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O QUE SÃO OS NUTRICOSMÉTICOS?

Os nutricosméticos são suplementos nutricionais formulados com vitaminas, minerais, aminoácidos, extratos botânicos e antioxidantes. Ajudam a absorver nutrientes e ingredientes ativos na corrente sanguínea e a circulá-los por todo o corpo para estimular a produção natural de moléculas essenciais. Além de nutrir a estrutura da pele a partir do interior, mantêm uma taxa de renovação cutânea saudável, protegem a pele das agressões ambientais e controlam as reações bioquímicas que podem levar ao envelhecimento da pele. Podem ser apresentados em forma de cápsulas, chás, sucos, sopas, chocolates.


Mellage (2008) define como “suplementos nutricionais ou alimentos constituídos por ingredientes antioxidantes, extratos botânicos, vitaminas e minerais para fins estéticos, atuando como anti aging, anti rugas, anti acne, anti celulite, entre outros, podendo ser apresentados na forma de cápsulas, comprimidos, líquidos e também como alimentos”.

Quanto à legislação, que no Brasil é controlada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os nutricosméticos não podem ser classificados como cosméticos, pois estes agem apenas topicamente e são aprovados somente para uso externo. Sendo assim, produtos ingeridos necessitam de outro tipo de registro, bem como, a submissão a normas mais criteriosas. Portanto no Brasil, a ANVISA enquadra este tipo de produto na categoria de alimentos funcionais, porque produzem efeitos metabólicos ou fisiológicos por meio da atuação de um nutriente na manutenção do organismo.


Os nutricosméticos mais usados são os alfa-hidroxiácidos, carotenoides, polifenóis, colágeno, vitaminas e minerais antioxidantes (Vitaminas A, E, C, selênio e zinco), probióticos, coenzima Q10 e ômega-3.

Qual a melhor forma de usar esses suplementos?


Quase todos nós já utilizamos nutricosméticos alguma vez. Quem nunca tomou Vitamina C? Só não sabia que estava tomando também uma pílula de beleza. A forma mais ideal de usar, é sob a assessoria de um profissional de saúde que vai poder indicar os melhores tipos para cada pessoa, dependendo de sua necessidade.


Em geral, devemos receber os principais micronutrientes a partir dos alimentos, no entanto, a alimentação atual tem sido deficiente em vários desses compostos. Por isso, o uso dos nutricosméticos se faz necessário e cria expectativas para o consumidor em busca de uma melhor qualidade de vida.

Quais as expectativas x efeitos reais que o consumidor pode esperar desses produtos?

Pouco a pouco, os consumidores de cosméticos têm observado que aplicar produtos na pele não é tão eficiente quanto consumir a beleza dentro dos suplementos que são especificamente formulados para cabelos, pele e unhas.

Cabe destacar que um dos principais desafios no uso dos nutricosméticos é o pouco conhecimento dos consumidores sobre o tempo para sentir os benefícios dos mesmos no organismo. Talvez a expectativa seja de uma “pílula mágica”, mas o processo é mais lento porém definitivo em resultados no organismo.

O que o consumidor deve considerar ao adquirir essas “pílulas da beleza”?

O consumidor deve saber que a prescrição e o acompanhamento médico são individualizados. Por ser personalizado, nem tudo funciona igual para todos. As necessidades de cada pessoa são diferentes umas das outras, variando em função da idade, sexo, tipo de alimentação, hábitos, inclusive o tipo de medicamento que utilizam.

Por exemplo, pessoas em tratamento oncológico, se beneficiam da suplementação com Zinco e/ou ômega 3 pois tais substâncias potencializam o efeito da quimioterapia.

Esse mercado é novo no Brasil? Tem crescido nos últimos anos?

Esse mercado ainda pode ser considerado novo no Brasil, pois ainda não tem uma regulamentação da ANVISA, no entanto os nutricosméticos estão ganhando popularidade em todo o mundo, uma vez que complementam os produtos de tratamento cutâneo tópicos para melhorar a aparência física geral.


A crescente ênfase na manutenção da aparência física e a crescente procura de produtos de beleza natural estão entre os fatores-chave que reforçam o mercado global de nutricosméticos. Além disso, à medida que a função dos mecanismos de defesa contra o envelhecimento diminui com a idade, a pele torna-se mais vulnerável aos efeitos nocivos do envelhecimento dos agressores. Isto, em confluência com a crescente utilização de produtos anti-envelhecimento para manter a pele jovem, atua como outro grande fator do crescimento do mercado.


A propagação da COVID-19 e os bloqueios impostos pelos governos de numerosos países aumentaram a procura de produtos de bem-estar e de cuidados pessoais. Incluindo a procura por nutricosméticos, através de canais de comércio eletrônico em todo o mundo. Prevê-se que isto, por sua vez, impulsione o mercado nos próximos anos. Olhando para o futuro, o analista espera que o mercado mundial de nutricosméticos apresente um crescimento moderado durante os próximos cinco anos. De acordo com o relatório Global Nutricosmetics Market, da empresa norte-americana de inteligência de mercado Transparency Market Research (TMR), o mercado global de nutricosméticos atingiu US$ 5,13 bilhões em 2016 e deverá chegar a US$ 7,993 bilhões até 2025.

Quais as tendências e novidades para o mercado?

Uma forte tendência é a introdução de produtos livres de glúten, lactose, açúcares, conservantes e aromatizantes .Uma vez que produtos naturais estão em alta.

Olhando para o futuro, os analistas esperam que o mercado global de bebidas de beleza continue o seu forte crescimento durante os próximos cinco anos. Ressaltando a busca por nutrientes que temos naturalmente no nosso organismo. Quanto mais os nutrientes que temos carência forem repostos, melhor será o resultado. “O que tem se incorporado é o conceito do nutriente ser biodisponível. Não sendo necessário o uso de altas dosagens para não sobrecarregar o fígado, via de metabolização de muitos elementos no nosso organismo”.


