujas bactérias converteram parcialmente a lactose e a queijos que não contêm lactose.

Algumas pessoas evitam leite por não gostar de seu sabor, em contrapartida, outras não reservam espaço suficiente para os produtos lácteos em sua dieta, favorecendo outros alimentos.

É provável que essas pessoas estejam em risco de deficiência de cálcio, prejudicial à sua saúde. Desse modo, pra superar essa deficiência dietética de cálcio, existem soluções, como incluir outros alimentos ricos em cálcio e diversificar sua dieta.

Mas antes, veja abaixo a quantidade correta que uma pessoa deve ingerir:

  • Crianças: 800 mg/dia
  • Adolescentes: 1.200 mg/dia
  • Adultos: 800 mg a 1000 mg/dia
  • Idosos: 1.200 mg/dia
  • Gestantes: 1.000 a 1.200 mg/dia

OUTROS ALIMENTOS RICOS EM CÁLCIO

Só que, ao contrário da crença popular, leite e produtos lácteos não são os únicos a fornecer cálcio. 

Além disso, deve-se saber que o cálcio do leite não é totalmente absorvido durante a digestão. 

Por exemplo, enquanto um copo de leite contém 300mg de cálcio, o corpo absorve apenas 90mg. Nosso corpo, portanto, extrai o cálcio de que necessita de muitos outros alimentos.

Em outras palavras, pessoas que não consomem produtos lácteos suficientes têm outro motivo para diversificar sua dieta!

Uma breve revisão dos alimentos mais ricos em cálcio:

  • Agrião: 210 mg/100 g
  • Alga Wakame: 1300 mg/100 g
  • Amêndoas: 250 mg/100 g
  • Brócolis: 76 mg/100 g
  • Cabra seca: 200 mg/100 g
  • Carne e peixe: 10 a 40 mg/100 g
  • Chocolate: 105 mg/100 g
  • Espinafre: 168 mg/100 g
  • Farinha de Soja: 154 mg/100 g
  • Feijão branco cozido: 60 mg/100 g
  • Feijão verde: 60 mg/100 g
  • Figos secos: 64 mg/100 g
  • Laranja: 52 mg/100 g
  • Leite de cabra: 325 mg/100 g
  • Leite de vaca: 113 mg/100 g
  • Parmesão: 1.200 mg/100 g
  • Salsa: 250 mg/100 g
  • Tofu: 350 mg/100 g

alimentos ricos em cálcio

Na prática, beba muita água. Já que, algumas águas minerais são muito ricas em cálcio. Então, lembre-se de consumir regularmente peixe, incluindo sardinhas frescas, pescada, anchovas, arenque, etc.

Alimentos ricos em amido, como ervilhas, vegetais crucíferos (repolho, salsa, agrião, espinafre, acelga, erva-doce, etc.) bem como frutas secas.

Coloque algas marinhas, soja, leite de cabra e adicione sementes de gergelim para as suas saladas.

VITAMINA D, O ALIADO INDISPENSÁVEL DO CÁLCIO

Contudo, consumir cálcio não é suficiente. Assim também é necessário fornecer ao organismo vitamina D, vitamina que contribui para a absorção intestinal do cálcio e a mineralização dos ossos. 

Parte dela é feita pelo corpo, no nível da pele, quando nos expomos diariamente ao sol. Outra parte é a dieta quem traz: gema de ovo, manteiga, salmão, óleo de peixe, etc.

Leia também: VITAMINA D3 – QUAIS OS BENEFÍCIOS?

Tenha cuidado, álcool, tabaco, sal e excesso de proteína animal têm um efeito negativo sobre a vitamina D e, assim, reduzem a absorção de cálcio.

Sendo assim, será lembrado que na ausência de leite e produtos lácteos, uma dieta muito variada é necessária para obter sua cota de cálcio.

E SUA DIETA, COMO ESTÁ?