O modismo por moléculas novas tem a cada ano diminuído, pois é necessário que o nutriente tenha uma funcionalidade e resultados efetivos. As novidades incluem proteínas vegetais, ausência de xenobióticos, produtos multifuncionais que juntem saúde e beleza numa mesma cápsula ou bebida. Deve ser bem destacado o uso de nutricosméticos que favoreçam o microbioma humano.

REFERÊNCIAS

https://www.reportlinker.com/p05968602/Beauty-Drinks-Market-Global-Industry-Trends-Share-Size-Growth-Opportunity-and-Forecast.html

https://www.reportlinker.com/p05826175/NUTRICOSMETICS-MARKET-GROWTH-TRENDS-AND-FORECASTS.html

https://cosmeticinnovation.com.br/beleza-para-tomar-comer-e-beber/
https://www.hola.com/belleza/actualidad/2015011976264/nutricosmeticos-suplementos-antiedad/

https://riuni.unisul.br/bitstream/handle/12345/7641/tcc%20rev%20sistematica.pdf?sequence=2&isAllowed=y

https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-20092011-210914/publico/ANUNCIATO_TP.pdf
Mellage, C. 2008. Nutricosmetics – decoding the convergence of beauty and healthcare. In: Cosmetics, p. 15-17.

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PROBIÓTICOS NA GESTAÇÃO

Probióticos na Gestação

A gravidez é um dos períodos mais importantes na fase da vida de uma mulher, onde ocorrem intensas alterações biológicas, onde o corpo precisa se adequar para nutrir um novo ser. A microbiota feminina também passa por mudanças: eleva-se a proliferação de Lactobacillus no intestino e as bifidobactérias, microrganismos presentes na microflora intestinal, começam a colonizar as glândulas mamárias.

Embora não se consiga ainda afirmar a existência microbiana dentro do útero, cogita-se que o ambiente intrauterino não seja de todo estéril. Isso porque foi notada a precoce colonização de microrganismos pelo feto, o que pode ser proveniente da microbiota materna. Dessa forma, mãe e filho costumam compartilhar da mesma microbiota por meio da placenta. Logo, percebemos a importância da manutenção probiótica, sobretudo durante a gestação. Nessa perspectiva, enquadra-se o estudo desenvolvido em 2010 pelo Departamento de Bioquímica e Química de Alimentos da Universidade de Turku, na Finlândia, no qual o emprego de probióticos durante a gestação foi comprovado, demonstrando sua segurança e eficácia.

O estudo foi randomizado duplo-cego e controlado, gestantes participando em dois grupos: Grupo A – recebeu os probióticos com Lactobacillus rhamnosus e bifidobactérias; Grupo B – recebeu apenas placebo. As mulheres do Grupo A tiveram uma menor propensão ao desenvolvimento de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), reduzindo, dessa forma,  o risco dos bebês nascerem muito grandes ou obesos. Barret et al. (2018) ampliaram ainda mais esse horizonte sugerindo a utilização dos probióticos antes mesmo da gravidez até o pós-parto. A saúde do bebê ainda é beneficiada, uma vez que se reduzem as chances de certas disfunções do organismo, como as alergias ou os problemas no trato gastrointestinal que podem vir a ser doenças recorrentes durante algumas fases da vida.

Fonte de probióticos são os alimentos fermentados, destacando-se o Kefir e a Kombucha, uma dupla que casa perfeitamente bem para para fortalecer o sistema imunológico da mamãe e do bebê que está em formação.

REFERÊNCIA

BARRET, J. et al. Efeitos do L casei Shirota na SII. Supersaudável, São Paulo, ano XVIII, n. 78, p. 22- 25, abril\ junho, 2018.

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VOCÊ SABE O QUE ESTÁ CONSUMINDO?

Comer ou se alimentar? O que você pensa quando procura seus alimentos? Matar sua fome? Saiba que a alimentação correta é capaz de prevenir enfermidades e melhorar nosso bem estar de forma permanente. Comer de tudo um pouco não significa comer saudável.

Nessa série de artigos, Vamos abordar alguns tipos de comidas que são vendidas e até apresentadas como saudáveis, porém são responsáveis por deixar você doente.

A primeira delas são os Embutidos, ou as chamadas carnes processadas (salsichas, linguiças, fiambre, peito de peru, etc).

Esses produtos não são tão saudáveis quanto se crê. O Centro Internacional de Investigação sobre o Câncer (CRIC) advertiu em 2015 do risco cancerígeno que implica em comer carne vermelha processada, especialmente produtos defumados, curados ou salgados. Segundo  esse órgão, as pessoas que consomem embutidos de forma rotineira correm um risco real de sofrer um tumor de cólon.

O que tem nos embutidos? Sal, corantes, aditivos químicos, açúcar, temperos artificiais, gordura saturada. São baixos em quantidade de nutrientes, ricos em calorias, possuem muito sódio, sendo problemático para hipertensos, além de causarem retenção de líquidos. Ricos em gordura saturado, causam entupimento das artérias e aumentam o colesterol LDL.

Para a conservação de sua cor, intensificação  dos aromas, dando aparência de fresco, utilizam-se nitratos e nitritos, que se transformam em nitrosaminas, substâncias carcinogênicas.

A própria Organização Mundial da Saúde (OMS), relaciona o  aumento do consumo de embutidos com o risco de câncer de intestino.

Se você quiser saber mais sobre isso, procure conhecer os lugares onde se fabricam essas carnes processadas. Você, literalmente, terá nojo de consumir esse tipo de produto. Podem vir muito bem embalados mas eles não te darão a saúde que buscas. Prefira alimentos confiáveis, que você sabe a origem e o tipo de no processo. Quanto menos processado o alimento, melhor pra seu organismo. Frutas, legumes e verduras cultivados sem agrotóxicos, preparados em casa, até mesmo fermentados, são as melhores opções de comida de verdade.

Se ainda assim, seus níveis de minerais e vitaminas não estiverem adequados,, principalmente para enfrentar os “novos vírus” com um sistema imunológico robusto, adicione suplementos alimentares, incluindo probióticos e prebióticos. 

Lembre-se que “você é o que os seus microrganismos absorvem”. 

Referências:

https://habitualmente.com/como-saber-si-comes-bien/

https://www.healthychildren.org/Spanish/ages-stages/gradeschool/nutrition/Paginas/Making-Healthy-Food-Choices.aspx

https://www.google.com.br/amp/s/www.lanueva.com/nota/2015-10-27-1-12-0-el-peligro-de-los-fiambres-y-embutidos/amp

https://misionesonline.net/2017/09/07/cuales-los-efectos-del-consumo-embutidos-la-salud/

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SABES A IMPORTÂNCIA DO MAGNÉSIO NO ORGANISMO?

O magnésio é de importância vital para o funcionamento perfeito do organismo. Mais de 300 enzimas diferentes dependem do magnésio para funcionar corretamente, já tendo sido detectados mais de 3750 pontes de ligação de magnésio em proteínas humanas. Isto reflete o impacto que o magnésio tem nos processos bioquímicos, muitos dos quais são críticos para uma função metabólica adequada.


Entre suas funções no organismo, destacamos:


1 – Geração de moléculas de ATP (adenosina trifosfato), as quais armazenam temporariamente a energia, liberando-a posteriormente;


2 – Relaxamento dos vasos sanguíneos;


3 – Função dos músculos e nervos, tais como a ação do músculo cardíaco;


4 – Formação adequada de ossos e dentes;


5 – Regular a sensibilidade ao açúcar no sangue e à insulina, que são importantes na prevenção da diabetes tipo 2 (num estudo, os pré-diabéticos com maior ingestão de magnésio reduziram o seu risco de açúcar no sangue e problemas metabólicos em 71%);


6 – Otimização das mitocôndrias – um enorme potencial para influenciar a sua saúde, especialmente na prevenção do câncer, assim como na energia global e no desempenho atlético.


A falta de magnésio celular pode causar a deterioração da função metabólica das células, o que por sua vez pode levar a problemas de saúde mais graves. Estes incluem enxaquecas, ansiedade e depressão (o magnésio actua como catalisador de neurotransmissores que regulam o humor, como a serotonina), fibromialgia, doença cardíaca, morte cardíaca súbita e mesmo morte por todas as causas.


De quanto magnésio precisamos?


Há um século, as pessoas obtiveram cerca de 500 miligramas (mg) de magnésio da sua dieta, graças ao solo rico em nutrientes em que os seus alimentos eram cultivados. Hoje em dia, as estimativas sugerem que só recebemos entre 150 e 300mg por dia dos nossos alimentos. Por isso, devemos optar por alimentos orgânicos não transformados, sabendo que o teor de magnésio dos alimentos dependa da riqueza de magnésio no solo em que as plantas são cultivadas. Mesmo assim, nem sempre os produtos orgânicos são capazes de garantir que serão ricos em magnésio. Os nutrientes na maioria das terras agrícolas foram severamente esgotados, e por esta razão alguns dos peritos em magnésio acreditam que praticamente todos precisam tomar o magnésio como suplemento. A dose diária recomendada (RDA) é de cerca de 310-420 mg por dia, dependendo da sua idade e sexo, embora alguns investigadores acreditem que podemos precisar de 600-900 mg/dia para uma saúde ótima.


Fatores de risco e deficiência de magnésio:


Um dos principais fatores de risco para a deficiência de magnésio é a ingestão de uma dieta baseada em alimentos processados. A razão para tal é que o magnésio se encontra no centro da molécula de clorofila. O magnésio também se perde devido ao stress, falta de sono, consumo de álcool, e uso de medicamentos prescritos (especialmente diuréticos, estatinas, fluoreto, e medicamentos contendo fluoreto, tais como antibióticos de fluoroquinolona) e tende a diminuir na presença de níveis elevados de insulina.

Infelizmente, nenhum teste laboratorial lhe dará um resultado preciso sobre o seu nível de magnésio. A razão é que a grande maioria do magnésio no seu corpo é encontrado em torno dos ossos e nos tecidos moles. Apenas 1% é encontrado no sangue. Dito isto, alguns laboratórios de especialidade fornecem um teste de contagem de glóbulos vermelhos de magnésio que lhe pode dar uma estimativa razoável. Talvez a melhor maneira de determinar o seu nível seja avaliá-lo cuidadosamente e monitorizar os seus sintomas.


Os primeiros sinais de deficiência de magnésio são cãibras (espasmos musculares ao esticar as pernas), dores de cabeça/enxaqueca, perda de apetite, náuseas e vómitos, fadiga, ou fraqueza. Estes são sinais de aviso de que provavelmente precisará melhorar a sua ingestão de magnésio. A deficiência crônica de magnésio pode causar sintomas muito mais graves, tais como ritmo cardíaco anormal e espasmos coronários, convulsões epilépticas, dormência e formigueiro, e mudanças de personalidade.


Como suprir adequadamente os níveis de magnésio para o corpo
A melhor maneira de manter níveis saudáveis de magnésio é certificar-se de que come vegetais de folhas verdes escuras em quantidade suficiente, tais como espinafre, folhas de beterraba, couve, brócolis. Outros alimentos ricos em magnésio: Grãos de cacau ou pó de cacau não adoçado, abacate, sementes (abóbora, gergelim e girassol), nozes, peixes ricos em gordura (salmão selvagem do Alasca e a cavala), abobrinha, ervas e especiarias (coentro, cebolinha, salsa, sementes de mostarda e de cominho, funcho, manjericão e cravo-da-índia), frutas (mamão, framboesa, morango, melancia), tomate.