Como você viu, existem ótimos alimentos ricos em cálcio sem lactose. Não é incrível? Assim, não deixe de adicionar alguns desses alimentos a sua dieta, para que você possa ter todos esses benefícios e muito mais através de seu consumo.

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MARCO POLO: O PIONEIRO DO KEFIR

Marco Polo

Você já ouviu falar de Marco Polo?

Que tal conhecermos um pouco sobre ele?

Vamos nessa!

QUEM FOI MARCO POLO?

Marco Polo foi um importante explorador (viajante em busca de descobertas) da Idade Média. Nasceu na cidade italiana de Veneza no ano de 1254.

Demonstrou grande interesse pelas viagens quando era adolescente. Assim, junto com seu pai e tio, fez uma viagem para a China. Foram bem recebidos pelo imperador Kublain Khan e ficaram vivendo na China por 17 anos.

marco polo


Durante este período, tornou-se representante internacional do imperador chinês. Visitou várias regiões da Ásia, como, por exemplo, Índia, Tibet e Birmânia (atual Mianmar). Com esta importante função, Marco Polo ganhou riquezas bem como popularidade.

Em 1292, Marco Polo, com seu pai e tio, iniciaram a viagem de retorno para Veneza. No caminho, pararam na ilha de Sumatra e na Índia, onde viveram diversas aventuras.

Em 1298, foi capturado pelos genoveses (inimigos comerciais dos venezianos). Enquanto estava preso, ditou um livro com suas experiências e aventuras: “As viagens de Marco Polo”.

Seu livro foi bastante lido na época, pois descrevia as riquezas, belezas e aspectos culturais dos povos asiáticos do período.

Faleceu no ano de 1324. Contudo, até hoje é considerado um dos grandes exploradores e aventureiros da história.

O PIONEIRO DO KEFIR

Explorador e comerciante do século XIII, foi o primeiro europeu a viajar para o interior da China bem como da Mongólia, mencionou o Kefir, uma bebida de leite fermentado, e suas “propriedades mágicas”, em seus diários de viagem. Alguns historiadores acreditam que o Kefir pode ter contribuído para o alto índice de sobrevivência entre os marinheiros de Marco Polo.

Leia também: KEFIR – PROBIÓTICO POR EXCELÊNCIA

Em uma época que muitos homens do mar morriam em razão de doenças intestinais. O Kefir é um dos produtos lácteos fermentados mais antigos de que se tem conhecimento. Embora não fosse muito conhecido fora da região do Cáucaso (na fronteira entre a Europa e a Ásia) até o século XIX.

REFERÊNCIAS:

Probióticos para leigos – Dr. Shekhar K. Challa, 2014;

Sua pesquisa.

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DEPÓSITO DE SEDIMENTOS NA GARRAFA DO KEFIR

depósito de sedimentos

E o depósito de sedimentos na garrafa do Kefir?

Como isso se justifica?

Essa é uma das dúvidas frequentes entre as pessoas que adotaram o Kefir para a sua dieta.

Sendo assim, que tal tentarmos esclarecer?

CRESCIMENTO MICROBIANO

Quando falamos em crescimento microbiano, estamos nos referindo ao número e não ao tamanho das células. Dessa maneira, os microrganismos em crescimento estão, na verdade, aumentando seu número e se acumulando em colônias.

Essa medida, embora seja possível estudar individualmente, geralmente se mede em relação a uma população. Exprimindo-o em termos de massa total ou em função do número de indivíduos. A massa total de uma população de microrganismos, crescendo em meio líquido, pode ser determinada de várias formas e dentre elas estão:

  • Determinação do peso seco;
  • Turbidimetria.

Leia também: KEFIR DE FRUTAS – ENTENDA COMO SURGIU

DEPÓSITO DE SEDIMENTOS NA GARRAFA DE KEFIR

O crescimento da massa microbiana pode ser vista pelo depósito dela no fundo da garrafa do seu Kefir. Como se trata de uma bebida composta por microrganismos vivos, eles continuam se multiplicando até atingir o equilíbrio.