É importante associar outros nutrientes junto com o magnésio, mantendo o equilíbrio adequado entre magnésio, cálcio, vitamina K2 e vitamina D, os quais trabalham em sinergia.
Lembre-se, a sua necessidade de magnésio pode ser aumentada por fatores como a idade avançada, stress, falta de sono, consumo de álcool, resistência à insulina e diabetes, uso de medicamentos prescritos, um microbioma intestinal desequilibrado, função renal deficiente, e outros. Se tiver algum destes factores de risco, ou se comer muitos alimentos transformados, o ideal seria reconsiderar a sua dieta e considerar tomar um suplemento de magnésio. Em alternativa, fazer sumos de vegetais, o que lhe permitirá consumir muito mais do que poderia consumir numa só sessão.

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ZINCO E SELÊNIO – DUPLA DA IMUNIDADE

Zinco e selênio, micronutrientes  essenciais, que juntos podem exercer efeitos benéficos como componentes de enzimas e outras proteínas que catalisam reações redox e/ou estão envolvidos na manutenção da homeostase redox.  O Selênio é necessário para o bom funcionamento dos neutrófilos, macrófagos, células NK, linfócitos T e alguns outros mecanismos imunitários. Seu consumo está associado com a redução do risco de câncer e pode aliviar outras condições patológicas, incluindo o stress oxidativo e a inflamação. É necessário para a mobilidade dos espermatozóides e pode reduzir o risco de aborto espontâneo. O selênio é importante para a reprodução, a função da glândula tireóide, produção de DNA e para proteger o corpo contra infecções e o dano causado pelos radicais livres. A deficiência de selénio tem estado ligada a estados de humor adversos e algumas descobertas sugerem que a deficiência de selénio pode ser um fator de risco nas doenças cardiovasculares. O selênio é importante para a reprodução, a função da glândula tireóide, produção de DNA e para proteger o corpo contra infecções e o dano causado pelos radicais livres.

O zinco é um micronutriente essencial para o organismo humano, com um papel importante na reprodução, crescimento, desenvolvimento e metabolismo celular. O zinco é necessário como catalisador, estrutural e regulador de enzimas, proteínas e fatores de transcrição, sendo assim um elemento chave em muitos mecanismos homeostáticos do organismo, incluindo respostas imunitárias. O zinco é um elemento básico para a saúde e beleza da pele, contribuindo para sua elasticidade e para a síntese do colágeno. A baixa biodisponibilidade do zinco resulta numa imunoresistência limitada à infecção no envelhecimento. Muitos estudos têm demonstrado os benefícios da suplementação de zinco em infecções, redução da incidência e duração de diarréias agudas e crônicas, infecções do trato respiratório em lactentes e crianças pequenas.

O sistema imunológico é formado por células, tecidos, órgãos e moléculas que circulam no sangue e funcionam como uma rede na qual se inter relacionam. Nesse sistema temos estruturas individualizadas, como o baço e os linfonodos, e células livres, como os leucócitos. Costuma-se comparar o sistema imunológico com um exército encarregado de defender o corpo humano de vírus, bactérias e demais patógenos que se encontram ao nosso redor. Manter o corpo em equilíbrio é cuidar desse sistema de forma a sempre prover o que ele necessita. Fatores como estresse e má alimentação contribuem para deixar o sistema imunológico em déficit, por isso devemos estar atentos  para algumas coisas:

1- Uma alimentação consciente que leve nutrientes para o corpo e não calorias vazias;

2 – Uma alimentação livre de agrotóxicos; 

3 – Evitar sobrepeso;

4 – Evitar o fumo, que altera o funcionamento das células imunológicas;

5 – Praticar atividades físicas rotineiramente;

6 – Controlar a ingestão de álcool;

7 – Fornecer nutrientes chave para melhorar o sistema imune.

Como nosso organismo não é capaz de sintetizar esses micronutrientes, devemos aportar alimentos que cumpram essa função em nosso organismo; dentre esses estão as nozes, os mariscos, carnes, ovos e produtos lácteos. Se não conseguimos a quantidade diária mínima desses micronutrientes por meio dos alimentos, podemos recorrer aos suplementos dietéticos que podem supri-los  adequadamente ao nosso organismo.

Vamos contar com esses bons companheiros antivirais para garantir a imunidade do corpo, favorecendo também, ao mesmo tempo,  o bom funcionamento do cabelo, das unhas e da pele. 

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A PELE QUE ELES HABITAM

A pele, maior órgão do corpo humano, barreira vital de proteção, é o habitat de bactérias, fungos e vírus, que convivem em perfeita simbiose com as células humanas. Tais microrganismos compõem a microbiota da pele, que inclui dois grupos: (i) Microrganismos residentes, que são um grupo relativamente fixo de microrganismos (a microbiota central) que se encontram rotineiramente na pele e que se restabelecem após a perturbação. A microbiota do núcleo da pele é considerada comensal, o que significa que estes microrganismos são geralmente inofensivos e muito provavelmente proporcionam algum benefício ao hospedeiro. (ii) Os microrganismos transitórios (os “turistas”) não estabelecem residência permanente, mas surgem do ambiente e persistem durante horas a dias antes de desaparecerem. Cada pele tem seu microbioma próprio, tão único quanto seu DNA, ajudando-nos na proteção contra patogênicos, apoio do sistema imunológico e impacto na saúde e beleza da pele. 

Fatores endógenos e exógenos causam impactos nesse sistema equilibrado, podendo levar à disbiose, causa de eczemas, rosácea, acne, alergias e até mesmo o envelhecimento precoce. 

Os microrganismos de pele são capazes de influenciar as suas células hospedeiras, contribuindo assim para a imunidade do hospedeiro. Para além das variações anatómicas intrapessoais da microbiota cutânea, a  diversidade e abundância da flora microbiana cutânea varia entre género, idade, estações, etnia, bem como vários factores de stress, incluindo lesões fisiológicas e ansiedade psicológica, promovendo alterações endócrinas e metabólicas dentro dos microambientes cutâneos que afectam directamente as necessidades metabólicas e a patogenicidade de vários microrganismos.