Esse crescimento é conhecido como crescimento populacional exponencial.

Sendo assim, em condições nutricionais e ambientais adequadas, as quais os microrganismos estão adaptados, a população celular encontra-se numa fase de crescimento equilibrado.

Logo, não se preocupe com aquela massa que se deposita no fundo da garrafa do seu Kefir. Aquela massa faz parte do exército do bem que ajuda a fortalecer nosso sistema imunológico.

Saiba mais: KEFIR – PROBIÓTICO POR EXCELÊNCIA

É importante salientar que o Kefir precisa ser refrigerado de maneira adequada entre 0 e 5 ºC para manter suas características originais. Leia o rótulo e siga as orientações do fabricante.

Então, fique ligado, os sedimentos do Kefir também são fortes aliados. Fazem parte do exército do bem que luta em prol da nossa saúde.

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MICRORGANISMOS E A NOSSA SAÚDE

microrganismos

Como os microrganismos que vivem em nossos corpos estão intimamente ligados à nossa saúde?

Para responder a essa pergunta é muito importante compreender que as células de nosso organismo não são compostas apenas por células humanas.

MICROBIOMA HUMANO

Nosso microbioma, que veio à luz em 2012, mudou a maneira de vermos os microrganismos. Antes os enxergávamos sempre como patógenos, inimigos, intrusos, e sempre atacávamos com antibióticos.

Hoje, com essa nova visão do microbioma humano, talvez os intrusos sejamos nós.

Podemos até mesmo dizer que nós estamos “casados” com eles, os microrganismos. Sendo assim, quando comemos devemos pensar neles. Desde a boca, com a mastigação, eles já começam a promover benefícios para nós, fazendo com que absorvamos de forma melhor os nutrientes de nossa alimentação.

Dessa maneira, trilhões de bactérias, vírus e fungos, que moram em nossos corpos, agem produzindo compostos que somos incapazes de produzir. As moléculas que eles produzem são rapidamente absorvidas em nossa corrente sanguínea. Logo, as alterações desse microbioma provocam doenças que vão desde câncer de cólon até distúrbios neurológicos. No intestino as bactérias têm um papel importante até mesmo em transtornos como depressão, autismo bem como em doenças neurodegenerativas, como o mal de Parkinson. Sendo assim, elas agiriam como uma espécie de mão invisível em nossos cérebros. E é isso que os pesquisadores do mundo inteiro estão investigando: o papel dos trilhões de microrganismos que vivem em nós – nosso microbioma – e como eles afetam a nossa saúde física.

Leia também: KEFIR E IOGURTE – SAIBA A DIFERENÇA

MICRORGANISMOS E A MICROBIOTA INTESTINAL

Uma microbiota intestinal rica e diversa promove a saúde. Dessa maneira oferece ao hospedeiro humano muitas competências para prevenir várias enfermidades. Em contraste, a baixa diversidade do ecossistema intestinal é um aspecto característico de doenças crônicas. Essas doenças incluem obesidade, diabetes, asma bem como desordens inflamatórias intestinais.

Há evidências que as populações ocidentais possuem uma menor diversidade em sua microbiota intestinal que os nativos de certas regiões da África e da Amazônia. Uma possível explicação para isso pode ser o uso indiscriminado de antibióticos no tratamento de doenças infecciosas. Já é comprovado que o uso contínuo de antibióticos de amplo espectro oferece risco à nossa microbiota intestinal. Este uso diminui a diversidade microbiana e provoca efeitos adversos à saúde.

Compreender como os nossos microrganismos respondem às mudanças em seu ambiente físico, é um grande avanço. Pois, isto embasa a projeção de probióticos como terapêuticos que possam tornar nosso microbioma mais resiliente.

Enquanto os pesquisadores continuam estudando esse maravilhoso mundo microbiano que habita em nós, vamos fazer a nossa parte e tomar rotineiramente nossos probióticos. Eles podem vir em formas de fermentados como o Kefir, a Kombucha, o missô e alguns tipo de iogurtes. Nossa saúde está intimamente ligada ao equilíbrio desses probióticos dentro de nós.