Outros impactos na pele  são causados pelos fatores ambientais como o clima, incluindo a temperatura e a exposição aos raios UV, mas também o estilo de vida, incluindo o alcoolismo ou a nutrição. O consumo excessivo de álcool tem demonstrado diminuir a resistência do hospedeiro e a deficiência de nutrientes e vitaminas tem demonstrado ter impacto no equilíbrio da microbiota cutânea, resultando em infecção e perturbação da barreira cutânea.

Ao contrário do microbioma intestinal que tem sido estudado e descrito durante muitos anos, as investigações sobre o microbioma da pele ou do couro cabeludo só começaram recentemente. Somente agora a indústria cosmética tem dado atenção e começado a compreender como o microbioma da pele pode ter influência na absorção dos produtos para a pele. Métodos modernos podem identificar e caracterizar os diferentes microrganismos presentes na pele, compreendendo assim como essa diversidade microbiana pode contribuir para a saúde da pele. 

A hipótese do eixo da pele intestinal levantada por Arck et al. em 2010, que se referiam a um potencial eixo da pele intestinal-cérebro permitiu investigar o benefício dos pré-probióticos orais e probióticos para a pele. Além das formulações probióticas orais desenvolvidas para a pele, foi agora desenvolvida uma nova geração de emolientes e hidratantes, incluindo lisados de bactérias, tais como Vitreoscilla filiformis ou Lactobacillus. Estas formulações probióticas tópicas foram concebidas para apoiar a gestão de doenças de pele, tais como dermatite atópica ou acne, ajudando a restaurar a barreira cutânea e o microbioma da pele e controlando a activação da imunidade inata.

Em conclusão, já se sabe muito sobre o microbioma das fezes e tem sido feita uma investigação intensiva sobre o microbioma intestinal, e mesmo que hoje em dia pareça que se pode estabelecer um paralelo entre o microbioma intestinal e o da pele ainda há muito a aprender sobre este último. Portanto, melhorar o conhecimento sobre o microbioma cutâneo pode abrir novas perspectivas na gestão da pele saudável e doente e do seu microbioma em, por exemplo, aumentar selectivamente a actividade e crescimento da microbiota benéfica e saudável da pele.

Você pode fazer uma máscara facial probiótica em casa mesmo, vamos te ensinar aqui abaixo:

Máscara facial probiótica

Use o Kefir de leite ou o Kefir de frutas, com azeite extra virgem, mel, abacate, argila branca ou verde e óleos essenciais como lavanda ou hortelã.

Adicione 1 colher se sobremesa de abacate bem batidinho, numa ruge linha. Misture 1 xícara de Kefir, 1 colher de chá de mel e outra de azeite. Acrescente a argila até formar uma pasta leve. Por último, algumas gotinhas de óleo essencial de sua preferência.

Aplique sobre a pele por uns 20 minutos. Lave bem com uma espuma natural e aplique seu hidratante de costume. 

Depois nos conte os resultados!

Probióticos vão mudar seu olhar e deixar sua pele macia, sedosa e protegida!

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HOME DETOX

Você já pensou que vive rodeado de tóxicos dentro de sua própria casa? 

Dê uma olhadinha no seu material de limpeza que, às vezes, se torna até um vício comprar mais e mais tipos cada vez que faz uma nova feira.

Pois saiba que muitos produtos de limpeza acabam passando tóxicos para o organismo por meio da inalação desses compostos ou por contato com a pele. Alguns problemas são: eczemas nos dedos, mãos e braços, dermatites alérgicas, transtornos respiratórios e hipersensibilidade.

Estou falando do efeito de cada um, mas quando misturados o efeito ainda é desconhecido.

Porém essa exposição tóxica é totalmente evitável e você ainda economiza dinheiro e evita danificar sua saúde e contaminar o meio ambiente, pois milhões de toneladas de saneantes domésticos vão terminar nos rios e mares do planeta, com grande impacto nocivo sobre o meio ambiente. 

A ideia é “limpar sem sujar quimicamente”,

Com alguns materiais simples e ao alcance de todos podemos fazer a limpeza da casa (home detox) de modo mais seguro: vinagre, álcool, bicarbonato, limão, óleos essenciais.

Anote aí:

VINAGRE  – contém ácido acético, que reduz e remove gorduras, limpa manchas, é bactericida, elimina maus odores, desincrusta e é um bom anti-cal.

Modo de uso:

  • Geladeiras – limpar todo o interior com o vinagre e deixar por uns 20 minutos e depois enxaguar com água morna.
  • ¼ de xícara de vinagre misturar com 4 de água e limpar vidros e espelhos. Com o uso de jornal velho ficam mais reluzentes.
  • ¼ de xícara de vinagre, 1 colher de bicarbonato e 4 xícaras de água é uma mistura para limpar qualquer superfície. O ideal é usar algum óleo essencial para não ficar tão ativo o cheiro de vinagre.

BICARBONATO – é biodegradável, barato e não tóxico, bactericida, abrasivo para as manchas e desodorante. 

Melhor que compre em lojas que vendem a granel. Aqui em Recife, costumo comprar no Empório Puravida.

    Modo de uso:

  • Limpar a cerâmica do banheiro como se fosse um abrasivo suave, mas que não arranha. Usar numa esponja úmida e esfregar nas superfícies. Enxaguar e secar. Se quiser uma limpeza mais forte, usar bicarbonato, sal e água como uma pasta.
  • Para limpar fornos: espalhe o bicarbonato dentro do forno, umedeça com água e deixe toda noite. Pela manhã retire com uma esponja.
  • Para limpeza dos pisos, usar meia xícara de bicarbonato para cada balde de água morna. Pode adicionar algumas gotas de óleo essencial para dar o aroma. Muito bom lavanda, citronela, cedro, eucalipto.
  • Na geladeira serve para tirar maus odores, deixe num recipiente aberto.
  • Nos tênis, pode usar como se fosse um talco. deixar um pouco de tempo e depois retirar com uma escova.

LIMÃO – é antioxidante e tira mancha. Pode ser usado no lugar dos óleos essenciais, mas acho mais prático e aromático os óleos como Tea tree, eucalipto, menta, lavanda e a citronela. Pode  usar puros ou misturados.

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COMO NOSSA MICROBIOTA INTESTINAL PODE AJUDAR NA LUTA CONTRA O COVID-19

O vínculo entre o sistema respiratório, o trato digestivo e o sistema imunológico revela um papel básico da nutrição e da microbiota intestinal na luta contra o Covid-19. Sabe-se que ese vírus afeta, principalmente, as vias respiratórias, desde o nariz até os pulmões. Pulmões e microrganismos intestinais influenciam-se mutuamente e isto ajuda a manter os pulmões saudáveis.

Os cientistas encontraram o vírus em amostras de fezes infectadas, sendo observada uma composição alterada da microbiota intestinal em pacientes com Covid-19, com menos bactérias benéficas, incluindo Lactobacillus e Bifidobacterium. Com base nas manifestações gastrointestinais da Covid-19 e no papel da microbiota intestinal na resposta imunitária do organismo às infecções virais, os cientistas inferem que um microbioma intestinal saudável pode ajudar a prevenir as reações imunitárias pró-inflamatórias nos pulmões infectados pelo Covid-19 e outros órgãos vitais.

O que devemos fazer então? Cuidar da nossa saúde intestinal e especialmente manter uma microbiota altamente diversificada por meio de uma dieta rica em frutas e vegetais, sementes e frutos secos. Incluir probióticos e prebióticos, administrar o stress e fazer atividades físicas.  Juntos venceremos!

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MANEIRAS DE EVITAR A TRANSMISSÃO DO COVID NO AR

Embora exista muita discussão sobre a forma como a infecção pelo COVID-19 se propaga, até agora tem sido dada pouca atenção à via aérea da infecção, diz a directora do Laboratório Internacional para a Qualidade do Ar e Saúde da Quuensland university of Tecnology (QUT), Professora Lidia Morawska, que há mais de 30 anos investiga a exposição à saúde humana das partículas transportadas pelo ar de fontes naturais e antropogênicas e é uma autoridade mundial reconhecida nesta área.

As pequenas gotículas podem ser expelidas pela respiração ou pela conversa e serem transportadas pelo ar, viajar no fluxo aéreo e potencialmente infectar as pessoas que as inalam. A análise do padrão inicial de propagação da COVID-19 na China revela múltiplos casos de transmissão sem contacto, especialmente em áreas fora de Wuhan, afirma a Professora Morawska.

Em numerosos navios de cruzeiro onde milhares de pessoas a bordo foram infectadas, muitas das infecções ocorreram depois de os passageiros terem sido obrigados a isolar-se nas suas cabinas, apesar de a higiene das mãos ter sido implementada. Por conseguinte, o sistema de ventilação poderia ter espalhado o vírus transmitido pelo ar entre as cabinas..

“Sabemos que o predecessor do Covid-19, o SARS.CoV-1, se propagou no ar no surto de 2003. Vários estudos explicaram retrospectivamente esta via de transmissão no Hospital Príncipe de Gales de Hong Kong, bem como em instalações de saúde em Toronto, no Canadá.

O COVID-19 é transportado pelo ar e pode ser transferido através de micro gotículas ou sistemas de ventilação, mesmo que não tenha tido contacto directo com a pessoa infectada. Para reduzir a possibilidade de transmissão por via aérea, siga estes cinco passos:

– Uma melhor ventilação dos locais públicos interiores para remover o vírus que transporta as partículas para o exterior,

– Não fazer recirculação de ar. Os edifícios comerciais frequentemente recirculam o ar para poupar energia. Normalmente esta é uma boa medida, mas não é segura neste momento.

– Utilizar ventilação natural.

– Certifique-se de que não se encontra no fluxo de ar directo de outra pessoa

– Limitar o contacto com outras pessoas

– Minimizar o número de pessoas que partilham o mesmo ambiente

– Proporcionar ventilação adequada em lares, hospitais, lojas, escritórios, escolas, restaurantes e navios de cruzeiro.

A Professor Morawska disse que as máscaras N95 ofereciam uma boa protecção, mas deveriam ser colocadas no rosto e usadas corretamente – “não brincar com elas, colocá-las e retirá-las e eliminá-las correctamente”.

“As pessoas devem lavar as mãos depois de retirar uma máscara antes de comer ou beber e depois lavar as mãos depois de a voltar a colocar. Caso contrário, estará transferindo os vírus capturados na parte da frente da máscara para a sua boca ou tocando no seu rosto”.

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MICRONUTRIENTES, PROBIÓTICOS E COVID-19

micronutrientes

Já leu sobre o posicionamento da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) a respeito dos micronutrientes e probióticos na infecção por Covid-19?

Considerando-se a pandemia causada pelo COVID-19 bem como a preocupação da ABRAN com a promoção da saúde e prevenção de doenças, a prevalência de desnutrição específica no Brasil e o papel de vitaminas e minerais no sistema imunológico, e após análise rigorosa das evidências disponíveis até a presente data, a Associação Brasileira de Nutrologia elencou vitaminas e minerais com atuação de maior relevância no cenário da síndrome respiratória aguda grave causada pelo COVID-19 (SARS-CoV-2). Importante enfatizar que nenhum desses nutrientes trata diretamente a infecção pelo COVID-19.

Fundamentado na literatura vigente, relacionado não somente ao COVID-19, mas também a outros vírus, a ABRAN procurou descrever os efeitos benéficos dos tratamentos das deficiências específicas referentes às vitaminas A, D, C, zinco e selênio, além do possível papel dos probióticos.