Assim, agora sabemos que não estamos sozinhos nunca. Nosso corpo é o lar desses microrganismos. Precisamos cuidar bem deles.

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REFERÊNCIAS:

Biophysical Society. “Gut reactions to improve probiotics: The bacterial makeup of gut flora in mice is resilient in some ways but fragile in others.” ScienceDaily. ScienceDaily, 12 de novembro de 2018.

www.sciencedaily.com/releases/2018/02/180220143458.htm

Albert Palleja et al. Recovery of gut microbiota of healthy adults following antibiotic exposure. Nature Microbiology, 2018; 3 (11): 1255 DOI: 10.1038/s41564-018-0257-9

 

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SUPLEMENTOS PROBIÓTICOS SÃO IGUAIS?

suplementos probióticos

E aí? Será que todos os suplementos probióticos são iguais?

Que tal esclarecer as ideias sobre isto?

Vamos nessa!

O QUE SÃO SUPLEMENTOS PROBIÓTICOS E QUAIS SUAS FUNÇÕES?

São produtos que carregam microrganismos vivos em sua composição. Geralmente são encontrados em forma de comprimido, cápsula, pó bem como na forma de ampola, entre outros.

A função desses suplementos é ajudar a microbiota intestinal a funcionar melhor, pois quando consumidos de maneira regular, favorecem a absorção de nutrientes.

Sendo assim, esses suplementos probióticos auxiliam no fortalecimento da imunidade. Dessa maneira a ocorrência de problemas de saúde pode diminuir.

TODOS OS SUPLEMENTOS PROBIÓTICOS SÃO IGUAIS?

A indústria tem selecionado espécies diversas de probióticos, encapsulando-os e disponibilizando uma gama de novos suplementos para o mercado. Alguns desses produtos vêm com três, quatro, cinco ou mais cepas probióticas e têm ajudado bastante na saúde da população.

Sendo assim, nem todos eles são iguais. Os suplementos probióticos divergem na diversidade de cepas existentes em sua composição.

É interessante que o consumidor tenha atenção aos rótulos do que estão comprando. Que procure informações sobre o fornecedor de seus suplementos. Que busquem saber detalhes sobre seu produto.

DIVERSIDADE DE PROBIÓTICOS

É importante salientar que, quando se trata da microbiota intestinal, a diversidade de cepas probióticas em seu suplemento deve ser levada em consideração.

Especialistas afirmam que, nosso intestino é composto por uma gama de diferentes microrganismos, e quanto maior a diversidade de microrganismos do bem ingeridos em sua suplementação, mais forte ficará seu exército microbiano.

Lei também:  PROBIÓTICOS – QUANTIDADE E/OU DIVERSIDADE

De toda forma, é sempre interessante consultar um profissional de saúde quando o assunto é nosso corpo.

Os probióticos são como um bálsamo para nossa microbiota intestinal.

Fique ligado!!!

Coloque sua microbiota intestinal em primeiro lugar e o resto virá naturalmente!

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PROBIÓTICOS: QUANTIDADE E/OU DIVERSIDADE?

probióticos

Já escrevemos bastante sobre a definição de probióticos, seus benefícios, entre outros.

Falamos também que a ingestão de probióticos precisa ser regular, bem como que é importante o consumidor saber a quantidade em UFC (Unidade Formadora de Colônia) existente no produto.

Contudo, especialistas também indicam que tão importante quanto a quantidade, é a diversidade de microrganismos existentes no produto consumido.

Que tal falarmos um pouco sobre esta questão?

MICROBIOTA INTESTINAL

Em nosso intestino existem 100 trilhões de microrganismos.

100.000.000.000.000

probióticos

São mais ou menos 1.500 vezes o número de seres humanos vivendo no planeta, tudo isso espremido dentro da nossa barriga.