VITAMINA A – MICRONUTRIENTES

Há evidências de que a suplementação de vitamina A reduz morbidade e mortalidade em várias infecções como HIV, malária, sarampo, assim também pneumonia associada a sarampo e diarreia. Resultados adversos durante infecções virais têm sido associados a baixos níveis de vitamina A. Assim, essa hipótese foi explanada em recente revisão que propõe que a vitamina A deve ser considerada em pacientes portadores de COVID-19.

Embora seja importante tratar as deficiências de micronutrientes, não existem ainda evidências de que doses supra fisiológicas de vitamina A possam prevenir ou melhorar clinicamente os portadores de COVID-19. Deve ser ressaltado que há risco de toxicidade se ingerida em altas doses. Assim, não se recomenda a ingestão de supra doses de vitamina A e de seu precursor (β-caroteno) visando diminuir esse risco.

META DIÁRIA DE INGESTÃO E ALIMENTOS FONTES DE VITAMINA A

A RDA (Recommended Dietary Allowance) é a diretriz que representa a meta diária de ingestão de nutrientes para indivíduos saudáveis. A da vitamina A é de 700 mcg/d para mulheres e 900 mcg/d para homens. Contudo, tais valores podem ser alcançados somente pela alimentação na maioria das pessoas.

Os alimentos considerados melhores fontes de vitamina A, na forma de retinol, são os de origem animal, tais como vísceras (principalmente fígado, óleos de fígado de bacalhau e de linguado gigante), além de gemas de ovos. Em contrapartida, os carotenoides são encontrados em vegetais folhosos verde-escuros e vegetais e frutas amarelo-alaranjadas (manga, mamão, abóbora, cenoura, batata doce, espinafre, mostarda e couve). Contudo, em alguns casos, a suplementação pode ser necessária. Os polivitamínicos disponíveis no mercado têm cerca de 55 até 167% da RDA.

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VITAMINA C (ÁCIDO ASCÓRBICO) – MICRONUTRIENTES

Arquivo De Micronutrientes - Nutricionista Felipe Delpino ...

A vitamina C pode reduzir a suscetibilidade do hospedeiro a infecções do trato respiratório inferior sob certas condições, assim como exercer funções fisiológicas para diminuir os sintomas gripais, por sua ação anti-histamínica fraca.

Estudos controlados em humanos relataram que havia incidência significantemente menor de pneumonia em grupos de pacientes suplementados com vitamina C. Então, avaliando a suplementação de altas doses de vitamina C para pacientes com síndrome do desconforto respiratório grave, recente estudo considerou uma opção de tratamento segura em relação a desfechos secundários pesquisados (menor mortalidade após 28 dias de internação em UTIs, dias sem UTI e dias sem hospital).

Em uma revisão sistemática, a ingestão de 1g/dia de ácido ascórbico reduziu a duração da gripe (8% para adultos e 14% para crianças). Contudo, os autores não recomendaram a suplementação de rotina devido à ausência de efeito na incidência dos resfriados e gripes. Entretanto, a gravidade da gripe foi reduzida com a utilização regular de vitamina C, podendo ser considerado um tratamento seguro e de baixo custo.

QUAL A RELAÇÃO DA VITAMINA C COM COVID-19?

Com relação especificamente ao COVID-19, recente revisão sugere que a vitamina C pode ser uma das escolhas para o tratamento de suporte, embora sejam necessários estudos longos e sistemáticos. Para indivíduos sob risco de infecções virais respiratórias, a utilização de doses elevadas de vitamina C (até 2g/dia) por via oral pode ser indicada.

META DIÁRIA DE INGESTÃO E ALIMENTOS FONTES DE VITAMINA C

A deficiência de vitamina C em indivíduos vivendo na comunidade é rara, uma vez que é abundante na natureza. As principais fontes são as frutas cítricas bem como vegetais crus. As necessidades diárias recomendadas são variáveis entre países indo de 45 mg a 110 mg/d. No Brasil, adota-se a RDA de 75 mg/dia para mulheres e 90 mg/d para homens.

VITAMINA D (COLECALCIFEROL) – MICRONUTRIENTES

A atuação da vitamina D na resposta imune vem sendo amplamente estudada. Então, vários estudos mostram que o colecalciferol aumenta a expressão de peptídeos antibacterianos, contribuindo para melhor resposta imunológica do hospedeiro. A relevância da vitamina D se baseia no aumento da evidência de que sua suplementação e restauração para valores normais em pacientes infectados possam melhorar a recuperação, dessa maneira reduzindo os níveis de inflamação e melhora da ativação imunológica.

PRINCIPAIS FONTES ALIMENTARES

Quais os alimentos ricos em vitamina D - Super Clube Fit

As principais fontes alimentares são peixes com alto teor de gordura (salmão, sardinha), gema de ovo, fígado bem como leite e seus derivados.

COVID-19 E VITAMINA D

Tendo em vista a atual pandemia de COVID-19, é relevante atentarmos para a letalidade maior em pessoas acima de 60 anos. Sendo assim, nesses indivíduos se observa maior prevalência de hipovitaminose D e menor exposição solar (isolamento social) com consequente comprometimento da resposta imune.

A RDA é entre 600 a 800 UI/d. Baseado nas melhores referências disponíveis, a utilização de vitamina D entre 2.000 e 4.000UI/dia por via oral pode ser indicada em grupos de risco ou de baixa exposição solar.

Entretanto, na presença de déficit de 25-hidroxivitamina D (25 [OH] D), o colecalciferol deve ser prontamente fornecido de acordo com os resultados dos níveis séricos. A reposição recomendada por via oral é 50.000 UI / semana, se níveis séricos de 25 (OH) D <20 ng/mL e de 25.000 UI /semana, se 25 (OH) D ≥20 a <30 ng/mL.

ZINCO – MICRONUTRIENTES

Zinco é um oligoelemento essencial determinante para manutenção da função imune inata e adaptativa. Embora o mecanismo seja incerto, tem sido relatada atividade antiviral do zinco pela inibição da replicação viral em cultura de células, inibindo a atividade da polimerase do RNA do coronavírus e pela amplificação da ação antiviral de citocinas e interferon humano (IFN-α).