Esses 100 trilhões de microrganismos são formados por cerca de 2.000 espécies diferentes, entre as quais estão incontáveis cepas distintas, todas com um arsenal específico de habilidades genéticas.

SIM!!! ESSES MICRORGANISMOS SÃO NA MAIOR PARTE SEUS “AMIGOS”.

Esses microrganismos amigos são responsáveis por manter o equilíbrio da nossa microbiota. Sendo assim, eles travam batalhas com microrganismos do mau. Lutam por espaço. Competem por nutrientes, desenvolvendo uma cauda para se proliferarem até territórios mais lucrativos.

ALIMENTOS PROBIÓTICOS E MICROBIOTA INTESTINAL

Imagine acrescentar um potinho de iogurte a essa batalha.

probióticos

Imaginou?

Pense que esse potinho de iogurte carrega um pequeno bando de turistas, nadando em meio ao leite e ao açúcar do iogurte que lhe servem de veículo – talvez uns 10 bilhões deles, em busca de um local onde se instalar. Pode parecer uma multidão, mas são quatro zeros a menos que a multidão já instalada.

Um exército nada impressionante para um campo de batalha desse tamanho. Como filhotes de tartaruga se aventurando no vasto oceano pela primeira vez, muitos serão provavelmente destruídos aos primeiros salpicos de liberdade fora de sua garrafinha de plástico.

Para aqueles que alcançam o intestino – algo com certeza possível – , o desafio é se estabelecer e encontrar meios para sobreviver – algo difícil num território já lotado e nada acolhedor.

probióticos

Além da inferioridade numérica, o conjunto de habilidades desses bravos turistas é pequeno. TODOS PERTENCEM À MESMA CEPA DE BACTÉRIA. Sendo assim, possuem os mesmos genes e, portanto, os mesmos recursos. Em comparação com as mais de 2 mil espécies presentes no intestino e os mais de 2 milhões de genes que carregam, os turistas, probióticos ou não, têm um repertório bem limitado de truques sob a manga. Ao final, a influência que podem exercer sobre a saúde de seu hospedeiro – nós! – importa tanto quanto qualquer outro obstáculo em sua jornada para trazer o benefício implícito em seu título de probiótico.

Os turistas que conseguem se estabelecer por tempo e em número suficiente para fazer algum efeito têm a oferecer.

Leia também: KEFIR E IOGURTE – SAIBA A DIFERENÇA.

FIQUE LIGADO!!!

Não só iogurtes, mas as cápsulas, barras, pós bem como os líquidos que contêm microrganismos vivos, é importante ficar atento não só à quantidade, como também se eles possuem mais de uma espécie.

QUANTIDADE E DIVERSIDADE ASSOCIADAS AO CONSUMO DE PREBIÓTICOS

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), estabelece que a quantidade mínima viável para os probióticos deve estar situada na faixa de 10^8 a 10^9 Unidades Formadoras de Colônias (UFC) na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. Valores menores podem ser aceitos, desde que a empresa comprove sua eficácia.

Pesquisadores ainda acrescentam que quanto mais cepas de bactérias existirem no alimento que você ingere, melhor.

Quando eles usam a palavra mais, estão se referindo à diversidade.

Eles completam o raciocínio afirmando que, produtos compostos de apenas uma cepa são menos efetivos. Ninguém sabe ao certo quantas cepas correspondem ao número ideal, mas os pesquisadores têm certeza de que “mais é melhor” quando o assunto é probióticos.

A diversidade aumenta o arsenal de truques para a batalha por nutrientes e por espaço em nossa microbiota.

Os probióticos são um bálsamo e passam por nós – mas não permanecem muito tempo. Para extrair seus benefícios, nós precisamos tomá-los repetidamente. E ainda que tomemos todos os dias, acrescentar apenas probióticos à dieta é como enviar um soldado de infantaria à guerra sem munições.