DEFICIÊNCIA MUNDIAL DE ZINCO

Estima-se que a deficiência mundial de zinco seja em torno de 17 a 20%, especialmente em países em desenvolvimento da África e Ásia. Nos países desenvolvidos, a deficiência de zinco ocorre em idosos, veganos/vegetarianos e em portadores de doenças crônicas, como doença inflamatória intestinal e cirrose. Sua ação contra o coronavírus foi mostrada por estudo in vitro. Estudos com relação ao novo coronavírus ainda não estão disponíveis.

ALIMENTOS FONTES DE ZINCO

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O conteúdo de zinco varia entre os alimentos. Mariscos, ostras, carnes vermelhas, fígado, miúdos e ovos são consideradas as melhores fontes de zinco. Vale ressaltar que, a absorção intestinal de zinco de alimentos vegetais não é tão grande quanto de alimentos de origem animal. Portanto, os vegetarianos podem precisar de até 50% mais de zinco na dieta do que os não vegetarianos. O nível superior de ingestão de zinco é de 40 mg por dia. Consumir mais do que essa quantidade pode aumentar o risco de deficiência de cobre, bloqueando sua absorção.

Vários micronutrientes são depletados durante a resposta inflamatória, o que torna difícil a interpretação de valores abaixo do nível de referência. Por outro lado, evidências recentes parecem mostrar que sepse recorrente está associada à concentração sérica persistentemente baixa de zinco.

Apesar da difícil interpretação do nível baixo de zinco em pacientes sob inflamação, recente revisão recomenda que, para suporte da função imune ideal, a ingestão de zinco segue a mesma da RDA e deve ser de 8 (mulheres) e de 11 (homens) mg/dia. Na vigência de diarreia aguda, recomenda-se zinco entre 20 e 40 mg/dia via oral.

SELÊNIO – MICRONUTRIENTES

Durante infecções virais, espécies reativas de oxigênio e de nitrogênio (radicais livres) são abundantemente produzidas, o que sobrecarrega o sistema de defesa antioxidante e induz desequilíbrio redox (estresse oxidativo). Tal cenário proporciona e amplifica a replicação viral, desequilibrando a resposta imunológica. O selênio ocupa papel importante na defesa antioxidante do hospedeiro e no grau de patogenicidade do vírus.

INGESTÃO DIÁRIA E ALIMENTOS RICOS EM SELÊNIO – MICRONUTRIENTES

A ingestão diária de selênio recomendada é de 55 mcg segundo a RDA. Selênio em doses mais elevadas (200 mcg) pode atuar como coadjuvante no tratamento de infecções, contudo, não podem ser utilizadas por tempo prolongado.

Deficiência em Selénio - sinais que deve ter em atenção

O conteúdo de selênio, presente em vários alimentos como a castanha do Brasil, pode variar de um local para outro de cultivo. O consumo de 3 castanhas do Brasil (15g) corresponde a recomendação diária de ingestão sugerida recentemente. Outras fontes são peixes (sardinha, salmão), fígado de boi, farelo de arroz, farinha de trigo integral.

Baseado nas melhores evidências disponíveis, a utilização de doses diárias de 55 mcg de selênio pode ser indicada e doses acima desta RDA deverão ser avaliadas conforme nível sérico. Esta dose pode ser encontrada em determinados polivitamínicos disponíveis em território brasileiro.

PROBIÓTICOS

O trato gastrintestinal humano abriga uma enorme população de microrganismos, denominado microbioma intestinal humano, que interagem entre si e sobre o epitélio e o sistema imunológico do hospedeiro. Alterações nas quantidades relativas à população e à diversidade microbiana intestinal podem romper as interações benéficas entre a microbiota e o hospedeiro (disbiose), apresentando um efeito direto na saúde humana.

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REPERCUSSÕES GASTROINTESTINAIS E COVID-19

Alguns pacientes portadores de infecção por COVID‐19 apresentam repercussões gastrintestinais (dor abdominal, diarreia) devido à contaminação viral direta da mucosa intestinal ou consequente às alterações do tratamento específico (medicamentos anti-virais ou anti-bacterianos, para o tratamento de infecções secundárias). Tal fato representa uma redução local significativa na quantidade de microbiota, tais como lactobacillus e bifidobacterium. O desequilíbrio microecológico pode levar à translocação bacteriana intestinal, favorecendo infecções secundárias e piora do quadro geral. 

O USO DE PROBIÓTICOS

Embora não existam estudos robustos, recomendações recentes sugerem o uso de probióticos em infecções pelo COVID‐19 reduzindo as chances de translocação bacteriana intestinal. Estudos sistemáticos suportam utilização cuidadosa de probióticos ou simbióticos, reduzindo pneumonia associada à ventilação mecânica e infecções em doenças críticas.

Para os centros que apresentarem recursos relevantes e puderem realizar análises da microbiota intestinal (por exemplo, sequenciamento da microbiota), a prescrição pode ser realizada de acordo com os resultados. A indicação de probióticos pode ser considerada nos casos de COVID-19 com diarreia, salvaguardando-se as contraindicações específicas de cada grupo de pacientes.

ATENÇÃO, PRESTE MUITA ATENÇÃO!!!

Tendo em vista as considerações acima sobre micronutrientes, sugeri-se que o fornecimento de doses diárias de vitaminas, minerais devem ser assegurados a pacientes sob risco de deficiência dos mesmos, visando maximizar a defesa nutricional geral anti-infecção pelo COVID-19.

A suplementação de vitaminas, minerais e probióticos não trata e não previne a infecção por COVID-19, porém pode otimizar a resposta imunológica, atuando como tratamento coadjuvante.

A Associação Brasileira de Nutrologia reforça que uma alimentação adequada é fundamental para a integridade do sistema imunológico. Pacientes sob risco de deficiência podem receber suplementação de acordo com avaliação médica.

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