Para um efeito persistente, precisamos oferecer aos microrganismos benéficos um ambiente onde eles possam crescer, dia após dia, sem necessidade de uma intervenção externa para aumentar sua população. Sendo assim, precisamos ingerir também os prebióticos. Alimentos para nossas bactérias benéficas. Eles estimulam a expansão de populações inteiras das cepas mais saudáveis.

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OLHEIRAS, BOLSAS E BIOATIVOS PROBIÓTICOS

olheiras

Bolsas e olheiras infraorbitais são causadas por fatores múltiplos, tais como estresse físico e emocional, poucas horas de sono, exposição exagerada à radiação UV, má alimentação, alterações hormonais e, principalmente, acúmulo de ferro.

Dessa maneira, acomete qualquer pessoa, independente de raça, cor ou idade. A fadiga ou estresse na área dos olhos é comum hoje em dia em razão do estilo de vida moderno. Pensando nisso, especialmente para reduzir o estresse que se manifesta na área dos olhos, foram associados num só produto cosmético vários ingredientes naturais, quais sejam: extratos bioativos probióticos, argila rosa, óleos vegetais bem como óleos essenciais antibacterianos (Blend Anti-stress).

 Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a eficácia de um produto tópico à base de extratos bioativos probióticos,  nas bolsas e olheiras infraorbitais. Trata-se de um estudo clínico não comparativo – 25 voluntários  (média 24 anos), sexo feminino; a área de estudo foi a região ao redor dos olhos. Os pacientes aplicaram diariamente o produto, conforme recomendado  (Figura 1). A avaliação foi feita no tempo zero e com 28 dias.

olheiras
Figura 1 – aplicação do produto na região dos olhos

ANÁLISE DE DADOS – OLHEIRAS, BOLSAS E BIOATIVOS PROBIÓTICOS

Análise estatística – análise exploratória de dados (medidas, resumos bem como gráficos). Tempos comparados pelo teste de Wilcoxon Signedrank. Nível de confiança considerado de 95%. Softwares:  MINITAB 14 e o XLSTAT 2012

Dessa maneira, os resultados são apresentados na Tabela 1 e na Figuras 1 e 2.

olhieras
Tabela 1- A Olheiras B Viço/Luminosidades C Velocidade de clareamento das Olheiras D Sinais de Fadiga (Cansaço) E Aparência Geral Para o atributo Olheiras, foi considerada a soma das categorias diminuíram um pouco, diminuíram moderadamente e diminuíram muito. Para o atributo Viço/Luminosidade, foi considerada a soma das categorias aumentou um pouco, aumentou moderadamente e aumentou muito. Para o atributo Velocidade de Clareamento das Olheiras, foi considerada a soma das categorias moderada e rápida. Para o atributo Sinais de Fadiga (Cansaço), foi considerada a soma das categorias melhoraram e melhoraram muito (os sinais foram suavizados). Para o atributo Aparência Geral, foi considerada a soma das categorias melhorou um pouco, melhorou moderadamente e melhorou muito.

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Figura  1 – Redução de bolsas e linhas de expressão (28 dias)

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Figura 2 –  Redução de olheiras (28 dias)

O produto demonstrou ser eficaz  para redução das olheiras e bolsas, demonstrando clareamento, diminuição das bolsas bem como redução de linhas de expressão.

Saiba mais: CONHEÇA A COSMÉTICA PROBIÓTICA BIOLOGICUS E SEUS BENEFÍCIOS 

REFERÊNCIAS:

Díaz, N., Fariño, G., Villalta M., Durán S., Vizcaíno S., Moncayo C., Celi M. Efectividad de los procedimientos estéticos en el tratamiento de Ojeras y Bolsas Palpebrales. MedPre , 2011, 1 (2): 81-86.

Roh, M.R., Chung, K.Y. Infraorbital Dark Circles: Definition, Causes, and Treatment Options, Dermatol Surgery,  2009;35:1163–1171.

Sarkar, R. Idiopathic Cutaneous Hyperchromia at the Orbital Region or Periorbital Hyperpigmentation. J Cutan Aesthet Surg. 2012 Jul-Sep; 5(3): 183–184.